Expectativas

Foto de Carmen Lúcia

Que...

Que as incertezas geradas pela imposição da vida não bifurquem meu caminho;

Que as asperezas sofridas não me separem do carinho;

Que o frio do inverno não congele meus sentimentos;

Que o breu da noite não me impeça de imaginar a lua;

Que o espinho da rosa não me afaste de sua beleza;

Que os erros cometidos me façam refletir e um dia acertar;

Que ao buscar a liberdade a encontre primeiro em mim;

Que eu saiba discernir desejo e prazer, amor e paixão, ser e ter, para que me complete como ser humano;

Que a razão esteja na mesma proporção da emoção e que se manifeste a que mais se requer, no momento que melhor aprouver;

Que minhas expectativas caminhem ao lado dos sonhos e que eles não voem bem mais alto que eu possa alcançar;

Que a distância por mim percorrida não me desvincule de minhas raízes;

Que cada derrota vivida seja um trampolim para recomeçar;

Que após cada vendaval eu creia num novo sol a sorrir;

Que a justiça seja meu escudo no combate aos preconceitos e desigualdades sociais;

Que o universo conspire a meu favor a cada apelo, a cada grito de dor;

Que antes de mais nada seja lida minha alma e não prevaleçam as aparências;

Que o amor fale sempre mais alto, calando a insensatez do ódio;

Que as cores do arco-íris descortinem as brumas do oceano refletindo as belezas do mundo;

E quando a aridez do solo sangrar os meus pés, que eu crie asas e possa voar...

_Carmen Lúcia_
21/08/2009

Foto de Allan Dayvidson

A CHANCE

"Eis o poema de um medroso... Começar (seja o que for) é sempre motivo de medos e expectativas. Mais ainda quando há um histórico de fracassos retumbantes. No entanto, este poema fala não só sobre medo, mas também sobre aceitação (sobretudo auto-aceitação), sobre uma relação mais plena e direta entre mim e qualquer outra pessoa, sem ideais como intermediários. Apenas eu fazendo o melhor que posso..."

CHANCE
Por Allan Dayvidson

Ele faz besteira o tempo todo;
vive perdido de tantos modos;
chama de lar um apertado cômodo;
costuma esquecer-se dos bons modos.

Perde o ônibus, perde chaves,
perde tempo com pequenos entraves;
está sempre atrasado.

Perde tantas coisas que está se acostumando
e quase acreditando
que nasceu para ser deixado.

Então, por favor, não desista antes
de descobrir que ele pode ser fascinante.
Não perca a chance de simplesmente amá-lo pelo que é.

Desmedido;
deslocado;
inseguro; impuro; inadequado.
Indeciso;
impreciso;
desajeitado; motivo de risos.

Tão complicado, demasiadamente preocupado
com cada fragmento;
tão longe de apenas viver o momento.

Exaustivo, mas assustadoramente criativo
enquanto vasculha por motivos
para temer seus legítimos sentimentos.

Mas, por favor, não desista antes
de perceber que ele é realmente brilhante.
Não perca a chance de simplesmente amá-lo...

Nada que for dito fará com que você tente.
Não há algo ali que possa servir de enfeite.
É só ele fazendo o melhor que pode,
nada de argumentos ou últimas considerações.

Revire todas as coisas procurando uma razão
e não achará algo, realmente, convincente...
Sempre tentando, tentando e tentando...
Mas não consegue...
Por que ele não consegue?
Por que nunca consegue?

(Por que não consigo?...)

Mas, por favor, não desista antes
que ele consiga provar que pode ser um diamante
Por favor, não desista!
Por favor...
não perca a chance de me amar pelo que sou.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Quase Declaração

Sol que ilumina minhas manhãs trazendo esperança em mais um dia de luta e vida até a noite mais estrelada. Seu sorriso é o verdadeiro sentido dos supremos sacrifícios realizados em seu nome. Beijei com meu olhar seu lindo rosto, tez de menina que o tempo não apaga e presença irradiante de amor que o coração nunca esquece.

Conversa.

Muito além das descrições de personalidade, das cartas registradas nas gavetas das eras, das paixões que não se correspondem e ainda assim enviam mensagens, das moças que gostam de se sentirem desejadas e não aceitam ouvir uma negativa, mesmo que dos corcundas e suas corcovas que saltam aos sustos, existe o vento do cotidiano, o medo da conta atrasada, o cobertor dos seguros de morte e conseqüência, as mães que escondem por debaixo de seus vestidos recatados mulheres de lava e magma, longe das infâncias perdidas ou qualidades evidentes. Fica difícil conciliar o sonho ao real. Graças ao bom Deus, há a desilusão do agnosticismo.

Homens, infiéis na essência da poligamia ancestral, se rendem para a sobrevivência de sua espécie fraca. Antes fossem esparsos. Tomaram como praga os cinco continentes geográficos, tendo bases fixas nos distantes pólos mais gélidos. Há os homens que possuem competência para se tornarem leões, e os que são como os pombos, monótonos e monogâmicos. Biologicamente o primeiro é melhor, e se reproduz facilmente. Um homem comum nunca vai chegar ao ápice de evoluir factualmente, nunca superará suas expectativas, sempre verá seu objeto de querer distante de seus braços, separado por um tapete de pregos e cacos de vidro. Resta, então, poupar dinheiro para a previdência social, ser corno e subempregado, tentar ter uma casa no litoral sul. Não há sequer como conviver com as despesas do seu velório, do seu enterro moral de aluguéis e despejos, seu pouco de orgulho em pertencer a uma sórdida periferia bandida. Há a indigência velada, a marginalidade dos que são preteridos no processo seletivo da vileza do destino.

Existem mulheres que passam a vida inteira sem receber uma declaração de amor, e moças que bocejam diante de várias delas. Existem pessoas que merecem uma chance, e não conseguem. Outras que imaginam um céu resplandecente no futuro, que a tão esperada felicidade vai lhes cair no colo uma hora ou outra, e estatelam a face na primeira cilada que o asfalto dos questionamentos impõe aos que se dirigem desavisados.

Que bom que a juventude acaba logo.

Foto de KAUE DUARTE

Quando a alma se divide

Foi como as nuvens
Que se juntam para fazer chover
Regar a terra
Criar raizes
Ser apoio ao arco-íres
E depois se separar
O bom motivo é quando as nuvens se disperçam
Raia o sol quando é dia
E aparecem as estrelas quando é noite
Somos como as nuvens
Ora negras
Outrora de algodão
pois nasceram para serem levadas
pelo vento chamado DEUS
Uma lágrima não pode
Mudar ou inverter um quadro crítco
Nem retroceder um placar desanimado
Mais ensina que a derrota
É um segundo lugar num jogo à dois
A unica derrota é nunca ter amado
É nunca ter tentado amar
Mais nisso não erramos
Nos amamos
Só foi no tempo errado
Nas expectativas de novidades
Procurando amor e felicidade
Nos destroços de uma devastação
Encontrei a semente da alma
Que fez nascer em mim
Vida...

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Muito Além da Rede Globo - Capítulo 7

'Estou arrependido.
Disse públicamente que o amor é um sentimento injusto e para amarem ao feio. Fui um Jair Bolsonaro sem perdão e sem cordão, mostrei uma postura dissonante do que se esperava e feri os sentimentos e as vistas daqueles que acreditam sinceramente no bem. A liberdade que me foi dada e é necessária à todos foi brutalmente violada. Peço humildes desculpas...'

Conversa!

O amor é feito de luta, é um sentimento ao qual só os que tem um coração pulsando de verdade conseguem suportar, é o bombear nas veias de uma emoção incontida, é adrenalina pura sem freio e sem razão, é a morte nos calcanhares, é o gelo quebrando e a gente correndo para não cair na água mortal, é o derreter das expectativas frente ao fogo das paixões, é a rebeldia sem causa, a vontade de fazer melhores os mundos de cada uma das pessoas, é ser feliz e crer nessas possibilidade à todos, e o renunciar às técnicas ou ponderamentos para alcançar mais do que somente o infinito!

O amor é tenaz como as mães de mãos dadas nas enchentes!
O amor é a vida dos desaparecidos!
O amor é fugaz como o vento nas altitudes!
O amor é um Quixote que morre nas rebarbas dos moinhos.

Foto de reginaldossjr

Quem sou?

Um ser erroneamente interpretado
Comum, assim como os outros, a meu ver.
No entanto, sou o que sou, e assim sou.
É,pois, por nunca ter sido explorado...
De dentro pra fora, sem um padrão como base
Sem as devidas expectativas, sem alarde.

Sou algumas milhares de linhas lidas,
Que passam por Camões, Machado de Assis,
Chico Xavier, Raul Pompéia e até o Van Vlack,
Sem esquecer de mencionar o Vicente Chaverini,
Oh! Desculpem-me! Também o Calister Jr.

Já podem perceber que sou alguém de ciências.
Um projeto, uma vibração,uma particula,
Ser, ser ou não ser, alguém que estar, amostra metalográfica.

Sou uma susseção de principios falidos,
Sendo assim, pouca coisa se sabe,
Ou, está(é), passivo de ser sabido.

Se querem me conhecer.... Que audácia minha!
Esquecam as ciências ( exatas ou as naturais),
Pois, existe alguém que sabe quem sou.
Tomem a ousadia e perguntem pra ela,
Quem é ela? Alguns dos meus amigos sabem.

E, quando tiverem a resposta,
Não se esqueçam de revelar-me,
Pois, o quanto eu estive com ela,
Vivia tão completamente que:
Só senti falta de mim mesmo,
Quando ela já não estava - ligada à mim,
Pelos laços da amizade! E que,
Para mim sempre foi muito mais.
Mas, desde que a perdi, tenho tentado,
Lembrar de mim, de quem fui,
Mas, meu estado não me cabe.

Atenciosamente: Reginaldo Sena de Souza.

Foto de Allan Dayvidson

CRIME

Nós dois sabemos bem o que aconteceu
e não sou o único suspeito.
Nós tinhamos planos infalíveis, mas incompatíveis,
Achei que você caberia em alguns dos meus.

As sirenes estão ligadas, alguém lê seus direitos
e você já sente as algemas.
Qual é o peso de toda essa culpa em seu peito?
Será que isso seria um problema?

É, cometemos um crime que jamais iremos esquecer,
só que por razões assustadoramente diferentes.
Começou sem expectativas, levando tudo na esportiva.
Deveria ter sido um álibi simplesmente estar contente.

A preciosidade daqueles momentos sem gravidade
foi roubada por todas as suas leis.
Debaixo de nossos narizes,esvaziam nosso bolsos,
destruindo tudo o que não tivemos de vez.

Uma última palavra, algo que precisa ser dito,
antes que tudo seja perdido:
não estou nem um pouco arrependido.

Outra coisa antes da execução de nós dois:
é criminoso o que você nos fez e depois...
simplesmente esqueceu...
simplesmente...
esqueceu...
Como consegue esquecer?

Foto de Lucélia Lima

Depois existe....

Quero ter seu amor
agora perdida no mundo estou
criei expectativas ao meu redor
seus olhos falaram tudo
sua boa tentou negar
não aceito abraço dado
nem beijo roubado
quero do laço o abraço
da amizade, o amor sem dor
esquece.....
Volta para sua terra distante
e deixa aqui...
Seu amor constante
para quando retornar
aos seus braços voltar!!!

Lucélia lima
21/01/2007

Foto de raziasantos

Poderia ser diferente...

Poderia ser diferente.
No dia 13 de outubro de dois mil dez, por volta das dez horas da manhã.
Recebi um telefonema, era minha filha me avisando que o irmão de minha cunhada tinha sido assassinado.
Noticias como estas nunca são agradáveis, principalmente quando se trata de alguém próximo a nós.
A separação sempre e dolorosa, mesmo quando já esperada.
Então ao receber esta triste e trágica noticia sentei-me e fiquei meditando.
Eu o conheci quando meu irmão se casou com a irmã dele.
Nando era um jovem alto, moreno corpo bem malhado, um homem sedutor, educado, e muito prestativo.
Nesta época meu irmão era recém casado e foi quando ficou gravemente doente, ele tinha câncer no estomago, ainda muito jovem, mas...
Não se escolhe o nosso destino.
Foi neste período difícil que passamos que passei a conhecer Nando melhor.
Ele estava estudando enfermagem e se dedicou meu irmão com muito amor,
Nos últimos dias de vida de meu irmão a ajuda de Nando foi crucial, ele o levava para o banho trocava suas roupas, revezava com a família no hospital.
Nando era um ser de luz uma pessoa com alma caridosa.
Infelizmente se autodestruía era usuário de drogas, no inicio, maconha...
Considerada droga leve...
Meu irmão partiu, mas a gratidão pela força e ajuda em geral que Nando nos prestou jamais será esquecida.
Só que uma amizade não se constrói por gratidão.
Em cada, gesto, cada, ato, uma verdadeira amizade se constrói com pequenas
Partícula de amor ate que se transforme em amigo.
E era assim que eu o via como amigo.
Com o passar do tempo ele foi se afundando cada dia mais nas drogas.
Era casado tinha duas filhinhas lindas, mais tarde teve um filho.
O qual hoje tem três aninhos.
A família cansada de lutar desistiu dele, eu por vez poderia ter feito algo, mas
Não sei por que não fiz.
Ou talvez tenha tentado, não sei eu sempre conversei muito com ele tentei encaminhá-lo á uma clinica, mas não dependia de mim e sim dele.
Assim ele se perdeu de vez, abandonado, pela família, vendeu tudo que tinha pra comprar craque, vivia como um zumbi rondando a cidade, sem expectativas, de um novo amanhecer.
Ali sentada comecei a me perguntar o que poderia ter feito por ele.
O que deixei de fazer, como seria se ao invés de tentar tivesse obrigado ele
A ir para uma clinica:
Perguntei-me ate onde a família é responsável, como conseguir ajuda?
Não encontrei resposta, mas tenho certeza que podemos acreditar na recuperação desse pobre coitado, engolido pelas drogas, adotados por
Por traficantes que corroem a sociedade.
Eu acredito que o apoio da família é fundamental, pois meu filho era um usuário, e hoje esta limpo, veio pela dor, mas esta livre.
Infelizmente Nando não teve a mesma sorte, cavou e encontrou sua morte.
À noite fui para o velório, e encontrei toda família reunida, também os amigos da família dele também, eles choravam a perda do menino que fora criado juntos deles, eram vizinhos, que viram crescer.
Tudo estava normal como todos os velórios choro, olhares curiosos, flores que chegam amigos dando os pêsames velas...
O silencio da morte foi quebrado quando, uma das irmãs dele começou a montar uma mesa com lanches para os amigos que iriam virar a noite no velório.
Eu olhava o rosto dele no caixão estava tão sereno que nem parecia ter morrido de forma tão brutal.
Esta imagem ficou gravada em minha mente, agora ele encontrou paz.
Quando sua irmã terminou de montar a mesa, com as guloseimas, as crianças que circulavam pra, lá e pra cá inocentes sem saber do que se tratava.
Foram as primeiras a se servirem...
Mas o que mais tocou a todos foi o filho dele com dois anos e meio, ele correu pegou nas mãos da tia e pergunto dando pulinho de felicidade:
É agora que vamos cantar parabéns titia?
No silencio da morte á dor mais forte dos pobres anjinhos inocentes, seguem
Em seus caminhos incertos do dia do amanhã...
Que em teu último suspiro Deus possa ter tido misericórdia de ti.

Foto de Nero

Da Minha janela…

No frio do meu divã, me pego pensando na
frieza e nobreza da vida.

Me levanto e, encaro a minha janela bem
aberta, me observando descaradamente, me
convidando para ver a vida através dela.

Então é ai que…

Da minha janela, eu sinto através das persianas, a
brisa que suaviza o meu carácter visionário sobre o
cenário da vida.

Da minha janela, recebo os raios do sol que brilham e
anunciam jubilosamente o nascer de um novo dia, que
tende a renovar as minhas expectativas na esperança.

Da minha janela, observo serenamente as correrias que
fazem do mundo, um campo de concorrências, alimentado
pela incoerência.

Da minha janela, entendo que temos preambulando a
estrada da vida, na busca de um tesouro que sempre
esteve connosco

Da minha janela, compreendi que se eu desprezo o
calor humano, me tornando uma pessoa fria, não
posso condenar a frieza de um mundo que é produto
do meu produto.

Da minha janela, eu enxergo que sou apenas um ser
que sempre procurou ser aquilo que pensa ser… mas
que nunca foi…

E assim, é daí que…

Da minha janela, eu consigo visionar o mundo
através de mim mesmo e…

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