Êxtase

Foto de Mitchell Pinheiro

O SONHO DO POETA

Mesmo dentro do sonho o beliscão é sentido com dor
Mesmo dentro do sonho um balde de agua fria não me pode acordar
Mesmo dentro de uma bela poesia de amor
Não há meios que me despertem dos fulgores de meu sonhar

Musa e poeta juntos no mesmo êxtase sonhado
A fantasia mágica no estado mais empírico
A realidade totalmente fora do costumado
A vida realizada no mundo onírico

O sonho poetizado ganhou vida
Os braços se abraçaram, as bocas se beijaram
A rotina foi morta a poesia está viva
Corpos unidos, dedos entrelaçados

Todo encontro gera lindas lembranças
Todo despegar gera grande saudade
Tanta felicidade gera muita desconfiança
Tanta irrealidade confunde a realidade

O Poeta desenha suas poesias no ar
O que foi fantasiado agora disponho
A poesia enfim pode respirar
E o poeta acordado vive seu maior sonho.

Foto de Ayslan

Como é bom amar você (parte3 Um só corpo)

Uma nova pagina se escreve a cada dia os sentimentos se tornam maiores do que as palavras possam contar... Mas quero te dizer como é bom te amar.
A cada beijo uma nova sensação difícil de te dizer ainda que de beijo após beijo quisesse ser poeta, sou um apaixonado...
Sim e neste desejo constante de te beijar feito louco devorador e que em pensamentos representados por palavras te deixo nua e numa investida rápida puxando-te a me, nossos corpos agora unidos feito um só ser explodindo de prazer... Volta o silencio, nossa respiração se estabiliza meu corpo dormente completamente excitado estremece uma sensação confusa desconhecida então, mas maravilhosa... Volta-me o silencio de olhos encharcados de lagrimas face a face uma única visão como se eu penetrasse através dos teus olhos dentro de me... Ficamos ali parados de mãos presas senti o universo girar ali naquele instante quis te dizer
“Eu te amo”, mas silencioso em êxtase só pode te olhar e te olhar admirar seu rosto de traços que confundem as palavras sua pele suada, seus cabelos espalhados sobre a cama como vou escrever tanta perfeição... Confesso não encontro palavras melhores que possa contar como é bom te amar. Deixo-me envolver em tal escrita que te posso dizer não sei como desenvolvo tal conto por isso te peço me deixe entender um pouco mais sobre esse amor, me deixe amar você e experimentar a cada dia uma nova sensação, experimentar ser escritor, experimentar esse seu amor como experimento viver e respirar.

Para: Priscila

Foto de Nailde Barreto

"Êxtase de Liberdade"

********
********
********
****Nailde Barreto (02/06/2011)

Êxtase de liberdade.

O ato cauteloso remete-nos ao êxito. Nem sempre.
No entanto, podemos sentir a ação silenciosa, inodora, incolor, invisível, cuja dimensão é intangível desse tal amor que chega e compromete e, descomporta o comportado.
Afinal, por que vivemos como marionetes diante das preliminares do amor?
Coisa plausível. Gostamos de amar e sofrer ou mais sofrer do que amar? E, por que passamos a vida entre amores e desamores?
Então, isso é moda ou é loucura?
Sei o que você pensa e o que sentiu quando toquei você. Êxtase de liberdade. Atitude equivocada.
Ainda assim, os neurônios não afetados pelo ardor do momento, ajudaram-me a observar a ligeira frieza remetida do seu olhar, enquanto brincava de prostituir os sentimentos...
E agora, você acha que será o mesmo depois de um tempo fora da lei?
Isso é radical, mas, no fundo somos hipócritas o bastante para fingir que um nunca existiu na vida do outro. Então, ironicamente, somos mortos-vivos, afinal, fomos enterrados com direito a velório dramático.
Por fim, cá estamos, cada um no seu próprio passado, que sufoca e mata um pouco de nós a cada dia. Desse modo, seja feita a vossa vontade, insensata majestade, em seu discurso bonito, para a propícia, amizade!
********************************************************

Foto de Edigar Da Cruz

PRAZER SENSUAL

Suas mãos leves e gentis passeando ao meu corpo
Pelo meu corpo deixando uma louco tesão, de desejos
Desnudando o meu ao seu intimo envolvente segredo.
Minhas mãos aquecidas as tuas mãos quentes,
Dedos sedentos de amor e paixão desejos e tesão incontrolável...
Fazendo as mais lindas e loucas caricias sem pudor
Sentindo o calor do gemido de prazer,..jorrando a cama inteira de fazer tremer..
Em toques atrevidos..
Sentir aquele corpo quente envolvente..
Teu corpo colado ao meu..
Meu ao seu corpo de vontade de luxuria e prazer..
Deixando marcas minhas no seu corpo sedento de amor,..a jorrada do gozo ao corpo..
Fazendo da loucura dessas historia do nosso amor
Desvairado..
Corpos colados
Bocas sedentas coladas,..
Sua boca carnuda beijando a minha,..
Tirando os suspiros do ar
Quero te tocar fortemente quero seu sexo molhado,.
Quero penetrá-la por inteira...
Sentir suas loucuras GRITANTES de prazer..
Quero saciar de prazer..
O seu ao meu alcança mais uma vez
Ao êxtase Maximo do prazer do
GOZO

Autor: ED.CRUZ

Foto de Edigar Da Cruz

NECTAR DO AMOR! MEU DOCE MEL!.

NECTAR DO AMOR! MEU DOCE MEL!..

.Meu doce mel do amor,
Em instantes foste um doce favo de gosto de mel,..
Cedeu o fogo de seu amor,..
Sua delicia flor de candura, dos desejos aflorados,..
Sentir-me todo aquele instante!,Minha alma
Com sua acasalou-se não fomos um só
Corpo,..em um só coração,...
Fomos muito mais ,..
Sem que soubéssemos fomos a nos entregar ao mel doce de amor!,..
Dando-nos e querendo mais paixão intensa,..
Que damos um ao outro,..
Ofereceste-me seus lábios de amor,..
Olhou aos olhos meus,..
Sorriu te desejei ao toque do primeiro sorriso,
Entre aos olhos lindos de mel de amor,..
Puxei-te pela cintura encostei seu corpo quente
Ao meu senti o treme e beijei seu ao perfumado pescoço ,
Acariciei-te os seus seios , sedentos duros de amor
Deitei-te na relva macia de céu estrelado
Era o nosso teto perfeito de ninho de amor,..
Afastei com carinho vossas coxas quentes macias
Arrepiadas!,..Encaixe entre elas conheci o caminho molhado de amor de suas entranhas!..
Éramos dois éramos como um EROS
Fez-me homem! Fiz-te muito mais mulher!,..
Entre êxtase deliravas, me senti seu mel
Entreguei-me eu já ti amava e não sabia,..
Meu mel de amor,..
Seu mel de prazer que fez sentir todo seu de amar,..
E sentir,..mais eu quando sentir o seu doce mel de prazer

Autor: Ed.Cruz ou D, Cruz
( FUTURO LIVRO CANTEIRO DE PALAVRAS )

Foto de Marilene Anacleto

A Noite Silencia

*
*
*
*
A Humanidade se recolhe.
A lua quase cheia segue leve
Acompanhada pela estrela,
Ao dirigir-se para o oeste.

Uma nuvem faceira toma corpo,
Cai de mansinho, não faz lodo.
Molha as calçadas na rua
E, ali mesmo, beija a lua.

Esplendor reflete longo tempo.
Numa transformação solene,
Alegria esparge, meio nua,
Na poça, a nuvem serena.

Ao reflexo, que a lua expande,
Outra nuvem até se emociona.
Debulha-se em lágrimas a beijar a terra,
Torna-se a lua, feito espelho eterno.

Homens repousam corpos sem beleza,
Torpeza que devora o ânimo.
Imagens e ameaças de guerra,
Insegurança que produz pânico.

Movimentos atrás das portas,
Uns escondidos, outros às soltas.
Alguns em lágrimas, outros em êxtase,
Trazem insônia, enlaçam corpos.

A terra segue o fluir, seu fluxo.
O Amor, ao homem se apresenta
No respirar sufocado em refluxo.
Na chuva, na cama, na lua, na estrela.

Marilene Anacleto

Foto de Arnault L. D.

De todas as formas

Eu a amo, de toda forma.
Desde compara-la a estrelas e flor,
ao silêncio e a mais bela música...
Não existe ao certo uma norma,
que comporte o quanto é o amor.
Uma coisa só não o explica.
Tudo, é assim, mais o que for...

Amo, com o calor da fogueira,
da sua pele quero o transpirar.
Ou trazer o vento, o arrepio frio.
De todo modo, toda maneira,
quero este amor, fazer, a amar.
Até do suor trazer o estio...
Êxtase em prazer, fazer chegar.

Amo você, de forma incerta...
Como se ama uma mulher,
Que tem as fases da maré e da Lua.
Faz maior o mar quando mais perto
e longe ainda o move, por mister.
Minhas vida é tal estivesse nua,
sem o vestido do seu ser.

Foto de Edigar Da Cruz

Corpos São Sabores

Corpos São Sabores

De um Cheiro de corpo
Meu ao seu cheiro
A essência do amor carnal
De um encontro de corações amantes
Uma forte relação quente envolvente..
Como quente gostosa cheirosa
Esse amor envolvente que se encanta
E canta..
Da mistura perfeita que se buscaram
Reconhecer-te
Nas curvas lindas que passo ao toque delicado de amor dentre as mãos..
Sondam-se, investigam-se um crime de cheiros
Perfeito de encontro de amor..
EXAMINAM! Minuciosamente..
Cada verso que descreve o prato de amor
Que ES cada caminho dessa esquina de corpo.
Olhos que observam! Sinto o corpo molhado de amor..
Exalando aquele momento bom de êxtase!..
A essência da paixão de ruas do amor..
Como ao corpo que te toco..
Da explosão de magmas quentes
Feito lava de amor..
Ao ato do sabor do cheiro de amor

ED.CRUZ

Foto de betimartins

Na tua catedral, eu chorei!

Na tua catedral, eu chorei!

Nas minhas tristes etapas da vida,
eu chorei, por tantas vezes perdida,
sufocada nas barreiras e amarguras
que a vida, sem piedade, sempre impôs...

Lutei quase sem nenhuma força,
caminhei por vezes como mendiga,
mas nunca eu me senti tão querida
como quando um dia eu encontrei-te...

Olhando para o céu, por vezes perdida
com os olhos manchados de lágrimas,
procurei respostas e o teu abrigo
no teu coração grandioso de Pai querido...

Abraçastes-me como nunca eu fui abraçada
deixaste-me tocar e sentir o teu amor divino
num amor que nunca mais tem fim,
que nenhum um dia o havia sentido...

Eras Tu! Meu Pai Celeste e Amado
O Meu Deus do Universo e da Terra
que gentilmente despertaste e acordaste-me
para a fé do amor e da alegria...

Senti o amor divino dentro de mim
amor que gratuitamente passei a dar,
nas mais simples e pequenas coisas da vida
com aqueles que não ainda aprendido...

Entrei na tua catedral, em prantos ajoelhei
era linda, de puro cristal a sua luz era sem igual
acendia dentro dela a chama trina de bela cor violeta
pulsando um amor puro e transcendental...

Os grandes Mestres ali trabalhavam, afincadamente
nas ajudas do bem terreno, sem nunca pararem
doavam todo o seu amor na mais pura alegria...

O meu coração explodia, em êxtase total
com o amor que ali recebia, nunca vi igual
sai para a rua feliz porque tinha o Deus em mim...

Betimartins

Foto de MALENA41

O ÚLTIMO POR DO SOL ANTES DO ADEUS

Olhava meus dedos dos pés e chorava. Chorava por ele, por ele que logo partiria.
As malas estavam prontas...
Era a última noite que dormiríamos sob o mesmo teto. Na mesma cama já estava fazendo alguns meses que não dormíamos.
Eu já passava dos quarenta e cinco, porém, me sentia tão imatura.
A borboleta amarela e o beija-flor vieram me visitar. A tarde devagarzinho morria. Como eu, como eu.
Eu poderia chorar, desfazer as malas, me esgoelar. Ele desistiria da partida se eu implorasse.
Mas ficar com alguém desta forma? Como se ele estivesse me fazendo um favor?

A franja me caía nos olhos e eu a afastava, molhava suas pontinhas com as lágrimas que ensopavam meu rosto. Esfregava a boca e assoava o nariz. O lenço de papel estava ensopado. Precisava pegar outro. No entanto entrar na casa àquela hora?
Queria vê-lo chegar. Queria. Queria falar com ele.
Sofrer mais um pouquinho? ─ Diria minha sábia mãe.
Esticava a perna e recolhia, esticava de novo. Ela estava adormecendo de tanto tempo que ficara sentada ali. Uma hora, duas. O telefone cansou de tocar, o celular também. Não atendi.
Devia ser algum chato. “Poderia ser até meus filhos – mas eles ligariam outra hora”. Ou minha mãe. Ela também ligaria depois e faria milhares de perguntas. Sabia que não estávamos bem e estranharia meu silêncio. Conhecia meus hábitos e sabia que eu estava sempre em casa no final da tarde.
E se fosse ele? Ele não ligaria. Terminamos tudo e ele estava apenas aguardando que terminassem uns detalhes de pintura na casa que alugara. Levaria tão pouco, o indispensável eu diria.
Havia me dito que partiria bem cedinho.
Não brigamos desta vez. Só escutei e foi como se uma montanha de gelo despencasse sobre minha cabeça.
Nos últimos dois anos discutimos tanto que tudo se esgotou. O carinho morreu.
Houve um tempo que o medo de perdê-lo era maior e aí eu tentava reconquistá-lo. Depois fui me sentindo tão vazia e via que tudo era inútil.
Ele dizia coisas que me feriam fundo. Será que tinha noção do que estava fazendo? Não sei.
Acabei por feri-lo também. Não entendia ainda que estava agindo de forma errada.
Cada carro que passava fazia meu coração disparar, pois pensava que era Augusto que estava chegando.
De onde estava podia ver o sol descendo lentamente na linha do horizonte. Tínhamos uma vista privilegiada.
Quando compramos a casa comentamos que ninguém no mundo tinha uma vista igual. Até nosso ocaso era diferente, porque éramos muito especiais e nosso amor era exclusividade.
Nunca que terminaria um romance destes, nunca.

Um menino gritou na rua e fez meu coração pular e pensar nos meus filhos pequenos. Que pena que cresceram! Era tão bom tê-los sob a barra da saia.
De repente me via pensando no poema de Gibran: Vossos filhos não são vossos filhos.
Claro que não. Os filhos são do mundo. Só somos os escolhidos para colocá-los no mundo e orientá-los. E amá-los.
A menina se casara tão novinha e eu pensava que ela poderia ter esperado mais. Todavia havia o tal do livre arbítrio...
Meu filho estava cursando a universidade noutro estado. Foi o caminho que ele escolheu.
O menino continuava gritando e eu ficava ouvindo seus berros. Aquilo mexia com meus nervos que já andavam à flor da pele. O sol descia, descia.
Aí o carro estacionou. Era Augusto. Ele ainda tinha as chaves e o controle do portão. Foi abrindo e percebi que estava aborrecido.
Ele se mudaria no dia seguinte e nunca gostara de mudanças.
Na minha concepção meu esposo já tinha partido fazia bom tempo.
Olhei aquele belo homem estacionando na garagem e comecei a pensar quando nos conhecemos. Como ele era bonito!
Lógico que com os anos ganhara uma barriguinha, o cabelo diminuíra um pouco.
Mas num todo o corpo estava bem e o rosto sempre lindo.
Ele vinha em minha direção e meu coração disparava.
─ Você está bem?
─ Estou.
Minha voz saía rouca e eu pensava que precisava fazer aquele pedido, antes que nosso tempo se esgotasse.
─ Posso lhe pedir algo, Augusto?
─ Diga, Solange.
─ Não vai se aborrecer?
Que pergunta idiota! Eu o conhecia bem e sabia que estava arreliado.
─ Diga logo, que preciso tomar um banho. Tenho um compromisso daqui uma hora.
A frase veio como um balde de água fria me fazendo quase desistir de falar, Acontece que se não fizesse naquele instante não teria outra oportunidade e resolvi perguntar de uma vez.
─ Lembra-se quando ficávamos assistindo o sol se esconder de mãos dadas?
Ele pigarreou (andava fumando muito). Só que estava pigarreando neste momento para disfarçar.
E por fim falou baixinho:
─ Claro que lembro. Certas coisas não conseguimos esquecer por mais que tentemos.
─ Eu posso lhe pedir uma coisa?
─ Não se estenda, Solange. Já falei que estou apressado.
Outro balde.
─ Quero lhe pedir que sente aqui comigo para ver o sol se esconder. Falta pouco. ─ coloquei mais doçura na voz ─ Nem precisa segurar a minha mão.
Ele me olhou sem ternura no olhar, mas com pena.
Estaria eu fantasiando?
─ Augusto. Onde você vai morar dá para ver o sol se escondendo?
Ele virou o rosto na direção do horizonte e seu rosto parecia esculpido em pedra.
O telefone voltou a tocar e eu rezei baixinho:
─ Quieto, telefone. Fique quieto, por favor.
Por coincidência ou pela força de meu pedido depois do terceiro toque o telefone silenciou.
Em alguns instantes a magia daquele instante terminaria. Aquele corpo amado jamais estaria tão próximo ao meu.
Não resistindo eu busquei sua mão e ele estreitou a minha da forma que sempre fizera, apertando fortemente o mindinho.
Se eu chorasse naquela hora estragaria tudo. Ele havia me dito que não suportava a mulher chorona que eu me transformara.
Banquei a forte e nossos rostos estavam bem próximos. Os dois olhando o sol alaranjado e faltava apenas uma nesginha para o nosso astro rei se esconder.
Ele se levantaria em segundos e entraria no banheiro. Tomaria um banho e sairia. Chegaria tarde em casa e eu nem o veria chegar. Na manhã seguinte se mudaria e fim.
Um tremor percorreu meu corpo e de repente me vi estreitada em um abraço.
Aquilo não poderia estar acontecendo.
Sua boca sôfrega procurava a minha e eu me entregava inteira.
O sol acabava de desaparecer lá distante.
Eu já não via, mas sabia.
A língua dele tocava o céu da minha boca.
Estaria ficando louca?
Estaria sonhando?
Queria falar, mas o encanto se acabaria se falasse qualquer coisa.
Pressentia que não poderia me mexer, senão a poesia daquele instante se acabaria. Então fiquei bem quieta. Esperando. Esperando para saber se tinha escapado da realidade e entrado no sonho.
Eu não tomara absolutamente nada. Estava sóbria.
O corpo dele se estreitava ao meu.
Estreitava-se tanto que eu chegava a pensar que me quebraria algum osso.
Estava tão magra. Ossuda mesmo.
Ele é que rompeu o silêncio.
─ Desculpe.
─ Desculpar o quê?
Deus! Ainda era meu marido. Ainda era. Não tínhamos tratado da separação.
Augusto não sentia assim e provou isso pedindo desculpas.
─ Não tenho que desculpar nada, meu bem. Eu queria que acontecesse. E acho que você também.
Parecia que meu tom melodramático não o abalara em nada.
─ Foi um momento de fraqueza. Vou tomar um banho. Espero que você entenda que me deixei levar...
Eu o agarrei pelas costas e fiz com que se virasse e me olhasse nos olhos. Ainda haveria tempo de salvar nosso casamento?
─ E se eu mudar o meu comportamento?
─ Não há o que mudar. Tudo está resolvido. Amanhã cedo eu vou embora. Nossos filhos entenderão.
─ Será? Será que tudo é tão simples como diz?
─ Não vamos recomeçar.
E foi entrando porta adentro.
Eu fui seguindo-o. Se me beijara daquela forma ainda sentia amor e desejo. Ou estaria equivocada?
Ele colocou a chave do carro e a carteira sobre o rack e eu fui ao nosso quarto.
O que eu poderia fazer ainda? Jogar charme por cima dele não adiantaria de nada. Pedir? Implorar?
Deitei na cama e ele entrou no banheiro social e ligou o chuveiro.
Imaginei seu corpo nu e senti vontade de fazer amor com ele. Senti vontade de sentir de novo um abraço apertado, como o que acontecera há alguns minutos.
Que foi feito de nós? Fiquei me perguntando.
Em seguida desligou o chuveiro e fiquei pensando.
─ Ele nunca tomou um banho tão rápido.
A porta do quarto foi aberta abruptamente e molhado como estava ele me puxou para seus braços e me carregou para o nosso banheiro.
Usou a mão esquerda para ligar o chuveiro e com a destra livre foi me arrancando a roupa.
Será que em outras ocasiões fora tão impetuoso?
Era tudo tão espetacular e louco que eu custava a crer que estava sendo real.
Ele descia a boca para meus seios e mordiscava os mamilos.
Fizera isso milhares de vezes aqueles anos todos, mas estava sendo diferente, pois parecia haver uma raiva nele. Um desespero por me possuir.
Pensei se estava me violentando.
Acontece que eu estava querendo tudo aquilo e também o amei desesperadamente.
Também eu o mordi e o apertei.
Também eu quando tomei seu órgão genital nas mãos fui agressiva. Apertei mais do que devia.
Fazia-o não como uma fêmea no cio, mas como uma mulher desesperada.
Sabia que era a última vez e estava sendo maravilhoso e maluco.
Nunca nos amamos brutalmente antes e não estava sendo propriamente brutal. Era diferente. Era como se nós dois estivéssemos morrendo de sede e água nunca conseguisse nos saciar.
A relação sexual ocorria num ritmo alucinado. Bocas e mãos procuravam, deslizavam, corriam pelo corpo todo.
Palavras não existiam e antes falávamos tanto enquanto fazíamos amor.
Eu nem conseguia pensar direito tal a intensidade do que estava vivendo. Era como estar com um estranho. Aquele homem não era o Augusto de todos aqueles anos e aquela Solange exigente eu nunca fora.
Eu queria mais e mais e mais.
Antes nunca ocorrera comigo o orgasmo múltiplo e nem tinha conhecido que de repente pudesse senti-lo e sentia. O êxtase chegaria para nós? Ele aguentaria até quando?
Taxativamente eu desconhecia naquele homem meu companheiro de tantos anos e ele também devia estar me desconhecendo.
Prolongou-se ainda por meia hora o coito e quando por fim caímos exaustos na cama estávamos suados e arquejantes. Tão exaustos que não tínhamos forças para mexer um dedo.
Envergonhada pensava que não conseguiria mais encará-lo depois de tudo aquilo e foi ele que quebrou o silencio.
─ Estou desconhecendo-a, dona Solange.
─ E eu também não o reconheci ─ falei com débil voz.
Ele tinha se esquecido do compromisso?
Fiquei quietinha e nem queria pensar que ele pudesse se levantar e sair.
Augusto colocou o braço em volta do meu ombro e me puxou para seus braços.
Pensam que ele partiu no dia seguinte?
Está até hoje comigo e nossas noites costumam ser muito agitadas. Muitas vezes ele vem almoçar e esquecemos completamente da comida.
Ele perdeu a barriguinha e diz que eu acabo com suas forças, que sou a culpada.
Eu penso que sou a salvadora.

Páginas

Subscrever Êxtase

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma