Ferida

Foto de odias pereira

" DESEMPREGADO"...

Ha meses desempregado,

Procuro algo a fazer.

Sem dinheiro e individado,

Correndo o risco de minha casa perder.

Minha esposa já indiferente,

Por falta de dinheiro.

Um mal humor aparente.

Com o seu velho companheiro.

Não tiro sua razão,

Pois mulher gosta de conforto.

Quem fala mais alto é o milhão,

E não o prazer do desconforto.

Saio a procura todo o dia,

De um trabalho pra fazer.

Mais sempre o serviço que eu queria,

Vem outras pessoas preencher.

Bato de porta em porta,

Entregando curriculuns e credenciais.

O que pintar não importa,

Desde que seja trabalho formais.

Nas empresas que visito,

Vejo muita indescriminação.

Pois nas entrevistas que participo,

Por causa de minha velhice dizem não.

Depois de muitos anos ter feito,

Uma grande universidade.

Ter me formado em direito.

Mais o emprego que eu queria não da, por causa de minha idade

Continuo procurando,

Um emprego digno pra trabalhar.

As dividas acomulando.

Enquanto o emprego eu não encontrar.

Ja rezei pra todo o santo,

Promessa a minha mãe aparecida.

Implorei, cura senhor !... o meu pranto,

Acabe de vez com essa minha ferida...

Foto de Anderson Maciel

PRISÃO

E dentro tudo vai seguindo
leis e ditaduras pra fazer
é você não tem chanse
aos poucos vai morrer

O ferro te atinge a alma
você vai perdendo vida
fraco vai agonizando
e mais aumenta a ferida

Dogmas vão te alienando
você não consegue mais sair
pessoas te acusando, cuidado!
você está prestes a cair. Anderson Poeta

Foto de odias pereira

NATUREZA...

La no fundo do meu quintal

tem um pequeno jardim.

E tem um lindo cardeal,

Que fica cantando pra mim.

Todas as manhãs bem cedinho,

Eu vou la para escutar.

Um canto de um canarinho,

E o gorgear de um sabiá.

Fico escutando quietinho,

O canto da passarada.

E a mãe sabiá levando pro ninho,

A comida da filharada.

A onde se tem a natureza,

Se tem a vida...

Tem a alma , tem a pureza

Tem amor, e não ferida..

Odias Pereira
30/12/2010

Foto de odias pereira

" DENTRO DE MIM UM VAZIO".

Hoje bateu dentro de mim um vazio,

Quando eu cheguei em minha casa.

Senti no meu corpo um calafrio,

Ao perceber que em casa você não estava.

É o prineiro dia sem você em minha vida,

E ainda não sei se vou me acostumar.

Não sei se vou curar dessa ferida,

E essa separação ja começa apavorar.

Abri a porta como faço de costume,

E caminhei em direção ao nosso ninho.

E logo senti o cheiro do perfume,

E a falta de um abraço e de um beijinho.

Era assim que você me recebia,

Cheirosa linda e perfumada.

Perguntado como tinha sido o meu dia,

Depois de muitas horas trabalhadas.

Depois de beijar-mos com amor,

Você dizia , Amor a comida esta na mesa ! . . .

Eu me sentava e provava o sabor,

Depois deliciava a sobremesa..

Hoje ja sinto a falta dos momentos,

Que vivi com você em minha vida

Tentando conviver com esse tormento,

E a falta de você minha querida.

Odias Pereira
13/01/2011

Foto de vino silva

Acabou

Acabou
Já não quero mais encher,
meus olhas de água.
Sei que o peito e o coração chora.
Não quero juntar pedaços,
das nossas coisa
ou tentar aliviar- me com,
um beijo de improviso

Acabou
Já sei que acabou é a dura realidade,
só ficou a saudade.
Mas o tempo que te dediquei ,
foi com paixão e ternura,
com entrega e candura,
enchendo o nosso quarto de emoção e quentura

Acabou
E quando te vejo,
já não sinto as minhas impressões,
digitais em tua pele sedosa
E se a ferida cicatrizar, sara
E desaparece até dos nossos traços,

Acabou
Acabou a inocência que nos trocava os passos,
que nos fazia agir de forma irreflectida.
Vamos recolher todos caquinhos deste amor,
e deixar em paz o vazio de um sonho á dois,
que partiu, em fuga para longe!

Foto de Isabeluxis

Tudo Passou

Perante dias de angústia de indecisões
Um amor perdido com o tempo e discussões
Faltava -me ar, energia e muito mais
Tiras-te me a vida com coisas casuais

Passei alegrias mas também tormentos
Agora terei de me achar, em mim pensar
Tentar esquecer certos momentos
Fiquei doente pelos meus pensamentos
Débil ,fraca, frágil, sem mais argumentos
Não valeu a pena lutar pelo nosso amor
Pois este já tinha morrido, de tanta dor

Agora voltei a mim , agora renasci
Das cinzas voltei e em fogo me tornei
Do ódio cresceu revolta e força voltei a ter
Para te dizer, foste uma nuvem escura
Que do céu caiu e me molhou, água pura
Mas tudo agora é passado quero é viver

Tomei um partido, uma certa posição
Pois ainda está a sarar a ferida no coração
Mas de tudo isto há uma conclusão
Por muito que possamos dar e amar
Nunca devemos deixar venha prejudicar
Pois a vida já é curta , problemática
Quando nós permitimos alguém com ela brincar

Foto de Carmen Vervloet

7o Concurso Literário - ABELHA RAINHA

Se do amor eu sinto o doce gosto
é porque sua boca beija a minha
e se de mel e pólen ele é composto,
eu sou sua ardente abelha rainha.

Envolvo-lhe em meu vôo nupcial,
seduzo-lhe e feliz me fecunda...
Alimento-me da sua geléia real,
mas posso causar ferida profunda!

Eu sou abelha livre e guardo defesas.
Você é ciumento... zangão por natureza!
Não ouse me iludir com falsas delicadezas,
sou feroz, sagaz, impulsiva e cheia de ardilezas.

Sou fêmea incendiada e vitaminada,
sou soberana, inflexível e determinada!
Posso ser sua eterna namorada...

Mas se sair dos trilhos... perder a linha
e me trair com outra açucarada abelhinha
elimino-lhe com uma só ferroada.

Sou abelha rainha, impetuosa e apaixonada!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

7º Concurso Literário- "Tango"

(As faces do Amor)

Da doce bailarina de ballet clássico, à sensual dançarina de tango.
Do botão de rosa angelical, à flor carmim desabrochada.
Da suave fragrância matinal, ao perfume embriagador da noite.
Já amara profundamente. Em seus passos de ballet clássico, ainda adolescente, refletiam a pureza de um amor incondicional. Nos “pás-des-deux” e nos “arabesques” pulsava um coração apaixonado e crédulo.
Em seus lábios, um sorriso inocente.Nas pontas das sapatilhas, a certeza de um porvir risonho.
De repente tudo se transformara. As decepções trouxeram a amargura, as lágrimas, o sorriso sarcástico, o desacreditar. O vermelho da paixão, do desejo.
Tornara-se mulher.Conhecera a noite.Os becos e esquinas.A fumaça do cigarro e da neblina.Os copos de bebidas fortes.Os encontros clandestinos.
Os cabarés.O tango. Os saltos dos sapatos.
Seus passos de dança tornaram-se insinuantes, provocantes.O vestido preto colado ao corpo, com fendas laterais, era um convite para uma noitada caliente.
Uma rosa vermelha em seus cabelos presos, denunciava rebeldia.
Na dança mostrava sua alma ferida e quanto mais ela doía, mais se entregava a passos magistrais, coreografia única, conduzida pelos tangos de Gardel.
As pernas bem torneadas cruzavam-se rapidamente com as do parceiro, numa sincronia perfeita e sensual. Os “ochos” realizados com muita arte e elegância, faziam o público delirar.
Acordava sempre na cama de um bordel.Disfarçava as lágrimas com um sorriso malicioso.
Então dava-se conta da realidade crua e nua.E contava os minutos para que a noite chegasse novamente e com ela vestir a máscara que a camuflava.

Carmen Lúcia

Foto de francineti

O João da Mariazinha

Amanheceu, o sol raiou e Mariazinha a reclamar: “O meu João saiu para pescar e eu não sei se vai voltar." Todos os dias essa estória se repetia. Mariazinha acordava, fazia o café dos filhos e ia para a praia esperar seu João voltar.
Há um ano essa cena se repete. Mariazinha reza e pede a virgem da Conceição e também a Iemanjá: “faz o meu João voltar”.
O que será que aconteceu? Será que o João se perdeu?
João, grande pescador, sempre saia para o mar em busca do sustento de sua família. Mas naquele dia João amanheceu triste, olhar distante parecia estar ausente ou quem sabe doente. Entrou em seu barco levando a rede de pescar e uma rede para descansar. Também levou uma garrafa de cachaça. Nos seus olhos só tinha tristeza... Levou Mariazinha no seu coração.
Em meio à viagem, pescava e pensava na vida. Parecia que João descascava uma ferida. Lembrou-se do dia em que pediu Mariazinha em casamento. Ele não conseguia esquecer seu juramento. Ele havia jurado crescer e enriquecer. Dar-lhe uma boa casa. Na mesa, disse-lhe que comida jamais faltaria, mas o tempo foi passando e vida complicando. Vieram três filhos. João era pescador. Abandonou o supletivo, não conseguiu virar doutor. Com o dinheiro que ganhava não pôde construir sua bela casa. Pelo contrário, ele levou Mariazinha para morar numa casa de palha. Tinha dia que comida faltava até para as crianças. João sonhava com a riqueza que não vinha. Quanto mais ele trabalhava, menos ganhava. Ele ficava a imaginar como seria se ele pudesse comprar muitos vestidos para a sua Mariazinha. Ela que era tão linda, tão amada e desejada. Era sua menina, sua rainha. Ele queria cobrí-la de jóias, mas dinheiro ele não tinha, então ele enfeitava seus cabelos com rosas. E Mariazinha ficava toda prosa.
Em meio aos seus pensamentos e cheio de tormentos não percebeu que uma tempestade chegava. O barco afundou e João jamais voltou. Mariazinha até hoje acorda e exclama: João saiu para pescar, mas eu sei que ele vai voltar. "

PS: Esse texto eu escrevi inspirada numa música de um cantor abaetetubense. Ele chama-se Lial Bentes e gravou um Cd quando eu era uma menina ( 09 anos). A música chamava-se O pobre João. Eu lembro que o refrão dizia: "João saiu para pescar, mas não sei se vai voltar ". Eu chorava com pena da Mariazinha e ficava imaginando porque João não voltava.
Um beijo Lial Bentes e que Deus te faça alcançar o teu almejado sucesso.

Foto de Carmen Lúcia

Quisera eu...

Quisera eu ter o dom
de consolar os aflitos,
prevalecer o perdão
e calar todos os gritos
de dor, desamor, solidão...

Quisera eu levar a paz
aos corações em conflito,
acabar com a guerra fria,
aquela que trazem consigo,
fazer da mágoa, magia
e da poesia, canção
cantada em comunhão de amigos.

Quisera eu ter o dom
de devolver ao ente querido
o filho que não voltou,
o pai que se perdeu na partida...
À mãe sofrida, o consolo
pra sua dor mais doída.

Quisera eu ter o dom
de invadir o universo
com poemas, trovas e versos
e dispersar o que é perverso,
plantar sementes de amor
e de amor fortalecer a terra.

Quisera eu ter o dom
da palavra que enxugue o pranto,
de levar esperança ao que creu,
mas que hoje lhe sangra a ferida
e que vive como quem morreu
desprezando a própria vida.

Mas quem sou eu?
Pobre vivente carente de amor
em busca do dom que alivie
a própria dor...

_Carmen Lúcia _

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