Fim

Foto de arletinha

A ILHA

Ela está deserta no meio de um oceano sem fim
Matizada pelos mais diversos tons de verde
Amarelos, vermehos, brancos e rosas
Encantada, pelo sons dos pássaros
que a despertam
Adormecida pelo silencio que a cerca
Sobreviveu a temporais e vendavais
Alimentou a familia que vivia com ela,
abrigou e curou suas febres
Acalmou suas dores os protegeu do mar
ah... o mar
esse que sempre a cercou e ameaçou,
com sua ferocidade, devorando-a
lentamente com sua fúria e com seus predadores
Mas fascinante para todos,
Num canto sensual,
A sereia que nele vivia
Passou a cantar , encantando seu dono
Mostrando um mundo lá fora, a tanto esquecido
uma imensidão de seres novos,
vivendo uma falsa alegria,
numa enorme inversão de valores
E ele se foi...
Abandonou a ilha, sua choupana
as suas flores e seus animais
A ilha chorou...
Os animais se calaram,
as flores se fecharam como as dormideiras
Ela assistiu tudo quieta ,
Num silencio mortal que a envolveu inteira
Ferida e cansada,
Com seu âmago despedaçado
Ela sabia que, agora estava só
Com os furações, as tempestades
sendo consumida lentamente,
Pelas ondas......pela imensidão do mar
e a deriva e passou a viver
Se abandonou , sem mais lutar
porque, ela
Era apenas só mais uma ILHA.

Foto de Marta Peres

Frágil

Frágil

Cheguei bem fundo, dentro de um poço
onde minh’alma perdeu-se, meu princípio
tornou-se o fim! Enlouquecida tentava
subir, ir à tona, arranhando as laterais,

quanto mais tentava a subida, mais descia,
voltava com mais força, sem ar, não conseguia
sonhar, estava cega, os olhos não enxergavam,
minha história triste de amor, chegava ao fim!

Na fragilidade do meu ser, entreguei-me
por completo, arrastei-me por um amor
que nada valia, mistério da vida, li em seu livro
de venturas, acreditei cada palavra pronunciada,

mentiras deparei no caminho, razão do meu viver,
jamais passou de mentiras, farsa, meu castelo
desmoronou, rastros se apagaram, meu mundo
de sonhos já não voa, foi o princípio e o fim!

Marta Peres

Foto de Manu Hawk

Noite Quente de Verão (Conto)

"Noite Quente de Verão"

Sexta-feira, mais uma, como muitas outras! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de poder me divertir muito com os amigos. Nessa em especial, melhor ainda, pois conseguimos marcar um encontro onde todos do setor poderiam estar presentes. Colocaríamos o papo em dia, beberíamos, flertaríamos, e dançaríamos muito!!!

Cheguei atrasada, e nem pude confirmar se estava de pé o encontro. Eram poucas pessoas no setor, mas “ele” em especial, era o que mais importava, o que queria confirmar era se “ele” iria realmente. Enfim, chegamos ao fim do dia, e para minha decepção, mais uma vez, “ele” foi o primeiro a dizer que não poderia ir. E logo em seguida, quase todos disseram o mesmo. Desânimo total. Só eu e mais um amigo poderíamos ir. Nos olhamos, rimos da situação e resolvemos ir assim mesmo. Estava bem desanimada, mas logo que chegamos, meu amigo pediu duas cervejas, coisa que não devo beber de forma alguma, rs. E não paramos aí, desce mais duas. Papo vai, fofoca vem, e mais duas. Ele afasta, carinhosamente, o cabelo que caiu no meu rosto. Estava uma noite linda, e quente de verão, quente em todos os sentidos, e merecia mais duas. Brincava com minhas mãos enquanto falava. Nunca havia conversado tanto com “L”, era um cara bem divertido, inteligente, super atraente. Engraçado, não havia reparado nisso antes. Resolvemos dançar.

A partir desse momento tudo mudou, não sei se foi efeito da cerveja, da música alta, ou sei lá do que mais, mas já estava olhando-o de forma diferente. No exato momento em que fomos dançar, mudaram pra pagode, parei e disse que não sabia dançar aquilo. Não tenho nada contra, mas não era o meu forte. “L” riu e disse que não precisava saber nada, era só se soltar e dançar, ele levava. Levou bem, bem demais! Senti aquelas mãos firmes me pegarem, aquele corpo colar no meu, e me levar. Parecia que deslizava, nunca imaginei que dançaria assim, tão solta e tão junto daquele homem. Que cheiro gostoso...

Em alguns momentos sentia as pernas roçarem nas minhas, no ritmo da música, como se entrasse pelas minhas, e depois afastava, rodava e voltava colando novamente, sem vontade de desgrudar mais. Ria muito, nunca dancei tanto, até que nossos olhos se encontraram, estranho, o ritmo mudou, ficamos lentos, algo dentro de mim acelerou, nos beijamos. Um beijo louco, cheio de tesão, começando pela língua de leve na boca, a música alta, e nós ali, no meio da pista, quase que sugando um ao outro. Recomeçamos novamente, agora abraçados, levados pelo novo ritmo que se tornava cúmplice do roçar de corpos. Corpos quentes, gritando de tanto tesão, onde podíamos sentir exatamente o que cada um implorava. Paramos, os olhos diziam tudo, recuar seria impossível, não foi preciso falar mais nada, um minuto e saímos dali. “L” estava no Rio de Janeiro há algum tempo e fomos para seu apart, não acreditávamos no que estava acontecendo, mas também nem queríamos encontrar explicação, apenas seguir nossos desejos. E foi assim o resto da noite, durante a madrugada, vendo o dia amanhecer, e por todo o fim de semana, apenas atendendo aos comandos dos nossos desejos, dos nossos corpos, de uma magia que não podia ser quebrada. Mãos ardentes, roupas no chão, bocas carinhosas, línguas exploradoras, encaixe perfeito, movimentos deliciosamente alternados, doces, furiosos...deleite!

Segunda-feira, mais uma, mas essa como nenhuma outra! Correria, trabalho, trânsito, mas no final do dia a certeza de podermos ficar juntos. E foi assim por todo o mês, até "L" voltar para sua cidade. Mas voltou outras vezes, muitas e muitas vezes, e sempre acontecia igual nos encontros, mas diferente em nossas loucuras, em nossos desejos. Era estranho, poderia passar meses, e quando nos encontrávamos o tesão era o mesmo, parávamos tudo para dar vazão a nossa fúria, roçar nossas bocas e coxas, arrepiar nossas almas e preencher nossos vazios!

O “ele” do setor? Nem lembro mais, e graças à decepção, conheci alguém especial como “L”.

(por Manu Hawk - 21/05/2004)

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]
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Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Almoço, jantar e breakfast

Nossa fome não tem fim
Meus olhos te buscam
Minhas mãos tateiam e
Sob o sol do meio dia
Te amo com volúpia
Teu corpo, meu oásis
Ato raro!

Não me canso em querer
teu calor generoso
Arrepiar a libido, me afogar em você
Te quero novamente...
Sacia a minha vontade de fêmea
A noite é nossa testemunha

Sob o edredom, tão quentinho
Sinto um ar geladinho
Acende a chama
O gosto do seu corpo me acorda
Agarradinhos, de conchinha
Te amo pela manha

E trilhando esse caminho
Cedendo aos desejos
Desfruto do seu fruto
Sem precisar esconder
As marcas que deixaste
No almoço, jantar e breakfast

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

A,B,C....Z e ponto final

A mo-te. Precisa mais?
B eijo- te ...
C alo teus desejos carnais
D escobrir que sempre quer mais
E u repito a dose e
F aço amor contigo
G ozas ...
H omem de apetite aguçado
I nstinto animal, feroz
J a me destes a liberdade...
L iberdade por ter seu corpo e pela
M ulher que sou na sua cama
N ao te nego amor
O sexo pelo sexo
P razer pelo prazer...
Q uero teu corpo percorrer
R evigorar meu querer
S er lasciva e perder a compostura
T otalmente nua
U nicamente tua
V enha...estou exposta. Eis o
X da questão:
Z im...ou seria fim ?

Foto de Virginia Gomes

Trancafiados pela Dependência.

Chegando ao fim do túnel avistou um foco luminoso;
Luz fumegante, causadora da cegueira impulsiva;
Lampejos alucinantes que lhes tiram a vida;
Destrói o amor, corrompe a família.
Destacado entre a sociedade, que por destaque;
Descarta o corrompido;
Enojando-o, difamando-o;
Escarrando em sua garganta.
Entregue a impulsividade, foram-se todos;
Que a sua volta estavam cansados;
Fadados pela luta agressiva e terrível
Que a dependência causou.
Tudo fora exaustante;
Trancafiados pelo vício: o tempo passou;
Só lhes restaram lembranças;
Mágoas, imensa dor.

Foto de Cretchu

AMOR APACHE

Você, mulher morena, atende meus desejos como se fossem seus. Ao oferecer para mim suas nádegas que beijei com ardor, arrepiou sua pele de criança. Afastei delicadamente seus glúteos, beijei seu ânus e passeei por ele minha língua. Depois enfiei nele um dedo, depois outro dedo. Você gemeu baixinho. Então retirei meus dedos e te segurei pela cintura com as duas mãos. Puxei você para mim e te penetrei com meu pênis. Penetrei seu ânus que beijou meu pênis. Enfiei devagar, depois movimentei com mais força, sempre te segurando pela cintura. Percebi sua boca aberta, e seu gemido, e seus ais. Seus glúteos eram massageados pelo meu púbis, enquanto meu pênis percorria esta sua estrada de arco-íris. O quarto se encheu com seu cheiro, meus olhos ficaram marejados quando lembrei de seu sabor. Despejei minha torrente de sêmen dentro de você, e ainda fiquei algum tempo unido a você como se fôssemos um único ser. Ao final, retirei meu pênis de dentro de seu ânus e deitamos juntos, eu sobre você. Beijei sua orelha direita, enfiei minha língua em seu ouvido e por fim sorrimos, enquanto descansávamos um sobre o outro sussurrando palavras de amor.

Foto de Graciele Gessner

Memórias de Um Amor. (Graciele_Gessner)

Em meus sonhos você continua atuante. Para mim você jamais me deu adeus. Continuo a te amar intensamente, sem você saber da magnitude do meu sentir. Nas minhas lembranças não foi possível te esquecer.

Só você foi capaz de dar sequência em sua vida, mas eu paralisei no passado, em nossa história. Quantos momentos inesquecíveis, quantos sonhos planejados, quantos sentimentos declarados. Por fim, quantas desilusões, quantos sofrimentos desnecessários, quantas situações que poderiam ter sido evitadas.

Assim são as memórias de um amor, de uma apaixonada que acreditava em amor eterno, que dava vida e sentido a existência da alma gêmea.

Mais uma vez a inspiração dedicada a ti. Novamente meus versos transbordam de amor por você! Restaram apenas memórias, recordações... Adeus!

18.05.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de TAMARA PARIS

AMOR EM MIM

AMOR QUANTO TEMPO JÁ SE PASSOU?
QUE NEM AQUI CHEGOU
APENAS ME DIZ..
QUE A SOLIDÃO AQUI VAI PASSAR
QUE É SÓ MAIS UM PROBLEMA A SER RESOLVIDO
QUE A MINHA FERIDA VAI CICATRIZAR
E EU VOU ME CURAR
ME DIGA!
EU TE MENDIGO AMOR!
SOU POBRE DE ESPIRITO E ISSO AUMENTA MINHA DOR
EU SEI AMOR..
EU NÃO TENHO FÉ
EU NÃO TENHO ALEGRIA EM MEU SORRISO
EU JÁ NÃO TENHO TEMPO
JÁ NÃO TENHO SEGREDOS
EU NUNCA FUI FELIZ
AO SEU LADO FUI..
EU TENHO ESPERANÇA
MEU UNICO SENTIMENTO..
PERDIDA EM CARINHOS
ADORMECENDO EM SONHOS
ME SATISFAZENDO COM LEMBRANÇAS
EU VIVO ASSIM!
PERDIDA... NO FIM,
MUITO LONGE DE MIM.

Foto de Azul_Fogo

Balada do Homem Sólido





brincas com as pedrinhas e fazes muitas perguntas
saltas dos braços da tua mãe e olhas a tua volta, curioso
/como se a morte não existisse
vais para a escola e começas a esquecer
brincas e jogas futebol nos intervalos
e ensinam-te os ritmos e a submissão tranquila
/como se a morte não existisse

depois descobres o teu par e começas a passear
esquecido – corres e ris e bebes com os teus amigos
/como se a morte não existisse
na universidade, ignoras o fim da noite
saltas e cantas e depois estudas na véspera dos exames
/como se a morte não existisse

depois conquistas o primeiro emprego
já quase não fazes perguntas, continuas a viajar
/como se a morte não existisse
compras uma casa e começam a viver juntos
esquecido dos jogos e das pedrinhas
por duas noites foges de ti, enganando o dia
levantas os braços e sorris, contas e ouves piadas
/como se a morte não existisse

depois há um tempo em que tens filhos
cuidas deles e fazes por que aprendam a ser como tu
reais e concretos, sem perguntas, nem duvidas
/como se a morte não existisse
chegam os filhos dos teus filhos
continuas a fazer o que se faz para que o tempo flua
sem inquietação, entre festas e trabalhos
/como se a morte não existisse

depois morres



Carlos César Pacheco, 5 de Julho de 2008, madrugada


Nota: todos os textos neste espaço estão registados no IGAC, mas podem ser livremente copiados, desde que me mencionem como autor, tenham link para http://forteondaserena.blogspot.com/ e reproduzam esta nota, sem alterações.

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