Fogo

Foto de Osmar Fernandes

Reencontro - Depois de dois anos de separação

- Maria,
Perder você pra morte
seria aceitável.
Perder você por incompatibilidade de gênios
seria tolerável.
Perdê-la para outro
seria decepcionante.
Perder você por falta de amor
seria frustrante.
Mas, perder você para uma casa noturna,
é humilhante.
- José,
Não seria aceitável
se eu morresse antes.
Seria intolerável
Se não tivéssemos nos separados.
Pouco seria,
se eu tivesse tido um amante.
Por isso, fui buscar nos braços da noite,
o brilho da vida que você me tirou.
- Maria,
Não diga tanta besteira.
Quando eu te conheci
nosso amor tinha mel.
Nossa vida tinha céu.
Nossa corpo tinha fogo.
Nosso sexo era louco.
- José,
é tarde para voltar atrás.
Nosso romance acabou.
Não sou mais aquela dona-de-casa.
Minha vida é essa...
- Maria,
Não vim aqui para te pedir perdão.
Nem derramar minhas lágrimas em teu corpo.
Por acaso te encontrei nessa devassidão.
Viva o seu mundo torto.
Esqueça-me!
Basta nosso passado responder por nós dois.
Agora, quero ser seu cliente.
- José,
Nem que você fosse o único homem
do mundo, iria te querer.
Nem que fosse o mais belo e o mais rico.
Transo com qualquer um, menos você.
Virei meretriz, mas, ainda tenho orgulho.
Por favor, vá embora e não volte mais aqui.
- Maria,
Também não te quero mais.
Sou um homem de vergolha na cara.
Meu amor por você foi verdadeiro,
mas, foi incompleto... e teve este triste fim.
Adeus!
- José,
Adeus!!

(E, assim, José e Maria, depois de anos de amor vividos... se encontraram após dois anos de separação.)

Foto de Cecília Santos

SEM PUDOR

SEM PUDOR
#
#
#
Tenho necessidade premente
do seu amor.
Que me deixa sem pudor.
De te pedir sem rancor.
Que me dê o seu amor.
Com beijos e gosto de mel,
abraços, e carícias.
Como fogo insano à
queimar-me por dentro.
Tenho urgência do seu amor.
Que me deixa sem pudor.
De desejar seu calor
A incendiar meu o corpo.
Na maciez da nossa cama.
Onde nossas almas
se encontram.
Nossos corpos se tocam.
Nossos braços se enlaçam.
Nossas bocas se unem.
Sem pudor eu te peço!
Me ame com todo seu amor.

Direitos reservados*
Cecília-SP/10/2008

Foto de Osmar Fernandes

O mundo encantado de Isabel

O mundo encantado de Isabel

Em uma terra muito distante, vivia uma menina que se chamava, Isabel. Essa terra, onde ela morava, era um lugar encantado. Havia fadas, gnomos e duendes. Nesse lugar encantado as flores falavam e todos os animais se comunicavam entre si. As nuvens eram feitas de algodão doce e os rios eram formados de sucos, refrigerantes e água potável. A menina Isabel adorava essa terra de sonhos, era o seu mundo encantado. Todos, ali, viviam felizes.
Um dia a menina Isabel e a sua amiguinha – a fada Raio de Sol, ficaram desesperadas ao verem a floresta do mundo encantado pegando fogo. Uma enorme nuvem negra era vista pelos quatro cantos do mundo encantado. Formou-se um cataclismo. Viram que um imenso Dragão do mal estava incendiando a floresta, soltando muito fogo pela sua boca. A menina Isabel ficou muito angustiada, indefesa e sem saber o que fazer. Foi quando teve uma idéia supimpa e falou de supetão à sua amiguinha:
- Fadinha, você tem que me ajudar a salvar o mundo encantado, urgente, antes que seja totalmente destruído pelo dragão do mal. Transforme-me num animal poderoso para que eu possa dominar e conter a fúria desse monstro de asas.
Tristemente, a fadinha lhe respondeu:
- Não posso fazer isso sem a permissão do poderoso mago, Merlin. Ele é o comandante do meu reino. Se ele descobrir que alguma fada principiante, como eu; desrespeitou o livro sagrado, ele a manda para ser julgada no Tribunal das Fadas; e dificilmente a ré obterá a absolvição, pois é falta gravíssima e a condenação é inevitável. Além de perder todo o poder mágico, a fada condenada volta a ser uma simples mortal. Para mim, é sentença de morte. Não posso correr esse risco. O castigo é muito severo.
A menina Isabel, chorando, respondeu:
- O mago, Merlin, nunca vai saber disso. Será o nosso segredo para o resto de nossas vidas. É causa justa, é caso de vida ou morte! Se você não me transformar logo, vai ser tarde demais. Todos irão morrer. Aquele dendroclasta está exterminando o meu mundo. Amiguinhos meus estão morrendo indefesos. Pelo amor do criador do mundo do faz-de-conta, ajude-me a salvá-los, por favor!?
A fadinha amiga, piedosa que era, não vendo outro jeito, comovida, repleta de compaixão, resolveu desobedecer à ordem do seu superior, e, ao estatuto de sua lei, e decidiu ajudar a menina Isabel.
Pôs o seu dedo mindinho no narizinho dela e pronunciou as palavras mágicas, dizendo:
-Pirilim, trintrinc, trimplintrinc... Repetiu três vezes, e, de repente, o corpinho da menina Isabel foi sofrendo uma mutação, e transformou-se numa ave grande e forte e muito formosa – numa Águia Dourada.
Bem baixinho, a fadinha sussurrou ao pé do seu ouvido, dizendo:
- Voa, voa, voa bem alto minha linda Águia Dourada, e salve o mundo encantado e todos os habitantes do reino da menina Isabel.
A ave deu um vôo rasante, e aos poucos começou a voar, voar bem alto e poderosamente, como nem outro pássaro jamais havia voado em todo o mundo encantado.
A fadinha sentou-se muito preocupada diante da sombra de uma bela arvoreta, e, resmungando, disse a si mesma: “Por Merlin! Como vou sair dessa?... Desobedeci o mandamento mais sagrado do livro das fadas. E, agora?!”
Só aí ela se deu conta do que tinha feito. Não havia mais jeito de voltar atrás. O grande problema, além de sua desobediência, era que não sabia desfazer aquela mágica. A menina Isabel poderia viver eternamente como uma Águia Dourada. Era sua primeira mágica, sua iniciação.
Enquanto isso, a Águia Dourada fora ao encontro daquele monstro destruidor da floresta e ao se aproximar dele, furiosamente, disse:
- Por que você está destruindo o mundo encantado da menina Isabel?
O dragão respondeu:
- Porque alguém deste mundo encantado roubou o ovo de ouro do meu povo, e, sem ele, todos os dragões desaparecerão. Será o fim da minha espécie. Eu soube ainda, através da bruxa Doroti, que, o sumiço do ovo foi a mando do mago Merlin, porque ele quer dominar todos os mundos.
A Águia Dourada, ficou entristecida e muito pensativa... Na verdade, o que aconteceu, de fato, foi que a bruxa malvada invejosa queria destruir a felicidade do mundo encantado da menina Isabel, e, ao descobrir o segredo do ovo de ouro dos dragões resolveu roubá-lo, e pôr a culpa no mundo da menina Isabel.
A Águia Dourada, levantando a cabeça, emocionada e preocupada com a mentira da bruxa, respondeu ao dragão:
- Como você pôde acreditar numa loucura dessas! Você sabe que a feiticeira é cheia de inveja, de ira; ela tem ciúme de todo mundo que vive feliz. Você acha que o poderoso mágico de todo o universo, o criador de todo o mundo do faz-de-conta, precisaria mandar alguém do mundo encantado roubar o ovo de ouro dos dragões para aumentar o seu poder e dominar todos os mundos? Você não acha que aí tem coisa? Tem o dedo podre da feiticeira?!
O dragão, fazendo uma pausa, parou e pensou... Deu um vôo extraordinário, foi até o rio do mundo encantado, encheu sua enorme boca d’água, e, sobrevoando a floresta em chamas, como um verdadeiro bombeiro, começou a apagar aquele incêndio, que ele mesmo havia provocado.
A Águia Dourada ficou muito feliz com a atitude do Dragão, e começou a ajudá-lo. Depois de muito trabalho, o fogo foi controlado e apagado, e o incendiário disse à sua ajudante:
- Desculpe-me, perdoe-me! Causei muitos estragos, sofrimentos, tristezas e mortes. Eu estava enfurecido, descontrolado, irado, e não parei para refletir. Acreditei na conversa mole daquela malévola feiticeira e fiquei fora de mim. Acreditei em quem não deveria, e, agora, estou arrependido. Vou tirar isso a limpo, vou até o castelo daquela maldita e vou exigir suas explicações, minuciosamente, detalhadamente, e, se ela não me disser a verdade e não me devolver o ovo de ouro, destruirei aquele lugar fedorento e horrendo.
Animada, feliz com esse procedimento, disse ao Dragão:
- Vou junto contigo, quero olhar bem no fundo dos olhos daquela invejosa, e quero ouvir o que tem a dizer.
O monstro concordou imediatamente, e os dois voaram três dias e três noites rumo ao destino almejado, o castelo da bruxa.
Mas, antes que eles chegassem, a feiticeira foi informada pelo seu olheiro, que vivia no mundo encantado – o seu Piolho, seu puxa-saco – de tudo o que havia visto e ouvido... E que o Dragão e a Águia Dourada estavam a um passo de seu castelo.
A feiticeira não perdeu tempo e convocou o seu exército do mal para impedir a ação do Dragão e da Águia Dourada.
O exército da feiticeira armou uma cilada, uma tocaia para os invasores, que foram surpreendidos, feridos e imobilizados, acorrentados e presos no calabouço do castelo.
Longe dali, no mundo encantado, Dona Arvoreta despertou subitamente e acordou a fadinha angustiada e disse:
- Eu tive um sonho muito ruim, um mau presságio. Vi o seu Dragão e sua amiguinha – a Águia Dourada, tocaiados pelo exército do mal da feiticeira e foram surpreendidos, feridos, acorrentados e presos no calabouço do castelo da bruxa. Correm perigo de vida. Você tem que fazer algo imediatamente, senão eles vão desaparecer para sempre.
Meio sonolenta ainda, e sem compreender direito, a fadinha disse, de supetão:
- Mas, como assim? Que conversa fiada é essa? Quem me diz uma asneira dessa?
Só um pouquinho depois, ela se deu conta de que estava sozinha, que havia sonhado, tido uma premonição ou algo parecido... Confusa, olhou para os lados, não viu ninguém... E dona Arvoreta mais uma vez insistiu, dizendo:
- Não, não é devaneio seu, sou eu que lhe falo.
E, despertando a fadinha, dona Arvoreta lhe mostrou, através do seu espelho mágico, o Dragão e a sua amiguinha, presos. E, contou-lhe tudo o que havia acontecido... e ainda, disse-lhe:
- Somente você pode salvá-los. Faça isso antes que seja tarde demais, pois a bruxa malvada pretende transformá-los em soldados de seu exército maligno. Esse castigo é pior que beber do veneno da própria morte.
A fadinha, chocada com essa notícia, não viu outro jeito, senão pedir socorro para o grande mago, Merlin, e lhe contar toda a história, acontecesse o que acontecesse. Era tudo ou nada! Era caso de vida ou morte! De súbito, transportou-se para o Castelo do grande Mestre. Imediatamente, marcou uma audiência e foi ter com ele, e lhe confidenciou:
- Senhor, criador do planeta da imaginação, do mundo encantado e do mundo do faz-de-conta, cometi um grave erro, um pecado mortal, desobedeci a lei do grande livro das fadas. Sem o seu consentimento transformei a menina Isabel em uma ave poderosa. Mas, afirmo-lhe, senhor, foi por causa justa e urgente, caso de vida ou morte! O Dragão destruidor, estava incendiando o mundo encantado. Perdoa-me, senhor, por isto! Mas, a menina, Isabel, desesperada, vendo o seu mundo em chamas ardentes e os seus amigos morrendo, suplicou-me, e, naquele instante, agi de acordo com o meu coração, e vi que a única forma da menina enfrentar a fúria do monstro era através da minha ajuda, por isso, fiz o que fiz.
A fadinha contou-lhe toda a história, e disse que precisava de sua ajuda para salvá-los das garras da bruxa malvada, senão eles poderiam morrer ou tornarem-se escravos do exército da feiticeira. O poderoso mago, respondeu:
- De fato, você cometeu uma gravíssima falta e será julgada de acordo com o seu erro, pelo Tribunal das Fadas. Se for condenada, nada poderei fazer para ajudá-la. Se for absolvida, dar-lhe-ei poderes para que lute contra o exército do mal e os feitiços de Doroti, e salve os seus amigos.
A fadinha ficou detida no palácio do mago. Mas, naquele mesmo dia, o grande mestre convocou o Tribunal das Fadas, para julgá-la, assim composto: O juiz – O mago Merlin; o defensor público do livro sagrado – o papa das fadas – o senhor Bagú; o advogado da fadinha – o doutor Galileu; O corpo de jurado – formado por sete fadas madrinhas, dois duendes e dois gnomos.
Iniciado o julgamento, o defensor do livro sagrado do mundo do faz-de-conta, disse, após a leitura dos autos:
- As leis do livro sagrado são bem claras, e diz: no seu capítulo I - art. 4°. “-Nenhuma fada iniciante poderá fazer qualquer mágica sem a permissão do grande mago, Merlin. Aquela que desobedecer a lei perderá o seu poder mágico e viverá como uma simples mortal, e será jogada e abandonada para sempre no calabouço do mundo da escuridão.” Por isso, peço ao corpo de jurado que a condene, para que isto sirva de exemplo para as outras fadinhas principiantes. Não podemos abrir nem um precedente, para que não caiamos na ridicularidade em casos futuros. Peço pena máxima para a fadinha desobediente.
Levantando-se, o advogado da fadinha disse:
- Excelentíssimo senhor Defensor se esqueceu de que toda regra tem a sua exceção. A fadinha não fez uma mágica por achá-la bonita ou para se aparecer. Ela socorreu uma amiga em apuro, que, desesperada, implorou-lhe ajuda para salvar o seu mundo da fúria do Dragão e do incêndio da floresta. Foi caso de vida ou morte! Se a fadinha não tivesse tomado essa atitude naquele momento, todo o mundo encantado teria sido destruído e se transformado em cinzas, e todos os seus habitantes estariam mortos agora. Não vejo nenhum crime nisso. Provavelmente, se ela não tivesse tomado aquela decisão, naquela hora, estaríamos aqui, não a julgando, mas condenando-a por omissão, o que seria de fato um crime imperdoável.
Nesse momento, a platéia, que era formada por muitos gnomos, duendes e pelos habitantes do mundo encantado, pronunciaram: “Ela é inocente! Inocentem-na! Salvem-na, antes que seja tarde demais! E o Juiz, o poderoso mago, Merlin, com o seu martelo prateado, bateu-o várias vezes em sua sineta, pedindo: silêncio! silêncio! Senão vou colocá-los para fora do tribunal.
O Julgamento foi suspenso por duas horas. O júri reuniu-se para tomar a decisão final.
Logo depois, recomposto o julgamento, o juiz, o todo poderoso mago, Merlin, perguntou ao Presidente do júri:
- Senhor presidente, qual foi o veredicto do júri?
O senhor presidente respondeu:
- Excelentíssimo senhor juiz mago Merlin, o júri, depois de muito raciocinar, por unanimidade, chegou à conclusão de que a fadinha Raio de Sol é inocente!
A felicidade do auditório foi de grande euforia... E o senhor juiz determinou que ela fosse solta, imediatamente. A Fadinha agradeceu o seu advogado e todo o júri, dizendo: “Muito obrigada! Por Merlin, muito obrigada!” E, foi ter com o juiz, em seu gabinete, dizendo:
- Senhor, meu poderoso mago Merlin, ajude-me a salvar o Dragão e a menina Isabel, eu não sei o que fazer!
Merlin disse à fadinha Raio de Sol:
- A partir de agora, você será uma fada de quinta grandeza e terá poderes de uma fada madrinha. Ordeno-lhe que descubra quem roubou o ovo de ouro do mundo dos Dragões e o puna conforme a sua consciência. Dê-lhe o merecido castigo.
A fadinha, rapidamente, convocou treze amigos, para ajudá-la nessa missão. E partiram para a batalha na hora do crepúsculo.
O exército do bem, representado pela fadinha e seus amigos, iria enfrentar o exército do mal, da bruxa malvada. O risco de morte e destruição era muito grande. O combate seria sangrento e ninguém podia prever o seu final.
Ao se aproximar do castelo maligno, o exército do bem surpreendeu o exército do mal; e a fadinha, seus gnomos e duendes, transformaram o exército da bruxa em estátua gélida... e invadiram o castelo; e de surpresa adentraram o laboratório da megera, e a fadinha Raio de Sol, com os poderes ganhos do seu mestre, disse a ela:
- Exijo que solte os meus amigos agora mesmo, senão, vou transformá-la numa coisa feia, tão feia, que teria sido melhor nunca ter existido. Se não me atender agora mesmo, vai se arrepender por toda a sua existência diabólica.
Sentada no seu trono horrível, a bruxa, desconcertadamente, com ares de coitadinha, disse:
- Não sei do que você está falando!
E, a fadinha, irritada, impaciente, severamente, respondeu:
- Estou perdendo a minha calma, obedeça-me, ou destruí-la-ei eternamente.
A bruxa, notando que a fadinha falava com compostura, com medo respondeu:
- Eu sei que você agora tem poderes, é uma fada madrinha, mas, só vou pô-los em liberdade, se fizermos um acordo.
A fadinha, angustiada, disse:
- Que tipo de acordo?
A bruxa, tremendo de medo, falou:
- Você tem que me prometer que vai conter a fúria do Dragão, para que ele não me destrua. Esse é o acordo. Sei que a palavra de uma Fada Madrinha não pode ser quebrada em hipótese alguma. Isso está escrito no grande livro sagrado das Fadas. Não é?
Raio de Sol, respondeu à bruxa:
- É verdade. Tem a minha palavra! Agora, solte-os.
A bruxa ordenou aos seus malfeitores, que soltaram o Dragão e a Águia Dourada. Foram trazidos imediatamente ao laboratório da bruxa, que ao verem a fadinha, alegraram-se, e o Dragão, enfurecidamente, disse:
- Doroti, bruxa de belzebu, larapia e mentirosa, agora me fale aonde está o ovo de ouro do meu povo?
A bruxa, encurralada, sitiada, resolveu ceder e contar a verdade, dizendo:
- Está bem, eu confesso que o roubei, mas só vou devolvê-lo se me prometer que não vai destruir-me, conforme o acordo que fiz com a Fada Madrinha.
Nesse exato momento, o Dragão fitou a Fadinha, que balançou a cabeça, afirmativamente, e, o Dragão então disse:
- Sendo assim, prometo. Mas, traga-me logo o que é meu, antes que eu mude de idéia.
A bruxa mandou os seus comparsas buscarem imediatamente o ovo de ouro, e o entregou ao seu legítimo dono.
O Dragão, felicíssimo, despediu-se dos seus amigos e mais uma vez pediu perdão para Águia Dourada, pelos danos, mortes e sofrimentos que causou aos habitantes do mundo encantado, e partiu.
A fadinha disse à bruxa malvada:
- Prometi e cumpri. O Dragão não lhe destruiu. De hoje em diante, você não terá mais o poder de fazer mal. Passará o resto de sua vida nojenta condenada a vegetar no mundo da escuridão, no calabouço do seu castelo sujo, sozinha. Conhecerá o sofrimento da pobreza, da solidão e da velhice. Depois pagará os seus crimes conforme o que está escrito no grande livro do mago Merlin. Será, a partir de agora, uma simples mortal, e conhecerá a morte... Seu exército transformá-lo-ei numa tropa do bem, vai ajudar todos os necessitados... Chamar-se-á o exército da salvação dos excluídos. Aonde houver uma destruição, incêndio ou catástrofe, estará lá para ajudar a salvar e depois a reconstruir... Esse é o seu castigo.
Condenando a bruxa, enviou os exércitos para uma missão secreta... A fadinha, despediu-se... E partiu com a sua amiguinha.
Depois de longa viagem, resolveram descansar. Aterrissaram debaixo daquela mesma arvorezinha... E a Águia Dourada disse:
- Estou muito feliz por toda ajuda que me deu. Salvei muitos amigos e meu mundo encantado da fúria do Dragão, e a questão do roubo do ovo de ouro foi esclarecida. Agora quero voltar a ser novamente o que sou, a menina Isabel, certo?
A fadinha tristemente lhe respondeu:
- Virei o meu mundo do avesso para ajudá-la. Fui parar no Tribunal das Fadas por isso. Não estou nenhum pouco arrependida pelo que fiz. Faria tudo de novo. Mas, não sei como desfazer essa metamorfose, não sei como transformá-la novamente na minha amiguinha. Naquele dia eu tentei avisar você, mas tudo aconteceu tão rápido, que não me deu ouvidos, nem tempo para eu falar.
A Águia começou a chorar, desesperadamente, e a dizer para si mesma: “E agora, meu Senhor, Merlin, criador do mundo do faz-de-conta e do mundo encantado, o que será da minha vida? O que vou dizer para os meus pais? O que vão pensar de mim ao me verem assim? Ajude-me!”
De repente, com autoridade, uma voz serena sai da boca daquela arvorezinha e diz:
- Não chore, menina Isabel, não chore! Sou eu, o mago Merlin. Ouvi os seus clamores... Conheço seu coração e a sua grandeza, e vi o amor que sente pelo seu mundo encantado e pelos seus amigos; vi a sua coragem ao enfrentar a fúria do Dragão para salvá-los; o desafio que encarou para provar quem era a verdadeira ladra do ovo de ouro. Todo o seu gesto e toda a sua ação são dignos de aplausos em todo o meu mundo. Portanto, dou à fadinha o poder para que ela possa desfazer essa mágica e você voltar a ser quem era.
O poderoso mago Merlin deu poderes à fadinha, e ela pôs o seu dedinho no nariz da Águia Dourada e disse:
- Pirilin, trintric, trimplintric... Repetiu três vezes as mesmas palavras e mais três de formas inversas, e a menina Isabel, num passe de mágica voltou a ser como era.
O mago Merlin, assistindo a esse momento espetacular, deu um grande “arroto”, fechou sua boca, enorme, e adormeceu novamente. E, a fadinha disse à sua amiguinha:
- Vá imediatamente para o seu mundo encantado e reencontre a felicidade, porque é a única riqueza que vale a pena, é o tesouro; todo mundo a carrega dentro de si mesmo, mas pouca gente consegue encontrá-la.
E, falando assim, abraçou a menina Isabel, deu três beijinhos e partiu...
A menina Isabel, correu para o seu mundo, convocou todos os seus amigos, e disse:
Vamos reconstruir nosso mundo encantado, num mutirão de solidariedade, porque a vida só tem valor e graça se tiver cooperação de todos, em qualquer momento, mas principalmente nos difíceis. O amor, o respeito e a amizade são sentimentos fundamentais para que uma sociedade possa viver em paz. A amizade salvou o nosso mundo encantado da fúria do Dragão e da mentira da bruxa Doroti.

“Lembrem-se que a verdade vem sempre à tona, doa a quem doer... A mentira tem perna curta!... E, o bem sempre vencerá o mal, custe o que custar!”

(Respeite o direito autoral... - do livro de minha autoria Crisálida - a motivação da vida)

Foto de DeusaII

Meu desejo és tu!

Quando a tua vida tocou a minha
Senti um desejo quase incontrolável
De me fundir em ti.
Meus sentimentos adormeceram
Para despertarem no teu corpo
Que ilumina a minha alma.
Quando tua pele tocou a minha, ao de leve
Senti um arrepio que gelou meu sangue
Fazendo-me perder todos os meus sentidos.
Procurei entrar em tua alma, mas ela fugiu de mim.
Então em alerta,
Tentei ir mais fundo,
Com muito cuidado para não ferir o teu coração
Já atordoado pelas dores da vida,
E então aos poucos, tua alma
Deixou-me percorrer cada centímetro seu,
Deixou-me desvendar tuas mágoas,
Sarar tuas dores.
Tua alma, já quase liberta
Deixou-me ir mais fundo,
E então tentei encantá-la
Com as mais belas palavras de amor.
Foi então que vi o fogo nos teus olhos,
O desejo de me possuíres,
Para que te pudesses fundir em mim
Para que nosso toque
Produzisse magia e sentimentos perfeitos.
Senti então uma necessidade quase louca de
Reclamar-te para mim,
De controlar tudo o que existia de belo em nós.
Senti meu mundo morrer,
Meus olhos a desfalecer,
Senti minha vida presa à tua.
Então quase num acto de desespero,
Olhei o céu, azul e brilhante
E pedi com todas as minhas forças
Para que fosses eternamente meu.
De repente tudo escureceu,
O céu escuro e nebuloso, aos poucos, começou a mudar
Para uma tonalidade clara clara brilhante
Que quase ofuscou meus olhos.
E algures dentro de mim,
Sei que meu desejo foi atendido.

Foto de Izaura N. Soares

Excitação à flor da pele

Excitação à flor da pele
Izaura N. Soares

Sinto meu corpo desvanecendo lentamente,
Sentindo tua falta, tua ausência.
Minhas mãos tateiam a tua procura para sentir
A maciez da tua pele, o calor do teu corpo,
O aroma do teu perfume.
O cheiro que exala do teu suor me faz sentir
Tua presença inebriante de desejos.
Olhos vagos, tristes, encontram-me só...
Na cama vazia, teu lugar está vazio.
O frio entorpecente deixa meu corpo por um fio,
Quase num sopro, sem vida,
Esperando ser amado, ser curado.
Meus desejos se envolvem com a paixão
Onde sinto a minha excitação à flor da pele.
Desejo você meu amor, preciso me sentir!
Só você é capaz de reacender essa chama
Que me dá vida, que cura minha tesão.
Sofregamente me excito só de pensar em você.
Com teu toque suave, silencioso, meu corpo
Delira de tanto te querer.
Não penso em mais nada...
Só penso em amar-te te sentir penetrar-me...
Na orgia desse amor o calor me queima...
É um fogo ardente que me faz soar como se
Eu estivesse numa sauna transpirando todos os
Vestígios dessa louca e ardente paixão!
Por isso que meu corpo grita de desejos,
Devora o silêncio com minha nudez,
Ecoa a voz num mundo onde só existe um
Fadigoso silêncio que ninguém mais ver,
Ninguém mais sente só eu. Fico inerte, pois
A minha inércia está sem nenhuma visão...
E procuro teus lábios úmidos para selar
Com um beijo; essa magia da ilusão!

Foto de Dan.cliver

Dan cliver

AMAR

Amar é querer estar sempre contigo.
É sofrer sua distância,é a necessidade
De gritar ao mundo apenas o teu nome.
É escreve-lo em todas as árvores e em
Todos os muros por toda cidade,amar é sentir
Este fogo que me encedeia por dentro e me
Inflama o coração deixando-o em brasas...
Amar é te sentir em todas as partes mesmo
Estando ausente,amar é desejar teus lábios
É delirar com tuas carícias mesmo sem me
Tocares, é sempre sonhar contigo mesmo estando
Acordado,O que importa não foi o dia em que
Te conheci, e sim o dia em que passei a te amar.

Foto de Sonia Delsin

FOGO ETERNO

FOGO ETERNO

Como onda com toda sua fúria na areia eu chego arrebentando.
Estourando.
Me desmanchando na areia.
Minh’alma é assim.
Facilmente se derrete.
Facilmente se incendeia.
Sou o fogo da candeia.
O fogo que não vai se apagar.
Por sorte acredito piamente que este fogo eterno pra sempre vai durar.

Foto de SonhoReal

Significado

Dizer que amo,dizer desejo-te
Não significa nada

As palavras que tem valor
Não são do amor
São as que saem de mim
sem nunca terem fim

Na minha alma nascem só
palavras brancas

Perguntas sem justificação
Porque o que sinto não tem uma razão
Um amor como o meu não se pode afogar
Como uma pedra no rio até ao fundo chegar

Nem estando longe eu me esqueço
quem és tu que me preenche

Este amor não se pode queimar
porque é feito de fogo
Também não o posso perder nem ganhar
porque não é um jogo

Beijar-te e amar-te
É tão mas tão bom

Eu e tu, nós
Um grande amor nada mais
Dirá sempre a minha e a tua voz
Ninguém nos separará jamais

Foto de Fallen_AnGel

Desejo *-*

Ainda sentia o desejo dele...
O seu cheiro tava em mim
Lembrava o toque dele deixava meu corpo em fogo
Era como adrenalina pura

Queria beber dos seus labios
Sentir-lo dentro de mim..
Outra e outra vez...
Como se nao houve-se outro dia

Minha alma sombria o queria
Era como outro mundo ou assim
So sei que o queria so pra mim
Que aquele homen me enlouquecia

Com a chuva a cair o nosso desejo
Foi cessado..
Na quela tarde de outono
O sonho foi encerrado

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

AMOR DESEJO E SEDUÇÃO.

####
###
##
#
Perdi meus sentidos pelos teus.
Desorientei do que seria correto.
Deixei me levar pelo momento.
Entrei de cabeça nessa fantasia

Meu corpo, já não se conteve.
Minha mão com a sua se atrevia.
Seu perfume me embriagava.
Meu desejo por ti aumentava.

Seu corpo suava de encontro ao meu.
Ateando fogo em minhas entranhas.
Seu jeito sedutor me provocava calor.
Aguçando meu desejo por ti.
Aos poucos fui perdendo a razão.
E me envolvendo nessa forte sedução.

Não houve espaço para tanto desejo.
Não me contive e te dei um forte beijo.
E nos lançamos a uma noite inteira de prazer.
Onde pessoas que se amam, fazem acontecer!

*-* A FLOR DE LIS .

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