Forma

Foto de Zedio Alvarez

Amor de um velejador

A peleja da minha vida não está perdida
Meu barco ainda veleja por águas vorazes
Ele às vezes balança em contos nervosos
Desde que singrei as águas da partida

Desbravo o mar com suas ondas revoltadas
Sem tirar de mim toda esperança e calma
Não me tornarei refém de cada castigo
Lançado pelas turvas águas passadas

Minha naus não teme tua bravura
Que apesar do meu apelo de perdão
Usas a força para reprimir meu coração.

A minha forma física me faz um timoneiro
A luz que me ilumina vem de um farol
Que seguirei, até achar o teu tesouro primeiro

Foto de Auri

Prazer Insano

Abriu-se as portas do prazer
Meu corpo sentira todo o calor
Da forma audaz que toquei você
Mal suportando a vontade de te ter
Fogo inigualável, desejo de fazer amor

Então deixei teus toques tão sutis e macios
Percorrerem meu corpo sedento de paixão
Tuas mãos acariciando meus cabelos
Apertando os bicos de pequenos seios
Me levando a loucura, ou aos céus, tesão

Despudorada toquei teu sexo
Sentindo-te pronto pra percorrer
Os caminhos sinuosos do meu corpo
Nessa hora quis ter-te todo
Vontade insana de chegar ao prazer

Então nos permitidos os dois sentirmos
Dedinhos percorrendo velozes em nossos sexos
Vi o êxtase estampado no teu rosto
Sentindo que chegava próximo ao gozo
Tantra gostoso e só te pedia: me dá mais que eu quero!

Nessa hora já quase alucinados
Começamos a criar nossas taras e fantasias
Me levaste ao paraíso da imaginação
Fez-me sentir a cortesã de tanto tesão
Porém queria sentir-te mais, será que o podia?

Ah sim eu o podia!
Pois ainda estava em ti o ardor
Então, pus me a fazer o que nenhum homem gosta
Deitei-te na cama deixando a amostra
A delícia que dos lábios meus não se afastou

Já não contendo tanta volúpia
Invadiu penetrando-me com desejo e paixão
Nos deixamos sentir então toda energia
Que como cachoeira colorida em nós fluia
Fogo que saia do sexo, amor do coração

Foto de Jorgejb

E de um poema, nasceu…

Foram muitas as palavras, trocámos poemas e comentários, avolumou-se a caixa postal. Cada vez, as palavras faziam mais sentido, olhava cada frase, cada poema e só sabia que todos os dias, ia querendo mais e mais. O gosto da cumplicidade preenchia os nossos tempos, e percebemos que tínhamos criado algo único e pessoal onde só nós podíamos entrar, como os cantos secretos dos adolescentes, onde o mistério e o segredo animam cada fracção do nosso corpo. Tremia só de pensar nela, percebia nas palavras dela, a mesma intimidade, a mesma necessidade de algo diferente e especial, que só cada um de nós podia dar ao outro.
Um dia acabamos por ir mais longe, trocamos telefones e e-mail, soubemos como era o aspecto físico um do outro (como se isso interessasse), e combinámos encontrar-nos. O medo e a ansiedade iam tomando conta de mim, já sabia quem eras, quanto esse teu coração podia entregar, a profunda sensibilidade que criavas em cada poema, a forma como sentias a vida. Decidi abandonar-me a esta paixão, nascida da emoção das palavras, sem qualquer destino, sem qualquer certeza. Apenas como se o mundo fosse um recanto ingénuo, onde nos faríamos felizes, para além de qualquer coisa. Decidimos encontrar-nos.
Olhei-te demoradamente, como se já te conhecesse, como se o teu olhar estivesse para além de ti, da tua forma, da tua roupa. Pousei meus olhos nos teus lábios, segurei tuas mãos, sentindo nelas a força da tua escrita, e quis meu peito contra o teu, como se já fosses minha e te abandonasses sem receios.
A verdade de um beijo formal e um “como estás?”, parecia não fazer parte do nosso quadro, mas foi assim que aconteceu. Procurámos uma esplanada, agradecendo a mesa que nos dava a distância suficiente a nos entendermos, e tentámos começar a conversa, que no nosso canto era tão fácil e fluida. Percebemos rapidamente o nosso embaraço. O nosso desejo contido pela formalidade física, as nossas limitações do outro lado da vida. Formais e inquietos, entregávamos sorrisos tímidos, perguntas esbarravam com os tiques nervosos – tu meneavas o cabelo, eu arrependia-me quanto podia, de ter deixado de fumar.
Acabámos por começar a conversa, acerca do teu poema que escolheras não sei para onde, o tal que me pediras ajuda. E depois foram conversas sobre mais um e mais outro, a vida começava a fazer sentido outra vez. Perdemo-nos nas horas, nos compromissos, fomos papel e caneta, escrita a dois, poemas inventados, a felicidade de nos termos, e por fim um poema em cima da mesa, que copiaste numa letra soberba e me entregaste. Já não sei se nos despedimos ou ficamos, se nos beijamos ou nos amámos.
Essas são as memórias que o nosso canto irá guardar para sempre, como nós dois guardámos esse poema que só nós, sabemos dizer de cor.

Foto de Jorgejb

E de um poema nasceu 2

Deixou um poema em cima da mesa e saiu. Sabia que ela, ao sentir o frio do outro lado da cama, saltaria pronta, procurando onde tinham feito amor, a mesa nua e fria, ainda quente do seu corpo, sulcos de si própria espalhados nela, e assim, perceberia a folha cheia, acolhendo palavras para si.
Não, não era um recado, nem uma justificação, nem concerteza razões expressas de forma polida e omnisciente, desculpando-se. Era um poema, zurzido da consciência do impossível, dos pedaços dos dois, que ainda ontem pareciam não conseguir se despegar, iluminados da loucura que os prazeres quando libertados, emprestam aos corpos e lhes dão aquele brilho, que só os amantes sabem contar e explicar dentro dos seus corações.
Uma dolorosa e delicada expressão de amargura, empalideceu seu rosto, sentindo a solidão dos amantes traídos; olhou de lado a sua cama, desarrumada, os lençóis descaídos e soltos, as roupas espalhadas pelo chão, como um mapa, com pontos demarcados e uma história apensa a cada um.
Já sentada na beira da cama, contida no seu próprio corpo, escondendo seus seios em seus braços, as pernas geladas, vermelhas, unidas na estupefacção do seu próprio ruído interior, procuraram nas palavras uma nova força, um destino, uma alma.
Encontrou-o mais uma vez. Como sempre, arquitecto de palavras, demasiadamente doce para a sua manhã, o rosto dele na sua memória - definhando, e foi lendo, e lendo, sem compreender onde chegava.
Era a carta de um homem com medo do amor, como se não lhe tivesses deixado os seus portões abertos para entrar, era a carta de um homem preso ao espaço e à resignação do mundo que trouxera atrás de si, como se ela alguma vez tivesse ousado tocar em seus haveres, ou pronunciado a palavra passado. Era ele e seu mundo, e a irrazoável forma de dizer adeus cobardemente, como se num último rebate, abandonasse a prancha mais alta e recusasse o salto para um mar maior e mais azul.
Ela sorriu, arrumou o quarto, tremeu de frio, e percebeu o quanto tinha estado nua, agasalhou-se sentindo o conforto do seu xaile de seda, onde tantas vezes repousara o seu amante, e sorrindo mais uma vez, abriu a janela que dava para o meio da rua, o rio entrando pelas suas narinas, extasiado do fresco ar húmido e salgado que a abraçava, e convidando o Sol a entrar, escutou no seu rádio a sua música favorita, trauteando um novo canto, sem saudade, sem rancor. O amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.
Ele, parado no meio da rua, queria perceber o que tinha escrito, a impulsividade que o dominava, o medo de magoar, de prolongar sonhos sem esperança. Doía-lhe o peito e a saudade dos lábios dela. A manhã não lhe dava tréguas, de ter sido acordada tão cedo, enregelou-lhe os ossos, como querendo que ele voltasse ao leito que tinha deixado. Sentia o perfume dela, abraçando-o, mas soube que a outra história devia estar destinado. Final de história, os passos levavam-no em frente. Sorriu na compreensão, do quanto ela ficaria no seu peito, na sua memória, e amou esse momento na plenitude de um grande final e do quanto os momentos são diferentes na medição do tempo e dos seus segundos. Veio-lhe à memória a mesma canção, que tocava em todas as janelas abertas, a sua canção, espalhada por todos os rádios, esperando que ela também o tivesse ligado, trauteou baixinho para ela, que o amor nunca irá partir, um dia o amor, o seu amor haveria de chegar outra vez.

Foto de Poetastro

Ao longe, observo uma carta!

Uma carta, na mesa se encontra
Um brilho gracioso esbanjo
O cheiro do perfume me encanta
E, respiro ao ar de anjos!

Olho fixamente em direção à carta
Parece estar me pedindo para abrir
Caminho lentamente, na expectativa
De abri-la e começar a sorrir!

Tomo-a em minhas mãos
Meus olhos tremem
Na esperança de palavras de paixão!

Começo então, à carta ler
Parece ilusão
Não acredito no que estou a ver!

Tudo se transforma
E em um piscar de olhos
Vai ganhando uma nova forma!

As pontas dos meus lábios começam a subir
O brilho do meu olhar esplandece
As margens da solidão estão a sair!

O tempo está a passar
E já começo a imaginar:
Ela irá me amar...!!!

Foto de Popowsky

Vidas que vivo

Eu não sei viver...
Vivo por ai vivendo vidas...
Vidas que não são minhas...
Vidas que gostaria de ter...
A vida que eu tenho, não me agrada,
e sei que muitos com quem eu falo se sentem
da mesma forma.
E eu vivo tentando alegrar essas vidas
ja que a minha vida não e assim tão util pra mim,
vivo as vidas de outros,transmitindo vida á quem quizer receber.
Minha vida e a eterna tentativa de alegrar as vidas que eu vivo e que não são minhas.

Foto de CASTANEDA

COMO MÁGICA

Tá tudo escuro agora , tenho medo , mas derepente sinto a fina e suave brisa da noite entrar e tocar-me e no mesmo instante o amor enchendo de raiz um coração que lutava para sobreviver e esquecer marcas de maus amores , das angústias e das noites e madrugadas frias sem dormir.
Quebram-se as correntes que deixava este coração trancado e resistindo aos encantos do puro e verdadeiro amor, ele que chega entra acomoda-se devagar fazendo bater e sentir a cada sensibilidade deste encanto, a cada toque a luz fascinante e ofuscante que irradia a vida e que como magica e puro encanto transforma a vida numa radiante forma de viver e amar verdadeiramente alguém.

Foto de Milaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Pra você...

Amor, palavra que traduz tudo de belo no mundo, mas, às vezes, se apresenta de forma confusa. Sempre procuramos algo que faça sentido em nossas vidas. Talvez este sentido seja o verdadeiro amor, aquele amor platônico que aparece sem avisar, nos momentos mais inesperados e, ao encontrar tal amor, tudo que se quer é abrir seu coração, escrever o que não pode ser escrito porque não há palavras que expressam tamanho sentimento. Toda nossa vida vive em função do amor. Amor de pai, amor de mãe, irmãos, amigos, mas sempre falta algo especial em nossas vidas, alguém que nos complete, que quando estão juntos se completam, e falam sem palavras, falam apenas do olhar, no pensamento. Mesmo à distância, as mentes se unem, cada um tentando superar os obstáculos da vida, colocadas pelo mundo, do qual tem único propósito, destruir o amor verdadeiro.Posso estar errado, não sei, mas pelo pouco contato que tive com você, senti que você pode ser esta pessoa especial, especial não apenas na beleza, mas pelo jeito simples de ser, pelo sorriso doce, pelo jeito meigo de ser. Por ser quem você é. Posso estar errado, quem sabe? Às vezes, o coração e a vida colocam armadilhas que nada no universo consegue explicar. Às vezes, somente para nos testar ou mostrar a pequinesa diante das coisas do mundo e de Deus.
Desafios, conquistas, amores possíveis e impossíveis povoam nosso imaginário, fantasias, medo do desconhecido, às vezes, até o medo do amor. Medo que, às vezes, levam as pessoas a se separarem pela eternidade, levam à infelicidade eterna.
Às vezes, o amor não se prolifera, mas ao menos não serei infeliz pela eternidade. Porque tenho a certeza de ter tentado construir algo verdadeiro.
Parece não ter sentido, mas não tem mesmo, porque não há palavras que expresse tal sentimento, apenas ame e tudo começará a fazer sentido.

>>> Vinny.. Eu te amoo!<<<

Foto de Klevisley Andrade

Apenas na poesia

Encontrei na poesia uma forma de expressar.
Expressar, o que queria ter li dado.
Na poesia encontrei uma aliada pra te reconquistar.
Na poesia me sinto livre pra te amar;
Apenas na poesia poderei te ter em minha frente.
Mas que pena que seja apenas na poesia...

Foto de Klevisley Andrade

Tua falta

Hoje senti falta de teus lábios a me beijar.
Senti falta de teus braços para me abrasar.
De tua voz par mim sonhar.
Só queria te ter, mas uma noite em meus braços.
Sei que você me sentiu de alguma forma...
Sei que teu amor não terei mas. E por isso minha alma chora...
Hoje em outros braços você dorme.
Eu só queria te ter mas uma noite.
Teus olhos não mas vejo, tuas mãos não mas toco...
Mas ainda sinto teu cheiro que percorre meu corpo.
Hoje me desfaço em outros braços para te esquecer
Mas a tua ausência e maior.
Sigo teus passos na escuridão de meus pensamentos.
Como tu foste embora de minha vida?
Devia ter dado mas atenção, a você meu amor .
Quero apenas te amar outra vez.

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