Futebol

Foto de josenibasilva

JOÃO E ALGO FASCINANTE

Vejam que fato impressionante
João é um morador da cidade de Brasília. Certo dia ele acordou, arrumou a cama e foi ao banheiro escovar os dentes e lavar os olhos. Voltou para o quarto e se arrumou. Depois saiu e foi na padaria. Quando chegou na padaria falou com a atendente e pediu 6 pães. Se dirigiu ao caixa e pagou. João voltou tranquilamente para casa, pois morava perto da padaria. Logo em seguida, preparou o café, fez sua refeição matinal e saiu novamente. E vejam só o que aconteceu, ele se deslocou até a parada de ônibus. Ficou ali sentado esperando alguns minutos e logo em seguida o ônibus chegou. João entrou e para surpresa dele tinha uma cadeira vazia. Ele sentou e tinha uma mulher do lado. Mas joão apenas seguiu calado. O ônibus chegou rapidinho ao local de trabalho. João desceu do ônibus e percebeu que outras pessoas desceram também e tinha um cara chamando ele. Olhou pra traz e era um colega de trabalho, o Pedro. João e Pedro foram caminhando para o Escritório. João se despediu de pedro e notou que seus colegas estavam trabalhando. Então João deu bom dia e foi ao banheiro. E quando saiu do banheiro seu chefe se aproximou e pediu um relatório pra ele. João foi para sua mesa e começou a trabalhar. O dia passou, o expediente havia terminado. Foi nessa hora que joão percebeu uma coisa, queria chegar logo em casa e tinha que sair correndo pois passara 10 minutos do horário habitual e poderia perder o ônibus. João correu , ainda conseguiu pegar o ônibus e seguiu pra casa. Foi nessa hora que João encontrou Luísa, sua amiga de condomínio que estava passeando e voltava pra casa. Desceram na parada e foram conversando até chegar em casa. Se despediram e João entrou no apartamento. Ele foi para o quarto , trocou de roupa e foi para o banho. Voltou, preparou um lanche e foi ver TV. Por sorte era Jogo do Flamengo, ele era Flamenguista e gostava de futebol. Assistiu ao jogo, feliz pela vitória do seu time. Foi dormir.
No dia seguinte, ele acordou, arrumou a cama e foi ao banheiro escovar os dentes e lavar os olhos. Voltou para o quarto e se arrumou. Depois saiu e foi na padaria. Quando chegou na padaria……….
João era só uma pessoa comum.

AUTOR: JOSENI BELMIR DE ASSUMPÇÃO SILVA

Foto de MISS DAISY

Indignação

O Brasil jamais será uma super potência, um país de primeiro mundo, com cidadãos culturalmente evoluídos em sua maioria a ponto de reconhecer o que é bom ou ruim para sua descendência!" Vejamos: Observemos a natureza para termos as respostas de que precisamos. Na natureza tudo que puro e original é lindo, é divino. Tudo o que percorre seu curso normal, assim como as águas de um rio, é sublime, é maravilhoso. No Brasil, tudo o que é sublime, é destruído, quase que imediatamente pela grande vilã, a MÍDIA. Os valores morais foram terrivelmente deturpados pela funesta casta midiática que imprime valor em tudo o que é inútil e fútil mas que está "na moda". Foi-se o tempo em que uma mulher receber adjetivos pejorativos, baixos e vis era tido como desrespeito. Hoje é ELOGIO para a maioria das mulheres. As mulheres e seus corpos, são expostos nas vitrines televisivas como carne no grande açougue da mídia, esperando serem classificadas de acordo com as formas, com as poucas roupas que vestem, com o apelo sexual que apresentam. Os homens, por sua vez, afastados cada dia mais dos conceitos e pré-conceitos de moralidade, sucumbem mais e mais, desvalorizando suas esposas e partindo para os prazeres fáceis e os convites explícitos da rua. Nossas meninas, crescem explorando tais vitrines com curiosidade inocente e mentes abertas ao desconhecido. Nossas adolescentes deslumbram-se com os chamamentos do admirável mundo novo, mas... com que base? Nossos jovens, deleitam-se num mundo de tantas possibilidades, sexo fácil e verdejante nas esquinas, nas ruas, nos bares. Os adultos - muitos já corrompidos pela exposição midiática - cada vez mais convencem-se de que o mundo como está hoje reflete a MODERNIDADE tão esperada, tão inofensiva ... Outros, diante da impotência, contentam-se em pertencer ao rol dos desistentes. Nossos idosos escandalizam-se com tamanha falta de moralidade. Em tempos remotos, jamais seria admitido ofender a mulher. A MULHER era o esteio da família, advinda dela, a vida. O início de tudo - a Mulher. Que tão vilmente é denegrida. Figura destroçada, a Mulher. A mídia quer dinheiro, e o busca muito visivelmente nos dias de hoje explorado a figura da Mulher. Porque se permite, porque se quer permitir. Nossos bebês cantarolam as canções mais pejorativas que nem nós adultos temos coragem de balbuciar... Mas as crianças cantam... e dançam.. imitando nossas rebolativas representantes da cultura nacional. Os bons... ah os bons... raramente desfrutam da mídia. Mas o inútil, o fútil, o podre, o perverso, o imoral... ah esses sim povoam e dominam a mídia mercenária. Quando poderíamos imaginar que chegaríamos a tal ponto de não censura. Nada mais é proibido, a cultura do tudo pode toma conta de nossos lares todos os dias - basta que liguemos nossos televisores. Poucas são as programações que acrescem valor e poucos também lhe são os expectadores. A degradação a céu aberto é o que vemos nas ruas, ao sairmos de casa, o medo de sermos violados em nossos direitos, a insegurança de sabermos o que vamos encontrar na esquina da João XXIII por exemplo. A céu aberto. Ao dia claro, pra todo mundo ver. Degradação. Nossas crianças vão à escola, e voltam ... vazias. Até mesmo nossos professores, foram destituídos de sua função. É proibido proibir! A formação global que é incutida nas crianças desde pequenas nos chamados "países de primeiro mundo", com aulas extras que valorizam suas habilidades, no Brasil... simplesmente não acontece. A cultura é dançar funk no intervalo das aulas, identificar se a merenda escolar será boa e voltar pra casa... complementando seu currículo com o que? mais degradação televisiva. É raro ouvir uma criança dizer que tem talento para moda, decoração... medicina, engenharia mas... se ligar o rádio... logo se dirá que ela tem talento para o funk. Enquanto não utilizarmos nossos cérebros para a função para a qual ele foi especialmente desenvolvido... bye bye Brasil! Lá fora sempre seremos conhecidos e tachados como sendo o país do futebol, do sexo fácil e da cultura chula. Jamais teremos orgulho de sermos BRASILEIROS. Os bons ... se manifestem... porque os maus fazem isso o tempo todo! E fazem com tamanha veemência que os bons são tidos como tolos. Quem discorda não precisa terminar de ler... Não é meu tipo de público. Mas quem concorda, bota a boca no trombone pois nosso país está sem freio descendo um despenhadeiro e só os hipócritas não enxergam isso.

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Setembro - Capítulo 10

Escrever exige uma intensa entrega pessoal e total desprendimento dos preconceitos e convicções. Como eu não tenho amor próprio, faz dez anos que estou nessa. Com gente lendo ou não, faça chuva ou sol, tendo eu dinheiro ou estando duro, para os diplomados e os analfabetos, eu vou fazendo a minha arte, como o Sísifo, me lembra o Camus, vou levando a rocha pro alto do morro e deixando cair todos os dias. Essa é a minha verdade, gente que sou até agora.
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Enquanto o fogo consumia tudo, e as pessoas viviam seus amores, seus valores e seus pecados, Clarisse subia para a cidade em busca de se reconciliar com o seu passado e destruir os insetos que a haviam humilhado ou algo parecido. Ela iria falar com o Luís Maurício, com o Patrício, com o Fabrício, com quem pudesse matar as pessoas e devolvê-las para sua posição de subserviência. Quando ela se levantou, parecia até branca, como se um Feliciano a tivesse abençoado da miscigenação racial e da indivisível respiração coletiva, como se fora brincadeira de roda, memória, o jogo do trabalho na dança das mãos. Ela estava montada. A balada da sociabilidade lhe abria os braços e o coração. Ali era o seu lugar, voltava pra ficar. A luta pelo poder enfim teria o seu final.
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- Calma gente, calma gente!

A voz de Dimas se tornava cada vez menos ativa.

- Vamos ficar em paz!

O que Dimas não entendia, e isso é claro para todos os que ali estavam, é que somos animais. É por isso que não acredito em Rogers, quando ele diz que o ser humano é bom. Pois bem, o ser humano é bom... para ele! É algo natural ser egoísta. O que Sartre não os contou, o que Husserl e Rousseau omitiram descaradamente, bem como os líderes humanitários, é que o amor e a cooperação são alienígenas ao instinto pessoal de se sobreviver e de continuar. Procuramos o que é vantajoso e seguro para a consciência. Isso não é escolher ao mal. Isso é reconhecer uma característica da nossa essência, que na verdade é indiferente para a moral, que foi inventada com o tempo, bem como todos os conceitos psicológicos e existenciais. E então a Torta lhe deu um beijo.
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- Então, eu destruí eles.

- Mas quem te disse que os queríamos destruídos?

Clarisse ruboriza-se ainda mais.

- Os dominados, os engolidores... Eles é que sustentam o nosso modo de vida. Eles são o nosso alimento, o nosso instrumento, sem os nossos escravos, não há como gerar a riqueza. É como imaginar um mundo sem pobres. Alguém sempre acabará subjugado. É a lei natural, Talião, na prática! Se você não tivesse ido para lá eles não estariam envenenados com a sede do poder. Bom, o erro foi nosso. Agora já foi. Não importa. Fique aí e não incomode mais.

A batalha final era enfim preparada.
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O fogo subia os castelos. As espadas faiscavam. As bazucas, os bodoques...

- Toma!

A cobra fumava.

- Morre diabo!

Tudo resplandecia a tragédia, como a velha praça Tahir, como uma Nova Deli, como em uma Hiroshima deflorada, como um Brasil em época de hiperinflação, como o rompimento do namoro de uma adolescente, como a queda de divisão de um time de futebol, um câncer, um escorregão idiota num dia da saudade, a cabeça no meio-fio.

- Burn, motherfucker, burn...
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Dimas subia com os miseráveis a ladeira da cidade. Arrombavam as portas. Alastravam um medo até então desconhecido aos porões dos vencedores, suas famílias funcionais, suas menoridades penais, seu pleno conservadorismo e hipocrisia. Batiam as panelas, ignoravam as balas que lhe atiravam, quebravam as bancas. O saque indignava. O estupro coletivo era feito sem cerimônias prévias.

- Muerte! Muerte!

A bandalha hasteava a bandeira do assistencialismo. Colocavam seus headphones e atendiam o furor da sua maldade. A humilhação acabava, ou assim pensavam. Tinham tomado tudo.
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- Se você não pode vencer um inimigo, junte-se a ele.

Luís Maurício assim neutralizava a queda da sua Bastilha. Os seres de sangue frio haviam se misturado ao coro sem que se percebesse. Pediram a rendição, um tempo. Patrício, que era o chefe da comunidade até então, degolado, foi dependurado no alto de uma varanda como um pálido estandarte, corno, empalado em uma lança. O líder seria escolhido e Dimas seria o jacobino. A Torta seria a primeira-dama, e Clarisse, sua concubina. Até que ele disse o que não devia.

- Eu vou embora. Vocês conseguiram o que tanto desejavam. Agora não me atormentem mais.

Sequer Zaratustra havia sido tão ousado. Para onde iria Dimas, o santo? Para quarenta dias no deserto? Eu poderia falar no próximo parágrafo, mas não é bem isso o que vou fazer.
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- Esse nome não me serve mais. Revelarei meu nome. Eu sou a discórdia. Eu entreguei o pomo da primeira história. Quem quiser me acompanhe. Quem não quiser, fique aí e seja feliz.

As perguntas que te surgiram serão respondidas mais pra frente.

Foto de Bruno Silvano

A Mafia

O Vento batia continuamente na fresta da janela do quintal e produzia um leve e suave assobio, que embalava a mais belas das bandeiras, em tons cintilantes, simples e repletos de significados, que naturalmente se encaixava com aquela cidade e atraiam a atenção das pessoas que por ali passavam, os raios solares realçavam o amarelo, as nuvens em tom de algodão o branco e a camada escura de solo fértil que abria por instantes rente a neve derretia, representavam o preto. Era uma bandeira tricolor, que apesar de poucos saberem o que ela realmente significava, já a adoravam. Essa era a minha vista de quando olhava através das janelas de vidro.
Era apenas um brasileiro, criciumense para mais ser preciso, ou apenas mais um criciumense perdido e sozinho na Europa. Havia mudado recentemente para a cidade de Oxford, cidade essa cheia de cultural e beleza, um dos principais centros universitários do país. A oferta de estagio da garantia de experiências e grandes aventuras me atraíram àquele lugar. Não foi uma das escolhas mais fáceis que tomei em minha vida, longe disso, teria que abrir mão de muitos hábitos e principalmente do meu amor.
Minha cidade de natal fazia muita falta, costumava falar com as estrelas, dizem que as estrelas são boas companheiras, principalmente pra alguém quanto eu que precisa de alguém para se animar, pedia todos os dias para que meus amigos pudessem estar comigo, não que eu estivesse descontente com aquilo ali, talvez a imaturidade e inexperiência me fizesse sentir medo, me fizesse questionar o que estava fazendo ali, muitas vezes acordava assustado ao ver as arvores, os carros, os jardins repleto de neve, acreditava ainda estar dentro de um sonho. Meu passatempo era acordar cedo todos os dias, tomar um cappuccino quente e ficar em frente a lareira observando a bandeira do meu time do coração, que havia cuidadosamente enfiado em frente a casa. Esse era o meu hobbie enquanto não precisa ir trabalhar.
Seguia o mesmo caminho quase todos os dias para ir trabalhar, morava a 3 quadras da empresas, sempre ao sair de casa encontrava dois meninos e uma menina jogando futebol no pouco espaço onde a neve ainda não tomava conta, justamente em baixo aos redores da bandeira, que além de bonita servia como trave pra diversão da criançada. A cada dia que se passava o numero de crianças aumentava e todos tomavam gosto pela bandeira pela sua capacidade de iluminar e proporcional diversão para os mesmo.
Minha vida se tornava uma mesmice naquele lugar, chegara a imaginar que meu um dos meus maiores sonhos, acabara por se tornar pesadelo, era uma ainda muito sozinho repleto de solidão, mal eu imaginava que aquilo pioraria muito, mas que também passaria por muito bons momentos.
Não me importava que as crianças jogassem ali, muito menos com as varia perguntas tolas que recebia de pessoas curiosas sobre a bandeira.
Não me lembro ao certo que dia era, mas a previsão do tempo apontava a vinda de uma forte nevasca para a região, porém muitas crianças ainda brincavam no meu jardim, muitos se assustaram com o barulho das fostes rajadas de ventos que se aproximavam e saiam correndo para suas casas, mas um deles o mais novo da turma que tinha por volta de 4 anos ficou tonto, completamente desorientado, não sabia à que lado ir, logo corri par retirar o menino da rua e leva-lo pra dentro de casa, porém a hora que cheguei ele já não estava mais lá,. Apenas ouvi o barulho de um grande estouro e desmaiei, daí em diante não lembro mais nada.
Quando acordei, demorei a conciliar onde estava, o ambiente cheirava a hortelã, mas tão logo percebi que estava em minha própria cama, no lado tinha uma xícara com chá de hortelã com mel, acompanhado de um bilhete com as seguintes palavras “Cuide-se e da próxima vez tente não sair correndo como um louco na rua, no meio de uma nevasca. Da-lhe Tigre!” Seguido de risos e um beijo estampado a batom. O Chá ainda estava, ainda sentia um cheiro de perfume no ar, tão cheiroso quanto qualquer um outro que já senti outras vezes. Corri a porta pra ver se encontrava alguém, porém tarde demais, a porta estava emperrada devido o excesso de neve. Meu guarda-roupa estava um tanto quanto bagunçado, mas talvez já estivesse assim, devida a minha organização. O dia estava amanhecendo, foi ai que me dei conta que fiquei desacordado por mais de 12h.
Os telejornais avisavam a paralisação em algumas escolas e empresas devido a nevasca. Não iria precisar trabalhar, então fiquei deitado o dia inteiro tentando entender e lembrar de mais alguma coisa sobre o que havia acontecido no dia anterior. Porém todos os meus pensamentos foram interrompidos pela noticia de que entraram o corpo de um menino, por volta de 4 a 5 anos de idade, morto com sinais de asfixia, em um terreno próximo ao da minha casa.
Estava extremamente curioso para descobrir o que havia acontecido, e ainda mais quem era a pessoa que havia me trazido pra dentro de casa, minhas únicas pistas eram, o perfume, o idioma e a letra com que a pessoa havia escrito, e a julgar pelo batom imaginava se tratar de uma mulher, de fato não estava errado. Mas a questão é, o que estaria ela fazendo ali, se a única pessoa que vi era um menininho inocente e indefeso? Ao menos foi isso que imaginei ter visto, pelo menos através do vidro fosco das janelas.
Passaram-se dois dias sem que eu tenha mais informações sobre o caso, porém através de denuncias, feita por uma mulher, que não quis se identificar, que relatou me ter visto com a criança. E como a criança costumava brincar sempre no meu jardim, fiquei sem ter como me defender e as suspeitas sobre a morte do menino recaíram todas sobre mim.
Passei varias tardes respondendo inquérito e prestando depoimentos, haviam encontrado luvas com o emblema do Criciúma perto da cena do crime, o mesmo que estava na bandeira, que por sinal também havia sumido. Peritos constaram que a luva me pertencia e que eu havia sumido com a bandeira, pra não levantar suspeitas e ligações entre luva e bandeira. Mal eu sabia, que a profissão que sempre sonhava em ser, se voltava contra mim, em um mero descaso do destino.
Não entendia o que fazia uma luva do criciúma, era o único criciumense que morava na região. Tentava montar em minha cabeça parte por parte, mas faltava um detalhe, pra mim essa historia não fazia o menor sentido, quanto mais para um chefe do departamento de investigação. Que por sinal era mulher, uma bela mulher, muito me parecia familiar, era baixinha, não tinha mais do que 1,65 metros de altura, possuía cabelos ruivos puxando pra loiro, seu perfume, ela era misteriosa, e isso me atiçou a desvenda-la.
A luva era a prova concreta contra mim, pelo menos para me deportarem para o Brasil, alguns dias antes essa seria uma boa noticia, mas agora já estava muito envolvido no caso e faria de tudo para desvenda-lo, e por ventura provar minha inocência.
Em um dos depoimentos cara a cara com a chefe do departamento criminal de Londres, ela deixou cair alguns relatórios de perícia em cima de mim, havia algumas anotações em português, logo reconheci a letra, como a mesma do bilhete deixado em meu quarto. Estava ai, frente a frente com a pessoa que poderia me salvar, me defender. Ela leu em meus olhos que havia descoberto quem se trava ela, porém não me deu tempo de reação, me deu um beijo, tão suavemente quanto um de cinema, e mandou eu segui-la rapidamente e que me explicaria no caminho, mas que precisa que eu embarcasse no avião e voltasse para o Brasil. Não sei se essa foi uma das atitudes mais inteligentes que tomei, porém segui-la.
Ela me levou a um depósito velho onde trabalhará sozinha como detetive particular, e um dos seus casos era de uma máfia formada dentro da empresa em que estava trabalhando. Máfia essa que aliciava e menores idades inclusive eles que haviam cometido o assassinato do pequenino e estavam me usando pra atrair as crianças. Explicou ainda que se a culpa do assassinato caísse sobre mim era a única maneira de me defender da máfia, e por isso ela se encarregou de implantar as provas.
Detalhou: “Você estava indo salvar a criança, eles estavam atrás dela, ao perceberem que tinha alguém por perto tentaram lhe matar, porém apenas te desacordaram, e antes que tivessem mais tempo, cheguei e eles recuaram, então levei você até a cama e tratei de você, até porque temos muito mais coisas em comum do que você pensa..” Nessa parte fomos interrompido por barulhos de tiro. Corremos em direção ao carro, porém cai na armadilha e fiquei na mira da arma de um dos membros da máfia, um tiro e era certo que eu morreria. Ele engatilhou e atirou, fiquei meio surdo com o barulho do tiro, porém ela a delega havia se joga em minha frente, rebateu o tiro, porém não se livrou do ferimento. Havia sido atingida a altura do pulmão, dava pintas de que não resistiria, deu-me mais um beijo, o melhor deles, e desmaiou.
A ambulância não demorou a chegar, porém não escondia a aflição do medo em perde-la em nunca mais a ver. Porém vi em seus braços uma tatuagem “Da-lhe tigre” e logo entendi que não era apenas destino. Os médicos disseram que ela havia perdido muito sangue, porém ficaria bem. A partir desse dia descobri o que era a paixão, algo que começou a alguns anos em jogos do criciúma, e que se estendeu mais além, além de continentes, um clube que reuniu meus dois amores

Foto de Bruno Silvano

A mais bela da tricolores

A estação era o inverno, um dos invernos mais quentes dos últimos anos, aquele típico “veranico” de agosto com aquele vento forte sem direção, sem rumo. Era um garoto de classe media, morava afastado da centro da cidade, e talvez por esse motivo um pouco tímido, acostumado a falar mais com a plantação de milho, do que com as pessoas.

Passara uma grande parte do meu tempo dedicado a ações sociais, em uma ONG de animais. Muitas vezes ficava horas e horas recolhendo animais feridos, por toda a cidade. Assim eram minhas tardes, e como as outras, essa não poderia ser diferente havia passado rapidamente, minha mão estava toda calejada, pelo duro trabalho realizado. Fiquei cansado, mas não tanto o suficiente para planejar minha vida pessoal, estava ali sozinho no canto da fazenda de quase 2 hectares observando as estrelas, sonhando acordado talvez com o jogo do dia seguinte, que era de suma importância para o Criciúma. Havia achado no meio da tarde uma linda flor, junto a uma gata que havia sido maltratada, a replantei naquele mesmo local. Pensara comigo mesmo, de quantas vez escutara que se fizermos algo de bom a natureza, ela nos retribuiria de tal maneira. Imaginava, se comigo a mãe natureza fizesse a mesma coisa, talvez com mais uma vitória do Criciúma, o meu time de coração. Observava a flor era linda assim como uma daquelas “perolas” torcedoras do tigre,a cada segundo parecia ganhar mais e mais vida. Era uma “Dama da Noite” possuía um perfume doce adorável. Adormeci por ali mesmo.
No dia seguinte teria que me acordar cedo para a aula, mas nada me tiraria de perto daquela flor. Durante o sono como sempre tudo passou rápido e terça feira já havia amanhecido. A flor se adaptou rapidamente a aquele solo fértil, arenoso e decorado com aquele gramado verde, era um verdadeiro espetáculo, principalmente ao orvalho da manhã que em contraste com o sol se formava as mais bonita das combinações de cores, preta, amarela e branca . Apesar de ser um exímio observador, jamais tinha visto tamanho magnitude e beleza em uma planta, seu caule formava um “J” que talvez representasse a juventude.
Por coincidência era dia de jogo do Criciúma, assim como a planta toda a cidade estava no esquenta do jogo. Era Criciúma e Avaí, o interior contra a toda poderosa capital do estado, era o duelo de predadores o tigre contra o leão. Estava tremulo em razão da empolgação, talvez até um pouco demais. Toda apoio do mundo seria bem vindo ao estádio, até pensei em levar aquela planta ao estádio, mas não poderia acabar com tamanha beleza. A escuridão da noite se aproximava, os nervos iam aumentando, a cidade desde cedo estava sutilmente pintada com as cores da camisa tricolor.
O espetáculo já estava todo armado, faltava apenas o time entrar em campo, contávamos com mais de 15000 apaixonados, que apoiaram do primeiro até ao ultimo segundo do jogo. Apesar do transito cheguei em tempo de ver o inicio dessa linda festa, junto a torcida mais amada e bonita desse pais. O resultado da partida foi surpreendente 5x1 para o Criciúma, foi uma chuva de golaços, muitas vezes confundido com o choro de alegria do torcedor, que torcia para o time que acabara de conquistar o simbólico titulo do 1º turno do Brasileirão da serie B.
A flor teria dado uma sorte e tanto, mas não contei que toda aquela chuva de gols poderia prejudicar aquela linda dama da noite, suas pétalas mucharam, nunca mais vi no orvalho da manhã as cores tricolores. Esperei pelas próximas noites atrás de seu perfume, tudo isso em vão, acabei me conformando que a mais linda das tricolores nunca mais abriria. Ainda era muito novo um adolescente e não entendia o porque ela se fechou. Confesso ter deixado algumas lagrimas caírem em suas folhas e suas raízes.
Continuei comparecendo a todos os jogos do Criciúma no estádio Heriberto Hulse mas o time nunca mais havia repetido uma atuação de gala, já não era mais o primeiro, mas era a final do campeonato e o tigre ainda poderia sagrar-se campeão. O jogo se encaminhava para a etapa final, quando depois de muito tempo senti aquele maravilhoso cheiro, daquela jovem plantinha, que tanto teria me deixado saudade, quase que a podia senti-la aos brilhos dos meus olhos novamente, a procurei suavemente, olhei para o lado e o brilho foi quase instantâneo, me encantei com aquela torcedora, Cujo possuía os olhos brilhantes, a pele serena, os cabelos lisos, tal iguais a aquela dama da noite que havia ficado em meu coração, seu nome era Julia, ela podia não ser uma planta mas com certeza era uma flor, das mais lindas, ainda mais realçada com as cores de sua camisa preta amarela e branca, minha euforia foi acalmada por um grito de “Gol”. O Criciúma sagrava-se campeão nacional daquela modalidade de futebol. Embora nunca mais pude ver Julia, na noite em que a vi minha flor havia brotado novamente, me fazendo recordar a cada instante as mais bonitas das tricolores.

Foto de Bruno Silvano

Criciúma Esporte Clube Eternamente..

Tigre o time consagrado de muito amor
Dos heróis do passado
Que lutaram com garra e clamor
Embalados pela torcida mais contagiante
Que encantou a todos do futebol
Que transformou todos em amantes do tricolor

Criciúma EC o time das mais belas tradições
Onde o amor e fanatismo da torcida
Bate acelerado em cada momento em todos os corações

O Time das garras, que nunca para.
Que transforma cada canto em encanto
Que encanta e faz superar dentro de campo
Que transforma cada olhar orgulhoso torcedor
Em pontos, em mais uma partida vitorioso

O time das glorias eternas
Refletida em cada emoção em cada rosto estampado de lagrimas
De choros de campeão

O time dos reconhecimentos
Muitas vezes batalhados
Mas lembrado em cada momento
Em cada coração entrelaçado de sentimentos
De amor, glória e conhecimentos

O time das terras das maravilhas mil
Deu um time plasmado em carvão
Das glorias conquistados com muito amor
Conquistadas com o coração

Das vidas que construiu,
Dos sorrisos que conseguiu
Dos momentos inesquecíveis, inexplicáveis, muito felizes
Das vitórias em clássicos em campeonatos
Das competições consagradas
Que você conquistasse..

Tigre o time das tradições dos corações das felicidades, alegrias, vibrações
O time que mostrou a todos o que é possível fazer com pouco
O que muitos com muito não conseguiram saír do lugar
Mas o que falta para muitos não é o que tínhamos poucos mas sim o que tínhamos demais
Muito amor pelo time, um amor que nos fez brilhar..
CRICIÚMA ESPORTE CLUBE PARA SEMPRE VOU TE AMAR..

Bruno Patricio Silvano

Foto de Allan Sobral

Pai, afaste de mim este cálice

Os últimos acontecimentos, e os atos de repressão que tem ocorrido, nos mais diversos pontos do nosso país, faz com que se levante das cinzas o monstro que sempre combateu o espírito jovem revolucionário brasileiro, pois é como se os tempos do cativeiro, da autocracia brasileira, a ditadura militar, mostrasse aos poucos suas garras, sufocando qualquer ar de liberdade que conquistaram nossos heróis. Como se o velho tempo do “cálice de vinho tinto e sangue” ressurgisse, ou ao menos se faça em memória.
Já há muito tempo que nossa sociedade se estagnou, por uma falsa estabilidade econômica e moral, acorrentando-se a um laço servil regido por uma minoria, como diria Marx, a burguesia; minoria esta que se manteve no trono por possuir supostamente o controle das riquezas universais, podendo assim obrigar grande parte de nossa população a submeter-se a suas vontades, e trocar suas vidas pela miserável parte de seu capital, suficiente apenas para manter-se em vida.
Com o avanço tecnológico, esta mesma parcela controladora da sociedade, expandiu seus ideais escravistas a um horizonte antes impenetrável, chegaram ao ponto maximo de domínio, controlar pensamentos, com o poder de formar opinião e distorcer a realidade, poder fornecido pela mais poderosa ferramenta de coerção, a mídia. Atributos que caberiam a população, ou a cada ser em sua particularidade, hoje são supostamente digeridos pela partícula dominante, e vomitada sobre nós, classe trabalhadora, operaria e estudante. Ditam os pensamentos padrões, roupas padrões, empregos padrões, atitudes padrões, e tacham esta padronização como normalidade, traçando um perímetro, onde qualquer que se opor ou se afastar de tal ideal é tido como louco, ou rebelde, baderneiro, ou até mesmo como maconheiro (como foi o caso recente dos estudantes da USP).
Simplesmente somos tachados como estúpidos, pois a tal “ditadura militar” apenas mudou de nome, agora a conhecemos como Republica Federativa do Brasil, o DOPS agora não tem mais grades e não tortura fisicamente quem se opõe as regras, agora ele manipula a sociedade para que se volte contra os que a querem libertar, os militares já não andam mais fardados de verde ou cinza, agora obrigam a população a vestir um terno ou um uniforme operário, assinar um contrato de trabalho, e lutar o quanto puder, em busca de sua carta de alforria, ou como preferem, sua suposta aposentadoria. Fazendo que a sociedade acredite que a liberdade é um favor, e que a sua remuneração mensal, é justamente recompensada a medida de seu esforço. Como os adultos fazem com crianças, para que não os chateei, dão passatempos, para que não desviem sua atenção, nos é imposto a distração, como a novela o futebol e outros supérfluos, para não chatearmos quem se beneficia com tal estabilidade.
Basicamente, a ditadura não acabou da mesma forma que não acabaram os revolucionários, pois não deixaremos de lutar em busca de nossa liberdade, pois o sistemas sempre deixa brechas (nós), que podem se tornar rachaduras, que ruminarão as muralhas da imposição fascista, e porá em ruínas as ideologias ditatoriais, pois só lutando poremos fim nas corrente que nos prendem para termos paz, pois como disse Malcom X “...Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade”.

Allan Sobral

Foto de Edigar Da Cruz

Lance De Romance.

Lance De Romance.
O Romance e feito de lances
Dos Lances de relances de beijos de alcance,.
A jogada da partida perfeita,..
Da estratégia do alcance ao alvo escolhido,..
Feito um jogo de futebol americano,..
Bem de frente de confronto direto,..
E o lance do relance perfeito,..
Da boca! Da pele, do desejo e a vontade,..
O lance! A DANÇA de interesses...
O toque de olhares, o sorriso meio envergonhado de vontade..
O toque sem querer querendo, a jogada de indiretas retas e diretas ,..
A bola perfeita do campeonato do momento,..
A conquista do amor,...
Para o campo perfeito do jogo,,
Do coração e da alma..
Como dna perfeito do amor..

Autor:Ed

Foto de Edigar Da Cruz

Pele Paulista

. Pele de Sangue paulista
Da vida CORRIDA, rápido que nunca Pará!
É São Paulo da brilhantina de neon de encanto,..
Das noites brilhantes estreladas agitadas
Dos dias de sol quentes agitados,.
Das tardes de trânsitos parados
Pele de sangue paulista,..
Cidade dos grandes poetas,
Dos maiores clássicos do nosso futebol
Terra do São Paulo, Palmeira e Corinthians e Santos, e Portuguesa feito a pizza deliciosa portuguesa da grande Bixiga paulista,..
. O terra linda maravilhosa GOSTOSA
O terra da garoa ,..
Uma casa de vida , um céu verde de Ibirapuera,
Um parque florido em um Ipiranga de museu maravilhoso expondo sua arte,..
CIDADE DE PELE DA MULHER DA BRASILEIRA,..
Cidade do povo do BRASIL

Viva nossa casa! Viva São Paulo

Autor:Ed.Cruz

Foto de Passaro ferido

Amizade.

Queria ter você agora..
Nesse momento..
Aqui junto de mim..
Não só em pensamentos..
Queria você .. Aqui nesse momento..
Bem pertinho...juntinhos como antigamente..
Quando a gente sentava ..apenas pra conversar..
As vezes a gente tomava um chá...outras um suco ou guaraná...
Nossos papos iam de futebol. A politica..
E ate de nossos fantasmas a gente falava.
Qualquer assunto pra gente era motivo pra ficar juntos.
A gente se conhecia, éramos amigos, quase irmãos .
Juntos em qualquer situação ,
Não conhecíamos a solidão .
Essa que hoje faz me recordar de você ..
Me pergunto agora! onde anda você ..?
Antes eu conhecia os seus sonhos...
Seus medos e receios..
Mas agora nesse instante...
Queria você aqui..
Junto de mim...
Eu ando meio perdida , procurando a saída .
A vida me pregou uma peça, perdi pedaços de mim.
Estou num labirinto, onde cada saída e um desafio .
Aos poucos vou me recompondo..
Achando-me..
Mas eu queria agora você aqui comigo....
Um ombro amigo..
Não para chorar comigo..
Mas só pra estar..aqui.
Quando se tem amigos.
Amigos de verdade.
Sempre encontramos a saída..
Quando temos essa mão amiga..o olhar encorajador..]
Queria você agora ..nem precisava falar nada.
so sua companhia ,ja me mostraria. como antigamente a gente fazia.. como num desafio...
que tudo no final ia sair bem..
Por isso queria você ....

Aqui comigo.. meu amIgo...

Marcia.

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