Gelo

Foto de MarcosH

Raposa

Jovem raposa, quem é você?

A ti foi dada a chave de meu coração
Coração este sombrio, selado por espessos
cristais de gelo.

E agora você simplesmente abre-o e nele põe
uma chama viva...
Chama esta que em pouco tempo reaqueceu
o que antes era frio,
Chama esta que iluminou o que antes era pura
escuridão...

Como faz isto?
De onde vem?

A ti hoje confio de olhos vendados.
Como fez isso?
Como ganhou minha confiança em tão pouco tempo?

Tornou-se domadora de um lobo que antes, era selvagem.

Jovem raposa, quem é você?

Você realmente me assusta,
Mas me cativa.
Você literalmente me domina,
Mas me motiva.

Isso é o que chamam de amor?
Esta chama que plantaste em meu coração?
Se for, é a melhor de todas as coisas.

E quanto a ti, a mais sábia e bela de todas as
raposas...
- Marcos H. R. da Rosa

Foto de Ana Rita Viegas

Noite singela

No silêncio da noite singela
encontrei um fogo
que arde em gelo
que congela em chama.
Nessa noite singela
meu coração palpitou
junto daquele rochedo
ao sabor do vento.
Meu olhar perfurou o teu
modelando um novo ser
dentro deste frágil corpo.
Fiquei deveras contente
sem saber o que fazer
minha mente deslizou.
Nessa noite linda
eu aprendi novamente
a ficar enamorada.
Nessa noite mágica
aprendi a amar
de forma diferente.
Apartir dessa singela noite
aprendi a mudar.

http://drafts-of-my-life.blogspot.com

Foto de Joaninhavoa

Coragem...

*
Coragem...
*
é preciso!

«Vamos fazer-nos ao mar
de mãos dadas para não oscilar
do medo do desconhecido
do monstro adormecido

E lembrar do sossego no alto mar
das histórias que há para contar
e das que hão-de vir para nos alegrar
como nos contos de encantar

Aperto-te a mão com força tamanha
até mais não dobrar da dor tacanha
pois o gelo e ardor é amor

Entrelaçe-mo-nos um ao outro
como já estão nossos corações
Estás a ouvir as canções?!».

Joaninhavoa
(HelenaFarias)
2010/11/22

Foto de Fernando Vieira

Uma gota atrás da outra

Uma gota atrás da outra
(Fernando Vieira)

Caiu dentro da pia
E logo outra gota veio
Essa também agüentou
Mas logo pediu arrego

Gotejando incessantemente
Uma atrás da outra
É uma pena, pois infelizmente
Serviria pra outra pessoa

Desperdício e irresponsabilidade
A água do planeta no ralo da maldade
Da incompreensão e da banalidade
Um descaso infantil de toda uma cidade

Contado em forma cômica
Nos versos de um poeta
Que revela apenas a ponta
De um problema que nos cerca

Ponta de um iceberg
Gelo a derreter
Uma camada que já não serve
Nem mesmo pra nos proteger

Foto de Vinicius Souza Santos

Sentimentos

Quando olho em teus olhos
Me doi saber teu passado
As vezes apenas queria me livrar desse amor
Ele me corroi por dentro
Mais pedi por isso dando-lhe meu coraçao
Nao sei oque posso dizer-lhe
Apenas estou fraco por agora
Minha alma esta desaparecendo
Quando penso que posso te amar mais que a min proprio
Esta frio aqui, com todo esse gelo que me deu todo esse tempo
A escrever meus piores desabafos Lembro de um tempo distante
Onde era apenas uma criança sem sentimentos
Esses sentimentos hoje me corroen
A ponto de desfigurar completamente minhas lembranças
Teu rosto em meus sonhos vejo
E nao posso parar de te ver como uma droga
Apenas queria ser como antes de te conhecer
Apenas um garoto querendo algo mais
Nao queria te amar mais te amo

Foto de Diario de uma bruxa

Te encontrar

Encontro-te lá fora
Quando o sol raiar
E a neblina subir

Encontro-te no mesmo lugar
No mesmo horário
Perto da cachoeira
Pra gente nadar

Matar o calor
Esfriar a cabeça
Apenas sentir o gelo
Da água forte
Que cai sem parar

Encontro-te sozinho
No mesmo cantinho
De frente pro mar

Pra olhar as estrelas
E ficarmos bem juntinho
Vendo as ondas quebrar
E com muita sorte
Vemos um cometa
Ou uma estrela cadente
Para um pedido nos ofertar

Encontro-te todos os dias
Todos os dias te encontro

Pode ser de manhazinha
Na cachoeira
Ou de frente pro mar
Pode ser em qualquer lugar

O importante é
Te encontrar

Poema as Bruxas (portaldabruxa.blogspot.com)

Foto de Elias Akhenaton

INVERNO MÍSTICO


Lá fora o gelo cobre
Os campos e toda vegetação,
Na cidade, as casas
Ruas e avenidas
São cobertas por uma
Nuvem de algodão,
É a estação de inverno
Que impera,
Congela...

Apesar das nuvens, o sol
Aparece como uma entidade
Espiritual e um
Lindo azul descortina-se
No céu revelando
Um colorido mágico que
Encanta-nos...

É chegado o tempo,
O momento,
Tempo
De recolhimento,
De introspecção,
De cuidar do jardim que
Habita no coração...

E, ao som de uma inspirada música,
Da flauta mágica de Gunn ou do
Encantador violino de Vivaldi,
Participarmos duma catarse,
De uma verdadeira purificação espiritual,
Para na estação vindoura;
Brotar...
Renascer...
Florescer
Ainda mais bela,
Na plenitude do Amor,
A Flor
Mística da Alma,
Essência divina
Que anima a Vida.

*Elias Akhenaton*
“Eterno aprendiz, um peregrino da Vida”

Foto de BRUCE ALEX

Luz

Calado mergulho em meus pensamentos
Deparando-me com vários sentimentos
Uma tensão , um silêncio
Um conflito entre conceitos, uma briga entre motivos alheios
Eu comigo mesmo e mais ninguém

Perdido sem saber o que querer e querendo o que não quero
Conheci uma luz que me guia. Cuida de mim sem que me perco
Com carinho faz com que me apego
A um só caminho entre meus pensamentos

Cada vez mais claro, iluminado
O percorro guiado por uma luz quente em meio a um gelo
Sigo em frente sem medo
De apagar!

Foto de raziasantos

A cabana.

O outono esta terminando as folhas amareladas no chão, sentada a beira do pequeno rio com os pés na água o olhar perdido no nada: Não sei por quanto tempo permaneci ali.
O vento espalhava as folhas secas que batiam em meu rosto, a água fria do pequeno rio estava cristalina, era um lugar ermo distante de tudo... Um lugar lindo e solitário a pequena cabana cercada por um lindo jardim, na sala um lareira que permanecia sempre acessa, pois fora construída entre duas montanhas, por isso era fria mesmo no verão.
Estava casada há três anos meu marido era diplomata e vivia viajando por vezes me levava com ele, mas a maior parte dos dias eu ficava em casa.
A montanha era meu refúgio, os pássaros me faziam companhia.
Todos os dias eu acordava cedo, o nevoeiro era intenso, na parte da manhã para não me sentir tão solitária eu ocupava meu tempo pintando era um lugar ideal para inspirações pintava lindas paisagens flores, e pássaros.
Meu marido chegava há ficar um mês fora ou mais, quando voltava das viagens ia direto para montanha, mas logo voltava, nos amávamos ele era carinhoso, não sei se eu não me importava com sua ausência dele ou se estava resignada.
Eu sempre quis ter filhos, mas ele achava que devíamos esperar um pouco mais então...
O inverno estava chegando e a montanha era muito fria eu resolvi ir a cidade fazer umas compras de cobertores, e suprimento para resistir o inverno, eu tentei ligar o carro, mas o carro não pegou então tentei o radio, mas nunca aprendi usá-lo então eu desisti: Resolvi esperar meu marido voltar de viagem, ele traria o suprimento necessário: os dias estavam ficando longos e com a chegada do inverno o nevoeiro aumentava tornado o lugar triste minha solidão aumentava cada dia.
Eu esperava ansiosa a volta do meu esposo então enquanto ele não vinha eu pintava, e em cada quadro que pintava procurava colocar um pouco de vida assim as cores, fortes o brilho da luz retratado em meus quadros me alegrava um pouco.
Embora estas cores e luz fossem imaginaria, pois o lugar era sem vida e cinzento.
Em uma tarde eu estava passeando ao redor da cabana as flores estava cobertas por gelo, mal dava para ver as árvores devido o forte nevoeiro, o sol era tão tímido que só se via uma pequena fresta de luz que vinha do alto da montanha.
De repente eu ouço risos vindos da direção do rio era a voz de uma criança eu corri em direção ao som da risada, o nevoeiro me impede de ver, eu sigo em frente e pergunto quem esta ai?
Oi! Responda quem esta ai?
Chamei por varias vezes e nada de resposta logo o riso parou então eu pensei deve ser o som de algum pássaro fiquei curiosa, mas como o barulho parou, eu voltei para cabana estava tão frio que sentei ao lado da lareira peguei um livro e fiquei ali até adormecer.
Dormi direto até o dia amanhecer.
Quando acordei o frio estavam mais intenso os vidros das janelas estavam tão embaçados que não se via nada.
Levantei abri a porta e a cabana foi invadida pelo nevoeiro que entrava casa adentro cheguei até me assustar:
No meio daquela fumaça cinza e fria surge uma pequena luz vinda em direção à cabana eu tento ver quem esta chegando até que surge um rosto era meu marido que voltava para casa eu corro ao seu encontro e o abraço fortemente ele esta gelado seu casaco esta úmido então de mãos dadas entramos em casa ele senta em uma poltrona em frente à lareira flexiona as mãos, acende um cigarro, e com um sorriso tímido diz te amo meu amor.
Ele levanta vai abre a porta, e vai até o carro, pega um lindo buque de flores entra novamente pega o nosso retrato de casamento em cima da lareira e coloca as flores ao lado, e diz flores para meu jardim.
Ele toma um chocolate quente e vamos nos deitar ele esta calado seu olhar distante me acaricia olha em meus olhos e diz estou tão cansado preciso descansar então vira para o lado, em seus olhos a lagrimas ele chora eu fico sem entender, afinal já faz tanto tempo que não nos vemos e ele volta assim...
Penso comigo mesma amanhã conversaremos, ele vai estar melhor ai vou querer saber tudo que esta acontecendo.
O dia amanhece e quando abro os olhos ele já esta acordado sentado ao lado da cama me observando, tem em seus lindos lábios um sorriso maroto e um olhar doce me olha de um jeito tão lindo que me emociona:
Posso ver em seu olhar muita ternura e muito amor, então eu o abraço ele se deita lentamente e ficamos ali abraçados nos aquecendo, o coração dele bate forte nossos corpos se encaixam com tanta perfeição como uma forma sob medida.
Sem dizer nada ele levanta pega a chave do carro e sai, eu penso que ele vai pegar algo no carro, mas ele liga o carro e vai embora eu saio correndo em meio ao nevoeiro gritando por ele, mas ele não ouve, segue em frente até desaparecer na cinzenta fumaça: Me desespero caio de joelho entra as folhas molhadas pelo orvalho e choro copiosamente, naquele estande eu me vejo tão só sinto uma angustia tão grande que nunca sentira antes, em um lugar tão deserto em meio o forte inverno até os pássaros sumiram para se aquecer deixando-me na mais profunda solidão.
Neste instante eu ouço novamente o riso da criança agora esta perto de mim... Abro os olhos em meio o nevoeiro surge uma linda menina de cabelos loiro tão branca como a neve, ela esta na minha frente eu me surpreendo não tínhamos vizinhos então pergunto de onde você vem?
Quem é você, onde você mora? Ela sorrir e diz moro aqui, venha ver eu moro aqui!
Ela segura minha mão e me ajuda a levantar ela me puxa rápido sempre sorrindo diz vem, vem logo!
De repente para em frente um monte de folhas secas, então eu pergunto onde mora? Ela responde aqui com você, eu fico confusa e penso-a deve ser filha de alguém que mora perto da montanha tenho que encontrar sua família.
Eu olho para o rostinho dela e passo a mãos em seu rosto gelado, pergunto novamente, vamos meu anjo diga-me onde você mora? Entenda, está muito frio, seus pais devem estar preocupados com você, então ela me olha e diz não estão não, minha casa é aqui, a sua também: Neste instante eu sinto um frio subir na minha costa, ela começa a remover o monte de folhas, e vai surgindo algo branco ela olha par mim e diz vamos mamãe! Vamos para casa, logo surge um tumulo branco em cima um lapide escrito aqui descansa minha querida esposa e nossa filha que partiram em um terrível acidente de carro.

Foto de ushihaxandre

TARDE DA NOITE

Já é tarde da noite e o sono não vem
já é fria a madrugada e a cidade esta calada
esperando o longo dia a chegar
posso ao longe ouvir os poucos carros
que passam na avenida
posso até pensar e refletir na minha vida

Já é tarde da noite e os sonhos já não interesam
pois logo terei de acordar e encarar a vida de frente
tomar meu caminho pois atraz vem gente.

já é tarde da noite e o relogio me chama avisa que
é hora de sair e tirar o pijama
ate mesmo ver o gelo na grama.

já é tarde da noite e isso já não importa
me levanto pra tomar um ar e abro a porta

Já é tarde da noite e a insônia me abraça
me lembra que é tarde e me faz pirraça .

Já é tarde a noite e eu tomo um caffé
me distraio e fico de pé
me pergunto por que não adormeço se não a tumuto
fico aqui sentado em minha cama
e só oque posso fazer e escrever,
tentar entender, e dizer
JA É TARDE DA NOITE.!!!

ALEXANDRE FERNANDES

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