Gelo

Foto de DeusaII

Olha para mim

Olha para mim,
Sente meus sentimentos,
Sente minha alma falando à tua.

Olha para mim,
Não desvies teu olhar,
Deixa-te levar pelo brilho do meu.

Olha para mim,
Sente as forças que dominam minha vida,
Sente o calor que transmito a teu peito.

Olha para mim,
Não apagues a chama do teu olhar,
Não extinguas, o fogo que faz tremer minha vida,
Ou o gelo que cobre minha solidão.

Olha para mim,
Enfrenta a força dos meus olhos
Que nunca se cansam de olhar os teus.

Olha para mim,
Não te percas em palavras ocas,
E incendeia-me com o teu olhar.

Por favor, olha para mim,
E deixa-me dizer-te o quanto te amo.

Foto de Henrique Fernandes

SENTIMENTO QUE DORME NA INSÓNIA

Escuto a incerteza dos murmúrios que encontro no meu caminho carente,
procurando instantes de coisas novas no silêncio,
na frágil culpa do pensamento doente,
atravessando um lugar perfeito em mim grão de areia pelo deserto onde adormece o tempo imperfeito,
embalado pela vertigem da memória arremessada ao abismo do passado que corre ao meu encontro.

Resto oculto na sabedoria de dizer esperança que ondula na vastidão esquecida no meu corpo,
ainda madrugada à deriva pelo ruído da minha loucura.

Levito agitado pelo amadurecimento dos meus movimentos mais ousados,
cavalgo o engodo da escuridão extrema onde brilha um infindável sentimento que dorme na insónia,
onde flui a aresta de uma luz solitária que encobre o meu rosto com chuva despojada de lágrimas,
iluminando o esgotar da alma pelo ventre das sombras nuas que bebem de mim a seiva da juventude derramada na minha ausência encostado ao eco do vazio,
que me contorna o olhar preso na distância
que estremece na palavra do antes silenciado a frio oco pela despedida,
na palavra do durante fora de tempo que abate sobre mim o quão da tristeza,
na palavra do após dos receios escondidos nas minhas fomes sádicas de onde emerge a virgindade perversa
dos meus poemas para além dos sentidos.

Invade-me a saudade inculta do desconhecido num abraço de gelo onde me perco em fúrias e raivas
nas asas de uma dor morta pelo morno dos meus sonhos.

Foto de Joaninhavoa

CHAMAS EM GELO

**
*
CHAMAS EM GELO
*
**
*
Impossível não reagir ao teu chamado
Que me prende os sentidos e me cega por instantes
Sinto hoje agora e sempre o mesmo ardor amado
Como carícias de um fogo lento o dos amantes

O mais lindo entre os mais lindos sonhos vivido
Teu grito meu clamor em espírito comungados
Crença esperança sã da casa dos sentidos
Chamas em gelo! Meu querido

Vem! Vem junto a mim e leva-me contigo
Para os confins do mundo como se de um rapto
Se tratasse

Seria mais uma história de amor e de paixão
Como a do Doctor Zhivago e o tema de Lara
Ou como a de um Singing in the rain

Só nós dois e mais ninguém
Um dia! Amor

Joaninhavoa,
(helenafarias)
23 de Novembro de 2008

Foto de Darsham

O Amor...Incómodos à parte

Tenho um problema com o amor, um grave problema! Ouço dizer por aí, pelas bocas do mundo, pelas letras soltas que vejo e revejo em papéis perdidos em cada canto de vida que o amor é a coisa mais bela que existe…
Chega a cansar os meus ouvidos de tanto ouvir a palavra AMOR!!!
Enaltece-se de uma forma sublime…em filmes…em palavras…em livros…em poesia…na música…Vê-se e ouve-se amor em todo lado (para os ouvidos e corações atentos, claro está) que chego a sentir-me profundamente enjoada.
Não, ao contrário do que possam pensar, eu não sou uma pessoa insensível, pragmática, vazia, distraída…Eu escrevo poesia, sou a voz do amor para quem não pode ouvir… Eu ouço Beethoven, Chopin, fado…choro ao ver uma peça de ópera, comovo-me com filmes românticos, voo para longe enquanto leio cada linha que Nicholas Sparks escreve…e tenho em mim todos os sonhos do mundo…
O que me incomoda não é a existência do amor, ou até é, não sei…é tudo muito dúbio…
Incomoda-me a banalização, o dizer por dizer, o falar por falar…e o coração? Será que ainda alguém sabe o que é amor? Amor sem razão, daquele que nos atraca o coração e nos despe a alma? Daquele que nos sacode os bolsos da sensatez…daquele que nos amarra sem cordas, nos cala a voz…daquele que nos tira a respiração e nos faz acreditar que vamos morrer por não termos espaço em nós para estacionar este avião que invadiu o nosso coração…
Será que entre a pausa para o café, e os pagamentos do mês ainda se tem tempo para reflectir sobre o amor? Será que todas as bocas que expressam a palavra amo-te atribuem o verdadeiro valor a este sentimento tão sublime e majestoso?
Incomoda-me, claro que me incomoda ver almas vazias e desprovidas de sensibilidade, que faria revirar na sepultura grandes poetas que a historia não esquece, verbalizar, assim, como se fosse uma pancadinha nas costas a palavras amo-te…amar não é só falar, é praticar, é encher-se de vida e gritar ao mundo que no peito nada cabe mais…
Incomoda-me também que não existam teses sobre o amor, em que expliquem tudo o que há a ser explicado sobre ele, para que o possamos conhecer e reconhecer, para que saibamos quando encontramos o nosso amor, o verdadeiro, a outra metade de nós, que nos completa…podemos viver toda uma vida com a pessoa errada, sem sabermos onde está a certa, ou sabermos, mas nada podermos fazer, porque o tempo já é outro e construíram-se outras histórias, das quais não fizemos parte, por termos construídos outras, paralelamente…
O amor rege a nossa existência; determina quem somos; representa-se nas nossas convicções, princípios, crenças e atitudes e descreve a sua rota nas linhas do nosso rosto, no brilho do nosso olhar, abrigando-se no nosso sorriso…à espera da noite…ou do dia…
A dualidade do amor… isto também me incomoda, de verdade, esta sombra dúbia que me chicoteia por dentro, que me finta o discernimento e me espanca a razão…tanto nos pode elevar às estrelas, como nos faz cair e bater em cheio com a cara no chão…sussurra ou grita-nos, queima-nos ou gela-nos, dá-nos o sorriso ou a lágrima, protege-nos ou abandona-nos…e aquilo que é contrário do bom, não é bom e dói…
Quando temos amor por alguém a vida fica tão mais fácil, não temos medo de nada, somos capazes de atravessar o mundo se for preciso e sorrimos muito, muito mais …se o amor parte, uma parte de nós também vai com ele e tentamos dia após dia, encontrar razões que nos façam sorrir, procurando formas de conviver com a solidão, para que não doa tanto…o coração fica apertado e lentamente vamos encontrando o nosso caminho, descobrindo novos horizontes, navegando para outras margens…renascemos numa nova vida e colocamos mais uma pedra no castelo da nossa identidade e unicidade. Encontraremos outro amor, que nos devolverá o sorriso, de uma forma espontânea e tudo faremos para que os erros que sejam cometidos nesta nova história (sim, porque os erros fazem parte de nós) tentem ser compreendidos e ultrapassados, tentando edificar estruturas sólidas em termos relacionais…
Porventura, voltará a suceder-se o mesmo e o ciclo recomeça, ou poderá realmente dar certo naquela vez, mas por mais voltas que a vida dê, por mais labirintos que percorramos, haverá sempre uma porta aberta para o amor.
O amor transporta-nos em viagens alucinantes por caminhos desconhecidos no nosso interior…já procurei mil e uma maneiras de descrever este sentimento tão…tão…indecifrável e transparente ao mesmo tempo e nunca consegui passar para as letras a magnitude, a cor, o som, a temperatura, a textura, o odor, a mistura, a mescla de coisas unas e simples que nos invadem a alma e nos descabelam a lucidez que se apossa de nós quando experimentamos o amor…
Porém, encontrei uma “definição” que até hoje me pareceu a mais perfeita e a mais simples. É uma pequena parte de uma passagem da Bíblia, que integra «1Cor.13», e é assim:
“…O amor é paciente, o amor é prestável, Não é invejoso, não é arrogante, nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê. Tudo espera, tudo suporta…”

Digo que para mim esta é a definição mais perfeita do amor que já li, pela sua simplicidade e no entanto faz-me questionar e pensar tantas coisas…ou o amor entrou em vias de extinção, e as únicas espécies sobreviventes que o encarnam vivem no outro lado do globo, ou então esta pequena passagem sobre o amor, que tanto gosto, não passa de uma utopia, um discurso naif…publicidade enganosa?
O certo é que, aparte as utopias, a publicidade enganosa e os incómodos de que me queixo, o amor é o pão-nosso de cada dia, é o nosso alento, a nossa motivação, muitas vezes o perdão…sem ele, o amor, a vida é a preto e branco, o mar é só uma enorme porção de água, os dias não têm propósito, a música é só mais um barulho que chega aos nossos ouvidos, somos gelo…somos parasitas...
Incomodam-me muitas coisas no amor, mas o que me incomoda de verdade, é não amar, muito mais do que não ser amada…ao não amarmos não reconhecemos nem valorizamos o sentimento do outro, não sentimos, não somos, não se é! Porque o amor é o milagre, é o sentido, é a matéria de que somos feitos, é como que um culto a seguir…
Porque o amor é querer ser muito mais do que ter! É a harmonia entre histórias, atitudes, pessoas, credos, cores, partidos, clubes…a vassoura da diferença e indiferença, é a medida certa…qb (quanto baste) …
Prefiro amar, e só amar, ainda que nunca amada, pois de contrário não serei abençoada…
Beberei eternamente pelo cálice do amor, mesmo que sede não tenha e darei a beber de quem da secura padeça…

Depois de dar nós ao cérebro para tentar tirar o itálico do resto do texto, acabei por desistir, antes que o computador ficasse com ferimentos graves (risos). Se alguém me puder ajudar agradeço!

Beijinho
Darsham

Foto de Kiss_Kiss

Meu coração

Meu coração
está batendo acelerado
parece que vai sair pela boca....
sinto uma vontade louca
de sentir sua boca
Meu corpo queima de desejo
já tomei um banho,mas não consegui me acalmar
já passei gelo pelo meu corpo só fez piorar
Meu coração bate aceleradamente
Que deseja te ter desesperadamente
Mas em meu sonho estais presente
tento espulsa-lo constantemente
mas só consigo te desejar alucinadamente

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

" O AMOR VERDADEIRO "

####
***
##
*
O amor verdadeiro,
É aquele...

Que o vento não sopra.
O tempo não apaga.
O tempo não envelhece.
As ondas não leva .
O mar não engole.
O sol não queima.
O gelo não esfria.
A dor não machuca.
É o que sabe esperar.
É o que sabe entender,
Compreender se manter.
A inveja não contamina.
A solidão abomina.
Que não cobra
Que não vive de manobra.
Que não tem olhos de cobra.
Que sabe tudo a tempo e a hora

O amor verdadeiro,
É aquele...

Que não precisa de manual.
É muito casual.
Não precisa ler.
Tem que deixar acontecer!

*-* A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Cristina de Araújo

Loucuras De Sedução

É comer morangos com açúcar,
e lamber o néctar que escorre no canto de tua boca.
É vestida querer que me dispas com o olhar.
É depois dum dia de trabalho, soltar o cabelo, e dar-te uma tareia de beijos.
É salgar a comida, e após o 10º copo de água tu quereres repetir.
É acordar de manhã com a maquilhagem por tirar, e dizeres que estou linda.
É soltar uma gargalhada sem piada.
É deixar cair a alsa do vestido e deixar fluir a tua imaginação.
Sensualidade não é sexo, é muito mais que isso.
É seduzir-te com perfume, amar-te com bâton,
e arranhar-te ao de leve o ventre.
É deixar derreter o gelo,
e possuir-te sim... até ao fim...

Foto de Rosinéri

VERDADE

Numa ilha tanto tempo esperei
Para minhas mágoas te dizer
Depois te conheci, tantas incertezas
Amarguras sofri, e por aí andei sem saber

Um dia procurei teu sorriso e carinho
E senti gelo na alma quando sorriso não vi
Mas não sabia que vida rouba alegria do rosto
Amor desse é verdadeiro só que não percebi

Libertar a minha dor procurei outros caminhos
Lágrimas dos meus olhos enxugar tentei
Vi sol nascer e campos floridos e sorri
E no pôr do sol e noites frias chorei

Amei quem não conhecia
E quem não me conhecia me amou
Reconstruir vidas frágeis e ousadas
Não é para quem tão fácil desistia
Vendo horizontes o fim longe pra mim andava

Experiências ganhei e tempo passou
Em noites frias chorei sem saber porquê
Talvez um vazio na alma ressuscitou
Tão distante uma dor renascia sem fim

Em novos horizontes, o sol brilhava...

Com os frutos de noites de amor
Muitos sorrisos e alegrias ganhei
Tanto aprendi quando a eles cuidava
E minha dor da alma o adeus a dava

Finalmente senti tal amor verdadeiro
E então percebi que alguém tanto tinha perdido
Tentei de novo reconstruir esse amor primeiro
Mas deixei meu coração agir e outra vez a dor sentido

Agora sei mais o que é verdade e direito
Não quero viver com essa dor no meu peito
Irei tentar mais uma vez antes do fim
A ti te dar todo o meu respeito, e talvez enfim
um sorriso seu...

Foto de Joaninhavoa

Uísque ou UísKy...

*
que importa!...
*

Sinto a vespa a picaretar a néspera
Dois caroços entranhados na carne
Ossos escondidos acres de espera
E de boca! Um azeviche

Viche! Uísque! Vice

Venho procurar o que busco
A mais ninguém importa
Minha alegria e eu própria

Lágrimas! Sumo de limão
Escorrem em meu coração
Em gelo ninguém mais toca

Minhas coxas de papoila!

Joaninhavoa,
(helenafarias)
01 de Setembro de 2008

Foto de Joaninhavoa

ENSAIO FINAL

*
ENSAIO FINAL
*
esgotante!
*

Tudo aponta para o enlace iminente
Escolher não é assim tão fácil...
Olho para a direita vejo uma luz intermitente
Olho para a esquerda ouço uma voz dócil

Os ensaios foram esgotantes...

Em gelo se derrete e perece
Alma sem repouso majestoso
Chama por mim e arde de desejo...
No outro lado só uma luz intermitente
Até parece que não carece...
De mim presente!

Joaninhavoa,
(helenafarias)
26 de Setembro de 2008

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