Gotas

Foto de Arnault L. D.

7° Concurso literário (Conto) Montanhas Submersas

O amar cria em nossas vidas, marcas na paisagem; marcos, obeliscos, torna a planície dos dias vincada por vales e sinuosa por montes, picos, montanhas...

Dependendo dos amores, são apenas dunas... E o vento se encarrega de dispor. Porém, existem outros que são muito diferentes.

Tornam-se pontos de referencia, verdadeiras pirâmides, enormes montanhas de pedra.

Quanto aos outros amores, dias, cotidiano, são como a agua da chuva, que se acumula, toma a silhueta da paisagem, a tornando mais plana, cobrindo os montes menores, ou mesmo, os diluindo. Dependendo do volume destas aguas os montes submergem, até que apenas reste só um mar... Plano.

Até mesmo a montanha mais alta fica oculta, alagada, mergulhada, neste horizonte quase sólido...

Porém, ela continua lá. De maneira difusa, numa localização imprecisa... Mas abaixo da inundação, oculta, ela continua.

Contudo, como toda inundação, esta também se nutre da constância da chuva, para que suas aguas não escoem. Pequenos romances, amores casuais, noites ardentes, todos são gotas, que devem pingar constantemente.

Porque se forem minguando, se houver estiagem, faz baixar as aguas deste “mar”... formado por estórias, ilusões e passatempos. E no limiar, você bem sabe o que ressurge:

Novamente a montanha mais alta, torna à luz , sólida emerge.
A montanha de seu grande amor.

Foto de Shyko Ventura

7º Concurso Literário- As faces do amor - " ESTADO DE QUEM SE ABSTEM DE FALAR "

...
"Queria te dizer
tudo o que queria dizer,
Mas o que não quer
é mais forte,
Já ensaiei um começo
que se tornou mais um fim
própriamente terminado,
Mas como terminado
se não iniciou,
Se tudo que há no sentir
está preso em mim,
e o que há de mim,
é o que você é!
E como posso seguir?
Como poder sentir?
De que maneira falar-lhe?
As palavras vem e vão assim como
os cometas que cortam os céus
rasgando a escuridão com seu brilho
que intensifica a sua passagem,
por todos os olhos que o viram,
por todos os desejos que anseiaram,
por todos dos todos que se
totalizaram num ato de fazer,
na coragem de ser!
Incompreendido em sí
por uma erupção de desejos
e anseios por dizer,
De todas as forças que trago
em mim, e que emanam pelos
póros em revelar esse sentimento
que arde mais quando te vejo,
E que novamente não falo,
Pelos teus olhos que mais
parecem duas gotas de um oceano
verde profundo em sí,
E que mais mistériosos ficam
quando aprofunda-se neles,
Cada vez mais difícil de não mergulha-los,
entregando-se em minha totalidade,
afogando-me dessas palavras que
abstem-se em proferir,
Por que não quer assumir?
Por que não convem admitir?
Ou prefere fugir?
Ou simplesmente,
Emudecí.

________________by Shyko250111.
(www.shykoventura.zip.net)

Foto de Mary Escritora

Diário

No meu diário, escrevi a história da minha vida,
História sinuosa.
Porém, passando página por página,
Eu ví que lá estava os fatos da minha vida.
Chorando disse:
"Esse diário foi escrito sobre gotas de lágrimas das horas tardias...”.

Foto de gizela silva

UM ROSTO

Sinto o vento no meu rosto,
um vento frio!
sinto arrepios estranhos na minha alma,
como se não fosse a primeira vez que esse vento me acariciava!
observo uma foto que voava com as folhas de Outono,
faziam remoinhos de revolta ate me alcançarem!
uma melodia estranha começa a entrar na minha mente!
uma mente que grita ao meu corpo para se ajoelhar!
eu não tenho poder sobre ele, não tenho poder para recusar!
ajoelho-me e as minhas mãos afastam essas folhas
que me impediam de descobrir a imagem de uma foto.
As minhas mãos sangram,
o meu coração também!
derramam sangue e escondem o rosto dessa foto!
um rosto familiar,
um rosto de pura dor;
de pura magoa!
um rosto que não sabia o que eu sentia
ou talvez um rosto que não percebia o meu amor!
dou voltas e voltas ao meu destino,
recupero forças e levanto a cabeça!
digo a minha mente
– esse rosto não è ninguém!
esse rosto não è nada!
o sangue, derramado pelo meu corpo, seca!
as minhas pernas continuam a percorrer o caminho
que escolheste para nós!
o meu rosto continua a sentir a brisa do vento de Outono!
continuo sozinha, sem essa foto na minha memoria!
continuo sozinha sem essa melodia na minha mente!
continuo sem mentiras,
continuo sem gotas de sangue,
continuo sem ti!

AUTORA: Gizela Silva

Foto de Arnault L. D.

7° Concurso literário (As faces do amor: Conto ) Estatua branca

Na beira de um estrada, aonde a grama se perdeu entre ervas daninhas, existe uma estatua branca. Agora nem tanto... Porque a Lua e o Sol seguindo a cruzar o céu, muitas, e muitas vezes, datas, anos, décadas, a tingiram de tempo.

Ela retrata um lindo rosto... com o olhar cheio de amor. E uma história, triste, que ninguém mais sabe, ou quase.

Figura alguem que fora muito e muito amada, e por estocadas, cuidadosas, de cinzel, este amor foi eternizado, talhado ao mármore frio. Uma ternura tanta, que não deixa espaço à duvida, e fala em voz alta, ser obra de quem lhe dedicou este amor.

E esta entrega foi tão linda e sincera... Que até mesmo os ateus veriam nela algo de divino.
Mas, infelizmente, acontece que o divino e o humano, são coisas distintas.... E ela se foi.

Além do amor, existem outras riquezas, riquezas estas que o homem do cinzel não possuía.
Mas, que um outro, sim.
E ela escolheu, e se foi.

Para ele, restaram aqueles olhos na pedra fria... talhada e branca, para mesmo assim teimar em pedir:
_ “...Volta, volta amor... !”
Mas, apenas a loucura respondia....
E repetiu por tanto tempo, que o tempo passou..., que o tempo acabou.

Quanto a ela, longe dali, muito longe... descobriu que o preço das “coisas” é sempre em metal, mas, o valor... não. Certos valores são incalculáveis. São pagos por primícia, presentes de Deus, coisas de divindade...

E muito rica, constatou esta verdade, e que sempre, não é para sempre. E envelheceu.
Para ela o tempo passou, na certeza gélida das coisas incompletas... Seus olhos nunca mais foram como na branca estatua.... Aquele olhar, aquele amor; preterido, diminuído...

E o tempo passou, e o tempo acabou...

Lá na beira de uma estrada, onde a grama se perdeu. Existe uma estatua branca.
Dizem que as vezes, quando o luar compete com as gotas de chuva, quem passa por ali, se prestar bem atenção, pode ver quando a agua a banhar o pálido rosto, empresta-lhe um pouco de vida, na forma de lagrimas...

Por seus olhos a chuva chora...
Na espera de um antigo amor, a pedir: Volta, volta...

Foto de Eddy Firmino

7º Concurso Literário -FIM DA JORNADA

Não lembro mais quanto tempo caminhei
Os caminhos tortos que segui
E os sonhos que não realizei
Nos espinhos da estrada por onde parti

Conheci pessoas ao longo da estrada
Vivi romance, paixões
Senti o frio no sereno da madrugada
Vi o desabar das ilusões

Houve momentos de desistência
Comprimidos dentro do meu ser
Nos momentos depressivos de minha carência
Lamentos internos de meu bem querer

Mas houve também alegria
Amigos, amores, satisfação
Gotas de poesia
A plenitude de toda emoção

Hoje com pés calejados sangrando
Após anos e anos na estrada
Que na vida segui caminhando
Chego feliz ao fim da jornada

Foto de Jonas Melo

QUANDO A NOITE CHORA

QUANDO A NOITE CHORA

A noite chega e você nunca está,
tua ausência contina me deixa a sombra da noite serena,
a agonia esperançosa de ver você chegar
é a única força que pulsa em meu coração.

As horas se vão depressa e nada de você aparecer
somente o teu perfume está aqui a me alucinar,
fazendo-me imaginar seu jeitinho inesquecível de me amar

Meus olhos te procuram, porém não conseguem alcançar você
nem tão pouco o teu sorriso,
aquele que a noite era refletido pelo orvalho da madrugada

Em um desses momentos noturnos
descobri que cada gota que caia na madrugada, eram gotas noturnas
que derramavam alegria sobre nós dois,
através dos pingos dourados da paixão

E assim compreendi que quando a noite chora
é para comemorar a alegria dos amantes apaixonados
por isso, a noite entende a verdadeira dor de um amante solitário.

Que muitas vezes chora de saudade...

Jonas Melo !

Foto de Carmen Lúcia

Aos porquês da vida...

Ao questionar sobre os porquês da vida,
onde contida, a nossa missão reprimida,
não ouço resposta, apenas silêncio vazio.
Então observo os pequenos fatos,
os que regem o cotidiano
impelindo-nos a diversos atos,
que improvisados, isentam planos
e se alastram pelas estradas
ora íngremes, ora sem danos.

Longa caminhada completa-se passo a passo,
letra por letra escreveu-se o livro sagrado,
de segundo a segundo transcorrem-se milênios,
pequenas fontes geram translúcidas cachoeiras,
grãozinhos de areia e momentos incertos
juntam-se, criando dunas e desertos,
pequenas gotas fazem cair a chuva,
tijolo por tijolo, a mais rica construção.

Com sete notas, a mais bela composição
de Bach, Ave Maria, suave sinfonia.
O todo é composto de pequenas frações
e os porquês nos conduzem às conclusões:
A multidão é formada por eus,
só lhe resta pulsar um coração,
pequenos gestos de compreensão,
solidariedade, respeito, indulgência e perdão,
fazendo a mudança que seu eu precisa,
ajudando a decidir a vida indecisa,
implantando a união,
reconstruindo a nação
e de amor profundo
consertar o mundo,
lembrando a todo segundo
que tudo nasceu de um sonho.

(Carmen Lúcia)

Meus votos de um 2011 com muito amor!

Foto de Melquizedeque

Chuvas de Verão

Respingos de chuva nas vitrines das lojas
Suaves gotas de um refrigério banal
Por cima das casas, nas asas, nos muros
Nas ruas têm águas que posso pisar
Como vou correr sem me molhar?
Escorre no rosto uma água salgada
As nuvens choram, por tudo e por nada
O relógio anda e as horas não passam
Carros nas ruas com luzes acesas
Placas na pista com avisos incertos
Corre o tempo, o vento e mundo
Noite escura, vazia, sem nada
Chuvas da vida com águas passadas
Olhos molhados na porta de casa
Corpo enxuto no meio da chuva
Estou na calçada e agora o que faço?
Com o guarda chuva quebrado aceito essa cena
Molhe-me a cabeça e meu corpo sem pena
Infância revivida nas gotas que caem
Melhora meu drama que se finda, se vai...

(Melquizedeque de M. Alemão, 30 de dezembro de 2010)

Foto de damadapoesia

AMOR DE DOIS

AMOR DE DOIS

Rendo-me aos deslizes em que te faz presente
lacrimejo as saudades em gotas de raros cristais
a névoa que se estende é instante querente
em minhas entranhas secretas, ais borboletais

Quem me dera render teus pulsos, todos os carinhos
embebedar-te de meus encantos em pura essência
e revelar-te das inconstâncias, o próprio caminho
absorvendo do destino, qualquer e toda experiência

E no céu verás reluzindo o nosso amor em esfera única
pois bem sabes que a natureza nos julga
e a primavera se vai nas estações mudas

Entre os passos, que, juntos damos sós,
num instante sempre único, nem antes, nem após
Nos amamos em dias e noites de intermináveis sóis.

Páginas

Subscrever Gotas

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma