Hipocrisia

Foto de Graciele Gessner

Desfolhando-me... (Graciele_Gessner)

Desfolho-me
Perante você que lê
Com cuidado, atenciosamente,
Cada linha sem limite.

Se dependesse da reputação
A minha vida não teria emoção.
Minha história não teria sentido,
Tudo seria uma pura ilusão.

E te pergunto,
Quem nunca falhou?
Você nunca pecou?
E jamais deslizou?

Desfolhando-me
Vejo os meus erros,
As mágoas, a traição...
Uma silenciosa correção.

Apedrejada, julgada
Caluniada, difamada.
Fui desvalorizada,
E fui menos amada.

Onde está o perdão?
Já que todos se dizem cristão?
Cadê a minha absolvição?

Percorro o meu caminho,
Ao qual tropeço no passado.
Descubro que alguém me julga
Sem ter um dia me conhecido.

Atravessando este muro de preconceito,
Esbarro-me na injustiça e no desrespeito.
Quanta hipocrisia, quanta falsidade.
E ainda tem a coragem de declarar
“Vivo a plenitude da felicidade”.

Quantos enganos e quantas mentiras.
Acabo por fazer destes versos,
Um desfolhar de desabafos.

Desfolho-me perante você,
Lendo-me atentamente.
Quanta confusão,
Quanta dor no coração.
Tudo por causa da traição.

Amor que não deu certo.
Um amor tão perfeito...
Tudo ficou por um momento
Em minha alma, na fascinação,
Na minha eterna recordação.

Desfolha-me! Descubra-me!
Vasculhe o meu passado.
Mas, tenha cuidado!
Para não acabar se machucando.

19.08.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Carmen Lúcia

Meus sonhos

Meus sonhos ultrapassam minhas pernas,
planam sobre minhas asas,
pousam em minhas arestas...
Em meus cantos e nostalgias.
E sempre ganhamos altura...
Quanto maior a dor, mais ousado o vôo.
Voamos mais alto que as amarguras...
em nossas aventuras e desventuras
tornando-as fantásticas venturas.

Meus sonhos seqüestram-me de abandonos,
roubam-me da realidade,
poupam-me a fatalidade,
transportam-me ao deslumbramento
fazem de um só momento, eternidade...
onde um sorriso é ingresso de entrada
e a dor é transformada em fantasia.
Morada poética, sem hipocrisia...
Fazem do poeta alma, luz, inspiração,
a imaginar que toda noite é dia...
Ver de perto as estrelas,
tocá-las com a mão.

Meus sonhos sugerem poesia...
Embalam-me em seus braços,
Abraçam-me noite e dia...
Expulsam meus fantasmas,
livram-me dos medos,
enxugam meu pranto,
repõem minha energia.

(Carmen Lúcia)

Foto de von buchman

TEU DOCE CHEIRO DE EXCITAÇÃO...

Teu doce cheiro invade minha carne
e deixa desabrochar este louco amor que tenho por ti...
neste raro momento de puro prazer,
me vejo envolvido no teu ser...
Tens sido a fuga de minha vida , minha gostosa fonte de prazer...
Enlouqueço com a anatomia de teu lindo corpo nu sobre minha cama...
Aproximo-me de ti em fúria ao ver-te se tocando
e lambendo os dedos e apertando teus seios,enquanto me dispo...
Deixamos nossos corpos serem invadidos por desejos,
anseios e fantasias, sem tabus sem nenhum pudor
e sem nenhuma censura
somente puro amor...

Num gostoso balé de sensualidade e tesão,
onde damos lugar ao fogo de paixão
que aquece nossos corações,
nos loucos e gostosos impulsos de tesão que nos conduzem
unicamente para saciar nossos desejos e fantasias.
Deletamos os falsos pudores
e a hipocrisia para podermos nos saciar em nosso amar...
As fronteiras da razão , do consciente
e inconsciente são rompidas pela exaustão do prazer...
Em momentos de puro êxtase de amor,
viajo até teu corpo que me seduz
e atiça meu libido recheado de muita tesão ...
A sensibilidade de teu corpo ao toque dos meus dedos
me faz delirar em te ver extasiada de espasmos de prazer...
Teus sussurros e gemidos contracenam
com a escultura de teu corpo
e do teu poço do amor,
que transborda o mar de néctar do teu excitar...

Navego em teu corpo cheio de amor,
na tua sensualidade que seduz os meus olhos e meu coração...
Ah... Teus seios intumescidos de tanto prazer
me fazem o aconchego do meu corpo...
Em gostosos momentos de amor
estás pronta para o meu penetrar...
Em posições acrobáticas e de muita sensualidade
te vejo ter orgasmos múltiplos
e sacio tua vontade de gozar...

Quando deslizo minha língua afoita
e atrevida entre tuas pernas ,
delicio-me quando seguras minha cabeça
e direcionando aos teus pequenos lábios
me levas ao teu monte rubro de prazer...
Contorces-te e gemes,
a tua respiração ofegante mostra-me quão grande
a tesão que estás...
Teus lábios secos e teus dentes serrados,
mostram novamente o gozo que está a chegar...
Fico a navegar e viajar no teu lago de prazer,
nas entranhas de tua carne fazendo-te delirar...
Em posições invertidas ,
levas-me a um orgasmo fatal...
Delicia-te com a seiva do amor que jorra de meu corpo,
o meu gozo fica mui gostoso ao ver-te sugar
e saciar tua sede todo meu néctar do amar...
Extasiados chegamos a plena satisfação
neste louco e gostoso amar...

AS SEMENTES DO MEU PURO AMOR,
SÃO COMO FLOCOS DE NEVE...
ELAS SÃO REGADAS COM AS LÁGRIMAS DO MEU CORAÇÃO,
POR VOCÊ MINHA ETERNA PAIXÃO . . .
ICH LIEBE DICH ...

TENHAS MEU CARINHO
E O MEU ETERNO ADMIRAR
BEIJOS E MIMOS DE PAIXÃO...

VON BUCHMAN...

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

POETA QUE É POETA...E SUA ÉTICA.

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Poeta que é poeta,
Não se aquieta,
Não desperta,
Aos olhos da
Maledicências,
Da resposta na
Altura de sua condolência.

Poeta que é poeta,
Não critica não envenena
Não ofende...

O verdadeiro poeta
Jamais se sente,
Convencido,
Seu coração poeta
Abona os abusivos,

Poeta que é poeta,
Jamais passa por cima
De aprendizes,
Ajuda !Corrige!
Seus deslizes.

Os grandes poetas,
Também tiveram
Suas matrizes,
De onde vieram
Corrigindo seus deslizes!

Poeta que é poeta,
Não se rasga em seus
Escritos, respondendo
A inveja, a intriga
A calunia....

Esse que assim o faz.
Esses se dizem poetas,
Esses se escondem
Em capa de cordeiro,
Varrendo o nome
Do poeta, num
Sangreiro.

Poeta que é poeta
Não exibe sua imagem,
Fazendo embalagem,
Mostra a cara com coragem.
Não respondendo a diversidade.
“Esse é o poeta de verdade”.
Poeta que é poeta,
Embeleza e não despreza,
Não mancha sua poesia,
Com hipocrisia tirando-lhe
A fantasia, que ele
Faz com maestria.

Poeta que é poeta,
Antes de ser poeta.
Cria sua própria ética,
Respeitando o deslumbre
E o valor da poesia.
Não se deixando contaminar
Pelos falsos poetas da hipocrisia,
Que inundam o nosso mundo da fantasia.
"Vamos respeitar essa escrita dada com alegria".
Afinal, muitos vivem dentro desse mundo,
Do poema e da poesia!

*-*Anna A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de Serafina e Tatiana

Consequencias

Queremos sempre aquilo que não podemos ter, fazemos escolhas na nossa vida, arrependemo-nos e depois queremos voltar a traz e pedir desculpa e fingir que não aconteceu… Mas não dá, infelizmente os nossos actos têm consequências, consequências essas com as quais temos de aprender a viver.

As piores são aquelas em que temos que aprender nós próprias a lidar com elas.
Como é que se convence a nos próprias de que esta tudo bem? Já está, erramos, não prejudicámos mais ninguém a não ser nós próprias e portanto o melhor e esquecer e continuar em frente??? Como? Como é que se ultrapassa este tipo de consequências?

Bloqueando a memória do que aconteceu, Fingindo que não se passou nada!
Sorrindo todos os dias como se fossemos muito felizes!
Basicamente, dar continuidade à hipocrisia, usar uma máscara e continuar a viver como se nada fosse!

A minha já cá esta e vai ser difícil de desaparecer!

Mas não são as consequências dos nossos actos que nos fazem aprender e crescer?
Tudo o que fazemos tem consequências, boas e más, e é com elas que vivemos e sobrevivemos!
Mas confesso: não me arrependo de nada do que fiz até hoje. Errei e por vezes de forma estúpida, por teimosia e vou voltar a fazê-lo vezes sem conta até ao fim dos nossos dias porque já diziam os chineses: “Há quatro coisas na vida que não se recuperam: a pedra depois de atirada; a palavra depois de dita, o tempo depois de passado e a ocasião depois de perdida”. Assim prefiro viver a vida sem perder nada por medo das consequências. Se isso significa que ando com uma máscara que seja mas de certeza que não sou a única. Todos temos uma máscara o pior é o que fica quando a tiramos!
Quem nunca errou que atire a primeira pedra!

Foto de Darsham

A vida do Pesadelo

De quando em vez, em momentos inesperados, carregados de significados surgem no meu pensamento pequenos pedaços da vida, vistos de diferentes vertentes e ocasiões, que me fazem pensar…
Pensar, analisar, questionar o nosso papel como seres humanos, individual e colectivamente neste mundo que nos foi dado, e que posteriormente e numa constante e frenética actividade se modifica ao nosso bel-prazer e à existência das nossas pseudo necessidades.
É-se mil pessoas numa só e ao mesmo tempo não se é ninguém.
Somos os catalisadores das nossas destruições…somos fúteis, e buscamos o prazer momentâneo sem nos preocuparmos com as futuras consequências, que se traduzem na devastação completa de tudo o que temos desde que nos entendemos por gente.
Foi-nos dada a possibilidade de podermos ter o direito de escolher, de ter sempre dois caminhos por onde seguir, sem nada ser imposto nem obrigado, mas com a consciência advertida de que existe um mau e um bom caminho, e que nos cabe a nós construir a nossa consciência, estruturando-a de acordo com a capacidade de distinguir o certo do errado. Esta capacidade traduz-se pelos valores, os nossos valores e que nos comprometemos a viver de acordo com eles, por serem comuns a todos e para que seja possível uma existência pacífica e um usufruto repartido, consciente e justo sobre tudo o que nos é dado sem ser pedido nada em troca: os nossos bens mais preciosos e que são determinantes para a continuidade da nossa existência, os nossos pontos de orientação que nos permitem perceber que a nossa liberdade acaba quando começa a do próximo.
Afirmo com toda a intensidade, que somos abençoados com pequenos privilégios que se estendem pelos nossos 5 sentidos e nos deixam extasiados…sensações únicas, momentos inigualáveis, visões que mais parecem alucinações, ilusões, sons que nos penetram a alma, deixando marcas em nós e ainda a capacidade de podermos esboçar um sorriso de felicidade quando, sem sequer precisar de olhar, sentimos que alguém querido veio até nós (eu sorrio só de pensar).
Somos seres dotados de extrema sensibilidade e inteligência e temos uma exclusividade que nos torna diferente de qualquer ser vivo que exista no mundo…podemos sentir o amor, sentimento tão sublime, que ninguém, em parte alguma o consegue descrever com precisão e exactidão. Sublinho, somos abençoados, 1, 2, 3 vezes, mil vezes por acordarmos para um novo amanhecer, em que abrimos a janela e nos deixamos lavar pela vida …
Verdade, somos acima de tudo ridículos por ter tudo e passarmos a vida acreditar e a lamuriar que nada se tem, destruindo assim, gradualmente o que na nossa cegueira de querer sempre mais, não vemos, ou vemos e ignoramos, já que é essa a nossa natureza, desvalorizar coisas importantes…
Por vezes temos rasgos de sanidade e prometemo-nos a nós próprios que vamos modificar a nossa atitude perante a vida e os outros, mas depressa nos esquecemos, e promessas são levadas pelo vento…
Vivemos numa guerra constante, connosco e com os demais, pelas mais diversas razões, de uma forma continuada e impensada, porque agimos através de ímpetos, que não procuramos controlar, de impulsos que se assemelham aos dos animais, como se todo o mundo fosse uma selva.
Construímos muros em cima de histórias, colocamos pedras sobre o ar que respiramos, valorizamos o mau em detrimento do bom, por o vivificarmos e vivenciarmos constantemente sem dar espaço para a alegria entrar…nós sufocamos a alegria e o bom senso…
Representamos na maior longa-metragem alguma vez feita, numa constante troca de papéis, e nunca acabamos por perceber qual é realmente o nosso. Em vez de nos regermos pelos nossos supostos valores, estamos mais preocupados em agradar este ou aquele, pensando o que poderemos obter dali. Vivemos na era da hipocrisia. Estamos sempre prontos a apontar o dedo, a julgar, como se nós próprios fossemos o modelo inquestionável de perfeição. Representamos o chefe sisudo, de mal com a vida, porque já não ganha tanto como ganhava com o negócio; a colaboradora, que desconhece o simples significado de sorrir, e mostra claramente que está ali a fazer um frete; o médico que nos passa a receita sem sequer olhar para nós; a senhora reformada que passa as tardes no café, falando da vida de toda a gente, criticando e apontando o dedo; a proprietária do pronto-a-vestir, que nos diz que a roupa nos assenta como uma luva, quando nos vemos ao espelho e nos assemelhamos a algo parecido com um ET; o senhor que vende peixe no mercado, e que afirma estar fresquinho, quando o peixe já está completamente vermelho de tanto gelo que levou em cima para parecer “fresquinho”; o político que faz promessas que nunca se virão a cumprir; a professora que está mais preocupada em que os alunos façam tudo certinho e em silêncio, do que propriamente em ensinar, orientar e formar futuros cidadãos; o polícia que está mais preocupado em caçar multas do que velar pela segurança da comunidade; a eterna mãe preocupada e sofredora, que vive num constante receio no que diz respeito ao caminho que os seus filhos irão seguir e que faz disso uma obsessão; o pai que sai do trabalho, cansado e que em vez de ir para casa, segue para o café, onde bebe cerveja atrás de cerveja, até que lhe vão buscar ou até ao fecho do café e que quando vai para casa culpa a mulher por todos os seus infortúnios; o (a) filho (a) certinho (a) que segue à risca tudo o que lhe é incutido no seu seio familiar e que não constitui problemas em contraste com o (a) filho(a) despreocupado(a), que quer curtir e vida, sem perder tempo com coisas que não interessam, procurando sensações cada vez mais arrebatadoras, fortes e loucas, porque é nelas que conseguem agarrar, ainda que efemeramente estados de completa euforia que acreditam conter o segredo milagroso para uma vida plena, e principalmente sem tristeza; a menina gordinha, que na escola é ignorada e gozada pelos seus colegas, em contraste com a menina popular, com quem todos querem brincar; a eterna sonhadora que acredita que a vida é um sonho construído em cima de um castelo de areia; o casal, que cheio de dívidas mal consegue dormir e discute a toda a hora questionando-se sobre como a vida de ambos teve aquele rumo…
Os ricos…os pobres… os arrogantes…os educados…os maus…os bons…os egoístas…os altruístas…os sensíveis…os insensíveis…eu…tu…os outros…nós…
Somos uma mescla de matéria mexida e remexida, produto de nós mesmos e dos nossos ardis, onde a genuinidade se extinguiu…
Vivemos assentes numa liberdade ilusória, mascarada…vivemos mais presos que um detido por homicídio. Nós construímos as nossas próprias barras de ferro, fechamo-nos dentro de algemas e jogamos a chave fora.
E a simplicidade? E a alegria de estar vivo e sorrir sem ser preciso ter um motivo? E a partilha? E a vida, só por ser vida e vivida?
Só existe esta e enquanto não tivermos a plena consciência desse facto e que também passa muito depressa vamos cavando lentamente a nossa própria sepultura e acabamos por ser autores, em parte da nossa passagem para outro mundo que não este.
Sonho e anseio por um dia em que todos nós vamos acordar e perceber que não somos personagens de um pesadelo constante e irreversível, mas sim de uma vida que teimamos transformar nesse pesadelo que já pensamos viver…
Vamos então todos juntos acordar num grito de esperança??? Um dia…um dia, quem sabe…

Foto de Carmen Lúcia

O vôo do poeta...

Aguarda para alçar seu vôo,
não como ave de mau agouro...
mas como quem observa, à espreita,
o decorrer de fatos insensatos
na espera do momento exato
de um voar certeiro, inexorável,
circundando altos e baixos...
Desde a mais íngreme depressão
à mais alta e inatingível dimensão.
E quando chegar a hora esperada,
prevalecerá sua decisão irrevogável,
soltará a voz... Não como algoz,
nem como ser execrável...
Mas como guerreiro atingido
na luta desigual , sem salvo- conduto.
Bradará a indignação que sente,
que é a mesma de nossa gente,
deixando nosso povo descontente,
engolindo, oprimido, o que lhe é oferecido.
Seus versos que eram fantasia,
cantados em rimas e poesias,
rebelam-se à custa da hipocrisia...
(Armas contra a vil utopia)
Realidade incoerente à do poeta
Onde a insensibilidade o afeta,
Levando-o a vôos delirantes e sombrios,
Indecifráveis, frios e sem brilho...
Mas, por enquanto, aguarda...
Há sempre o momento sensato.
A paciência é grande virtude...
Sempre e em qualquer altitude...
Então, não haverá grade que segure
o combate às desigualdades sociais,
o não à corrupção, ao descaminho da nação,
a tudo que impede de prevalecer a paz!

( Carmen Lúcia)

Foto de Graciele Gessner

Rir Sem Limite. (Graciele_Gessner)

Rir da vida insana.
Rir do que já foi...
Rir do que já poderia ter sido.
Rir do que a vida nos presenteia.
Rir do sol a cada alvorecer.

Rir da alma desnuda.
Rir do que nos parece sem noção.
Rir da liberdade camuflada.
Rir do conteúdo sem inspiração.
Rir do que a imagem tenta transparecer.

Rir do que muitos se fazem de cegos.
Rir da hipocrisia dos infelizes.
Rir, apenas rir sem limite,
Com a satisfação da missão cumprida.
Rir dos que pensam que sabem.
Rir do controle que nos aprisiona.
Rir da vida que escolhemos.
Rir do destino que cultivamos.

Apenas a vontade louca de rir.
Rir ao amar, ou pelo menos tentar.
Rir pelo que você conquista.
Rir e vibrar por tudo insignificante.
Ria desta vida maluca!

21.04.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Wilson Madrid

LUA AZULADA

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LUA AZULADA

Estrelas, via láctea, lua e sol,
beija-flor, sabiá, rouxinol e bem-te-vi,
rosa, orquídea, tulipa e girassol,
ouro, diamante, esmeralda e rubi...

Paro,
olho,
penso,
reflito,
medito,
entendo,
e me surpreendo...

Como pude perder tempo com tantas coisas banais,
se o que me encanta mesmo são sempre as flores astrais?
Como pude me deixar iludir por tanta pedra falsa e bijuteria,
se só o que me enriquece mesmo são as jóias preciosas da sabedoria?

Como pude ouvir tantos cantos rudimentares, desafinados e tão artificiais,
se os que me encantam são os dos pássaros e das sinfonias angelicais?
Como pude me entreter com faíscas de pensamentos tão iguais,
se o que me fascina são os raios solares das idéias geniais?

Então eu compreendo o vazio existencial
da minha inspiração vital até para o varal
das lágrimas que secam no meu quintal...

Como poderia rimar rancor com amor?
Como poderia rimar bisonho com sonho?
Como poderia rimar hipocrisia com fantasia?
Como poderia rimar tanta monotonia com poesia?

E, finalmente,
porque esta poesia,
que eu tanto queria,
chega assim tão de repente?

Elementar meu caro Wilson...

Mesmo que não tenham rimas,
os astros e as estrelas são as mesmas,
os pássaros coloridos e cantadores também,
as flores sempre voltam nesta mais linda estação,
e os rubis adocicados da romã frutificam a cada manhã...

O que era verde passou, amadureceu e o tempo o amareleceu,
o rio do destino correu e junto ao mar se engrandeceu,
a lua minguante cresceu, ficou nova e voltou cheia,
e a esperada bailarina cigana que saltou dela,
não veio de vermelho nem como cinderela,
veio de azul celeste e como sereia...

Então agora é o tempo de um novo caminhar,
viajar, mergulhar, nadar, flutuar,
rimar o mar com amar,
a lua azular
e voar...

Wilson Madrid o Poeta Azul

Foto de Rose Felliciano

POR QUE LER POESIAS DO SÉCULO XIX?

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Tenho recebido vários recados solicitando ajuda para um trabalho referente à pergunta: Por que ler Poesias do século XIX? Diante de tantos e-mails, preferi responder coletivamente.

É apenas uma pequena contribuição do que foi o movimento literário no século XIX. Aconselho que leiam mais as obras dos autores citados nesse artigo para que entendam mais a respeito da importância que teve esse século para a Literatura Brasileira.

Ressalto que é importante ler Poesias, independente do século ou momento, mas como a pergunta é sobre o século XIX, vamos lá...

Peço desculpas se esqueci de mencionar algum autor ou escritor que você considere importante ou algum fato relevante também.

Toda a colaboração a esse artigo é válida e será bem vinda e gratificante para os leitores.

Importante aos interessados, que não copiem esse artigo em sua íntegra e sim, que esse sirva apenas de uma pequena fonte para o restante de sua pesquisa.

A referência utilizada está no final deste e isso é muito importante. O livro que me baseei para as informações aqui descritas é de uma riqueza enorme para a literatura e foi utilizado aqui apenas um pequeno resumo.

Com carinho,

Rose Felliciano.

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É importante ler as poesias do século XIX, pois marca o período do verdadeiro nascimento da nossa literatura. Nele, enriqueceu-se admiravelmente a poesia, criaram-se o romance e o teatro nacionais e formou-se o circuito autor-obra-público, tão necessário ao estímulo da vida literária.

Com a vinda da família Real portuguesa para o Brasil, em 1808, dos atos de D. João VI que tiveram ressonâncias culturais significativas destacam-se: a abertura dos portos às nações amigas; a criação de bibliotecas e escolas superiores; a permissão para o funcionamento de tipografias (de onde surgiu o jornalismo, importante agente cultural do século XIX). Os Poemas do século XIX são vistos como "um ato de brasilidade" pois abandonaram aos poucos o tom lusitano em favor da fala brasileira, ressaltando o nacionalismo.

Contemporânea ao movimento da Independência de 1822, a literatura nesse período expressa sua ligação com a política e com o Romantismo, os sentimentos começam a tomar o lugar da razão como instrumento de análise do mundo, e a vida passa a ser encarada de um ângulo bem pessoal, em que sobressai um intenso desejo de liberdade. Essa ânsia de libertação que nasce no interior do poeta, em determinado momento alcança também o nível social, com o artista romântico colocando-se como porta-voz dos oprimidos e usando seu talento para protestar contra as tiranias e injustiças sociais, ao mesmo tempo que valoriza a pátria e os elementos que a representam. É o ardente nacionalismo e no Brasil gera o Indianismo, uma forma de exaltação do indígena, encarado como representante heróico da terra brasileira.

É um momento também Social onde a poesia deixa de ser apenas um lamento sentimental murmurado em voz baixa para ser também um grito de protesto político ou reivindicação social. A campanha pela libertação dos escravos ganha as ruas, e o poeta, mais do que nunca, procura ser o porta-voz de seu povo, e o seu canto, a luz da liberdade e o protesto contra as injustiças, como declara enfaticamente Castro Alves, um dos autores mais importante desse período.

Na segunda metade do século XIX surgem três tendências literárias: o Realismo, na prosa, e o Parnasianismo e o Simbolismo, na Poesia. O Realismo, que teve início na França, surge no Brasil principalmente em virtude da agitação cultural na década de 1870 sobretudo nas academias de Recife, São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, que constituíam centros de pensamentos e de ação por seus contatos freqüentes com as grandes cidades européias. Com o desenvolvimento dessas cidades brasileiras surge uma significativa população urbana, marcada por desigualdades econômicas que provocam o aparecimento de uma pequena massa proletária.

O Realismo, em oposição ao idealismo romântico, propõe uma representação mais objetiva e fiel da vida humana. Enquanto o Romantismo exalta os valores burgueses, o Realismo os analisa com impiedosa visão crítica, denunciando a hipocrisia e a corrupção da classe burguesa.

O Simbolismo vem a recuperar a musicalidade da expressão poética, uma vez que o Parnasianismo destaca a valorização excessiva do cuidado formal, o Simbolismo procura não ignorar as formas, mas apresentá-las “musical e doce”, “emocional e ardente”, como se o próprio coração fosse diluído nas estrofes.

Machado de Assis é considerado o melhor escritor brasileiro do século XIX e um dos mais importantes de nossa literatura. Foi também o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, a qual ajudara a fundar em 1897. A análise do comportamento humano foi a preocupação constante de Machado de Assis, que procurava ir além das aparências, revelando ao leitor os motivos secretos das ações humana.

Todo esse ambiente sociocultural do século XIX, influencia de maneira decisiva e muito importante para o florescimento da arte dramática, e, nesse sentindo, não se pode falar de teatro brasileiro antes do século XIX.

Movimentos literários do Século XIX

ROMANTISMO

REALISMO

PARNASIANISMO

SIMBOLISMO

Principais Poetas do ROMANTISMO: Castro Alves, Gonçalves Dias, José de Alencar, Álvares de Azevedo, Bernardo Guimarães, Casimiro de Abreu, Fagundes Varela, Franklin Távora, Joaquim Manoel de Macedo, Junqueira Freire, Martins Pena, Sousândre, Taunay.

Principais Poetas do REALISMO: Machado de Assis, Adolfo Caminha, Aloísio Azevedo, Domingos Olímpio, França Júnior, Manoel de Oliveira Paiva, Raul Pompéia.

Principais Poetas do PARNASIANISMO: Alberto de Oliveira, Olavo Bilac, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.

Principais Poetas do SIMBOLISMO: Alphonsus de Guimarães, Augusto dos Anjos, Cruz e Souza.

Fonte de Pesquisa: Estudos da Literatura Brasileira – Douglas Tufano- 4ª Edição.

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