Horas

Foto de Anja Mah

Desejo

Quando te contemplo,
Em sua dança do cio...
Ah!... Como adoro,
Receber teu corpo
Que me provoca arrepios...
Quando juntos,
No cavalgar das horas,
Onde esquecemos do tempo,
O tempo que passa,
Que passa em nossos corpos,
Que passa e passa,
Até nos levar ao rio,
Ao rio do prazer...
Onde ouvimos os sons dos desejos,
Os sons da nossa vontade...
Nossos corpos mergulhados e febris,
Percorrendo todo o leito,
Deslizando entre curvas,
Entrelaçados daquele jeito...
Nossos lábios sedentos,
Beijando os mais íntimos segredos...
E nesse esquecer do tempo,
Nossa viagem segue a contento...
Até chegarmos à foz,
Envoltos por prazer e paixão,
Desaguamos loucamente no mar
Derramando toda a nossa emoção...
Nossos corpos jogados na areia,
Suados e exaustos,
Felicidade a transbordar,
De tanto nos amar...

Foto de Ednaschneider

O que a Bahia esconde?

Vou ver o que a Bahia esconde...
Vou ver de onde
Vem essa magia.
Que anima a minha poesia.
Bahia de todos os santos
Que estou amando tanto
Vou agora,
Sem demora
Vou já.
É só você me chamar.
Preciso contigo estar
Preciso ver o que há
Nesse tabuleiro...
Acarajé, vatapá?
Provar esse manjar
Sentir o sabor por inteiro
Deste lindo tabuleiro.
Vou agora
Vou já
Vou me fartar
Lambuzar os dedos
O gosto apimentado
De um sentimento que em mim aflora.
Não posso demorar
Vou sem medo
E vai ser demais...
E vai ser tão bom!
Bobó de camarão..
Meu coração
Na tua mão
Vatapá...
Vou te beijar.
Estou contado dias, horas e segundos,
Para provar e sentir
O sabor, a pimenta, todo amor do mundo!
Neste tabuleiro sem cessar.
Vou me deliciar.

2 de julho de 2007
Joana Darc Brasil*
*direitos reservados à mesma®

Foto de Flower Medeiros

Lembranças

As melhores horas do dia, são aquelas em que posso parar e pensar em ti e sempre é a noite,
Quando o sol vai se deitar e a Lua vem me fazer companhia.
Ela vem até minha janela para ouvir meus pensamentos, ouvir a cada batida do meu coração,
Ela sabe que seu nome pulsa com muita força em cada parte do meu corpo, está totalmente preso aos meus desejos, aos meus anseios.
Ela sorri, ela chora e se emociona toda vez que suspiro, pois ela sabe que tudo é verdadeiro, que tudo são apenas lembranças, de momentos que só tivemos em meus sonhos.
Lembranças, de histórias que inveitei antes de dormir,
Lembranças de algo que quero, que preciso.
Mas só são realidade quando as imagino que são reais.

autora: Flower

Foto de Paulo Zamora

Dois Poemas

Instante
Do alto do morro desse coração chamo por você, mas sou simples noite fria; que percorre o espaço, um homem sem o universo, um sol procurando a lua para namorar.
Vê se corre para meus braços, eu sou feliz quando tenho você, no aperto dos braços que rodeiam meu corpo sinto que nada é tão importante como o instante em que sinto você em mim.
No sangue percorrente em minhas veias, não dispenso uma paixão vulnerável, o que eu sinto por você é maior do que o meu limite poderia alcançar... sente-se perto de mim, toque em mim como se fosse agora o primeiro instante.
Voe! Me encontre quando abrir os olhos, sufoque minha boca no suspirar de um beijo enlouquecente.
Já estou acordando, você não está, até mesmo eu não estou... o instante também não se encontra presente, me perdi em meio a mim, e não encontrei outra vez você querendo ser amada como uma flor na madrugada.
Do alto do morro desse coração ninguém me vê; você não vê... nem mesmo o instante.
(Escrito por Paulo Zamora em 14 de junho de 2007)

Neblinas
Na pior das noites, perdido entre as neblinas, são horas de uma madrugada, eu ainda acordado, pensando...
Do céu para mim nada veio e ainda estamos inteiros como sempre fomos, mas falta algo na alma.
Não mandou me avisar que estava indo embora, não me deixou recados na caixa postal; nem deixou beijos em meu coração. As neblinas molham meus sentimentos, passo a ser a relva frágil e sensível; uma vez mais, outra vez estou sozinho na lucidez e no desequilíbrio, mas vou seguindo pensando...acordado, na pior das noites; sentindo solidão.
O barulho do trovão toma conta do meu quarto, já é uma tempestade, é verdade que delírios tomam conta de mim; não sei o que vou fazer para viver sem ter você.
As neblinas falam, choram, sorriem, elas querem perturbar deixando a noite ainda mais escura que o meu próprio coração.
Noite... neblinas... tempestade... solidão e apenas um coração que suporta tudo, de frente ao mundo, de costas para a felicidade, um homem pensando, caminhando entre as neblinas da escuridão de uma vida; da minha...
(Escrito por Paulo Zamora em 19 de Junho de 2007)

Foto de CarolComPoesia

Trajetória

O que é o tempo
senão um passar incessante de horas,
momentos finitos que descem em escorregadores
plantados em praças,
onde crianças descem e prosseguem a
vida passante,
horas mutantes de instantes passageiros,
que, ligeiros, transmutam-se em tempo novo
como a flor que abre pétalas todos os dias
sobre um novo dia

Tempo desmedido,
não espera, não volta a cabeça,
inflexível vive, quem quiser que o siga,
são estradas e mais estradas, encruzilhadas.
Há opções, decepções e algumas flores,
meios e inteiros e algumas dores
em passos a escolherem a forma, o ritmo
e há bem mais, há escolhas

Tempo destemido,
não aguarda em estações e os bancos estão cheios,
é viagem sem paradas, com partidas e chegadas,
lágrimas e despedidas
e há versos em algumas estradas, deixados em jardins,
sob chuva e sol e esperam por mim,

Só os versos aguardam e guardam toda a vida em si
que nunca será colhida
- e espremida entre o tempo e o alento de passar os dias –
será a vida apenas horas
correndo na ampulheta morta, que nada sabe
a não ser escorrer a areia com sonhos e sonhos
sobre orifício estreito feito um buraco
neste apertado peito.

(Carol)

Foto de tchejoao

Me Abraça!

Ah, meu amor, me abraça! Me abraça!
E deixa o calor do corpo teu
No meu, agora, que a vida nos desenlaça.

Ah, meu amor, me abraça! Me abraça!
Antes que o dia nasça e o sol
Te leve para sempre, para longe de mim.
A lenta ronda da lua alta
Já vai cumprindo a sua jornada,
E o doido vento da madrugada,
Sem dó, empurra a noite para o fim.

Ah, mas antes que me deixes, aqui,
Neste degredo, me abraça, mais uma vez, me abraça!
Para que teu cheiro fique no meu cheiro,
E eu te respire a cada segundo que viver.

Vê estas mãos, agora tão vivas e cheias de ti?
Pois elas mesmas te mostrarão – quando voltares –
As infinitas mortes que vivi!
Estas mãos, mesmas, que colhem flores,
Sustentarão a espera, e todas as dores,
Tecendo histórias, cheias de amores,
Com a lã de pura e fina memória,
Produzida nas horas em que estavas aqui.

Ah, tivesse minha alma braços
E também ela te abraçava!
Porque a tua ausência pesa e
É sempre tão longe para onde vais...

Não tivesse, eu, a certeza de que voltavas...

Ah, saudade! Saudade!
Que seja efêmera a tua eternidade!

Amado corpo meu,
Agora, que o nosso amor vai embora,
Fiquemos em silêncio...

Foto de @nd@rilho

AMOR DE VERÃO

Ainda lembro, a ultima vez que a vi,
Era o fim do verão, a beira mar,
O vento abrandava o calor do sol,
O silêncio que imperava nos dizia tudo,

Aquela paixão de adolescentes,
Que vivemos intensamente,
Cada segundo daquele saudoso,
Os “eu te amo” sussurrados ao ouvido,

Os longos e apaixonados beijos,
Carinhos trocados por horas,
As noites quentes de corpos entrelaçados,
Os risos, enfim cada instante daquele verão,

Chegara ao fim, junto com a estação,
Aquele sentimento de vazio,
Foi tomando conta do peito,
A emoção da despedida, roubava nossas palavras,

Aquele abraço apertado,
Aquele beijo demorado,
Selou o maravilhoso verão,
Que descobri o que é amar ! ! ! !

Foto de CarolComPoesia

Faz versos, poeta!

Vai poeta,
mendigo das estações perfeitas
dono do inverno gelado da alma
das torrenciais tempestades da vida
sob ventos de furacões dos sonhos que escaparam
entre as tantas existências da tua poesia

Vai poeta,
atropelando os versos em desassossego
transformando horas em instantes sem nexo
para que o espírito sobrevoe a fragilidade
do que vai na tua alma inquieta

Vagueia entre as madrugadas
enche a cara e entorna todas para que a noite
te desenhe estrelas e uma lua perfeita
que habita almas pueris que sonham ainda
apesar dos ardis de toda esta vida,

Delineia teus versos obesos de tristeza
alinhava tua percepção de mundo
embora imundo e falsamente real
tudo é ilusão, pensador!

Nem o que vês, tampouco o que não supões
é real,
abraça esse mundo de ilusões!

Chora tuas dores desencantadas
imagina flores para que teus pés agüentem
e colhe versos, poeta, colhe versos
nas bocas aflitas que nada mais dizem
e nas almas cansadas que, fingindo, mentem,

Faz dos teus versos o que bem quiser,
tolo sonhador
- pobre poeta – achando que tudo caberá num poema!
Escreve e sofre e lapida a tua arte
de fazer da vida decadente e fria
uns versos imperfeitos, vomitados na tua agonia.

(Carol)

Foto de martini

Amizade

Tua presença
Assim me encha
Quando vieres
Faz-me o que quiseres

Encho-me de ti
Desde que te vi
Sem te ver aqui fico
Quase que paraliso

Mesmo de amizade
Te sinto dentro de verdade
Sem ti era maldade
Viver sem essa amizade

Eu te adoro tanto
Que custa até sentir
Que não pode haver amor
Nem corações a tenir

Teu coração está cheio
Com um amor antigo
Que foi bem cativado
E sempre assim vivido

Horas houve de tremura
Em que quase se extinguiu
Mas afinal resistiu
Está lá dentro bem seguro

Cheguei a sentir teu amor
Mas foi algo do fulgor
E logo surgiu a dor
De perder esse grande amor

E na verdade perdi
Mas nem tudo fugiu
Amizade tens por mim
Do jeito que tenho por ti

Não passamos um dia
Sem nos vermos sequer
Temos de nos olhar
E sentir nosso vibrar

Que é só de amizade
Verdade seja dita
De amor não pode ser
Porque existe outro a merecer

Um dia virá na verdade
Em que meu coração encherá
Mas então logo veremos
Se esse amor nos vencerá

Porque esta amizade afinal
É maior que qualquer outra
É um quase e grande, natural
E difícil de ser informal

Mas embora não se apagando
Vai-se apaziguando
Acalmando esse empolgado
Tentando pô-lo de lado

Minha musa é minha amada
Mas amada em amizade
Tudo aqui é verdade
Vença a honestidade

Te beijo beijo amiga
Teu beijo também desejo
Beijar uma amiga um bocado
Não será grande o pecado

Te adorar sem um fim
É um desejo para mim
Quem dera sentir assim
Num amor que espero sim

Mas a vida não termina
Apenas quando queremos
E assim viveremos
Até chegar ao fim

Teus beijos doces de mel
Mel puro de doçura
Tanta e grande a loucura
De ter tua ternura

Foto de Remisson Aniceto

Desvario

Maldigo o frio que gela e entorpece,
O Sol que arde e queima maldigo;
Maldigo a noite que os campos escurece,
A Lua que clareia e embeleza maldigo.

Malditos a vida, o amor, o riso, a paz
E tudo o que me faz sofrer, maldito!
Maldito este a quem nada satisfaz...
Imputo a culpa a quem se diz tão maldito!

Maldita a hora primeira _ a do nascimento,
E todas as outras horas, malditas!
Malditos os momentos maus e os bons momentos,

Maldito o Inferno, malditos a Terra e o Céu!
Todas as coisas que há no mundo, malditas!
Maldito eu! maldito eu! maldito eu!

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