Humanidade

Foto de Edigar Da Cruz

Nada Melhor Que Amar

“” O Homem Tem Que Estabelecer um Final para guerra! Se não a guerra estabelece um Final para Humanidade””

Nada Melhor Que Amar

O Ato mais lindo da vida e o amor,..
Quando se prende ao amor,..
Se torna umas das prisões mais sentidas da vida e da alma..
É intenso,envolvente..tenta um esquecer que não existi...
Arruma compactações e substitutos ,..
Nada vai responder tudo que o coração sente..
No verdadeiro presente,..
Que o coração tanto sente..
O amor é a magia !..
Como magia e importante,..
Do amor abstrato ao concreto,..
Do concreto ao seu fascínio mistério !,,
É o amor foi feito para os imperfeitos! E opostos
Para juntos buscarem suas perfeições..
Assim é o amor!..
Do amor dos porquês !constantes ..
Simplesmente Ame e muito nunca desista de amar..seu fascínio faz feliz

Autor:Ed.Cruz

Foto de Marilene Anacleto

Fome

Há algum tempo
Ouvi uma história de fome
Uma história de guerra, onde
Soldados viviam ao relento.

A mãe, sem notícias do filho,
Boca engrinaldada de preces,
Coração a pedir que o filho viesse,
Alimentava a ela e ao filho.

Perguntaram alguns: - Mas como?
- A cada refeição, fria ou quente
Dedicava ao filho, em minha frente
Vendo-o ali, tranquilo e calmo.

Quando, enfim, o filho volta,
A vida, transformada em gratidão,
Soluços de alegria no coração,
Abraçaram-se sem tristeza e sem revolta.

A mãe, com emoção e espanto
Vê o filho saudável e corado,
Quando os outros estavam muito magros.
Pergunta-lhe, então, em meio ao pranto:

- Filho, mas como estás corado e saudável
Em meio a tanta tristeza e agonia?
- Minha fome diminuía a cada dia,
A comida doei aos que estavam ao meu lado ...

Hoje a fome assola a humanidade
Ainda temos muita tristeza e guerra
Uns se alimentam de bolacha de terra,
Outros se sustentam de solidariedade.

Que tal se, neste ano de entraves,
Fizermos feito a mãe do soldado,
E a comida, à nossa mesa, enviarmos
A essa pobre e infeliz sociedade.

Feito o nosso Amado Jesus Cristo
A abençoar aqueles peixes e pãezinhos,
Em estado de graça, alimentar aqueles,
Que jamais os deixou pelo caminho.

Foto de elcio josé de moraes

NADA MELHOR QUE VOCÊ

Você é importante,
Porque você é única,
E não há nada igual.

Tu és criação divina,
Que flui o amor, a humildade,
E a caridade divinal.

Luz que ilumina e que irradia,
A felicidade de uma forma,
Simples e natural.

Você é parte,
Desta imensa humanidade,
Um ser de verdade,
Realidade,
De uma existência universal.

Você é importante!
Muito importante!
Tanto para mim,
Quanto a todos que se juntam,
Em volta do seu alto astral...

Elciomoraes

Foto de Allan Sobral

Em Busca da Liberdade!

Hoje agonizantemente vibram minhas cordas vocais em forma de grito, chove na sequidão de meu rosto castigado, minhas dores em forma da pranto, pranto de uma vida, pranto de um homem, pranto de um povo.
Todos os dias acordamos em busca do nunca a procura da tão sonhada paz, que um dia nos foi roubada, pois invadiram nossas tribos, estupraram nossas mulheres, escravizaram nossos pais, acorrentaram nossos deuses e nos impuseram padrões, e deixamos de ser gente, passamos então a ser, branco preto, índio, baixo, gordo, alto, magro, judeu, homem, mulher, cristão, gênio, burro, fraco, forte, pagão, crente ou até mesmo nada.
A brutalidade e o medo nos atingiram com tamanha intensidade, ao ponto de acreditarmos que esta porra de escravidão controlada por essa merda de sistema, vai acabar, e que do nada seremos felizes, que por algum motivo divino ou capitalista alcançaremos repentinamente o paraíso, sem precisar de amor, de outros seres frágeis ou corruptíveis como nós.
Nos cegamos, e por medo, selecionamos algumas mentiras e talentosamente transformamos em verdade absoluta. Criamos paradoxos, personagens e até mesmo deuses, e com tamanha força acreditamos em nossas próprias mentiras, que nos dispusemos a matar ou determinar que nossos deuses matem ou condene todos aqueles que crerem em outras mentiras... ou serão outras verdades?
Então por fim chegamos onde queria que chegássemos, será que somos o que somos, que nos vestimos, cantamos, trabalhamos, estudamos, ou se quer sobrevivemos porque que cremos de verdade, ou queremos mesmo que tudo seja assim? Ou fomos impostos a crer, fazer e pensar assim?
No principio da humanidade, éramos um bando de animais, que vivíamos em prol de alimento, sexo, e simples sobrevivência. Será que mudamos? Em torno de que vivemos agora?
Pensando assim hoje faremos diferente, proclamaremos liberdade, com as mesmas palavras que levantaremos questionamentos, traremos as soluções, e com as mesmas palavras, escreveremos uma nova estória, cujo o título é "Liberdade", os personagens não tem nomes, cor, ou diferenças. E por fim termos um novo começo, onde se começa o fim de nossas dores, onde se principia a paz, faremos por enredo o perdão, e por fim... seremos felizes, seremos com apenas um.
Então que sejamos livres! Que seja agora! Já! Liberdade.

Allan Sobral

Foto de odias pereira

" BOM DOMINGO PRA VOCÊ MEU AMIGO"..

Hoje eu acordei,
E de manhã bem cedinho.
Uma oração eu rezei,
Pra você com carinho.
Pedi a Deus pra que seu dia,
Seja de felicidades.
E que tenha muita alegria,
Nessa sua humanidade.
Com muito amor muita paz,
E sua familia curtindo.
Ame e seja amado muito mais,
E passe esse domingo sorrindo...
É o que desejo pra você,
Meu amigo, e minha amiga do coração.
Eu quero muito te ver,
Curtindo essa emoção, nesse lindo domingão...

São José dos Campos SP
Autor: Odias Pereira
31/07/2011

Foto de Rute Mesquita

Lua sangrenta

Minha lua,
minha luz baça.
Aqui para ti
danço,
preparando o meu próprio sacrifício

Vê, como estou tão nua
como o sangue que brota da tua taça.
Brinde ao nosso descanso!
Brinde a este doce precipício!

Agora bebe-me, quero te sangrenta!
Vamos juntas saciar a nossa sede
Nós somos a ‘rede’
Nós vamos matar
até à alma mais ausenta!

Leva-me
nesta demolha,
vamos juntas fixar o terror.
Nós somos a obscuridade,
e vamos dar sem escolha,
a provar à humanidade,
o veneno do seu amor.
Vamos dar uma nova cor ao mundo,
vamos domá-los,
fazer deles criaturas que são!

O que esperas?
A ti me fundo,
faz-me arder na tua paixão!

Foto de Carmen Lúcia

Por esse mundo redondo

Por esse mundo redondo
sob o orvalho das manhãs
e o esplendor do sol se pondo,
em ostracismo me escondo
vendo a noite acordar estrelas...
Ando e chego ao mesmo ponto
de onde parti atrás de encantos.

Por essa roda viva,
revivo...mas nada me agiganta.
Voo leve... e cada vez mais,
ainda que voando sobre fractais,
o tempo se abre e fecha
enquanto se quebram os cristais,
crivando em meu peito uma flecha.

Por esse mundo que gira
minha cabeça pra baixo pira
esperando do amor, os pedaços,
guiados pela força da gravidade
que atraiam o amor inteiro
em prol da humanidade.

Por esse moinho rodando
jogo-me entre suas duas mós
remoendo o que prende minha voz,
pra que meu eu se transforme em nós,
múltiplos andarilhos errantes
afugentando o fantasma algoz
em busca do que satisfaz,
do que não se desfaz,
do que mais apraz.
Da paz.

_Carmen Lúcia_

Foto de Edigar Da Cruz

Crônica:O Resto Do Grande Mundo -Ratos

Crônica:O Resto Do Grande Mundo -Ratos

Como seria bom às vezes se fosse um rato apenas,
Para esconder-me entre entulhos de lixos,.
Se fosse rato não sentiria as angustias humanas, tão desumanas,..
Se fosse simplesmente um rato não pensaria tanto,..
Se fosse rato não teria pesadelos com a sociedade capitalista injusta de convivência moralista ..
Se fosse rato viveria livre,..nos buracos a solta da vida
Mais, infelizmente! Eu sou um homem e humano,..tenho que conviver com as diferenças com os meu defeitos e medos, e minhas inseguranças diversas,.
Sinto pena das pessoas que vivem pior que um rato,são ricas na matéria capitalista e burras na matéria racional e razão a moral,..
Eu sinto por que penso! Sou simplesmente um humano pensador,..
Eu sofro porque ouço, falo por me falam..
Eu tenho felicidades e pesadelos, sou um ser imperfeito,..faço parte da RAÇA HUMANA CHAMADA de humanidade...
Parabéns mestres do submundo perdido dos buracos chamados de ratos,**Falamos tão de vocês ,deles e veja é são eles o mais felizes**
Autor:D.Cruz

Foto de Allan Sobral

A Supremacia da Sobrevivência

Já é o mais alto ponto da noite, e a Lua já saúda a madrugada vindoura, o frio paulista é cortante, Homens se ocultam em jaquetas, blusas e tocas que transparecem suas personalidades, ou o mero desejo de ser algo ou alguém. Caminho lentamente entre cães fardados , e jovens vazios e sem amor, sem pressa, pois a esperança para o amanhã está no amanhecer, aprendi que para nossa noite só resta a sobrevivência.
Pois fomos jogados numa terra de ninguém, em corpos frágeis, no meio de feras, com um único instinto que nos manteve vivos, o medo, pois com por medo de sermos aniquilados, nos unimos , e dominamos os monstros, bestas e feras... vencemos! Ao fim leões rugiam em nosso respeito, elefantes nos carregavam em suas costas, e dos tigres fizemos mascotes, mas a fome de superioridade e o medo, fizeram com que nos voltássemos contra nós mesmos, a luta começou, e nos dividimos, por cor, tamanho, localidade, força ou inteligência, nos dividindo em reinos, países, estados, cidades, tribos, famílias. Nos matamos e nos dividimos a tal ponto, que hoje nosso reinado abrange a um único súdito, nossa vida já se baseia na felicidade singular. "Onde cada homem é sozinho, na casa da humanidade, onde cada homem é sozinho, na uni-multiplicidade."
Nos abstemos do amor, e denominamos todas as coisas que não conhecemos por codinomes, chamando-as sentimentos. Justificando erros, ou camuflando nossas frustrações , culpando os sentimentos e chamando as desilusões de acasos. Desculpa, é duro ter que aceitar, mas uma das coisas que São Paulo me ensinou, foi que se as coisas deram errados foi porque você perdeu o controle da situação, ou correu antes que a luta tenha acabado. Não há problema que não tenha solução, mesmo que esta seja árdua, cabe a nós decidir se vale o sacrifício, carregar o peso de um sonho, preservar segundo sua fé os seus princípios.
Mas a pressa e egoísmo nos tentam a escolher o caminho mais curto, que é cobrado com corrupção, e paga com a solidão. Nossa sede de glória é fraca e fútil, pois buscamos saciar a sede daqueles que nos assistem , buscando olhares e aplausos, nos viciando e usando de nossa carência, para transformar a atenção e a fama nas drogas mais viciantes.
A necessidade de destaque nos manipulou, a criar sistemas e articulações, como por exemplo o mercado de trabalho, o estado e o status social, camuflando arenas e coliseus, onde homens se matam em proporções, iguais ou maiores as cruzadas, as guerras e as epidemias. Com algumas poucas diferenças, antes os mais fracos morriam, hoje estes são escravizados com a desigualdade ( com se o igual, fosse algo bom), antes era derramado sangue, hoje derramamos lágrimas.
Sorrisos debochados e forçados são comuns em nossas vidas, camuflando o desespero que já nos domina. Procuramos algum motivo que nos dê forças para continuas tentando sobreviver, lotando as igrejas, os presídios, os manicômios, casas de recuperação , fabricando assassinos com nossa maquina de frustração.
Na subsistência de uma vida, as duvidas enlouqueceram poetas, profetas, sábios e cientistas, em busca da razão da vida, mas hoje vos deixo o recado: Da muita sabedoria, só nos resta o enfado. Do muito trabalhar, aprendemos a resistir e ser explorados. E da vida, cultivamos a sobrevivência.

Allan Sobral

Foto de Rute Mesquita

A Cinco Pontas Dos Pés

Sinto que carrego correntes… pesos que se arrastam no chão. Oiço um rugir perseguidor. Um perseguidor tão pontual e assíduo quanto a minha própria sombra. Ainda não sei bem o que se passa à minha volta, ainda está tudo tão turvo… e eu sinto-me carregada de culpa, de arrependimento, de tristeza, de exaustão e de ódio por sentir tudo isto…
As coisas à minha volta estão a começar a compor-se, talvez deva continuar a desabafar…
Estou cansada, de tanto cair, estou cansada de olhar em redor e nada ver… estou farta de ouvir as minhas próprias lamurias, estou farta… neste momento só me apetece ter um tempo para mim. Preciso de travar mais uma guerra dentro de mim, aquela voz destabilizante não pára de querer medir forças comigo. Não me vou deixar vencer e é por isso que preciso deste tempo para mim, para que esta voz não venha como uma onda gigante e me leve este meu castelo que com tanto carinho construi.
De repente, uma súbita mudança surgiu, deixei de ver… mas, transpareci calma… não sei porquê mas, tinha confiança no destino e por isso passei neste primeiro teste, penso.
Sinto os meus cabelos a bailar com o vento. O meu corpo elegeu-se mais ou menos um palmo da superfície e flutua… não sei ao certo se deveria ansiar ou até implorar pelo chão, só sei que não o farei pois sinto-me leve como uma pena que voa aos sopros de brisas suaves. Recorda-me aqueles sonhos em que parece que a minha cama é um teletransporte.
Não vejo… mas, mesmo que visse iria fechar os meus olhos. Começo aos poucos a perceber esta viagem.
Cheira-me a sal, oiço o mar e nem preciso na areia tocar para saber que estou algures numa praia. O som das ondas diz-me que está maré baixa pois rebentam umas atrás das outras arrastando sal e humedecendo os pigmentos de areia que alcança. É como se as ondas beijassem constantemente a areia e a puxassem cada vez mais para si.

- ‘Serão amantes?’, pergunto e ao escutar a minha voz surpreendo-me com a minha pergunta, pois nunca tinha pensado assim.

Os meus pensamentos voltaram e pesam por isso, a gravidade actua novamente e pousa-me naquela areia. Acontece num processo tão lento que sinto que comecei por tocar a areia e agora entranho-me na mesma como se neste momento fizesse parte desta.
A minha visão, continua ausente mas, vejo um clarão de tons que vai desde a gama dos amarelos até aos laranjas mais avermelhados que me faz perceber que um calor se afoga naquele mar, dando lugar a uma outra gama de cores, cores que vão desde os violetas mais azulados aos verdes mais acastanhados. Julgo que seja o pôr-do-sol e que daqui por uns minutos se dê o erguer da lua.
E mais uma vez me surpreendo com o meu raciocínio, nunca tinha visto as coisas desta maneira tão sensível. Talvez por ter tido sempre a visão da ‘realidade’ facilitada e por isso nunca tivesse dado valor, penso.
Nisto, o mar agora beija os meus pés, como se me convidasse para entrar… mas, vou aguardar sentada de joelhos encostados ao peito e com os meus braços sobre os mesmos, pois uma brisa fria em breve virá arrepiar-me.
A lua já se ergueu, as cores que ‘vejo’ mudaram como, tão bem pensei que fosse acontecer. Um arrepio percorre a minha espinha, aquele arrepio por que já esperava mas, que não deixou de distorcer o meu corpo e fazer levantar todos os meus pêlos.
Os meus cabelos, agora mais que nunca parecem sem direcção, uns atravessam-se à frente minha face.

-‘Tenho que me mover, senão irei congelar’, disse para mim. E sentei-me de uma forma mais descontraída enquanto mexia na areia.
Imaginava a minha mão como uma ampulheta que com imensos grãos na minha mão suspensa no ar, decidia faze-los juntar-se aos outros seguindo uma constante, o tempo… e foi então que outro raciocínio inesperado da minha boca se soltou:

-‘Se encher a minha mão de areia e por uma abertura constante, a deixar cair e enquanto isso for contando os segundos até sentir a minha mão sem nada consigo perceber quanto tempo tem uma mão de areia, com aquela abertura de raio fixo e àquela distância do solo’.
Assim, percebo rapidamente que o tempo varia com dois factores, com o diâmetro do buraco que deixo, por onde a areia irá soltar-se e com a altura a que tenho a minha mão do solo arenoso, percebo que se me puser de pé a areia demora mais tempo a juntar-se àquele solo arenoso do que se eu estiver sentada. Após a experiencia dou por mim boquiaberta envolvida numa brincadeira de pensares, como se unisse uns pontos aos outros e no fim os justificasse com a experiencia.

-‘Deveria perguntar-me o que se passa? De onde surgem estes raciocínios? Porquê? Se ainda agora começo a descobrir os tais pontos, se ainda terei de uni-los e acabar com a sua comprovação que provém da experiencia?’

Sinto algo musculoso e texturado agarrado ao meu pé direito. Volto a sentar-me e pego naquele músculo e começo por tentar perceber a sua forma, percorrendo as minhas mãos pelo mesmo.
- ‘É uma estrela-do-mar!’, exclamei. E dou por mim a falar com esta estrelinha pela qual baptizei de cinco pontas dos pés.
- ‘Tens tantas pontas quanto os dedos que eu tenho nos pés e nas mãos. Não preciso saber a tua cor, pois para mim já és a Cinco Pontas Dos Pés mais bela que conheci.’ Confessava-lhe.
-‘O que te trás por cá minha Estrela? Bom, não interessa se aqui estás, é porque certamente fazes parte desta minha viagem e simbolizas algo na mesma, quem sabe sejas um daqueles pontos que terei de unir.’ Contava-lhe mas, discutindo comigo mesma.
-‘Sabes querida Estrela, esta viagem começou por ser um refúgio… passou a ser uma viagem de sensações, depois uma viagem rica em sensibilidades das coisas mais simples que agora vejo que são as mais belas e agora, encontro-te a ti, uma amiga como se adivinhasses que aguardava inquieta por contar tudo isto a alguém. Espera… é isso!’

Pousei a Cinco Pontas Dos Pés naquele meu pé que um tempo atrás se havia agarrado e comecei a unir os pontos.

-‘Vim num transtorno de estado de espírito, numa revolta por nada ver a minha volta e fiquei sem visão. Recordo-me que vinha carregada e que me sentia perseguida enquanto arrastava umas correntes e tudo desapareceu, eu elegi-me cerca de um palmo do chão e senti-me livre, leve como uma pena. Lembro-me também que procurava um tempo só para mim e vim parar a uma praia deserta. Depois aqueles meus raciocínios e olhares às coisas mais simples mas, que jamais em tempo algum lhes tinha dado tal valor. Desde aquele pensamento de o mar e a areia serem amantes, o pôr-do-sol e o eleger da lua, o arrepio e à pouco sobre os grãos de areia. E por fim, apareceste tu, claro! Vieste para eu me ouvir, a mim mesma e assim unir estes pontos.'
E continuei o meu discurso:

-'E com esta viagem, aprendi uma grande lição, que ao invés de me deixar domar pelas minhas lamúrias deveria confronta-las como sendo o que não são, belas e assim elas ficarão belas, porque assim as olho e quero que sejam. Isto de uma forma inteligente.
Aprendi que a beleza no Mundo está em todo o lugar, nas mais pequenas coisas encontramos o nosso mais sensível, o nosso mais profundo sentimento e assim afirmamos a nossa humanidade.
Aprendi que um amigo nos aconselha, nos apoia mas, que sobre tudo nos ouve, como tu minha amiga, Cinco Pontas Dos Pés que pouco precisaste dizer pois fizeste com que me ouvisse a mim mesma e chegasse onde cheguei.
Aprendi (…) a minha visão voltou!’

Está tudo turvo, sinto-me a regressar ao sítio de partida… e imploro:
-‘Estrela, estrela! Não largues o meu pé! Vens comigo!’

Estou de regresso e como me sinto bem, estou radiante de felicidade e tudo o que carrego agora comigo é paixão, paixão por toda a beleza que me rodeia e admiração, por esta experiencia que jamais esquecerei. Os meus olhos brilham, como duas pérolas, o meu rosto está iluminado como se uma auréola pairasse sob a minha cabeça. Estou vestida de branco e de sapatos e só penso ‘a minha Estrela!’. Descalço-me e não a encontro, dispo a camisa, as calças e o casaco e nada, não a vejo em lado nenhum… sento-me agrupada e lágrimas escorrem pelo meu rosto e quando já quase me sentia preparada para repetir a viagem vejo algo a mexer-se no meu casaco e qual é o meu espanto quando vejo a Cinco Pontas Dos Pés?! Que encantamento!

-‘Eu sabia que eras bela, minha Estrela, bela como aquele pôr-do-sol e ainda bem que vieste comigo pois serás sempre a minha melhor amiga e serás tu quem irá manter aquela experiencia sempre viva!’

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