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Foto de Boemio

A falta de um Salvador

Recriei minha criação
A imagem e semelhança
De um pobre latão
Dei a ele uma programação,
Forneci a ele 60 giga de memória,
Instalei uma gravadora de sentimentos,
E um tocador de mesmas noticias,
Baixei alienação da internet
E gravei dentro do HD
Pra ele nunca mais se esquecer,
Deletei da lixeira seus sentimentos mais profundos,
Tais como a amizade e o amor próprio,
Escolhi seu numero de serie
E estampei em sua testa larga,
Equipei com o que há de moderno
No que se trata a agir com as pessoas
E trata-las de um modo frio,
Deixei espaço livre para ele poder gravar
Em disco rígido
Todas as condutas e modo se comportarem
Perante nossa sociedade atual,
Ah, sim eu vou produzir em grande escala,
E todas as casas vão um exemplar
Dos Super-humanos,
Pensando bem vão ser tão perfeitos
Que nem sei se os chamarei assim,
Mas enfim tudo partira de você
Meu protótipo particular
Alcançaremos o topo do mundo
E faremos do universo nossa morada...
“Este é o seu plano? Criar-me e depois fugir?
Que falta de salvação...
Que falta de um Salvador...”

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Foto de Tati Netto

Quetionamentos

Se Antônia me pediu a manteiga por que lhe passei retóricas?
Se era possível entender àquelas aulas porque as notas não mudaram de tom?
Se os aborígenes lhe causam estranheza por que, para mim, são a imagem da perfeição?
Se afirmam ser gostoso café com leite por que tenho esteoporose?
Se a realidade é tão palpável quanto dizem, com que mãos, com que pele, posso sentir meu filho morto?

Foto de fer.car

CAMINHOS E SOLIDÃO

Neste silêncio minha alma sangra sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Este espinho que cravou em meu alma jamais irá sarar
E a falta que me faz não se vai, nada a tira daqui
Neste espaço nosso, não abrigo outros beijos e abraços
Em meu corpo, ainda sinto o grito do adeus
Suas lágrimas percorrendo sobre esta face rude
Em seu peito existem cortes profundos
Eu criei estes cortes, deixe que os feche por favor
Sua vida, minha vida, somos o que além e depois do que fomos?
Não sei se o erro maior é eu tentando fingir que sou feliz
Ou você acreditando que sem mim pode viver
Neste silêncio crio sua imagem a imagem de Deus
Acredito que não existe fim se estive perto da eternidade
Se alcancei os céus com as mãos enlaçadas nas suas
Se senti o pulsar do amor tendo nossos corpos alados
Neste silêncio apenas fecho meus olhos
E sinto-o aqui, perto de mim
E quando os abro sangra minha alma sua ausência
É como parte minha estivesse morta para não mais viver
Como se a energia se esvaisse de meu corpo
Como se o brilho virasse cinzento
Meus olhos tristes e secos de tanto chorar
Talvez isso se chame solidão
Caminhos que tomamos, dores que amainamos
Pessoas que não substituem, e palavras que não conciliam mais
Talvez amor eu me sinta só
A solidão como fruto dos caminhos que traçamos
Caminhos que tomamos, dores que amainamos

Foto de Nana ´De Má

Declaração sem fim VII.

Bom dia!!!
Hoje, como todas as manhãs acordei pensando em você,
E como todas as manhãs, dei mais um roçar pela cama em preguiça a lembrar de seu semblante, cheio de ternura e paixão, já sinto sua falta e mal acordei, é a última imagem que tenho a dormir e a primeira a acordar.
Bom dia venho lhe cumprimentar, como estas em dia tão lindo?
Já saiu pra ver o sol?
Hoje está um pouco frio, o sol pra mim é bem vindo,
Dá uma gostosa sensação de conforto e me lembra de ti,
Há o meu quarto ta uma bagunça, devo arrumá-lo,
Preguiça, dia tranqüilo quero ficar deitada pensando em ti,
Ho morgação tremenda, ai de mim,
Bom dia, só pra dizer que estou aqui.

Foto de Cecília Santos

REGRESSO...

Regresso à antiga casa,onde fui tão feliz,
Tudo está como antes,parece que nada mudou...
Coração aos saltos,dentro do peito,
Passos apressados,querendo chegar,
Ao passar pelo portão,queria a felicidade habitatando ali.
Os degraus rangem,ao peso dos meus passos,
Folhas secas,e poeira amortecem meu caminhar,
Trepadeiras e ciprestes crescem,
Ao longo do antigo corrimão,
Flores belas e perfumadas,que enfeitaram dois corações,
Queria adentrar,e encontrar vida ali,
Mas tudo é vazio,tudo é saudade...
Permaneço entorpecida,teias de aranha,e poeira,
Se misturam à minha agônia,
Cerro os olhos por um momento...
Ouço vozes,risos,sinto o amor de autrora,
O calor da lareira aquece minha alma,sera tudo real?
Será que a felicidade está ali,ou é devaneio meu!
Sua imagem surge diante de mim,
Seu riso cristalino entôa amor,
Tudo está como antes,eu,você,nosso amor?
Um sobressalto,me trás de volta à vida...
Tudo é desolação,solidão pro meu coração,
Nada mais ali é real,
Retorno sobre meus prórios passos,
Os degraus rangem mais alto,aplancando meu sofrer,
A casa dos sonhos está ali...
Entre as quatro paredes,estão as doces recordações,
No meu coração,elas estão gravadas a fogo,
Deixo tudo pra trás...
Sem tua doce presença,é impossível viver ali,
Quero sua companhia,não a sua saudade,
Deixo aqui entrelaçados com as trepadeiras,e ciprestes,
Meu amor ... e meu coração.

Foto de JG_essicas

Promessas

O desejo reluzia
A inquietude do meu ser
e em cada passo estendido
mais um sonho perdido
de nao saber esquecer...

Pelas suas palavras e promessas
consegui por um momento imaginar
que na esfera do mundo
nao cabia o amor que eu ia te dar...

E com o passar do tempo
a desilusao veio abafar
o que eu tinha jurado
nunca mais entregar...

E com sua partida
me vi desiludida
em meio há tanta solidao
e a mercê do vento
te sufoquei no pensamento
e tranquei meu coração...

No meio do desespero
procurava a conformação
onde guardam os meus segredos
guardei o medo de viver em vao...

E no céu via a lua
bela e nua
estendida a brilhar
entao coloquei sobre o plano
o fundo oceano
que me vi afundar...

Sentada com minha tristeza
nos meus olhos escorria a correnteza
de sua imagem a machucar
suspiros arrancados
de beijos indecifrados
que nao consegui apagar...

Foto de Paulo Zamora

O vento do esquecimento

O vento que entrou nesta noite pela janela me trouxe o inesquecível perfume teu.
Vejo que você me esqueceu no esquecimento.
Me tire de lá, o meu lugar é ao seu lado, mesmo que não se deu conta ainda como o tempo já se tenha passado. A imagem que perdura o pensamento é a mesma, de você comigo parecendo estar feliz; por que errou comigo sabendo o resultado, que foi como deveria ser; a partida.
Me olho no espelho e vejo você.
Sento-me ao sofá e sinto a sua presença, exatamente como se estivesse ali me fazendo um segundo do seu carinho; pra saber sempre como é o amor.
A despedida... o pranto... a volta; são coisas da vida.
Já não sinto a paz e a calma, tem noites em que não durmo por conta de tantos delírios...
Vem me tirar dessa saudade, vem me ajudar a conter os olhos e não chorar.
O vento entrou triste como o coração que aqui habita o espaço, eu... esquecido no teu esquecimento.
Amanhã será outro dia, outro momento haverá em que o vento irá entrar pela janela, e com ele lembranças inesquecíveis do que fomos um dia; em que o vento nos separou porque me mostrou aonde você errou; onde seu coração pecou.
Pensando em tudo, vejo que também me esqueci no esquecimento, desiludido, partindo um pouco a cada dia, morrendo aos poucos pela solidão trazida do teu esquecimento...
(Escrito por Paulo Zamora em 21 de fevereiro de 2007)

Foto de Lou Poulit

Poulit em Versos

Quando eu era adolescente, meu pai incentivava os filhos a estudarem, para as provas finas, usando uma estratégia muito sedutora: Me diga o que quer ganhar no fim do ano, se for aprovado em lhe dou. Era um tal de estudar como nunca antes. Em certa ocasião meu irmão Aristeu, tratado por Teco, um ano mais novo que eu e hoje arquiteto, pediu um violão, de verdade, e se comprometeu a estudar para passar de ano. O Velho achou que ele poderia ter escolhido uma coisa mais apropriada a um garoto de 12 anos, mas não deixaria de cumprir sua parte no trato. Pois bem, o Teco passou de ano fácil.

Numa noite, chegando das minhas amadas peladas em rua de paralelepípedos, ou das caronas, pendurado nos estribos dos bondes, até hoje tradicionais do bairro Santa Teresa, morro contíguo ao centro do Rio de Janeiro, entrei em casa todo suado e sujo. Eu amava, mas minha mãe detestava isso: Direto pro banho, menino! Não encosta em nada! Como eu adorava esportes. Sentir o corpo suado, o corpo-a-corpo às vezes perigoso das peladas. Gostava de sentir o limite dos músculos, de ser íntimo da dor física controlada. Jogávamos mesmo à noite, a luz tênue dos postes distantes, ainda do tipo incandescente, refletindo nas pedras do calçamento. Que saudade da minha meninice... Bem, então voltando ao violão, entrei em casa e dei de frente com ele em cima da cama do meu irmão.

Fiquei fascinado. Era lindo e novinho em folha, brilhava demais. De boa marca e corpo grande, era até algo desproporcional para meu irmão. O velho não fizera por menos, mas era seu jeito. Era calado, emburrado em casa, gastava dinheiro nas farras, porém nunca foi sovina com os filhos. Não resisti à tentação e peguei o violão para experimentar. O som era bem mais alto do que o dos violões que conhecia, e chamou a atenção do Teco, que logo apareceu. Reconhecendo-me suado, devolvi o instrumento ao seu dono. Afinal de contas, eu também havia passado de ano.

Começaram as aulas de acompanhamento, os primeiros acordes, mas também logo vieram as primeiras bolhas na ponta dos dedos. Meu irmão não superou essa fase e em alguns poucos meses, o violão já havia ganho um lugar escondidinho para ficar, entre o guarda-roupas e a parede, no canto quarto. Ficou ali por vários meses. Um dia, vendo-o ali abandonado, tornei a pegá-lo e me assustei quando ouvi algo cair no chão. Despencado sobre os tacos de madeira clara, estava um livreto que me apressei em pegar do chão. Era um Método Prático Para Violão e Guitarra. Folheando-o compreendi que eram cifras para acompanhamento. Foi um momento mágico. Não pude naquele momento imaginar, que era apenas um pequeno instante, o despertar de um amor que me acompanharia, uma emoção que se repetiria pelo resto da vida.

Lendo o método, exercitando e, principalmente, observando alguns colegas que já sabiam tocar mais que eu, em pouco tempo já sabia o básico de acompanhamento e já me arriscava em solos iniciais. Gostava tanto que suportei as bolhas. Como bom aqüariano, não me contentava em tocar e cantar as músicas da moda. Com pouquíssimo tempo de aprendizado, já fazia minhas primeiras composições, ainda muito simples e com letras ingênuas. Mas era nisso que queria chegar desde o início desse texto: o violão me levou a começar a compor letras. Na escola, minhas notas em Português (na época se dizia Linguagem) eram sempre as mais baixas, detestava. Que ironia, hoje amo escrever.

Embora adolescente, muito novo e sem experiência de vida, quando escrevia letras para as minhas músicas (compunha ambas ao mesmo tempo) tinha a sensação plena de ter domínio sobre o que escrevia. E vivenciava aquelas emoções de verdade, sem tê-las jamais experimentado. Os adultos da família não entendiam bem. Mas nunca me senti inseguro. Era como se eu já soubesse fazer aquilo há muito tempo. Vejam como, com cerca de catorze anos ainda, eu me via “grande”, até pretensioso, nessa letra que pertence à minha primeira composição:

“Vida, vida minha
Não te perdoarei jamais
Por ter levado o molequinho...
Isso não se faz”.

Ora, eu me esqueci de que ainda não era mais que um moleque! Embora já andasse com mania de ralador, não tinha ainda tramas de amor para contar. Mas vejam o tipo de sentimento implícito nessa outra letra, da mesma época ou pouco mais:

“Vou partir
Pra bem longe
Vou-me embora
Deixo aqui meu coração
Minha casa, meu portão.

Ah, se um dia
Eu pudesse voltar
Eu iria ver de novo
Minha terra, meu lugar
E os meus tempos de criança
Poderia recordar”.

Alguns anos depois, pela primeira vez na vida senti a receptividade de pessoas que não eram familiares. Me inscrevi, por exigência de um grupo de amigos, num festival escolar de música. Escolhemos juntos quatro músicas minhas. Aquela que mais gostávamos foi apresentada pelo grupo todo, mas estávamos tremendo demais para tocar e cantar no palco improvisado. Os jurados não ouviram nada e “Santa Terra” foi desclassificada. Vendo minha tristeza, uma jurada, professora de inglês, veio me explicar o critério utilizado diante da dificuldade de julgar. E nesse dia aprendi a amar e odiar os critérios.

Porém, como reaprenderia em muitas outras ocasiões futuras, a tristeza dá sentido à alegria, assim como as sombras à luz. Com as três músicas restantes, que apresentei sozinho, voz e violão, consegui o segundo (Vou Partir), o terceiro e o quinto lugares do festival. Não obtive o primeiro lugar, mas os prêmios foram pagos em dinheiro e voltei pra casa rico, considerando a situação financeira da época. Mais rico do que o vencedor, que tinha uma música belíssima.

Os anos vieram e a vida mudou muitas vezes. Os campeonatos estaduais de vôlei, o trabalho, a faculdade, o casamento e o descasamento, a vida é uma sucessão de sonhos e pesadelos. Mas também uma grande escola e isso se reflete no produto do artista. A poesia seguinte na verdade é letra de uma música, composta no anos noventa. Sempre fui um apaixonado pelas manhãs. Em uma prosa cheguei a afirmar que elas também foram feitas à imagem e semelhança do criador. Tendo que recomeçar minha vida, tornei-me um amante ainda mais apaixonado pelas manhãs, a ponto de amalgamar as minhas amadas e as “Nossas Manhãs”:

“Porque são as manhãs
tão humildes manhãs
Saram o que as noites cortam
Lavam, abortam estrelas vãs
Vem, que me desperta
Essa rosa madura
Sob a renda flerta
Captura o meu instinto, vem
Me joga no orvalho do jardim.

Vem de mim por ruas dormidas
Que dores banidas
Não despertarão tão cedo
E ninguém contará a ninguém
Que ainda tenho medo
Porque são as manhãs
Tão humildes manhãs.

Porque são as manhãs
Tão lúcidas manhãs
No estreito vão da janela
Um corpo que foi meu se esfarela
Num rastro distante
Guardo os pássaros no peito claro
Ardo e perto me declaro amante
Vestindo as chamas
Que restam das velas
Dançando com elas beijo
Beijo e protejo o seu despertar.

São nossas primícias, nossas milícias
Cavalgadas e reconquistas
Quando o sol entrar pelas janelas
Jamais sairá nas revistas
Mas são nossas manhãs
As mais belas manhãs
As mais belas manhãs”.

Não considero que esse texto tenha esgotado o assunto. Gostei da idéia de mostrar poemas e letras de músicas como pedaços pedaçudos de uma sopa auto-biográfica. Creio que aqueles que tenham gostado poderão esperar mais.

Foto de Enise

Não me pergunte...

não me pergunte
se meu estoque de alegria está no fim
se as lágrimas que escorrem lá dentro de mim
ainda inundam minhas fantasias

não me pergunte
se continuo de mãos dadas comigo
ou se ainda de castigo
me privo das emoções à revelia

não me pergunte
se namoro com meus sonhos ou se contigo
se o ontem está tão antigo
mas não me impede de viver

não me pergunte
se minha ilusão ainda arde sobre tua fogueira
se no meu espelho ainda reflete a tua imagem verdadeira
ou só camufla o meu sofrer

não me pergunte
se no meu refrão ainda ecoa eu te amo
se ainda me visto com a tua coroa
ou se a este amor resistirei

não me pergunte
se ainda o quero dentro mim
no momento, sim
depois, não sei...

Foto de Logan Apaixonado

ENCONTRO

Passo o tempo a te admirar
Na minha mente estás agora
Imagem divina de beleza
Parece-me um anjo
Descido do céu
A abençoar minha vida
Curando as feridas
Tão sentidas outrora
És força criadora
Renovando a esperança
Estive tão fraco
A deriva do destino
Não encontrava um porto seguro
Até avistar os teus braços
Acolha-me com ternura!
Suplica minha alma perdida
Ampara meu pranto
Devolva-me o encanto
Sublime do amor...

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