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Foto de Paulo Gondim

As pedras da rua

As pedras da rua
Paulo Gondim
04/09/2006

E, mais uma vez, vejo a lua brilhar
Nas pedras dessa rua escura
Por onde muitas vezes te vi passar
Com tua roupa branca, de renda
Com tua sombrinha francesa

Uma visão colonial
É a sim que me lembro
Era assim que te via
Caminhando por essa rua de pedras
Que descia até à margem do rio
Que contornava a encosta
E se perdia por detrás da serra

E eu te seguia com os olhos
Fazendo as curvas da rua
Vendo em cada pedra, em cada curva
O vulto sinuoso da imagem tua

E tu passavas, para lá e para cá
Deixando em cada pedra dessa rua
O perfume, o cheiro, um gesto
Sem contar o olhar, que me dirigias
Mas era só sonho, um sonhar modesto
Que me enchia a alma de fantasias

E a rua continua escura, com suas pedras
Algumas pontudas, escorregadias
Como espelho, a refletir a lua
Rua solitária, fria, vazia
Como tua saudade, que sempre vem
Em cada pedra antiga dessa rua

Foto de hanjo

Hoje

hoje
vejo-a em minha frente
não como uma imagem pálida
mas mais perto, mais próxima
como uma imagem de paz
mas não paz de calmaria
de amor que enfurece meu coração
de falta de ar que invade meus pulmões
de inconsciência que altera meus pensamentos
hoje
eu a vejo como ela mesmo
não como um troféu
não como um prêmio impossível
mas como meu futuro em pessoa
mas como minha vida nela posta
mas como felicidade nela materializada
hoje
sinto que posso ser feliz
que tenho uma razão para ser
e tentar
e querer
e viver
por que ela é minha razão
é por ela que eu tento
é ela que eu quero
e a minha vida é dela

Foto de angela lugo

Nosso Outono Amor!

È outono...
E quando olho através do vidro
Da janela do meu quarto

E ouço o vento soprando...
Olho as folhas amareladas
A caírem como plumas

E, eu a olhar...
Em cada folha que cai
Vejo o reflexo de seu rosto

Abro a janela...
E tento pega-la, mas que agonia...
É somente em meu pensamento

Quando a sinto na mão...
Sua imagem desaparece...
Como que por encanto

Mesmo assim continua a olhar...
Na esperança de teu rosto
Voltar a brilhar...

O tempo passou...
O outono se foi...
Como muitos outros...

O vento calou-se...
As folhas já não caem...
Olho a calçada tudo limpo...

Nada mais para olhar...
Apenas essa tristeza de...
Esperar... Esperar... esperar

Que logo chegue o outono...
E quem sabe ver teu rosto
Não nas folhas que caem

Mas bem juntinho ao meu
Para que possamos olhar
As folhas a caírem...

E nosso amor brilhar...
Assim como a lua ilumina nossas noites
E o sol ilumina nossos dias

Foto de Emerson Mattos

Amor Revolto

Autor: Emerson
Data: 07/04/06

Navego nos mares do amor
Em que a fúria das emoções
Sacodem e fazem-me quase um náufrago
Sinto-me cativo, pois, preso me arrasto

As ondas não me deixam caminhar
Sobre essas águas quentes e frias
Águas que me sufocam e não matam
Me cortam o ar e não matam minha sede

No alto eu vejo o semblante das nuvens
Que lembram nos sonhos a minha quietude
Buscando o alento a vã calmaria
Já que os meus dias me encharcam as veias

A bomba parece que vai explodir
Fazendo contudo o barco fundir
O sótão profundo não deixa eu fugir
Os gritos estão surdos não fazem ouvir

Lá fora a imagem me faz refletir
Que um dia a bonança me fará sorrir
Porem esse dia não quer logo vir
E o tempo escuro quer me perseguir

Será que a expressão não se abrandará?
Não vai permitir essa água acalmar
Fazendo volume somente no ar
No ar que suaviza e faz cariciar

Um dia eu sei que direi
Que eu caminho sobre esse mar
E digo pra ele se acalmar
Eu tenho o controle de fazer parar

Revolto o mar vai parar
Quando o vento parar de soprar
Quando a minha emoção se controlar
E assim poderei muito aproveitar

Talvez em outras águas
Eu encontrarei a tão sonhada calmaria
Assim poderei não só matar a sede
Como harmonizar o ar e o mar

Foto de Nennika

Ainda te espero...

Lamentar sonhos perdidos
Remexer no passado...
Voltar no tempo...
Reviver sonhos adormecidos...
Se entregar em devaneios...
Nada disso é proibido!!!
Ser feliz ou sofrer...
Mais ainda assim acreditar...
Ainda que impossível...
Mas a esperança que agoniza...
Ainda respira...
Ainda vive no espelho do tempo...
Onde vejo refletida a imagem destorcida
De alguém que ficou no passado...
Entre lembranças... Simplesmente adormecido...
Na beleza inesquecível...
De um sentimento que ainda vive dentro de mim...
Gritando desesperadamente... Para que volte...

Foto de InSaNnA

O meu silêncio..

Minhas palavras,fogem de minha boca..
Cansaram de chamar o teu nome,
Agora,vivo amparada no meu silêncio,
para que os meus pensamentos,vivam,
de desejos,da imagem que eu guardo de ti..
Sinto os efeitos no corpo,como doença que avança
A saudade,em mim,faz moradia..
Enquanto a dor passeia pelo meu vazio..
E as duas,juntas,o meu peito consomem..
E nesse silêncio de torturas,
Pergunto-me:Por quê amar?
Ver tanto amor,arrastando-se pelo châo..
Loucura !Isso tem que passar!
Chorar não adianta mais..
Até a minha poesia perdeu a graça
Tudo lembra você..
Tudo é por você..
Sei que preciso criar coragem,libertar-me!
Pensar em um futuro sem você
Mas,também sei,
que essa luta é inútil,que já estou entregue..
Estou presa em um invisível muro,
construído de lembranças..
as suas,que me alimentam..
E eu preciso disso,como ar,que me mantém viva..
Mas um dia isso tem que acabar..
E assim morrerei,aos poucos,
em pequenas doses,
pela ausência...
De você !

InSaNnA em versão sofrimento
obs: Eu estou bem..rs

Foto de ingridj

Perfume da rosa

XI

Quem bebe, rosa, o perfume
Que de teu seio respira?
Um anjo, um silfo? Ou que nume
Com esse aroma delira?
Qual é o deus que, namorado,
De seu trono te ajoelha,
E esse néctar encantado
Bebe oculto, humilde abelha?
- Ninguém? - Mentiste: essa frente
Em languidez inclinada,
Quem ta pôs assim pendente?
Dize, rosa namorada.
E a cor de púrpura viva
Como assim te desmaiou?
E essa palidez lasciva
Nas folhas quem ta pintou?
Os espinhos que tão duros
Tinhas na rama lustrosa,
Com que magos esconjuros
Tos desarmaram, ó rosa?
E porquê, na hástia sentida
Tremes tanto ao pôr do Sol?
Porque escutas tão rendida
O canto do rouxinol?
Que eu não ouvi um suspiro
Sussurrar-te na folhagem?
Nas águas desse retiro
Não espreitei a tua imagem?
Não a vi aflita, ansiada...
- Era de prazer ou dor? -
Mentiste, rosa, és amada,
E tu também tu amas, flor.
Mas ai!, se não for um nume
O que em teu seio delira,
Há-de matá-lo o perfume
Que nesse aroma respira.

Foto de Sirlei Passolongo

Para todos os amigos!

Amigo

É proteção, é fortaleza.
Na alma está sua
Maior beleza
Nas mãos está
Seu coração
Não há agonia
Que não se cure
Num sincero
Aperto de mão!

Amigo
É símbolo maior
De coragem
Tradução de fé e
Devoção
Dos anjos, reflete a
imagem
A mais valiosa
De todas as jóias
É sinônimo de irmão!

Ah! Amigo!
Até o sol inveja
O calor que você
Pode irradiar
A flor lhe admira
Pela beleza do seu
Coração
Os anjos em ti
Inspiram
Quando cantam
Uma canção!
(Sirlei L. Passolongo)

Parabéns pelo dia do Amigo!

Foto de Camillinha

Ex Mortis

Ao telefone caminho, ouço uma voz de mansinho, a anunciar: Ele morreu. Então dou um sorriso, e paralisada, a desfaço em câmera lenta...
Sorriso desfeito, uso preto por hábito, para seguir a etiqueta. Passo o meu perfume e caminho para a Av. Angélica, sentido Cemitério do Araçá.
Mas na esquina famosa, Angélica x Higienópolis, os meus pés já não querem caminhar. Levanto o direito para a frente, mas para a direita ele insiste em ficar. O esquerdo com força movida, também sai destemida, para a direita então.
Paro, respiro, acendo o cigarro, sem lembrar que já tenho outro aceso na mão, e deixo-me movimentar aleatóriamente seguindo meus passos. Jogo um dos cigarros no chão, ao primeiro olhar e ao falar da senhora: vício igual nunca vi.
Meus pés me conduzem, e o coração acelera, até a perfeita visão.
São pelo menos trezentos outros como ele, que vejo na tarde de shopping, uma multidão.
Só então compreendo, que quero sua imagem viva, ainda que na memória para sempre, a sorrir, simplesmente ou de forma forçada, para mim.
Que enterro que nada, nunca velar o amado, eis uma grande lição.
Caminho no shopping, tarde inteira, sorrindo para os moços faceiros, sorveteiros,pipoqueiros.
Quem disse que não há vida após a morte, quem disse que não somos fortes, que imortalidade não há?
Vejo-te inteiro onde quero, rompendo todo o mistério, do interior de um caixão.
E danço demasiada, toda enlutada, de uma cor de dor.
Ganho cachecóis pois é frio, e os homens de verdade, só por caridade, tentam me cobrir. Verde, azul, rosa, roxo, amarelo, infinita caixa de lápis de cor.
Já não tenho o preto na veste, sou arco íris celeste, pós chuva, em dia de calor.
Hoje tua memória é varal, multicolorido afinal, que sequer é um adeus, pelo silêncio e pelo tu, tu, tu, tu... do telefone após anunciar... morreu "tu"!

Foto de Zedio Alvarez

Santas Teres(z)inhas!

A vocação de fé do S enhor.
Pregav A palavra de Deus
A todos sem desti N ção.
Encon T rando no evangelho
Seu próprio A limento de vida.

San T íssima Adorada!
Tu és a E missária de Deus
Aqui na te R ra.
A rev E renciamos
Minha S anta!
Nossas fam I lias se fortalecem com tua presença
O espírito Sa N to está entre nós
A nossa maior H omenagem em tê-la
É confirmar o A mor à tua imagem.

Minha Mãe!

T abernáculo vivo de sabedoria
E terna musa da família
R elicário humilde de essência Divina
E nvólucro sagrado de virtudes
Z eladora de nossas vidas
I ncansável ministra do nosso lar
N ós te amamos, minha MÃE!
H ás de reinar para sempre, minha Rainha.
A mor é a plataforma política do teu Reinado.

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