Impaciência

Foto de Paulo Gondim

Conforto

Conforto
Paulo Gondim
20/11/2014

Sigo por vias indecisas, alhures
Como vaga-lume na escuridão
Minha presença pouco importa
Sou apenas mais um na multidão

Falta-me o carinho que foi seu
O afago, o afeto, você por perto
Preenchendo meu ego
E agora me apego
Na sua saudade
Esse fardo que carrego

Mas fico por aqui e ali
Esperando você passar
Mesmo em sonho
Sei que vem
E me vejo além
De sua vontade
Só uma possibilidade
De que seja meu bem

E mesmo que não veja
E por lá sempre eu esteja
Fujo de sua ausência
E nessa impaciência
Meu pensar viceja
Quero ver você
Me conforta, apenas, querer

Foto de Paulo Gondim

Água de cheiro

Água de cheiro
Paulo Gondim
19/01/2013

O que são poucas milhas
Senão uma ponte para te encontrar?
Mesmo distante, o sonho te traz
E te faz bem perto na saudade

E o que é saudade, senão um desejo,
A vontade de estar contigo?
E esse desejo é um castigo
Que haverá de terminar

E enquanto não vens, penso
No que fazes, no que vestes
Como te despes, com quem andas

Mas como sei que virás, espero
E na minha impaciência, sigo
Cada passo teu, cada rastro
Que ficaram no meu caminho

E como sei que vens, guardo meu carinho
Rego as flores, colho os frutos
Arrumo a mesa, boto água de cheiro
Só para te receber!

Foto de Carmen Lúcia

Caminhos

Não fosse o pranto não avaliaria o sorriso,
não fosse a dor dispensaria o afago,
não fosse o grito calado, palavras soariam distorcidas,
não fosse a tristeza, a alegria seria camuflada,
não fossem as ausências, a simples presença seria afastada,
não fossem os nãos bradados, os sins perderiam os significados,
não fossem as pedras do caminho não me prenderia aos detalhes.
não fossem as noites escuras não me encantaria o luar,
não fosse a perseverança não me importaria a conquista,
não fosse a primavera me acomodaria o inverno,
não fosse o suor a colheita seria irrelevante,
não fosse o pecado não conheceria o perdão,
não fosse a solidão não me apegaria aos amigos,
não fossem as subidas não me deliciaria com as descidas,
não fossem os percalços nada seria tão desejado,
não fosse o fundo do túnel não veria a sua luz,
não fosse o silêncio não haveria flashes de reflexão,
não fosse a impaciência não mensuraria a compreensão,
não fosse o amor me absteria da vida,
não fosse a carência, negligenciaria o carinho, a proteção,
Não fosse a voz da alma calaria a poesia.

_Carmen Lúcia_

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
18/11/2010

Foto de ISRAEL FELICIANO

Impaciência moral

Impaciência moral

Quantas vezes passamos pelas mesmas coisas que muitas pessoas passam deveras vezes, e sempre se questionam porque passam por aquilo, é como uma doença, como um vírus que se espalha no ar é inevitável a transmissão, mais controlável, se tiver o controle de se próprio, ou da conseqüência que pode trazer, a muitos que entram em contato com você, mais é assim difícil de imaginar e diga lá de suportar a situação, é complicado, e estressante mais pode se amenizar basta, trocar de repente de nome, raspar a cabeça, as axilas, ou ate mudar de sexo, que está comum hoje em dia, que os problemas vão sumir.
Ora doravante que já não se usa nos termos de aceitação, ou ate mesmo nas colunas sociais, como você vê essa forma de falar, expressar, o que pensa, o que será que pode falar, hoje em dia será que pode falar, é a lei da injustiça, a justiça da lei, será que é mesmo lei.
Das injurias dos processos da vida como ela é, sem burocracia, sem nem mesmo ver, o que acontece, quando, a doença começa a corroer, as partes mais ilustres do corpo , do ser que agoniza , a espera de um parecer, de uma boa vontade, de alguém , que possa diagnosticas essa espécie de câncer, que corroe, o mundo, e os políticos, os médicos que juram , salvar vidas, que juram , proteger a nação, mais será que é possível, isso acontecer e pois já está tão avançado, que a muitos só resta morrer,. Do coração, de uma síndrome, de dengue, ou seja, lá o que for, e nada será feito, apenas um parecer desfeito quem pois estão a ver um paciente com leucócitos a morrer!

Foto de Paulo Gondim

Na solidão

Na solidão
Paulo Gondim
05/06/2011

Por onde anda min’alma,
Que de muito já se afastou de mim
A solidão que me rodeia é tão grande
Que já me faz sentir perto do fim

E o que é a solidão, essa intrusa
Que nos invade a vida e leva tudo
Senão o dissabor da impaciência
A solidão é a dor pela ausência

E neste desalinho que minh’alma invade
Ainda busco em vão tua presença
Solidão nem sempre é está só
Solidão é está junto na ausência

Foto de Carmen Lúcia

Caminhos

Não fosse o pranto não avaliaria o sorriso,
não fosse a dor dispensaria o afago,
não fosse o grito calado, palavras soariam distorcidas,
não fosse a tristeza, a alegria seria camuflada,
não fossem as ausências, a simples presença seria afastada,
não fossem os nãos bradados, os sins perderiam os significados,
não fossem as pedras do caminho não me prenderia aos detalhes.
não fossem as noites escuras não me encantaria o luar,
não fosse a perseverança não me importaria a conquista,
não fosse a primavera me acomodaria o inverno,
não fosse o suor a colheita seria irrelevante,
não fosse o pecado não conheceria o perdão,
não fosse a solidão não me apegaria aos amigos,
não fossem as subidas não me deliciaria com as descidas,
não fossem os percalços nada seria tão desejado,
não fosse o fundo do túnel não veria a sua luz,
não fosse o silêncio não haveria flashes de reflexão,
não fosse a impaciência não mensuraria a compreensão,
não fosse o amor me absteria da vida,
não fosse a carência, negligenciaria o carinho, a proteção,
Não fosse a voz da alma calaria a poesia.

_Carmen Lúcia_

Foto de Paulo Gondim

Ausência

AUSÊNCIA I
Paulo Gondim
01/10/2010

Um sonho lindo me arrebatou
Que uma linda mulher me amava
Com todas as forças de seu coração
Um amor intenso, lindo, verdadeiro
Um amor sem limites, como se fosse o primeiro

E o sonho se perpetuou.
Atravessou o tempo
Transpôs bosques e colinas
Andou por prados floridos
Dançou a dança dos contentes
E outros sonhos se fizeram presentes
Na eterna magia dos sonhos
Como se não houvesse amanhã
Como se o dia fosse somente o hoje
Como se o tempo parasse
Como se tudo tivesse o sabor de maçã

E essa mulher transitou em cada pensamento
Orbitou em mim, no meu melhor momento
Como posseira que se fez dona
Me tomou por inteiro
Fazendo tudo puro e verdadeiro

E como o tempo que passa lento
Sem que ninguém possa vê-lo, ela se foi
Deixando meu coração cheio de saudade
Desencantado diante dessa realidade

E, na impossibilidade de vê-la,
Na ânsia constante de tê-la,
Mergulho na lembrança boa
Dos momentos que vivi ao seu lado
Lembro, penso e fico calado
Ouvindo o vento que ainda soa
Como música de sua voz macia
Quando dizia o quanto me queria
Recolho-me a meu eterno silêncio
Acostumo-me e me rendo à impaciência
Questiono-me do porquê dessa ausência
.

Foto de Centelha Luminosa

ARIANA EU SOU

Sol em Áries...
Início de um novo ciclo
O passado enterra
E eu me reciclo
Semente que rasga o ventre da terra
Amadurecida - impulso de vida!

Pela Justiça e a Verdade na Terra
Entrego-me em imolações
Aos deuses da guerra
Áries é Centelha, a luz da vela
Que alumia a minha face de carmim
Fogo que arde e desmantela
Qualquer sinal de passividade
Que possa existir em mim

Num embate eu quero o desafio
Não me intimidam as trevas e o vento frio
O mundo diante de mim se me representa
Uma vasta seara no cio...
Normas sociais desiguais me põem em impaciência
Ebulição
Por que sigo a frente do meu tempo
Uma pequena candeia em mim
Já irrompe um vulcão.

Me visto de púrpura
Cativa das flechas do Cupido
Mas não me rendo à grilhões
O que eu desejo mesmo num lampejo
É recomeçar tudo a cada segundo
Vitoriosa semente que rompe a casca
Como num parto pra abrir espaços
E conquistar a Luz do mundo!

Centelha Luminosa (Maria Lucia)

Foto de Paulo Gondim

Fantasia

FANTASIA
Paulo Gondim
16/03/2010

Um pensamento distante
Uma lembrança que se perde no tempo
Uma vontade contida, que amarga
Um aperto, um nó no peito
De longe, uma possibilidade
Um lapso de sonho desfeito
Tudo me leva à tua saudade

Os dias não parecem os mesmos
E árvore da janela pouco balança
Tudo silenciou com tua ausência
E aos poucos me vem a impaciência
Desejo-te, mesmo sabendo em vão
Meus olhos te procuram
E sinto o leve toque de tua mão

É assim que me sinto sem ti
Como noites longas de inverno
Um inverno que nunca chega ao fim
Nem o outono de tua lembrança
Aplaca o frio de minh’alma vazia
Morre em mim um resto de sonho
Desfaz-se aos poucos minha fantasia

Foto de Lucíola

Reencontro

Era uma linda manhã de verão. O sol iluminava a paisagem, enquanto Celina caminhava lentamente pelas ruas da cidade em busca do seu destino.
A vida lhe reservara sempre grandes surpresas, pois Celina acostumara-se a esperar o oposto do que queria. Isto facilitava nas decepções e propiciava alegrias inesperadas. Resolveu então pensar que aquele era um dia comum, com pessoas comuns ao seu redor e que seus passos comumente lentos a levariam tão somente na direção do mar.
Chegou, finalmente. Seu destino estava ali traçado naquele calçadão. Em seu peito, a ânsia da incerteza atravessada no coração feito faca afiada que corta a carne ainda viva. Não podia mais recuar. Não tinha forças. Restava apenas esperar até que tudo terminasse. Queria apenas encontrar uma última chance de poder falar o que realmente sentia.
Pensou então em buscar as palavras que usaria para dizer tudo o que desejava tanto. Mas as palavras sumiram instantaneamente de sua cabeça. Como num passe de mágica, tudo ficou branco, por um momento, tudo parou.
Celina, então, simplesmente ouviu:
- Oi, bom dia!
Foi difícil acreditar naquela voz ao seu ouvido. Desejou por um momento o fracasso de uma longa espera sem esperança. Seria então esta uma grande surpresa, ou uma decepção? Não sabia explicar.
Seu coração bateu tão forte que teve medo que todos pudessem ouvir. Não conseguia se mover. Não sabia como. Como conseguiu chegar então até ali? Precisava criar coragem. E após uma longa pausa, enfim, respondeu:
- Bom dia.
Seus olhos de repente alcançaram a plenitude nos olhos dele. Naquele momento, as palavras já não eram mais necessárias. Tudo estava tão profundamente explicado que o mundo parou um instante para ver aquelas almas se tocarem silenciosamente, imaterialmente, irracionalmente, num momento pleno de amor.
- Pensei que você não viesse. - Disse ela com a voz trêmula, rompendo o grande silêncio e trazendo o mundo ao seu devido lugar.
- Eu disse que vinha. – Respondeu ele com certa impaciência.
Era estranho imaginar que aquele ser tão próximo, tão conhecido seu, de certa forma, em algum momento, denunciava-se tão estranho. Mas se o peso dos anos tinha a força de mudar tudo de lugar, como então poderia explicar aquela sensação de estar revivendo um passado tão distante? A circunstância permitia mesmo sensações ambíguas. O momento era tenso. O sentimento, intenso. O tempo seguramente não pudera remover ou mudar o amor contidamente existente nas almas daquelas duas pessoas.
Como nos tempos idos, os olhos dos dois falavam mais do que as palavras. Não se importaram sequer em identificar as marcas do tempo em seus rostos. Parecia que nada havia mudado - nada. Até mesmo as dúvidas e receios eram os mesmos de antes. Apenas a ansiedade dera lugar à serenidade daqueles que verdadeiramente se amam para além dos tempos e da própria existência terrestre.
- Eu não acredito que estamos aqui, agora. – Disse Celina, com um largo sorriso no rosto e um brilho nos olhos inconfundível.
- Por quê? – Perguntou ele, mesmo sentindo no peito a mesma emoção de quem racionalmente não consegue mensurar a plenitude de um momento tão raro, onde o sentimento é quem comanda cada palavra, cada gesto, cada pensamento.
- Porque imaginei que a nossa história havia terminado, mesmo que ainda inacabada, assim como uma criança que morre em tenra idade, de qualquer mal súbito, ou por qualquer fatalidade. Então, dessa criança, restam apenas as doces recordações e a lembrança do seu sofrimento, de sua dor e de seu triste fim.
Em seu coração, Celina temia ouvir duas palavras: sinto muito. Estas palavras quando ditas em certas ocasiões produziam conseqüências quase que letais para quem as ouvia. Ouvira uma só vez em sua vida, o suficiente para lhe trazer noites intermináveis de angústia, pelo peso de um amor fracassado.
O momento de êxtase agora dera lugar a uma inquietação, daquelas que trazem ardor à alma e a insatisfação antecipada de quem imagina agora tudo perdido, sem conserto mesmo.
- Você disse que me esperaria... E eu acreditei. Você não só não me esperou, mas também me esqueceu. Seu amor por mim foi tão sincero e tão verdadeiro como um feriado que cai no domingo. – Respondeu ele, visivelmente perturbado. Naquele momento, por um instante, arrependeu-se de estar ali entregando tudo o que de mais profundo carregara durante todos aqueles anos. Arrependeu-se. Aborrecido, achava-se um tolo. Não suportaria aquela situação por mais tempo.
Celina sentiu o mundo sobre suas costas, temia profundamente aquela reação. Desejava que tudo fosse mais fácil. Mas a inocência dos velhos tempos de juventude havia perecido. Agora não havia mais tempo. Tudo deveria ser esclarecido. Tudo. Não poderia hesitar nem um só minuto. Precisava sinceramente falar para ser compreendida e desejava mais do que tudo que ele soubesse que o seu amor, um feriado num dia de domingo, foi, era e sempre seria um domingo sem fim.
Então, ela retrucou:
- O domingo, o sétimo dia ou o primeiro dia da semana, é o dia do descanso. A semana vai passando e ele lá, inerte, parado. Ou ele espera por você ou você espera por ele. Feriado ou não feriado, de uma forma ou de outra, inevitavelmente ele está lá. Seja você feliz ou triste. Durante um passeio, ou uma viagem, numa festa ou no sofá da sua sala, é domingo. Eu sei, você sabe, todos sabem. É domingo. Às vezes temos sono, às vezes não. Às vezes queremos que a segunda-feira venha nos salvar, ou que o domingo seja o único dia da semana, se estamos cansados. Mas se eu estiver feliz é porque você não só está em mim, mas eu também estou com você verdadeiramente. É por isso que eu quero que você saiba, independentemente de tudo e de todos, eu te amo. E nada nesse mundo poderá mudar essa triste realidade que me corrói a alma e me faz viver sempre esperando a realização desse amor, que eu sei, não tem mais futuro, apenas passado. Não pense em como tudo aconteceu, pois não há racionalidade para as coisas do amor. Eu apenas amo e nem sei como. Eu amo tão simplesmente que até parece complicado. Meu amor por você está além de onde se pode ir. Vive e revive a cada dia que se passa, com maior intensidade. Eu sei disso porque quando encontro você é tudo tão inexplicavelmente mágico! O tempo parece não ter passado. O dia não parece dia, as pessoas parecem não estarem lá, a vida parece ganhar outra dimensão. A partir daqui, eu sei, tudo vai mudar. A magia será enfim explicada e então perderá o encantamento. Mas o amor, esse sentimento que carrego dentro de mim e que só eu sei o quanto é puro e verdadeiro, esse não mudará. Eu sim, não serei mais a mesma. Imagino que deixarei de sonhar com você, meu grande e eterno amor. Mas saiba, eu te amo, te amo, sinceramente...
Depois dessas palavras, não havia mais o que ser dito. Todas as dúvidas não podiam ali ser esclarecidas. O amor e sua verdadeira face envolveram de tal sorte aquele homem e aquela mulher, que eles, do magnetismo do momento, não puderam mais fugir. Arrebatadoramente, abraçaram-se, em corpo e alma. Beijaram-se e, na mais completa plenitude, enfim, compreenderam que não há explicação para o amor. Ama-se e fim.

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