Impaciência

Foto de Paulo Gondim

Apenas um

APENAS UM
Paulo Gondim
22/01/2010

A porta se abriu e vi teu sorriso
Em contraste com minha impaciência
Inevitável o abraço, o beijo gostoso
O cheiro de queimado na pele
E toda uma saudade contida
Que logo foi esquecida

A porta se fecha e o mundo lá fora inexiste
Meu infinito são teus braços
Já não somos dois, mas apenas um
Tal é o envolvimento dos corpos
Na ternura do momento, no contentamento
Que só nós nos permitimos

Foto de layellen

Permita

Que um olhar te conquiste.
Que um sorriso ilumine o seu dia.
Que as palavras toquem seu coração.
Que alguém o livre do perigo.
Que apenas um toque faça todo o seu corpo estremecer.
Que te façam elogios e críticas também.
Que o inesperado aconteça.
Que um pensamento o faça voar.

Não permita.
Que a raiva te domine.
Que seus sonhos sejam apenas sonhos.
Que seu dia passe rápido demais para que você o note.
Que a mágoa o envenene.
Que a rotina o canse.
Que a impaciência seja predominante.

Sinta a noite,deslumbre o sol.
Siga as estrelas.
Mergulhe no mar alto das paixões.
Ouça a natureza,ela tem muito a lhe dizer.
Deixe que o vento te leve.
Traga mais flores ao seu jardim.
Cante a canção do seu coração,no seu ritmo.
Depois da tempestade,contemple o arco-íris.
Suba no alto das montanhas,mas não se esqueça de descer.
A coisa mais bela do mundo está em você,o amor.
Manifeste-o.
Não o deixe morrer em ti.
Ele precisa escapar,correr por todos os lados.
Andar entre as multidões,sem medo.
Ele deseja que você o sinta,mesmo que não possa entender.
Nada é impossível no seu mundo,tudo é real e grandioso,tão grande que o mundo não é o bastante para abrigá-lo.
Ele é quente demais,para que você o segure.
Forte demais,para ser empedido.
Ele não precisa de permições,nem mesmo regras.
A única lei que segue é a lei de Deus,que é perfeita,justa e simples como o teu coração."

Foto de SuzannaPetriMartins

Ilusão

Sou a impaciência
A ventania em dia de calmaria
O castigo e a inclemência
A que causa arritmia

Consigo até o caos descontrolar
A todos desajustar
Agito todos os mares
Separo todos os pares

Causo angústia e ansiedade
Sou a dona da maldade
A todos posso exaurir
Só com o ato de seduzir

Aonde passo causo confusão
Sou o caminho da perdição
Todos me têm afeição
Por mim suspirarão

Meu nome? Ilusão

Foto de Rozeli Mesquita - Sensualle

Esperança, a luz que sou!

*
*
*
*
Vento que desnuda as amarguras,
traduz a realidade e o desespero
em campos áridos e secos.
Caminho sinuoso. Buracos expostos de solidão
Em silencio na noite infinita, um trago de esperança.
O romper do tédio, da impaciência ,do impossível ...
Expurgar a dor, remover pedras,secar prantos.
Triturar em moinhos a dor recolhida.
Um amanhecer de esperança... de querer e de poder.
Remover mordaças, mudar o curso.
Mergulhar em mares de estrelas
Suspirar fresca aragem sem culpa.
No horizonte , a esperança.
Raiz que me consola.
Em meio a fantasmas rodopiando,
renuncia de pesadelos.
Sentinelas vigilantes ...
Nas asas prateadas, voar...voar...voar.
E alcançar!
A luz que fui. A luz que sou!
Onde aponta a minha esperança.

www.recantodasletras.com.br/autores/rozelimesquita

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A ALMA E FORÇA DA MULHER

A ALMA E FORÇA DA MULHER

Seria muita pretensão de minha parte subestimar
A ousadia dos teus lábios,
Seria de uma tamanha inoperância
Desvendar os teus pensamentos,
A formosura do teu rosto assusta
Porém meu sentimento auspicioso toma conta de mim,
Não me dou por conta quando meu jeito sacárstico de agir
Zomba dos meus sentimentos;
Nem quando meus pensamentos deixam-se
Extravasar pela transparência de meus atos,
Perder-me na mais vislumbrante beleza
Que teu peito oferece, enriqueceria meu rubor,
Aquele na qual penetrar no intimo da alma de uma mulher
Poderá descobrir na impaciência do seu pulso firme,
E na impetuosidade descontraída do seu jeito de olhar
Estará escondido um tesouro de inigualável valor,
O coração é um barco que leva o homem a navegar
Pelas veias da perdição, onde naufraga no anonimato,
Fazendo o afogar em sua própria dor...
Mesmo dotado de uma experiência que a vida me valeu
Não consigo desvendar a volubilidade do pensamento
Maduro e abstrato que oferece os lábios de uma mulher,
Quantos buscam sorrir ocultando no intimo de seu ego
E acabaram derrotados pela oscilação de sussurros descuidados,
Nas palavras de uma mulher encontrei um convite
No toque dos teus dedos a chave e diante de seus olhos,
Estão as portas da imaginação, as escassezes do desejo,
A enigmática magia de viajar na mais pura sensibilidade
Sinta-se em seus braços, e repouse no acalento de seus seios...
E deixe que ávida lhe pregue um capitulo em sua história,
Portanto não se engane, tens o poder de tocar o seu corpo...
Conduzi-la a um ato pecaminoso, controlar parte de seus sentimentos...
Até mesmo encantá-la por um momento,
Portanto não se engane outra vez, ninguém tem sabedoria o bastante...
A ponto de conhecer o coração e alma de uma mulher.

Uma justa Homenagem a Você Mulher.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Junho de 2001 no dia 19
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

A IMPORTÂNCIA DO AMOR...




♥ " A Importância do Amor...♥♥♥♥

Preciso ressaltar que não sei ficar sem amar.
Preciso sentir a essência do amor.
Sentir a brisa dessa sensação
Que nos envolve com emoção.
Preciso sentir o sangue correndo
Pelas veias, jorrando no coração.
E saber que é o amor que esta me fazendo viva.
Saber que meu corpo sente as sensações.
De amar e ser amada.
O que seria de mim sem amor?
Sem esse sentimento que nos torna
Tão fortes e ao mesmo tempo frágeis.
Esse sentimento que nos alegra a vida.
Que traz a luz para noite.
O brilho para o dia.
Preciso dizer uma grande verdade.
Não vivo sem amor.
Não vivo sem as emoções que ele me proporciona.
Mesmo que eu venha sofrer, cair em busca do amor.
Ainda sim não desisto dele.
Porque sei que o amor nunca acaba.
Nós que somos impacientes ao querê-lo.
E essa impaciência acaba tirando nossa inteligência.
E acabamos perdendo chances e oportunidades.
Para amar e nos permitir sermos amados.

“ De tempo ao amor, que ele chegará
para você no tempo certo”....Mas nunca desista
de amar!!!!

*-* A FLOR DE LIS.

http://www.blogger.com/profile/01846124275187897028
http://recantodasletras.uol.com.br/autor.php?id=39704

Foto de dayseduate

O Instante!

O Instante!

Quero que me tomes agora, neste instante,
Enquanto não estou pronta a poetizar.
Quero levar-te ao extremo, delirante,
Num espasmo total, a me acariciar...

Quero tuas mãos em meu corpo, docemente,
Percorrendo cada centímetro da minha pele.
Quero dar-me a ti, inteira e profundamente,
Até que um estertor de mim se apiede...

Quero ver-te com o suor escorregando
Em minhas mãos, como um suave creme.
Quero sentir-te em mim, me cavalgando,
Como um animal selvagem, que grita e geme.

Quero, afinal, que me dês teu todo para mim,
Num estóico gesto de complacência.
Quero ser tua para além dos mares, enfim,
E jamais termos certas angústias de impaciência!

Autora: Daisy Duarte

Foto de arletinha

tragédia

Minha tragédia foi minha crescente solidão
E minha impaciência com quem não podia entender
Meu desejo de harmonia e paz fracassou
Mas, o meu fracasso impôs..
Gigante sob o meu sucesso

Foto de killas

D.JOÃO V

Monarca que na sua impaciência,
Sua rainha várias vezes traiu,
Não ouviu lágrimas que caiam,
E o seu coração ruiu.

Grandes obras foram feitas,
Com o ouro do Brasil,
Construiu o Aqueduto,
Que trouxe águas mil.

Fez o Convento de Mafra,
Para a rainha engravidar,
Deu-lhe a Maria e o José,

O que é preciso é ter fé,
O mundo melhor vai ficar,
Só é preciso saber esperar.

Foto de Lou Poulit

A MONTANHA E O PINTASSILGO (CONTO)

A MONTANHA E O PINTASSILGO
(Parte 5)

A novamente recolhida em si, a montanha não se conformava. Como podia ser aquilo? Um pintassilgo tão lépido e inteligente tinha obrigação de encontrar a saída providencial. Será que a velhice roubara a sua visão? Claro que não, para outras coisas não! Medo de vento ele sempre tivera, mas ante a possibilidade fortuita de recuperar a sua sagrada liberdade, não poderia titubear em optar pelo vento que, diga-se de passagem, não seria mais perigoso fora do que dentro da gaiola, onde já havia entrado. Não, tinha que haver uma outra razão plausível.

De repente, ela se recordou de um detalhe que lhe pareceu importante: durante o imenso minuto em que tudo aconteceu, em nenhum momento o pintassilgo lhe dirigiu sequer um único pensamento. Foi como se ele não ouvisse os seus apelos agoniados, para que fugisse pela portinhola entreaberta, antes que fosse tarde demais. Por que tal comportamento? Será que não mais considerava valiosa a especial e já manifestada amizade de uma montanha? Ora, não havia dado a ele nenhum motivo para tamanho desprezo, muito pelo contrário.

Sua indignação contudo ainda se transformaria em perplexidade: algum tempo depois a montanha foi arrebatada das suas reflexões pelo canto, agora de fato inconfundível, do seu pintassilgo. Lá estava ele novamente. A gaiola fora reposta no mesmo arvoredo, reabastecida de sementes e água, parecendo que nada havia acontecido ao passarinho. Até se poderia deduzir que estava mais feliz do que antes da ventania. Coisa mais absurda ― disse ela a si mesma. Porém, era evidente, nenhum pintassilgo deprimido poderia cantar tanto nem com tamanho virtuosismo, nem dar cambalhotas no ar e fazer outras piruetas. Até um banhinho ele tomava. Sucinto, como são os banhos dos passarinhos, que não têm muita intimidade com líquidos e nem muito o que lavar. Mas bem diante dos arregalados olhares da montanha, o bichinho espirrava água para todos os lados, enquanto, literalmente, mostrava ser também um entusiasmado cantor de banheiro.

Quando a tarde já se preparava para anunciar a sua partida, uma cena insólita mais uma vez surpreendeu a montanha. Vieram os dois caçadores na direção do arvoredo. O velho, ensimesmado, apertando as pálpebras como que por impaciência, não respondia uma só palavra, ao passo que o jovem, mostrava-se inconformado. Alguma coisa o levava a gesticular muito e a despejar no vento repetidos argumentos, tão atropelados que era difícil entender o mínimo. Até mesmo interpor-se no caminho do outro o jovem tentou, inutilmente. Para espanto até do pintassilgo, não apenas o caçador mais velho retirou a gaiola do galho em que estava pendurada, como ainda meteu a mão pela portinhola, apanhou o bicho apavorado entre os dedos, grosseiros mas cuidadosos, e em seguida simplesmente abriu a mão e esperou que ele voasse. O passarinho atônito demorou a entender, porém depois de poucos e longos segundos, mais assustado do que feliz, lançou-se no vazio, seu natural quase esquecido pelos anos de cativeiro. Com um sorriso contido no rosto também marcado pelo tempo, o homem ficou olhando onde ele pousaria. Por seu lado, aborrecido, o jovem virou-lhe as costas e com as mãos na cabeça, numa expressão de perda, foi-se embora a passos duros na direção do vale.

O pintassilgo não chegou muito longe em seu primeiro vôo. Não mais reconhecia a liberdade, suas possibilidades e perigos. Logo percebeu que praticamente nada estava tão perto e disponível, e que necessário se fazia agora dosar o esforço de se deslocar. A satisfação das necessidades dependeria de ser capaz de reconhecer seus limites. E aí estava uma coisa que não lhe parecera importante durante muito tempo: teria que olhar para dentro de si, em vez de conhecer, por dentro, apenas a gaiola. Mas a prática de todas essas coisas teria que ficar para o dia seguinte, pois já estava completamente escuro. A noite, fora da gaiola, era terrivelmente assustadora, até porque, embora estivesse acomodado em um lugar bem seguro contra predadores, ele não sabia disso. Perdera as referências para avaliar a sua segurança e, desse modo, tudo parecia potencialmente perigoso. Os múltiplos sons da noite, assim mais se assemelhavam a uma sinfonia macabra. Fora das paredes da casa do velho caçador, o mundo se tornara quase desconhecido. Não havia mais o acolhedor teto de sapê seco. Não havia ali, na verdade, nenhum teto e o sereno já se mostrava ameaçador. Em compensação não havia nenhuma ventania (Céus! Uma ventania no meio dessa escuridão seria morte certa e dolorosa!), contudo a aragem natural e constante da noite, resultante do resfriamento, tornava difícil manter uma camada de ar, aquecido pela temperatura do corpo, entre as penas e a pele delicada. Apesar de ser pessoa de intelecto muito simples, o caçador sabia que os passarinhos dependem disso para sobreviver e tivera sempre o cuidado de manter a gaiola em algum lugar bem protegido.

Porém, todas essas perdas decorrentes do cativeiro prolongado pareciam secundárias, do ponto de vista de alguém que não poderia caber em gaiola nenhuma. A montanha passara as últimas e desesperadas horas tentando se comunicar com o pintassilgo. E assim foi, ainda por outras horas. Era alta madrugada, ela resolveu que devia armar-se de mais paciência. Decepcionada, viu afinal que as tais perdas tinham uma magnitude bem maior. O seu velho amigo passarinho perdera grande parte da percepção do seu meio natural e exterior, porém, perdera também parte da percepção interior. Que triste era isso.

(Segue)

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