Inverno

Foto de Paulo Zamora

Artigos Paulo Zamora 2011 (Ano 17)

Dias passando
Vejo nos dias passando poucas coisas mudarem; os que deveriam estar ganhando maturidade sem saber por que a estão perdendo; mas confuso me pergunto; o que está faltando? Na maioria o sabor da vida, entraram na rotina e esta toma o tempo desesperadamente das pessoas, não posso jamais criticar, sem querer acabamos nos escravizando e deixando o sabor perder-se.
Vejo os dias passando, as saudades das pessoas aumentando; é como se já não significássemos mais nada, vamos lutar por nossos valores; mas qual a receita? Quais são as regras?
Quanto vale um sonho material? Quanto vale um sonho emocional? No mais amplo sentido da vida escondemos ou simplesmente afastamos de nós a importância da emoção. Muitos me criticam por falar tanto de emoção, de sentimento humano, mas me diga em que se resume uma vida se não for guiar-se pelo que se sente?
Cuidado com o que sentir. Também é uma escolha. Nos alimentamos pelos pensamentos, das imagens vistas por nossos olhos, tal qual paixão, erros e fatalidades; e continuar na estrada certa cobra-se de cada um, um preço, que poupemos nossos gostos, nossos refúgios frios, e escolhamos seguir continuamente o caminho mais simples, no entanto cheio de amor.
Quem traçou melhores rumos para ser exemplo? Somente Cristo, mas pessoas questionam a razão de serem imperfeitas; já fiz várias análises e pude com isso saber que a imperfeição não nos proíbe de amar, de sonhar, de reconhecer nossos erros, e mudar de vida, sim, para uma vida melhor.
A juventude passa a ser um desafio ainda maior; como vamos amadurecer nossos jovens se eles (A Maioria) não querem escutar bons conselhos, não sabem ainda colher exemplos de outras pessoas. O que faremos? Como reagir usando o amor? Cada um tem um jeito diferente de amar, mas sabem, todos sabem.
Os dias vão passando, e o espelho da vida é como um reflexo girando em torno do tempo humano. Quisera mudar as pessoas que mais considero, destruir os defeitos, provar que mudança nem sempre é radical, mas acontece; eu não possuo tal poder, as vezes esqueço de tomar medidas até mesmo comigo; eis que sou consciente de que o amor não falha mesmo. Eu sou um mundo profundo dentro de mim, e me descubro pouco a pouco sem saber explicar como é; os poetas são assim, então convido você leitor a ser parceiro nas poesias da vida. Não sei o que seria de mim sem ler, sem meditar nas palavras, sem escrever...
Quero continuar a ser água nos rios dos textos, compartilhar o pouquíssimo que sei e que aprendi com a vida. Tenhamos a sensibilidade de observar os dias que se passam, nos transformam aparentemente, e impossivelmente conseguem penetrar os pensamentos.
É um acordo entre você e seu mundo proteger a sua emoção. Falar das coisas do coração é sempre algo prestimoso; já fui destacado como diferente; nem sempre isso foi elogio, porque sei que não sou diferente, sou simplesmente alguém que acredita no amor e na capacidade que isso nos dá.
Vejo os dias passarem e com ele nosso semblante mudando; para onde estamos indo?
Das promessas que fiz, prometi jamais deixar as letras sozinhas, elas precisam de mim e choram quando estou distante, foi sempre assim...
Às vezes eu sou Poema.
(Escrito por Paulo Zamora em 18 de maio de 2011)

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Paulo Zamora 2011
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Paulo Zamora e convidados
Participações - CULTURA DOS SONHOS (Coletânea 2011)
Poemas de Paulo Zamora
01-Cultura dos Sonhos (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM)- 02-Nas ruínas (Com Fabiano Xavier- Pantanal FM)- 03-Transformado (Com André Mitterer)- 04-Volta Querida (Com Alex Fernando Soares)- 05-O Recomeçar (Com André Mitterer)- 06-Suas Expressões ( Part. Romário Gutemberg- Três Lagoas FM))- 07-De repente um desabafo sufocado (Com Bruno Henrqiue Ramos)- 08-Sonhos dos Retornos (Com André Mitterer)- 09-Quem sabe um dia (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM)- 10-Cultura dos Sonhos (Part. Jean Carlos)- 11-A nuvem que passou (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM)- 12-Adeus- Poema de Célio de Barros (Com Paulo Zamora e Célio de Barros)- 13-Anjo Sagrado (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM- 14-Áureas (Com Paulo Zamora e André Mitterer- 29-02-2011)- 15-Os Beijos (Com André Mitterer)- 16-Não foi por acaso (Com Alex Fernando Soares)- 17-Com o Passar do Tempo (Com André Mitterer)- 18-Bálsamo (Com Alex Fernando Soares)- 19-Fantasia (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM- 20-Os Instantes Contigo (Com Romário Gutemberg- Três Lagoas FM)- 21-O recomeçar (Com seus autores Paulo Zamora e Bruno Henrique Ramos)- 22-Cultura dos Sonhos (Com Fabiano Xavier- Pantanal FM)- 23-Culpa e Culpados (Part. Fabiano Xavier- Pantanal FM)- 24-Flores (Part. Bruno Henrique Ramos- Poeta)- 25-De um complexo momento de pensar (Part. Alex Fabres- Três Lagoas MS)- 26-Pijama Marrom (Com Romário Gutemberg- Três Lagoas FM)- 27-Para Frente (Com Romário Gutemberg)- 28-Sonhos dos retornos (Part. Alex Fernando Soares)- 29-Em forma de solidão (Com os autores Paulo Zamora e Bruno Henrique Ramos- Poetas)
05 de Abril de 2011

Vídeos de POEMAS (2011)
http://www.youtube.com/watch?v=KeYhOqTTpJA
http://www.youtube.com/watch?v=7_DuW7GrF4Q
http://www.youtube.com/watch?v=taKSLA0LksA
http://www.youtube.com/watch?v=XcmHZ38siZ8
http://www.youtube.com/watch?v=VPefOEsZJsY
http://www.youtube.com/watch?v=QSNkmDBtYns
http://www.youtube.com/watch?v=AZxcAuXGSKQ

Novas Coletânea de Poemas de Paulo Zamora-2011

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Poemas de Paulo Zamora
Vencer o Tempo
Seleção 2011

01-Reação- 02-Fantasia- 03-Com o Passar do Tempo (Com André Mitterer)- 04-O tempo - 05-O recomeçar (Com seus autores Paulo Zamora e Bruno Henrique Ramos)- 06-SEI- 07-Saudade e Sonho (Poesia de Verena Venâncio)- 08-Adeus (Poema de Célio de Barros)- 09-SINOS- 10-TRANSFORMADO- 11-Anjo Sagrado- 12-A vida é assim- 13-Nenhuma palavra- 14-Sonhos dos Retornos (Com André Mitterer)- 15-Volta Querida (Com Alex Fernando Soares)- 16-Do Outro Lado Do Seu Coração- 17-Culpa e Culpados- 18-Dependência Emotiva- 19-Suas expressões- 20-Na PRÓXIMA esquina- 21-Sonhos dos retornos (Part. Alex Fernando Soares)- 22-Flores (Part. Bruno Henrique Ramos- Poeta)- 23-Vencer as lágrimas- 24-Uma pista da saudade (Poema de Bruno Henrique Ramos)- 25-Adeus- Poema de Célio de Barros (Com Paulo Zamora e Célio de Barros)- 26-IMPERFEITO- 27-Nenhuma Palavra (Com Alex Fabres)- 28-Volta Querida- 29-Cinza de uma paixão- 30-Fantasia (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM)- 31-Vencer O Tempo- FAIXA ESPECIAL- 32-Pijama Marrom (Com Romário Gutemberg- Três Lagoas FM)- 33-O tão completo amor- 34-Intransferível- 35-Cultura dos Sonhos- 36-Não é apenas saudades (Poema Clássico)- 37-Transformado (Com André Mitterer)- 38-Noite em que passei com você- 39-Em forma de solidão (Com os autores Paulo Zamora e Bruno Henrique Ramos- Poetas)- 40-Anjo Sagrado (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM)- 41-Cultura dos Sonhos (Com Jean Carlos- Rádio Três Lagoas FM)- 42-Escute-me- 43-Áureas (Com Paulo Zamora e André Mitterer)- 44-Os instantes contigo
Três Lagoas MS 15 de março de 2011

VENCER O TEMPO
É com muita alegria que realizei esta seleção de poemas e poesias, a poesia em sua trajetória vence o tempo; ultrapassa épocas e chegam sempre aos ouvidos de pessoas merecedoras. OBRIGADO aos meus amigos poetas e radialistas pelo apoio prestado em quase vinte anos, anos em que os poemas fizeram e fazem parte do meu dia a dia. Aos leitores e ouvintes deixo o terno agradecimento, todos os citados são pessoas motivadoras para um poeta consciente de que a cultura está mesmo adoecida, continuar mesmo assim requer amor pela arte, é esse amor que me conduz através do tempo e da minha história como poeta e escritor. São quase 3.500 textos (Poemas, poesias, reflexões, e outros assuntos), e quase 3.000 poemas gravados, os números somam como prova de que todos estamos juntos enaltecendo a cultura brasileira. O POETA DOS RADIALISTAS é o mais recente título, Helen Cunha se baseou nas participações e apoio dos locutores da cidade, divulgam O poeta colaborando para que a união seja mesmo a força. É uma carreira nossa, continuo divulgando através da Internet, entrevistas, jornais, cópias de CDs e outros meios possíveis. Um dos CDs mais importantes para mim é a recente Coletânea “ HISTÓRIA”, porque trás algumas das participações no decorrer dos anos. Sinto-me privilegiado em possuir um arquivo extenso de áudio, trabalho que ainda realizo com muito amor e dedicação, sinto-me realizado nesse sentido; e o intuito dessas coletâneas é acreditar que o poema preferido por você vença o tempo.
Paulo Zamora
Poeta e escritor
Três Lagoas 15 Março de 2011
* Poemas escritos e gravados em 2011

HISTÓRIA- 17 ANOS DE POEMAS (Paulo Zamora 2011)
Baixe Gratuitamente a Nova Coletânea de Poemas de Paulo Zamora na dos amigos voz de poetas e Radialistas, CD em comemoração aos 17 Anos de Poemas.

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Poemas de Paulo Zamora (Coletânea 17 anos)
HISTÓRIA
01-O tempo (Com André Mitterer)- 02-Volta Querida (Com Alex Fernando Soares)- 03-Moça (Na voz de Nyck Poesya)- 04-Namoro perfeito (Com Célio de Barros)- 05-Com o Passar do Tempo (Com André Mitterer)- 06-Espelho da Minha Vida (Com João Carlos de Souza- Band FM)- 07-Estradas sem rumos (Com Alex Fabres- Três Lagoas FM)- 08-A primeira noite de inverno (Com Larissa Dandara e Jean Carlos )- 09-Pensamentos (Com Fabiano Xavier- Rádio Pantanal FM)- 10-Rio de Lágrimas (Com Jean Carlos- Três Lagoas FM)- 11-Abstrato (Com Célio de Barros)- 12-Últimos segundos (Com Célio de Barros)- 13-Saudade (Com Sueli Batista Damasceno)- 14-Gemido (André Mitterer)- 15-Coração Humano (Com Jean Carlos)- 16-Pijama Marrom (Com Romário Gutemberg- Rádio Três Lagoas FM)- 17-A minha sensibilidade provocada (Com o poeta Célio de Barros)- 18-De repente um desabafo sufocado (Com Bruno Henrqiue Ramos)- 19-Sobriedade (Com Célio de Barros)- 20-Escondido (Com Célio de Barrros)- 21-Outono (Com João Carlos)- 22-Pensamento (Com Larissa Dandara)- 23-Muito mais que os Cristais (Com Carlinhos Albert- Três Lagoas FM)- 24-Não é apenas saudades (Com João Carlos)- 25-Dia pra te amar (Com Alex Fernando Soares)- 26-Sensações (Com João Carlos)- 27-Quando se sente amor demais (Com Célio de Barros)- 28-Enfermo amor (Com Célio de Barros)- 29-Namoro perfeito (Com Jean Carlos e Célio de Barros)- 30-Eu nunca vou entender (Com Verena Venâncio)- 31-Faz parte da minha vida (Com a Poestisa Verena Venâncio)- 32-Momentos delicados (Com Jean Carlos- Três Lagoas FM)- 33-Drama psicológico(Com João Carlos)- 34-Mistério da emoção (Com João Carlos)- 35-Não estou preparada para dizer adeus (Com Larissa Dandara)- 36-Imaginações (Com João Carlos)- 37-Eu quero te amar (Com Paulo Zamora e Helen Cunha)

Uma coletânea em homenagem aos 17 anos de poesia do Poeta dos Radialistas, são mais 800 faixas com participação, Zamora é o poeta que mais gravou poemas, somando quase 3.000 faixas.

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O POETA DOS RADIALISTAS- Três Lagoas MS
Paulo Zamora
POETA , ESCRITOR E DECLAMADOR
Ano 17 (2011)

O POETA DOS RADIALISTAS
O POETA QUE MAIS GRAVOU POEMAS
PARTICIPOU E PARTICIPA DE EVENTOS CULTURAIS

Paulo Zamora 2011 (ANO 17 DE POEMAS)
Novo Cd de poemas de Paulo Zamora – BAIXE GRATUITAMENTE

Transformado – Seleção 2011

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AGRADECIMENTOS aos APOIADORES:
Maria Irene (Mãe)- João Carlos de Souza (Rádio Band FM- TV Concórdia )- Helen Cunha (Rádio Difusora AM- Colunista Social)- André Mitterer (Declamador)- Célio de Barros (Rádio Difusora AM- Poeta, radialista e ator)- Leif Eric (Professor de Língua de Sinais)- Alex Fernando Soares (Declamador)- Larissa Dandara (Radialista)- Jean Carlos (Rádio Três Lagoas FM)- Bruno Henrique (Poeta)- Carlinhos Albert (Rádio Três Lagoas FM)- Verena Venâncio (Poetisa e Professora)- Sueli Batista Damasceno (Poetisa e Professora)- Luiz Octávio (Professor de Música)- Anne Francielle Bertholdo (Poetisa)- Altair Ferreira e Gleyci Nonato (Poetas do Projeto Poesia Na escola)- Elaine C. D. Zamora (Poetisa)- Fran Soares (Cantora)- Nyck Poesya (Poeta e compositor)- Fabiano Xavier (Rádio Pantanal FM)- Alex Fabres (Rádio Três Lagoas FM)- Adilson Silva (Rádio Três Lagoas FM e TV Record)- Ademar Cardoso (Rádio Difusora AM)- Toninha Campos (Rádio Caçula AM) Romário Gutemberg (Rádio Três Lagoas FM).

Rádios apoiadoras

www.radiodifusora1250.com.br
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www.pantanalfm.com.br

Outros Sites
Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Home
Orkut (Comunidade): http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=23628542
Blog do meu Saudoso Amigo poeta e Declamador Célio de Barros
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Foto de Marilene Anacleto

Borboleta

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Vem, querida!
Faz-me ser a tua flor,
Banha-me com tua cor,
Tira-me essas mazelas.
Não são minhas e insistem
Em tornar-me muito triste
Nesta rica primavera.

Pulula em minhas pétalas,
Acorda os sentidos mortos.
Se for mesmo necessário,
Faz-me desatar em choro,
Que lave e purifique-me o corpo.

Traga-me cirandas aladas,
E pipocas cor-de-rosa,
E passeios de mãos dadas
E as antigas danças de roda.

Semeie em mim novos sonhos,
Ou acorde-me os antigos
Espraiados sobre as flores,
Cristalizados nas ondas,
Desenhados em róseas nuvens.

Que as cores da primavera,
Trazidas por ti agora,
Sobreponham o inverno
De minha alma nessa hora.
Ajude-me a esquecer o agora.

Marilene Anacleto

Foto de Carmen Lúcia

Vim...

Vim...
Após anos a fio
de desatino e indecisão
analisando os dias
imersa na reflexão,
encarando os desafios,
o inverno da separação,
meus preceitos infundados,
o orgulho exacerbado,
meus limites ponderados,
medos e tabus
pela tradição, herdados.

Vim...
E enfrentei barreiras,
contei luas e sóis,
ignorei fronteiras,
varei anoiteceres,
cruzei os arrebóis,
quebrei valores descabidos
a conduzir meus ideais,
(meus pobres ideais desenxabidos)
herança imposta pelos ancestrais.

Vim...
E vim para ficar...
incluir-me em teu contexto,
ser feliz, me libertar,
pra me livrar do frio,
te amar sem ter pretexto,
preencher o vazio,
eu vim pra não sofrer,
de amor contigo morrer.

(Carmen Lúcia)

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de Lorenzo

Meu Violão

O copo do lado do corpo molhado
A brisa mais parecendo brasa
Outro universo distante e distinto
Depois do inverno é o inferno onde vivo

E ela esquece que mais aquece
Com um mero toque ou retoque no repente
E cabelos dançando no ar que eu perco
Quando ela mergulha no mar e na minha mente

E a noite meu violão toca sem dó
Quando a vejo sair de si
Depois que se vai o sol
Sinto o beijo dela em mi(m)

Com calma ou sem alma
Pra ela faço escrevo canções
Por ela canto em mil cantos
Sobre corações sem orações

Lorenzo Petillo.

Foto de Carmen Lúcia

Saber viver

Quero ver o sol sorrindo
abrir-se em raios amarelo-ouro
a circundar-me a luz de sua auréola
acariciando a alma, me aquecendo a pele.

Quero ver de perto a primavera
após a despedida do frio do inverno,
pra avaliar e apreciar o belo
e com ele, estabelecer um elo.

Quero banhos de cachoeira
sentindo o impacto de suas águas brancas
a energizar meu corpo, fazê-lo de remanso
e da mansidão da paz, eterna companheira.

Ver nas tardes lânguidas de outono,
folhas caindo; alimentar meus sonhos
de imagens ricas que vão se formando
e quando concretizados, pensar que estou sonhando.

Quero andar de bem com a vida,
em harmonia com o ontem, hoje e amanhã...
fazer da dor uma aliada, não uma vilã;
despir-me de rancores, vestir todos amores.

_Carmen Lúcia_

Foto de giogomes

Sonhos

Muitos sonham com riqueza,
sucesso e beleza.

Outros tanto com igualdade,
paz e fraternidade.

Já eu, não tenho sonhos mundanos.
Nem sonhos tão "Ghandianos".

Eu sonho com o meu amor ao lado.
Deitada em minha cama, com um olhar apaixonado.

Após uma noite de amor torrencial,
e a negação de uma vida formal.

Com promessas de sentimento eterno.
Com chamas que impeçam o inverno.

Que transformem "Nós" em singular,
e que "Eu" no plural sempre estar.

Eu sonho com o meu amor ao lado.
Caminhando na multidão, a beira de um lago.

Todos solitários perante a gente,
existindo apenas o "nosso" tempo presente.

Protegida por meu abraço,
protegido por seus braços.

Me perdendo em seus beijos,
compartilhando os seus desejos.

Eu sonho com o meu amor ao lado.
Escrevendo comigo, poesias sobre o amado.

Espalhando nossa história.
Preservando toda esta memória.

De um sonho impossível,
que para o amor não tem nível.

Ao lado de uma lareira,
aquecendo a família inteira.

Muitos sonham com grandeza,
dinheiro e certeza.

Outros tantos como vencer a maldade,
ignorância e desigualdade.

Eu só sonho com meu amor ao lado.
Para poder mostrar ao mundo, o que é estar apaixonado.

Foto de Eveline Andrade

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor - Kalil Gibran

Adotarei o amor por companheiro
e o escutarei cantando, e o beberei como vinho,
e o usarei como vestimenta.

Na aurora, o amor me acordará
e me conduzirá aos prados distantes.
Ao meio dia, conduzir-me-á à sombra das árvores
onde me protegerei do sol como os pássaros.
Ao entardecer conduzir-me-á ao poente,
onde ouvirei a melodia da natureza
despedindo-se da luz, e contemplarei
as sombras da quietude adejando no espaço.
À noite, o amor abraçar-me-á,
e sonharei com os mundos superiores
onde moram as almas dos enamorados e dos poetas.

Na Primavera, andarei com o amor, lado a lado,
e cantaremos juntos entre as colinas;
e seguiremos as pegadas da vida,
que são as violetas e as margaridas;
e beberemos a água da chuva,
acumulada nos poços,
em taças feitas de narciso e lírios.
No Verão, deitar-me-ei ao lado do amor
sobre camas feitas com feixes de espigas,
tendo o firmamento por cobertor
e a lua e as estrelas por companheiras.

No Outono, irei com o amor aos vinhedos
e nos sentaremos no lagar,
e contemplaremos as árvores se despindo
das suas vestimentas douradas
e os bandos de aves migratórias
voando para as costas do mar.

No Inverno, sentar-me-ei com o amor
diante da lareira e conversaremos
sobre os acontecimentos dos séculos
e os anais das nações e povos.

O amor será meu tutor na juventude,
meu apoio na maturidade,
e meu consolo na velhice.
O amor permanecerá comigo até o fim da vida,
até que a morte chegue,
e a mão de Deus nos reúna de novo.

Foto de Anderson Maciel

SOLIDÃO SEM FIM

Construi um castelo cheio de promessas
Belas eram palavras de amor e sentimento
Em alegria eu saltava regozijando meu carinho
Tragado pela felicidade que me veio à tona

Sem saber que era tudo um sonho perdido
Juras de amor, sentimentos vazios
Falsas palavras em meio ao triste inverno
Descia a mais amargura das dores

Em um momento em que me perdi
Tentei encontrar algo belo e perfeito
Mas decai em puro lamento
De um triste sentimento, de solidão sem fim. Anderson Poeta

Foto de Carmen Lúcia

Só quem sabe...

Só quem sentiu na carne, o espinho,
sabe expressar a beleza de uma flor...
Só quem pisou as pedras do caminho
sabe que ao chegar, supera a dor...
Só quem molhou a terra de suor
sente na chuva, gotas de frescor...

Só quem se perdeu no breu da escuridão,
vê, mais intenso, das estrelas, o clarão...
Só quem viveu o rigoroso inverno
consegue ver de perto a primavera...

Só quem sobreviveu a um fracasso
sabe do calor de um abraço...
Só quem soube realmente perdoar
revela sua capacidade de amar...

Só quem faz de seus sonhos, poesia,
sabe que tem asas pra voar...
Só quem sofreu a dor de uma partida
sabe que apesar da dor, é lei da vida...
Só quem sentiu o fogo do inferno
sabe da felicidade de se alcançar o céu...

(Carmen Lúcia)

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