Na minha primavera não encontro flores
Em seu lugar só encontro pedras.
Vejo-me pisando em rochas sem vidas,
Enquanto as pétalas se despedaçam com o vento
Minha alma se sente doída.
Sinto-me tão perdida num mundo do arranha-céu,
Que meu coração bate tão forte
Que oras é de tristeza, oras de emoção,
Não sei o porquê de tanta alucinação.
Quem sabe, um dia, me vejo pisando
Num lindo jardim recomeçando uma nova era
Onde as pedras darão lugar para as flores
Numa bela estação de primavera!
Hoje eu quis chorar,
Não chorei...
Minhas lágrimas secaram
Hoje eu quis falar,
Não falei...
Minha voz emudeceu...
Hoje eu quis ouvir,
Não ouvi...
Meus ouvidos ensurdeceram...
Hoje eu te quis,
Não te tive...
Porque não estás mais aqui...
Hoje eu quis me encontrar,
Não consegui...
Descobri que levou-me dentro de ti...
Teresa Cordioli
Para um Beija-Flor que mudou de jardim sem pedir licença... Deixado saudade...
Enviado por Laio_Fernando em Qua, 09/07/2008 - 07:04
O vento levou de mim todos os meus sonhos ,
assim como as folhas de uma árvore em pleno outono.
Levou embora a mais bela rosa ,
que enfeitava o jardim da minha vida .
Este sereno vento , que me enche os pulmões ,
e ao mesmo tempo me sufoca ,
hoje trouxe consigo
a lembrança daquela tão bela rosa
A rosa que , um dia ,
pelo vento se deixou oscilar
e que por este
para longe de mim foi levada .
Para que depois ele :
o impetuoso vento , trouxesse até mim
o seu delicado perfume ,
me lembrando que já não mais me pertence .
Mas saberás um dia , minha gabosa rosa ,
que o vento , que hoje com você dança ,
um dia , em outro lugar
soprará .
E sentirá então abater-se sobre ti a brisa do tempo ,
que levará toda a beleza de suas pétalas ,
deixando apenas seus espinhos
que tanto amedrontam e machucam .
Os mesmos espinhos que , agora ,
sobre meu túmulo sinto tremeluzir ,
açoitados pelo vento ...
o vento que outrora lhe acariciava .
Enviado por carlosmustang em Qua, 09/07/2008 - 05:16
Me instruíram a recolher algumas flores de manhã
Pois elas estariam no "auge" e daria tempo, em tolhe-las
Não levaram em consideração, se eu estaria preparado, à tamanha gratidão.
Em ser nesse mundo, agraciado com tanta paparicarão!
Me desimanaram a colher num lindo jardim
Mas quero apenas uma essência de vida!
Agradeço então, a todas minhas feridas!
Que me doem, e me deixavas (as vezes!) cego de dor.
Ainda que nada aprendo
Esperar, me lasca a alma!
Mas com meus olhos, me surpreendo!
Não poderia seguir o caminho de todos!
Pois meu sangue, passam por minhas veias!
E minha dor é menor, seguindo meu caminho.
Uma rosa vivia triste
e sonhava ser azul... Acreditava
serem mais felizes as violetas.
Pediu aos deuses da natureza
que atendessem seu pedido...
Fez promessas de sorrir
enquanto suas pétalas tivessem vida
E os deuses a ela perguntaram:
Onde viste que a felicidade depende da cor?
O sorriso só brilha por ser o reflexo da alma
As borboletas negras ou coloridas
Passeiam pelo jardim...
O sol empresta suas cores
Pra ver a Lua sorrir...
Felicidade deves sentir
pela simples razão de existir.
Como é belo o milagre da vida
Desde a água que mata a sede
nascida na mais dura rocha
A árvore que brota no campo
dando sombra e frutos
O botão que desabrocha na roseira
doando mais beleza ao jardim.
As folhas que caem no campo
anunciando a primavera.
A chuva que regra as plantações
fazendo brotar a vida.
Assim, você é para mim:
A água que mata a sede do
meu espírito,
A mais bela e perfumada rosa
do meu jardim é você.
A estrela que erradia luz e alegria
em meu caminho.
A chuva de carinho que regrará
nossa amizade.
Anseio por ouvir sua gargalhada
de felicidade, porque não há som
mais iluminado do que
a gargalhada de um amigo.
O milagre da vida é escrever
sua história tendo a certeza que você
deixou sua biografia gravada
no coração de alguém.
As flores conversavam no jardim
Falavam dos beija-flores
Que lhes visitavam todas as manhãs
De certo modo,
Eles eram-lhes um toque de carinho...
E a margarida disse a violeta,
Não podemos esquecer as borboletas
Elas pousam, delicadamente,
Sobre nossas pétalas no entardecer...
E a rosa falou baixinho:
Não há como não falarmos
Do afago dos passarinhos
Levam nossas sementes além dos rios,
E trazem aos nossos pés um raminho.
Devemos pensar como as flores,
Valorizar todas as pessoas que nos cercam
Cada uma, em sua essência,
Nos doam um pouco de si.
Enviado por CarmenCecilia em Sáb, 05/07/2008 - 15:13
FELIZ ANIVERSÁRIO SALOMÉ KASSANDRA!
POEMA DUO
SALOMÉ & HILDEBRANDO MENEZES
EDIÇÃO E ARTE EM VÍDEO
CARMEN CECILIA
MÚSICA
IMORTELLE ( LARA FABIAN)
Jardim do éden
O mais belo sol raiando no horizonte
Nos chama para apreciar estonteantes
A sua luz alucinante sobre essa imensidão
Que tanto nos comove diante da escuridão
As arvores estão sussurrando entre si
Palavras como seiva maviosa e mágica
Inocência embriagante nessa amplidão
Que tanto nos sufocou diante da solidão
Amanhecer da nossa própria ausência
A constatar o poço profundo da carência
O sol brilhando... As flores desabrochando
É a força da natureza explodindo... Fluindo
Os passarinhos em canto... Oh! Doce melodia
Que enternece numa prece de paz e harmonia
É o sopro da brisa, leve em sua ofegante carícia
Aquece a face... Bafejando toques... Das delícias
Mais delirante... Mais suave que qualquer verso...
Rabiscado meio vagaroso ao encontro do universo
Jardins de encantos, em ti a nos inspirar sem fim
Para encontrar, compor e versar nossos amores
Nossos pés acariciando a relva, pura delícia...
Que umedece a secura agreste que angustia
Fechamos os olhos em pleno êxtase... Livres
Alçando em poemas o nosso vôo leve e solto
Dois corpos... Somente um em cada elemento.
Na combustão serena e química impulsionando
A natureza sussurrando sua mais bela poesia
Como a nos unir a ela na fantasia que extasia
Enfeitiçando cada fibra do nosso ser, sem igual
Diante do fascínio a que somos tomados
Livres, de tudo... Nus... Emoções à flor da pele...
Vindas à nossa direção e que não se repele
Respiram toda a beleza... Da essência imortal
Eternizada pelas jornadas agora reencontradas
Sentimo-nos possuídos com intensa leveza
A mesma plantada pela semente das certezas
Somos o ar... Somos a brisa... Somos o pecado carnal
Que concebeu da sensualidade... a nossa própria vida
Nesse éden perdido... Nesse paraíso reencontrado...
Enviado por Drica Chaves em Qua, 02/07/2008 - 17:36
Desenhei chuva
Oh! Sim! Chuva de prata no meu jardim!
As flores sorriram o brilho argênteo assim
Feito raios lunares, as folhas emitiram
nuances reluzentes nesse ínterim.
Oh! Belo jardim!
Chuva de prata regou a natureza
Trouxe vida prateada ao jasmim
Fez as margaridas desabrocharem iluminadas
E as azaléias enfeitarem-se de pingos brilhantes
Muito interessante!
Um regato refletindo como espelho
A chuva de prata no meu jardim!
Pétalas de sonhos lançadas sobre um catavento de alegria
Felizes os pássaros em euforia
Cantarolavam uma suave melodia:
[ Pirilim, pirilim, chuva de prata no meu jardim!]
Seiva doce cobrindo a grama
plantada em um chão de estrelas
Fagulhas... fagulhas em direção ao horizonte
Onde viam-se girassóis como diamantes...
Oh! Sim! Chuva de prata inundou hibiscos
Água Clara
Entre os rabiscos
Enfim!