Jardim

Foto de Sonia Delsin

NÃO QUERO CAMA GELADA

NÃO QUERO CAMA GELADA

Eu pedi uma casa lá no alto da colina.
Para minha menina.
A que mora no meu interior.
A menina do amor.
Ela vai crescer junto com a grama.
Pedi que fizessem uma cama.
Larga. Bem larga...
Pedi uma janela bem ampla.
Para o sol entrar.
E o vento.
Adoro cortinas em movimento.
Pedi uma varanda e pedi também que umas trepadeiras plantassem.
Que muito regassem.
Porque quando eu lá chegar quero descansar.
Deitada na rede quero as flores delas admirar.
A casa ainda mora no meu sonhar.
Pedi aos criadores das coisas que criem esta casa para mim.
Do lado já pedi um jardim.
E pedi algo ainda mais importante.
Pedi que o meu amado chegue quando eu estiver instalada.
Não quero cama gelada.

Foto de Osmar Fernandes

Nosso amor pede socorro

No começo foi apenas por desejo.
Não pensei que fosse amar como te amo.
Meu erro foi guardar segredo.
Um grande amor nasceu quase por engano.
Agora choro sem parar...
Minha vida sem você não vale nada.
Volta pra mim.
Vem me fazer feliz.
Sei que você também me ama.
Larga desse orgulho e volta...
Meu coração é a morada desse amor.
Minha vida sem você é vazia.
Vem por favor...
Acaba de uma vez com minha agonia.
Lembra das nossas promessas?
Nossa casa, nosso jardim, nossos filhos...
Tenho pressa...
Volta logo antes que seja tarde demais.
Nem sempre um grande amor vive em paz.
Eu te amo, você me ama...
Não vamos esperar passar o tempo.
Hoje te quero mais que antes.
Ouça a voz do sentimento...
Nosso amor é verdadeiro.
Pede por socorro nesse instante.
Vive em silêncio no seu peito...
Mas quer desfrutar do nosso amor amante.

Foto de Sónia A. Silva

O Amor...

O Amor...
É fogo,
Para arder...
Tem que se alimentar,
Para não morrer,
Tem que contra tudo pugnar.
O Amor...
É como uma flor,
Que no jardim nasce,
Por vezes mucha
Mas quase sempre renasce.
O Amor...
É como um vulcão,
Quando menos se espera
Entre em erupção
E tudo supera.
O Amor...
É nunca parar de amar!
É como a água que nasce no rio...
E desagua no mar.
O Amor...
É como um passáro,
Voa, voa sem parar...
Ao mesmo ritmo o meu corarção...
Não cansa de te amar...

Foto de Sonia Delsin

NINHO ESPATIFADO, QUE PENA!

NINHO ESPATIFADO, QUE PENA!

Estou de férias e aproveitando meu tempo para usufruir uma companhia adorável.
Estou com minha mãe passando uns dias na casa de minha irmã na Capital.
Ela adora estar comigo e eu com ela.
Dormimos no mesmo quarto; conversamos muito; caminhamos todas as manhãs e nadamos todos os dias. Geralmente à tardinha descemos para a piscina.
Hoje quando fomos caminhar íamos conversando quando vimos um ninho caído na calçada.
Foi conseqüência da chuva e da ventania de ontem.
No ninho espatifado jaziam dois seres inertes. Dois lindos filhotes já emplumados que estavam prestes a voar.
Que pena!
Senti uma repentina tristeza, porque pensei que aquelas pobres aves não chegaram a voar, a enfeitar o céu com seus vôos e nem alegrar as pessoas com seus cantos.
Nesta região vemos muitos sabiás, bem-te-vis, joão-de-barro.
Os filhotes eram grandes e bonitos, suas penas eram pretas e brancas. Eu costumo chamar estes pássaros de carijós, pois desconheço o nome. Eles cantam belamente e na região onde minha mãe vive no interior costumam aparecer muitos.
Ela comentou no caminho que está muito saudosa de sua casa e eu comentei que também estou com saudade da minha casa, do meu cantinho, do meu jardim, da minha rede, do meu pc, da minha sala envidraçada, do vento sul que chega todas as tardes...
Eu sei que fugi totalmente do assunto aqui nesta crônica.
Mas é que os dois passarinhos me entristeceram um pouco naquela hora e me fizeram pensar muito em meu lar.
Nos meus dois filhotes...Meus tesouros.
Um já se casou e deixou o ninho, mas está sempre me visitando. O outro está se preparando para o vôo, mas ainda me encanta a vida com sua adorável companhia.
Tomara que nosso ano seja ótimo, que ele se forme com louvor, que é o que pretendemos.
Os dois filhotes de pássaros não puderam experimentar o voar...
Talvez tenham deixado uma mãe a chorar...
Pássaros devem chorar também, em seus coraçõezinhos de pássaros.
Bem, a vida segue, novos ninhos surgirão. É a lei da vida, da seleção natural...
Não sabemos ao certo, mas tudo tem uma razão de ser.

Foto de Carmen Vervloet

Ano Novo Peregrino

Ano Novo Peregrino

Sinto-me eterno peregrino
Caminhando pelo tempo
Sou meu próprio destino
Vou e volto
Num estalo do pensamento...
Morro a cada
Trezentos e sessenta e cinco dias
E renasço entre sonhos e euforia...

Morro levando comigo
As tristezas, os desencantos...
As dores, os prantos...
Porque enquanto vivi
Muitas oportunidades, perdi...

O relógio bate doze vezes...
Anuncia à meia noite...
É hora do meu enterro.
Sepulto junto comigo...
Angústia e desespero...

Mas a minha sabedoria
Ditada pela minha idade
Sopra-me sempre a verdade...
Uma nova realidade...
E renasço para fazer acontecer
O que deixei de dizer
Ou quem sabe antever...

Renasço e volto em barca
De nuvens brancas...
Leves... Soltas...
Puras... Pleno de autoconfiança...
Trago a paz e a bonança...
Junto com a esperança...

Entrego um a um o meu presente...
Com o qual, cada qual,
Desenhará o seu futuro...
Optando entre ser infeliz ou feliz...
Entre a mágoa ou o perdão...
Entre estar sozinho ou dar a mão...
Entre o partilhar ou a ambição...
Escolhendo entre a rua escura
Ou o sol que se insinua...
Em raios de ternura...

E cada um seguirá o seu caminho...
Transformando-o em belo jardim...
Arrancando as pedras... Os espinhos...
Perseguindo seus sonhos... Assim!...
Enquanto a noite descansa
Nas franjas da lua
E aguarda o alvissareiro despertar
Do seu coração...
É dentro dele que cochila
A sua felicidade!...

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Vervloet

Ano Novo Peregrino

Ano Novo Peregrino

Sinto-me eterno peregrino
Caminhando pelo tempo
Sou meu próprio destino
Vou e volto
Num estalo do pensamento...
Morro a cada
Trezentos e sessenta e cinco dias
E renasço entre sonhos e euforia...

Morro levando comigo
As tristezas, os desencantos...
As dores, os prantos...
Porque enquanto vivi
Muitas oportunidades, perdi...

O relógio bate doze vezes...
Anuncia à meia noite...
É hora do meu enterro.
Sepulto junto comigo...
Angústia e desespero...

Mas a minha sabedoria
Ditada pela minha idade
Sopra-me sempre a verdade...
Uma nova realidade...
E renasço para fazer acontecer
O que deixei de dizer
Ou quem sabe antever...

Renasço e volto em barca
De nuvens brancas...
Leves... Soltas...
Puras... Pleno de autoconfiança...
Trago a paz e a bonança...
Junto com a esperança...

Entrego um a um o meu presente...
Com o qual, cada qual,
Desenhará o seu futuro...
Optando entre ser infeliz ou feliz...
Entre a mágoa ou o perdão...
Entre estar sozinho ou dar a mão...
Entre o partilhar ou a ambição...
Escolhendo entre a rua escura
Ou o sol que se insinua...
Em raios de ternura...

E cada um seguirá o seu caminho...
Transformando-o em belo jardim...
Arrancando as pedras... Os espinhos...
Perseguindo seus sonhos... Assim!...
Enquanto a noite descansa
Nas franjas da lua
E aguarda o alvissareiro despertar
Do seu coração...
É dentro dele que cochila
A sua felicidade!...

Carmen Vervloet

Foto de Maria Goreti

Tanka I

Num belo jardim
Uma rosa floresceu.
Trouxe-a pra você.

Foi colhida com amor
Perdurará para sempre.

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 10/12/07

Obs.: No Japão o Tanka é escrito na vertical.

Foto de Naja

AMAR VOCÊ, COM ROSAS DO MEU JARDIM

AMAR VOCÊ , COM ROSAS DO MEU JARDIM

Amar é sublime
Amar com emoção com carinho
Doar-se; pedir, sem exigir
Amar, é porque se quer o bem
É sentir amor intenso
Amor que não dá pra esquecer
Impossível fingir um não querer
Ficar calado, não dizer nada
Mas sentir emoção ao se ver
O coração bater forte ao receber
Uma simples carta, um bilhete,
Seja o que for
Sentir um frio na espinha,
Que nos faz estremecer
Amor que chega a doer
É assim meu bem querer
O meu amor, por você.

NAJA

Publicado no Recanto das Letras em 11/11/2007
Código do texto: T732482

Foto de Noslen

Eu estarei sempre deste lado de cá…

Estou bem mais calmo, pensei bem em tudo o que se passou desde há doze anos ate hoje…
Ponderei, comparei, revi tudo o que senti, tudo o que abdiquei e tudo o que sofri…
Estou em paz comigo mesmo, não me arrependo de um só gesto, um sacrifício, uma decisão, de uma lágrima que seja.
Tudo o que fiz foi por te amar, se me afastei por varias vezes foi porque pensei ser o melhor.
Sofri sozinho, guardei ate hoje, no meu peito, tudo o que sentia por ti desde que te conheci.
Sempre fui frontal e sincero contigo.
Amei-te, Amo-te, e Amar-te-ei sempre…
Ao longo do tempo, fiz escolhas e tomei decisões de modo a que se alguém saísse magoado no fim, que esse alguém fosse eu.
Nunca te cobrei nada, não penso faze-lo em tempo algum.
Vou continuar aqui no meu cantinho, vou estar sempre de braços abertos prontos para te receber, podes contar sempre com o meu colo, o meu ombro, o meu carinho…
Uma rosa é linda quando numa roseira ate que alguém tenta capturar a sua beleza e perfume ao colhe-la, ai começa a sua destruição.
É como sempre te vi, uma rosa linda e cheirosa que por mais que eu queira nunca vou poder colher.
Vou continuar a ver-te no jardim, a regar-te e a respirar o teu perfume pois assim serás eterna…
Um passarinho que sobrevoa a minha janela e canta para mim em liberdade, fá-lo sempre que quer sem que eu lhe cobre isso ou lhe peça, só tenho que estar atento e pronto para receber e agradecer o que ele me oferece todos os dias em que decide visitar-me…
Assim és tu, assim serei eu…
Serás para sempre dona do meu coração.
Não te vou cobrar nada nem pedir nada em troca, é teu…
Só não o mal trates.
Diz-me um olá, manda-me um beijo, mantém o contacto…
Eu estarei sempre deste lado de cá…

Foto de Sirlei Passolongo

O Milagre da Vida

Como é belo o milagre da vida
Desde a água que mata a sede
nascida na mais dura rocha
A árvore que brota no campo
dando sombra e frutos

O botão que desabrocha na roseira
doando mais beleza ao jardim.
As folhas que caem no campo
anunciando a primavera.
A chuva que regra as plantações
fazendo brotar a vida.

Assim, você é para mim:
A água que mata a sede do
meu espírito...
A mais bela e perfumada rosa
do meu jardim é você.

A estrela que erradia luz e alegria
em meu caminho.
A chuva de carinho que regrará
nossa amizade.
Anseio por ouvir sua gargalhada
de felicidade, porque não há som
mais iluminado do que
a gargalhada de um amigo.

O milagre da vida é escrever
sua história tendo a certeza que você
deixou sua bibliografia gravada
no coração de alguém.

(Sirlei L. Passolongo)

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