Joelhos

Foto de DAVI CARTES ALVES

A ENCANTADORA DE PALAVRAS

Você é uma grande poetisa ,
seduz as palavras como poucos,
faz dela, ora um exército fatal
de anjos com asas vermelhas e corcéis de neon
ora, pousa-as nos em meus lábios
como um beijo longo e sideral

Afinal quem é você?
Que com suas palavras me faz
correr com a alma de joelhos
em busca dos teus mistérios
como os guinus no Kalahari
fogem das intempéries
em busca de refugio

em meio aos teus versos
me sinto flutuar em espiral
na cadência de miríades de arraias
dentro de um balé divinal

as tuas palavras
que ora, acordam o Etna
em madrugada de bonança
tingindo a noite de um carmesim visceral,
ora submergi minha alma
nas cores doces e fagueiras
da aurora boreal

Ah! Esses teus versos
Que ora, depositam minha alma
entre súplicas num casebre velho
ora me fazem sublevar
na cúpula de um dourado castelo
tendo no olhar,
teus seduzidos impérios

Afinal quem é você?
que com os teus versos
faz os anjos radiantes,
anoitecerem?

poesiasegirassosis.blogspot.com

Foto de ddi

Um momento como nos filmes...

Olha como eles estao felizes, de maos dadas pela praia à beira mar... Ela de vestido branco pelos joelhos, ele com os calçoes da sua marca favorita. Trocam olhares, sorrisos. Ela é muito brincalhona, sonhadora e romântica, ele nao deixa de ser de igual modo, mas ambos com ideais diferentes. Ela molha-o, ele finge-se chateado mas de imediato agarra-a e pega-a ao colo e, como nos filmes, anda em círculos. Enche-a de beijos, os risos são infinitos como os de duas crianças perdidas no momento... Aos poucos, os seus risos vão-se desvanecendo até ficarem concentrados no olhar um do outro. Ambos têm um olhar profundo e meigo, transmitindo facilmente o que lhes vai na alma. Ficam segundos sem pronunciarem uma única palavra e ela, cortando o momento com um suspiro, diz-lhe: "Quero ficar contigo até ao anoitecer de cada dia, quero sonhar contigo enquanto durmo, quero acordar contigo a meu lado... E de novo contigo ate ao anoitecer...". Ele com um sorriso esboçado e com um brilho nos olhos, de quem está orgulhoso por a ter, afirma: "Por que é que és assim ? És a única que me faz sentir deste modo...". Ela, sabendo que lhe provocava esse efeito, sabendo como fazê-lo sentir-se único, diz-lhe: "Não fazes ideia do que és para mim... Nem quero que tenhas essa ideia, não irias acreditar...". Ele corta-lhe as palavras com um beijo. Esse que, novamente, tal como nos filmes, faz a perspectiva da imagem rodar ao som a música de fundo, faz a imagem afastar-se e captar o que mais de belo a natureza tem. Assim, o sol se põe, e sem imaginarmos um fim desse eterno momento, e sem tirarmos conclusões do que cada um sente pelo outro... Sei que poderíamos ser nós.

Foto de Lorenzo

Fala Pra Mim

Fala pra mim que não é assim
Que essa história não chegou ao fim
E que tudo isso é um mal entendido
Fala pra mim que você não gosta dele
Que ficou porque estava carente
E que quer voltar comigo

Fala pra mim nem que seja uma palavra
Pode deixar que não vou cobrar nada
O erro cometido não foi só seu
Fala pra mim que o teu corpo pede o meu
E que está de pé o que me prometeu
E que de mim não esqueceu, ou esqueceu?

Fala que os beijos não foram em vão
Que ainda é meu esse teu coração
E que os sorrisos vão voltar
Fala que a gente aprendeu a lição
Por favor, meu amor, não me diga que não
Chega da minha alma chorar

Só Deus sabe a falta que você me faz
A vida fica triste, ta difícil demais
Cada segundo é uma eternidade
Vem correndo de volta pro meu peito
Não dá pra continuar desse jeito
Pois sem você, alegria vira saudade

Deixa de lado essa indecisão
Por você estou de joelhos no chão
Expondo essa ferida que causa tanta dor
Enxuga as lágrimas que caem do meu rosto
Sei que estou parecendo um louco
Mas é assim que fico sem o seu amor

Foto de Vmabs

Marchante de infinitos

Por uma qualquer manhã, ou qualquer outra distância, saio vagarosamente, lendo a displicência dos momentos. O intrépido, as anémonas, sequelas dispares, como dés-potas raros desta e qualquer outra distancia, sentados, à alquimia dos defuntos e risonhos areais, os subtis arrojos franqueando sentenças deste mar azedo, caldeiras, riscos e bravas distancias cor dum mar qualquer, especulando contactos e comunicações, esmolando a franquia quase minha de vida esta, a que me submeta talvez, sereno dis-cursar, comunicar-me contra intempestivos oratórios que segreguem as ruelas da cidade que deambule em si o fan-tasma de si mesma, a velha e póstuma cinderela diante postais iluminantes na cassandra mesclante de rasgos e diabruras, conversas informais e sentenças animais, riscos na consciência, sob apetências, como se dialogar contigo fosse referendo, referencia para as essências dos destinos postulados no refrão assassino dos tempos, segue, sei que será quezília intemporal, atempada que seja, que seja anti-moral, se restos forem, ou fossem talvez da vida a vida ainda por viver, entendemos a cada recado imaginado o seguimento sincero, demarcado contra cantos a favor do destino, como somos neste depravado resquício, faces robustas e nada serias, vendo por tudo que nos interpele cicatrizando a colorida e resfriada nobreza dos instantes, sereias sem semblante, rosas sem coração, ou dos nós dela mesma, as pernas cálidas da Dona Rita, recados de si enviando vida, restos de futuro, e Dona Rita, apostola deste restante fim que esmera o momento, espera o rico sussurro nesta mesa de café, como instantes contra feitos, a vida escorre como o momento ali cercado, pelas heresias do frio diante calor abusivo, toques e abraços disfarçando a falência da existência, pelos que nos querem, se apostarem como fariam como nós, de vida aqui as ostras são templos, decorando a modéstia do tempo, de rios feridos na alma dum vinho ali sarado, joelhos aprumados num amor ripostado, que te queira, se sentir que possa de ti nada querer, porque daqui nada que aquilo que apenas se saboreou, a vida vista à lupa dos fantásticos nada seres, cêntimos arrumados, postulados, arrufados, amarrotados, algibeiras sorriais num fundo de si mesmas, alojadas à mesa da refeição que se queira, sente, em ti, dizia antes uma tal dona Rita, uma véspera perdida, apostando em ti num calculo seguinte, seria talvez este seguimento sem essências, sem razoes, sem préstimos, por ser aquilo que seria, desapossado, desabrochado, jardim sem lume num cigarro fumado, as esferas contigo numa lua inventada, num riacho embargado entre mãos laçadas, vem lentamente que importa amiga sisuda dos tempos vitimados, das horas verdejantes de beijos colados ao peito dos arrojados, dos amigos que em tempos em ti busquei, Ana ri, Escuto enquanto de si esse sorriso dispersa pela orla da rua o eco da sala, a vitima não fala, o sentimento não escuta e eu sei, espero de ti algo que fosse ao menos qualquer coisa, como a batuta resfria um calor que sentira, um café algemado, um toque inventado, e a musica ali, juntinha a porta onde fumo o ultimo cigarro da noite em que já nada existe, a porta cerrada e a rua calada, girando no vazio, os espectros são vândalos, os animais corroem as essências deste sequíssimo talvez, um arfar natural duma sala sem ninguém, um lugar de desdém a fala de mundos entretidos como quem soube um dia, que aqui sim, o amor nascera e ficara para sempre preso ao ninguém, sempre o desdém que importa Teresa, vem, escuta comigo o refrão da vida, um outro toque nesta alma que mendiga um silencio calculado na esfera antiga, conheci-te nesta resma frágil da existência e senti que contigo a vida renasceria sobre os bancos do ermo, jardim formidável, senta-te aqui comigo Teresa, a tua voz trás magia e a solidão ganha nome, sabes quem me disse que um dia, nesta repelente via, a vida renasceria com a voz do caminho, foras um dia aquele dia aqui, na esfera do nada um total absoluto, bebe café, tranquila e presente, um dia estarás sei, na sala encantada da mais seca verdade daquilo que nunca alguém tocara, se fan-tasma ou funesta, somos restos sim, queres da vida a vida ou a vida deste nada que um dia já somos?
Bom dizer bem. Bem. Outro que fosse, seria na mesma, que importa, o borbulhar exequente ou quiçá, consequen-te, de barbatanas içadas, almagras e fruto, sôfrego destino às causas pudicas de vidas correntes, nesta maré, vi teu olhar, frio de monte, ocultando este sortido navegar, vai lentamente como vida à vila, olhar seria um possível raro que se esmera, acredita assim nisto. Como se os olhos se abrissem na direcção do erro.

Foto de paco santos

Existe sexo melhor que o meu???

O meu sexo é meu! Meu! E não interessa a mais ninguém. A que propósito devo pô-lo assim de graça e bandeja, nas mãos de quem quiser saber dele? Não. Não falarei sobre o meu sexo a ninguém, nem que me peçam de joelhos, nem que me paguem com labirintos de dominós ou fichas de casino. É meu, ‘meuzinho Girasol’.
O meu sexo é teu! Teu! E não percebo porque raio não interessa a muito mais gente, se no meu sexo há de tudo e todos, há cobras e lagartos. Falarei sobre esse nexo, conexo ou desconexo, porque o sexo também devia ver e ouvir, ir à revisão como a dentição.
O nosso sexo Masculino fala pouco do sexo que quer e não quer.
O vosso sexo não tem mistérios por decifrar?

- Que memória tem das suas primeiras impressões, sensações, descobertas eróticas na infância? Consegue descrevê-las?????
ª
ª
ª
ª
ª
ª
ª
ª
ª

Paco Santos

Foto de ivann

Mãe:

É a te que o filho corre
Na horas cruéis de dor.
Porque MÃE, o teu amor
É algo que nunca morre.
Você, ao filho recorre
Com um conselho agradável,
E mostra o quanto é amável
O pondo num bom caminho.
MÃE, querida o teu carinho
No mundo é inabalável.

Como a galinha abre as asa(s)
Pra acolher seus pintinho(s)
Você com todo carinho
Cuida dos filho e da casa.
Quando o filho se atrasa
Você lamenta dizendo:
O que está acontecendo,
Que o meu filho não vém?
Aí, só se sente bém
Quando vêlo aparecendo.

Você, MÃE, é uma cháve
Que abre as potas da vida.
Tu és no mundo a bebida
Com o sabor mais suáve.
Você diz ao filho, láve
Os seus pés nos meus conselhos,
Porque eu sou os espelhos
Que mostra onde estás errado
E o filho mal educado
A ela não doba os joelhos.

Minha conclusão é esta
MÃES, de imensos coração.
Pra mim, todas vocês são
Como um perfume de festa.
Amar-lhes é o que nos resta
No verão e no inverno,
Vocês são o melhor terno
Que cristo nos deu de graça.
O amor das jovens passa
Mas, o das mães é terno.

Foto de Dennel

Sacrifícios de amor

Em seu nome amor
Ofereço o holocausto diário
Faço todas as orações
Conto todos os terços
Faço do meu coração seu sacrário
Pois em nenhum momento a esqueço
Vivo a maior das paixões

Por você menina
Subo de joelhos mil e cem degraus
Lavo a escadaria do Bonfim
Acendo mil sagradas velas
Enfrento um sol de cem graus
Ofereço-te as flores mais singelas
Faço novenas sem fim

Por você meu anjo
Recito todas as poesias
Guardo na roupa o céu e mar
Trago todos os sonhos campos floridos
Estabeleço planos, sonhos e fantasias
Teço os mais perfumosos vestidos
Deixo de viver pra te amar

Mas, nunca me diga
Que meu amor é ilusão
Que é melhor que a esqueça
Que posso viver sem você
Juro, não agüenta meu coração
Desiludido, vou muito sofrer
Verás que meu coração valente fraqueja

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2006 All Rights Reserved

Foto de Gideon

A mulher do Metrô

Dias desses consegui viajar sentado no metrô. Abri o livro do Wittgeinstein, e comecei a ler.

Em alguma estação à frente entrou uma mulher pobre, morena, cabelos molhados provavelmente do banho da manhã, meio ondulados e soltos. Parte caindo pela frente dos ombros, parte por trás. Braços musculosos e as veias das mãos bem salientes sugerindo trabalho árduo. O semblante era rígido. Não percebi qualquer vestígio de maquiagem. Lábios soltos e frequentemente mordidos pelos dentes inferiores. O vestido era simples com flores estampadas de baixa qualidade. O formato dos seios era sugerido pela falta de sutiã, contudo nada indecente. A barriga um pouco maior que o normal para uma pessoa magra. Diria que era meio barrigudinha, mesmo assim ligeiramente sexy.

O vestido descia até próximo os joelhos. Não tinha qualquer enfeite. Os pés rugosos com as veias também à mostra. Os dedos enfileirados, mas indecentemente separados do maior pela tira da sandália rosa. Unhas dos pés pintadas de gelo, única vaidade que notei. Uma bolsa de plástico aparentando falso couro estava pendurada pela alça, bem acomodada em seu ombro esquerdo, que por sua vez estava à mostra.

Parei de ler Wittgeinstein para observá-la atentamente. Ela estava recostada entre o final do banco à minha frente, do outro lado do vagão, e a beira da porta do trem. O ombro cuidava em manter o resto do corpo um pouco distanciado da parede do trem. Devia ter não mais que vinte e sete anos. Bonita mulher, rosto bem desenhado, mas sem brilho e expressão. Fiquei tentando adivinhar a sua profissão. Julguei que fosse uma empregada doméstica, mas pela hora, quase nove da manhã, percebi que não devia ser.

Enfim, fiquei imaginando aquele corpo por baixo da roupa. A sua barriguinha protuberante formando um colo acolhedor. Como disse, os seios bem formados e provavelmente um umbigo discreto.. Vez outra, pelo balançar do trem, ela mudava a posição dos pés me chamando a atenção os seus dedos enfileirados sobre a sandália. O trem estava cheio e tive dificuldade em continuar reparando-a. Talvez isto tenha-me feito forçar o olhar, e ela percebeu-me. Me olhou naturalmente. Apertou mais uma vez os lábios e desviou logo o olhar. Outra vez trocou a posição do pé de apoio e passou a mão direita sobre o cabelo. Aproveitou, ainda, para arrumar a alça da bolsa, que teimava em escorregar de seu ombro esquerdo.
Voltei a leitura de meu livro. Quando tornei olhar para ela, não mais a encontrei. Descera em alguma estação. Fiquei meio frustrado. Me ajeitei no banco, curvei um pouco mais a cabeça e voltei à minha leitura.

Bem, não a perdi, claro. A descrevi aqui.

Foto de Gideon

A donzela no Arco dos Teles

O Arco dos Teles é mágico. Um corredor de ruas estreitas ladeadas por casas de danças, bares e restaurantes, quase tudo preservado ainda no estilo do tempo do império. Foi ali, que no início do século passado, houve a Revolta da Vacina. Dizem também que Carmem Miranda morou em um destes sobrados. O charme é sentar-se em mesas postas no meio da rua. As pessoas, neste ambiente, despojam-se de seus afazeres do trabalho, e entregam-se ao relax sugerido por este ambiente

Isaque, grande amigo, irmãozão. A saudade sempre aperta o peito quando lembro dele. O conheci em Macaé/RJ. Moisés me apresentou-o. Casou-se com Marina. Linda e delicada menina. Convidaram-me para tocar em seu casamento. Fomos para Belo Horizonte e toquei em um belo sábado pela manhã. Lindo casamento.
Pois bem, Moisés me ligou dizendo que o Isaque estaria hoje aqui no Rio. Saí às 18:45 e corri para encontrá-los no Arco dos Teles, como combinado.

Lugar sedutor. Muita gente e mulheres bonitas. Parece que tem um cheiro carioca no ar. Dá aquela sensação de alegria por estar participando, pisando, andando em lugar carioca tão instigante. Quando cheguei, eles já estavam lá há mais de quarenta minutos.

Sentei-me e logo percebi a dupla ao lado. Uma donzela aparentando uns dezenove anos de idade. Usava uma saia rebaixada, com a barriga à mostra, aliás como é o costume hoje em dia na cidade. Cabelos soltos, rosto lindo e delicado. Segurava um cigarro nos dedos da mão direita. Sentava displicentemente com os pés apoiados nos reforços da cadeira. A saia estava jogada sobre as coxas grossas, que balançava continuamente. Os joelhos abrindo e fechando fazia com que a saia fugisse insistentemente para cima deixando à mostra um par de coxas morenas claras, lisas e torneadas. O corpo estava meio jogado para a frente sobre o copo de cerveja, que estava pela metade. Tragava o cigarro e expulsava a fumaça para o lado com uma ligeira virada de rosto, sem contudo, perder de vista a sua amiga sentada a sua frente. Os jatos de fumaça eram embranquecidos e iluminados pela lâmpada de um poste preservado à séculos.

Eu e os amigos, contagiados com essa sedução displicente, estávamos quase em êxtase. Eu, Mosa e Isaque estávamos assim, relaxados e felizes. Falávamos gesticulando, rindo muito. Para sermos ouvidos um pelo outro fazíamos isto quase aos berros. A donzela continuava ali na mesa ao lado esbanjando sedução e beleza e nos ignorando solenemente. Em dado momento ela levantou-se e, juntamente com a amiga, e foi para dentro de um bar jogar sinuca. Este bar, com as portas em arco, ficava bem á nossa frente. Ficamos, os três, observando-as no desempenho do jogo. Um de nós, logo incentivado pelos demais, resolveu enviar flores para elas. Tivemos este ímpeto ao avistarmos um vendedor de flores, um jovem negro, alto, aparentando ter vinte e cinco anos de idade. Provavelmente um morador das favelas dos morros adjacentes. Um descendente de escravo. Compramos as rosas por três reais e pedimos para o simpático vendedor as entregarem. Ficamos aguardando e observando atentos a reação das donzelas. Nada aconteceu. Elas nem esboçaram um sorriso, pequeno que fosse. Quase ao mesmo tempo avistamos uma menininha também vendendo flores. Compramos outro ramo de flores e a enviamos com um cartão. Nada, elas não deram a mínima. Depois de muito conversarmos e rirmos, fomos embora. Já era nove e meia da noite. Ainda conversamos um pouco mais antes de nos separarmos próximo ao ponto das barcas, na Praça XV. Voltei feliz, mas com saudade de meus amigos. Isaque fora para a casa de Moisés, em Niterói. Saudades, muitas saudades. Momentos mágicos, estes.

Foto de Sandra Ferreira

Luz lunar...

Luz lunar,

Encoberta

Negras nuvens

Escuridão

Que me envolve,

Joelhos retraídos

Onde descansa

Meu rosto,

Camisa de seda

Que me dá conforto,

Alças, que deslizam

Desnudando

Meu corpo,

Mãos inquietas

Tremulas, nervosas

Cabelo, cascata

Sobre os ombros

Escondendo meu olhar,

Indeciso, entristecido

Espelho da alma

Que lamenta

A distância

Do enleio

Dos teus braços.

RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS
Obra registada na
SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES

Páginas

Subscrever Joelhos

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma