Juízo

Foto de Carmen Vervloet

O PLANETA PRECISA DE LOUCOS...

Nesta revolução industrial
que polui, agride, aquece, destrói o planeta,
procuro loucos, até com lunetas...
Preciso de loucos, muitos loucos,
e são tão poucos...

No paradoxo da insânia e da razão
urge um fim para a sanidade
que se apega a fiapos de falsa sobrevivência
quando todo o planeta implora por clemência.
Só os loucos salvarão as devastadas cidades.

Louco de pedra, nu, maltrapilho,
fedendo a suor, louco andarilho...
Sem medo de se expor e ser julgado,
não tem juízo o coitado, portanto,
jamais se sentirá acovardado.
Aos loucos caberá a tarefa de salvar os lúcidos
pois só a eles pertencem os entendimentos mais esdrúxulos.

E esses loucos penetrarão nos palácios
e nas paredes escreverão um oportuno prefácio
mostrando o tudo e o nada,
ditando novas regras na esplanada.
Salvarão os lúcidos do sanatório da lucidez,
essa doença que escraviza e esvazia...
E, diga-se de passagem, se tornou mania...
Curando-os da sua avidez,
do seu egoísmo e da sua covardia!

Quero arregimentar loucos
mas, são tão poucos!

Carmen Vervloet

Foto de Marilene Anacleto

A Estrada da Minha Casa

A estrada da minha casa é o caminho do paraíso.
Anseio com o encontro daquele ser mais querido.

Versa e conversa, a pluma do pensamento,
Dança e regressa com as luzes do vento.

Gotas diamantadas num raio de sol
Descem em cascatas a desfazer nós.

Manacás explodem seus violetas e lilazes
Em suaves bordados com brancos e rosas.

A rua de asfalto, de verde ladeada,
Imensos bailados de flores, tesouros ainda guarda.

Danças de borboletas, orquestras de pássaros,
Grandes espelhos d’água, corais de sapos.

Bem-te-vis, sabiás, quero-queros, pica-paus
São a voz do silêncio, da solidão sem preço.

Palavras, imagens, perfumes, cores, cantares,
Raios de sol sobre orvalhos, estrelas tão perto dos olhos.

A onda da mata a brilhar; na face, perfumada brisa,
Caminho de casa, em riso, sem vergonha e sem juízo.

No final da estrada se ri, aquele que divide comigo
Cantigas de vários amores, na estrada do Paraíso.

Marilene Anacleto
14/12/06

Foto de raqueleste

Te amar de novo

Te Amar de novo...

É entrar no jogo
É Perder o controle
É não ver as cartas
É ti ter nas mãos
É às vezes te perder

Te amar de novo
E cantar no banho
E passar perfume
Para te encontrar
É às vezes não poder te ver

Te amar de novo
E ficar deitado
Olhando o retrato
E ficar sonhando com seu lindo corpo
E desejar nunca te perder...

Te amar de novo
É perder o medo
É perder o juízo
E me entregar todo
É nem sempre a ter

Mais mesmo assim te amarei de novo
Mesmo sabendo que serei de novo só um passa-tempo para você...

Foto de airamasor

Amar é...

Amar é... Enlouquecer, perder o juízo e a pureza,estremecer o corpo e arrepiar a alma.

É... Vontade de fugir, de correr na chuva e brincar com a espuma do mar; vontade de faltar no trabalho, de tomar sorvete com batatinha, de assistir filme em casa, deitado no chão e dividindo o travesseiro.

É... Pureza, doçura, romantismo, buquê de flores no meio da tarde, telegrama em pleno sábado dizendo "te amo", passeio no campo, piquenique no meio do nada.

Amar é... Misturar loucamente os corpos, a mente, a alma; misturar de forma fascinante o certo com o errado, o belo com o feio, o doce com o amargo.

Amar é... Vontade de ter você para qualquer coisa, para passar o dia vivendo emoções ou simplesmente para ficar fazendo nada.

Amar é... Vontade de viver a tua vida e de te deixar viver a minha, intensamente, inteiramente e eternamente.
(Aira, 18 de fevereiro de 2011)

Foto de Edson Cumbane

AMOR TRANSCENDENTAL

Sinto-me só entre a gente
Louco e indigente
Cem por cento sem
Juízo, porém além
Do inimaginável
Inimagino sozinho
Não me imaginar sozinho
Contigo sós entre os lençois

Nos tornaremos heróis
Do amor inexpremível
Muito além do inesquecível
Estranho como os caracois
Serem pratos normalizados
Em África...
Aliás, tu és minha África
Minha negra mestiçada
Minha diva...encantada...
O beco sem saída do amor
Por isso, amar-te-ei sem fim
Minha negra mestiçada...
Transcendental como os serafins!

Foto de Carmen Lúcia

Versos & Reversos

A luz traz a paz que refaz;
também pode cegar quando é demais.

O começo sempre traz um desafio;
e o fim, o mais denso calafrio.

O amor pode levar ao paraíso;
também a perder o juízo.

A chuva umedece a terra pra fecundidade;
também pode conduzir à calamidade.

O mar dá margens para os sonhos;
mas destrói os castelos mais risonhos.

A lua é tão meiga e brilhante;
para o lobo parece irritante.

O sol é o astro que ilumina e aquece;
também o fogo que fulmina e estremece.

Em erupção, o vulcão lança sua lava
que uma paixão incandescente apaga.

A mulher traz no ventre a semente...
que, lamentavelmente, pode não vir a ser gente.

Tão triste ouvir falar em aborto...
Pode ocorrer mais um poeta morto.

_Carmen Lúcia_

Foto de L.Guerreiro

Quero lá saber...

Se eu tivesse um moinho...
Quero um moinho. Quero um moinho.
Quero moer o juízo com esta fome de Infinito.
Levanta-te ó vento norte!
Sopra essas velas.
Desembrulha as nuvens.
Quero festejar o nascer do Sol.
Quero lá saber dos restos da festa.
Não convidei ninguém.
A festa é só minha!

Foto de usuario12345

Arrumei Você

Novo motivo pra viver,
Pois pensava em desistir,
Tenho mais a vencer,
Pois agora tenho a você.

Novo motivo pra viver,
Viver com mais juízo,
Viver enquanto é tempo,
Passar pelo que for preciso.

Novo motivo pra viver,
Já alcancei meu objetivo: ter você
É mais do que sonho,
És minha graça, és minha glória.

Novo motivo pra viver,
Deixo aqui a minha trégua,
Sem mais a dizer,
Fecha a conta e passa a régua.

Foto de Glayson

Seus Mistérios

Que mistérios tens
Que aguças meus sentidos?
És perfume, sabor
Música pra meus ouvidos
Tens ternura
Aroma da Paixão
Toque de beleza pura
Poder de sedução
Que feitiços, encantos
És capaz de irradiar
Beijos e afagos
Me aprisionam sem cessar
Momentos acariciantes
Que arrebatam-me o juízo
Preciosos diamantes
Delícias do paraíso
Amar-te é me perder
Nos confins do pensamento
Nesse horizonte lindo
Navego ao sabor do vento
Saboreio a brisa
De tua presença
Me entrego completamente
Noite, dia e madrugada
Continuemos, amor
Apaixonados
Amanhã mais que agora
Enlacemos nossas vidas
Corpos e corações
Degustando eternamente
Saborosas tentações...

Foto de Oliveira Santos

Sou Eu

Sou o visitante inesperado
Que nunca pede licença
Sou o peregrino abençoado
Valor de toda crença

Sou a causa das voltas e revoltas
E dos jogos de conquista de onde não se espera a sorte
Sou o prêmio de quem vive, de quem volta
Das batalhas, das penúrias, de quem viu a própria morte

Sou o sustentáculo dos bons, força motriz demais capaz
De mover trens, montanhas, céus
Sou lenha de incinerador que queima o peito, que desfaz
Os sonhos com o amargor do fel

Converto todos os sentidos, subtraio todo o juízo
Do ser ferido por meu dardo
Apago toda a alegria, lanço o pranto, escondo o riso
Sob o peso do meu fardo

E se pergunta quem sou eu, que bem ou mal se sucedeu
Por quê do gosto ou então da dor
Respondo a este que leu sobre os prodígios feitos meus
Sou nobre, puro, intenso: Amor

20/01/97

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