Lágrimas

Foto de Izaura N. Soares

Amor Proibido

Amor Proibido

Quando penso em ti, penso também nas estrelas, e percebo que a distância que nos separa é infinita.
É assim que acontece com um amor proibido. Vejo você sorrindo, vejo você chorando, e o mais triste é não poder secar as lágrimas que correm pelo o seu rosto, eu fico a olhar sem nada dizer.
Ah! Amor proibido, se afaste que eu quero viver.
Quero viver um amor sublime, sem reservas e sem pudor.
Quero sentir o calor de um corpo morno, quero abraçar e ser abraçada.
Quero sentir uma boca com seu hálito quente roçando o meu rosto me fazendo vibrar a mais terna emoção.
Quero ser como um pássaro livre a voar.
Quero sentir meu coração pulsar, me fazendo subir no mais alto pódio de uma eterna paixão.
Fazer os meus sonhos vivarem pura realidade.
E poder amar... amar cada vez mais; o amor.

Foto de cientista_love

Decepção

O pior de tudo
Foi acreditar que você poderia me dar o que prometeu
Teria sido bom, mas não foi
E agora fico aqui como alguém que morreu.

Meus pensamentos estavam em você
Esperava-te com ansiedade e alegria
Vendo à hora de te abraçar
Mas não imaginava que não cumpriria.

Minhas lágrimas não saem
Fico sentindo essa dor sizinho
Chamo teu nome e você não vem.

Não esperava essa reação
Me entristeço e me permito morrer
Pois fui apunhalado no coração.

Foto de NiKKo

Solidão

Quantas vezes eu sozinha em meu quarto
Desejei ter alguém ao meu lado pra me aquecer
Talvez a solidão me doesse tanto, como agora
Se eu tivesse mais alegria em meu viver.

Mas a solidão é minha amiga constante
E por causa dela eu descobri que posso voar
E percorro estradas de sonho e aventuras
Tendo muitos amores sem contudo, me entregar.

Sigo por esses caminhos que eu mesmo escolhi
Onde a alegria é uma bebida que sorvo lentamente
Pois para mim ela é tão rara e difícil de ser encontrada
Que quem me diz que é feliz, eu acho que mente.

As vezes acho que a solidão por mim se apaixonou
E por me amar, não quer mais me abandonar,
Por isso em forma de compensação
Deu-me o dom da escrita para do amor falar.

A solidão esta comigo há quanto tempo
Que não sei poderia viver sem ela ao meu lado
Mas acho que a ela é o único remédio
Que irá fazer meu coração ser remendado.

Coração esse que tanto amor quis lhe dar
E que por muito amar jamais ousou te prender
Mesmo que em troca tenha recebido a solidão
E descoberto que amar, nem sempre é viver.

E quem sabe um dia em futuro distante
Eu possa me olhar sem sentir amargura ou dor
Talvez eu descubra que fui usada pelos deuses
Pra derramar na terra as lágrimas benditas do amor.

E nesse dia eu sinto que a solidão
Era muito mais que uma amiga constante
Talvez eu veja que foi forma que meu anjo descobriu
Pra andar comigo nessas noites errantes.

Foto de Fernanda Queiroz

O Show

O Show

Terça, 26/09/2006 - 23:23 — Fernanda Queiroz

Em meio aquela multidão eu me sentia perdida. Por mais que imaginasse nunca cheguei a pensar que pessoas poderiam ser tão apressadas e barulhentas.

Na hora de reservar meu ingresso optei pela geral, pensei que assim passaria despercebida, a idéia de camarote não me inspirava privacidade e sim destaque e como jamais tinha assistido a show de uma Banda famosa ou qualquer outra tudo era novidade. Minha experiência se resumia nas quermesses organizadas pela Associação Comunitária da Vila onde o som da banda dominical entoava valsas enquanto desfilávamos entre barraquinha de jogos e doces e aguardávamos os fogos, estes sim eram a estrelas das festas. Ficar olhando para cima vendo um pequeno zumbido se transformar em imensas partículas colorida era um espetáculo, mesmo que ás vezes acarretasse lembranças nostálgicas, eu amava aquele céu pontilhado de luminosidade.

Enquanto tentava entrar em um enorme recinto, daqueles que se vê somente pela TV, empurrada para lá e para cá por uma multidão que parecia não conhecer as normas da boa educação, estava pensando o que tinha me levado a tomar esta decisão.

Já havia se passado quase dois anos desde que falei com ele pela última vez, neste tempo tão forte quanto às lembranças que sobreviveram estava meu medo de saber o rumo que ele tinha dado a tua vida.
Afastei-me completamente do mundo das manchetes, onde certamente ele sempre seria destaque. Não lia revistas, jornais somente seção de investimentos e cultura, TV canal fechado sobre economia e agricultura, assuntos fundamentais em meu trabalho.
É claro que sem que eu pudesse evitar ás vezes os ouvia cantando, no radinho de pilha de algum operário, nas grandes magazines de eletrodomésticos na cidade, na faculdade onde os rapazes bonitos e famosos fazem à cabeça das garotas que até tatuavam em teus corpos nomes juntamente a desenhos exóticos.
No principio sofria muito por isto, depois sabendo que nada podia fazer, passei a ignorar, afinal quem tinha mandado me apaixonar pelo ídolo do Rock?

Finalmente tinha conseguido entrar no estádio onde a multidão se aglomerava onde estar á frente era certamente um privilégio para expressar o fanatismo que alterava o comportamento das mais diversas maneiras.
E agora estava ali, há poucos minutos e metros de onde ele entraria, duvidando de minha sanidade em ter tomado a decisão de ir vê-lo. Talvez se não fosse próximo à cidade que estava a trabalho há dois dias, jamais teria ido. Fui exatamente para ficar dois dias resolvendo questões de Marketing, mas era impossível não ver todos os outdoors espalhados pela cidade. Minha primeira reação foi de pânico, queria voltar sair correndo ao fitar ele entre o grupo sorrindo, como sorriu muitas vezes para mim... Deus...as lembranças voltavam em avalanche fazendo meu corpo estremecer, meu coração disparava, como aquele ressoar de buzinas que soavam atrás de mim, foi quando me dei conta que estava atrapalhando o transito e com mãos tremulas segui em direção ao hotel onde me hospedara, parando somente em uma loja especializada onde adquiri um potente binóculo, se fosse levar esta loucura a frente ele seria necessário, pois pretendia me manter mais distante possível e algo dentro de mim gritava para ir...Eu iria.

Já se passava 1 hora do horário grifado nos cartazes, a multidão que formara era tudo que jamais tinha visto, parecia uma disputa de quem conseguiria gritar mais alto, ou agitar mãos blusas lenços ou faixas mais altos. De onde estava bem retirada da multidão a tudo assistia ocultando minha ansiedade.

De repente os gritos se tornaram mais forte e contínuo em resposta a presença deles no palco.
Minhas mãos suavam tremulas, meu peito parecia que iria explodir lançando meu coração ao palco, por um momento pensei em desistir e sair correndo para meu abrigo, meu canto onde meus segredos me protegiam... respirei fundo, ergui a cabeça, encostei em uma pilastra, como se ela pudesse segurar meu fardo de dor, estava cantando acompanhado eloqüentes pela platéia minhas mãos levantaram o binóculo sem a pressa de quem esperou tanto por este momento, lentamente o ajustei aos meus olhos onde avistei gigantes holofotes, estava tentando me orientar, olhei em volta tentando ajustá-lo. Vi o baterista movimentado ao frenético ritmo que me fez piscar várias vezes, parecia a minha frente, lentamente movi para a esquerda encontrei o saxofonista, voltei-me para a esquerda devagar, quase sem respirar para não perder o foco, quando o vermelho da guitarra coloriu as lentes senti um impacto tão grande que parecia atingida por um soco no estomago.Engoli saliva inexistente, tentei suavizar os ressequidos lábios passando a língua por eles, meu peito arfava e meus olhos buscava naquela potente tecnologia, tua face amada.

Recosta bem no fundo, longe da entusiástica platéia sabia que precisava vê-lo. Determinada, ajustei as lentes tentando reencontrar o foco reluzente de tua guitarra e lá estavam tuas mãos a segurarem firmemente, dedos firmes dedilhando-a, mãos de artista. Fui subindo, encontrei tua camisa alaranjada, Deus eu amava esta cor em você, lembra-se daquele casaco? Quando o vi sabia que tinha sido feito para você. Caiu como uma luva ficou lindo como sempre foi, será ainda que o guarda? Ou estará jogado e esquecido em algum armário?

Pela camisa entreaberta pude ver tua inseparável medalha segura pelo fino cordão de ouro que cismava em colocar entre os lábios quando estava nervoso, como naquela vez que esqueci o celular desligado por toda tarde exatamente no dia que te aconteceu um imprevisto, tinha que viajar, e não conseguia contato. Quando conseguiu falar, a primeira coisa que disse... já mastiguei todo meu cordão... risos, era sinal de perigo... mas também das pazes de teus beijos ardentes de tuas palavras que compunha as mais belas declarações de amor.

Teu rosto... Deus... a barba feita, cabelos desalinhados como sempre te dando um ar de garoto, tua boca em movimento, cantando ... para a platéia...para o mundo, como gostava quando cantava só para mim que entre risos sempre podia ouvir dizer que me amava... muito, fitando-me longamente com este olhos da cor do oceano e infinitamente maior, pois era a janela que me transportava para as portas do paraíso que meus sonhos tanto almejaram.

Deus... é ele, meu eterno amor, há poucos metros de distancia, no palco, no teu show, no teu mundo.
A lente ficou turva, lágrimas desciam copiosamente por minha face, uma dor física me invadiu fortemente fazendo-me escorregar pela pilastra até encontrar o abrigo do chão, pensamentos desatinado trazia o passado de lembranças onde o presente se fundia em uma imagem com o olhar perdido na platéia.

Teus olhos sorriam as manifestações enlouquecidas, gritavam teu nome em todos os tons, gestos, mãos erguidas, cartazes, onde os pedidos nítidos requeriam tua atenção... teus olhos vagavam acompanhando em um misto de alegria e encantamento.
Olhos para o flash, foi como me disse um dia. Que era um olhar reservado á todas outras garotas do mundo... que para mim sempre seria um único e eterno olhar.
E agora? Que olhar era este? De flash? E se pudesse me ver, me olharia de novo como se tivesse me inventado? Como se tivesse me feito nascer a partir de teu olhar?

Levantei-me cambaleante, tonta, ouvindo o frenesi se tornar mais acentuado, você jogava rosas...a toalha que usou para secar teu rosto...como se doasse um pouco de você...e tudo de mim.

Às vezes vivemos em minutos, muito mais que em dias ou meses, minha mente parecia entorpecida diante da lente que deixava você tão perto quanto eu queria estar, teu rosto, teu sorriso, teu corpo... você do jeito que eu sempre amei... no mundo que não conhecia...no palco...na fama...tua vida, tua carreira, teu destino.

Sai caminhando devagar, virar as costas me custou muito... muito mesmo... nunca saberá o quanto...
A menos que um dia queira assistir um show... em um palco diferente... cheio de galhos e flores... talvez se quiser se juntar á platéia dos passarinhos... ouvindo somente o som de minha flauta, que mesmo tocando baixinho pode-se ouvir além do horizonte...

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Cecília Santos

SOMBRA DE MÃE

SOMBRA DE MÃE
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Não sinta-se sozinha.
Sou como uma sombra a te seguir.
Se as lágrimas ofuscarem seus olhos,
Lhe tirando o brilho do sol.
Te impedindo de ver o caminho.
Não se assuste, estou com você.
Conserve o que há de melhor em você,
Esse coração cheio de amor.
Esse amor te guiará por onde for.
Não haverá chuva, frio ou calor,
Que te impedirá de seguir adiante.
Não sinta-se sozinha.
Estou sempre com você.
Obstáculos e barreiras surgirão,
Te ajudarei a ultrapassá-los.
Se tiver algum tropeço.
Terá minha mão pra te amparar.
Se não puder caminhar, meus braços,
Se tornarão fortes pra te carregar.
Jamais sinta-se sozinha.
Estou sempre com você.
Sombra de carinho, sombra de amor.
Sombra de mãe, à proteger um pedacinho,
Do meu próprio coração...!

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/07*

Foto de Homem Martinho

Morrer de solidão-III

Acompanhou-o até à presença da sua filha, Júlia, uma linda rapariga de vinte e poucos anos, que ao ver sangue no braço do pequeno, perguntou de imediato:
- O que se passou meu pai? Não me diga que foi o Faísca que mordeu o miúdo.
- Não minha filha, não foi o Faísca, mas podia muito bem ter sido, este é o Miguelito, o filho do Martinho, o tal miúdo de que te falei para te ajudar.
Miguel ficou contente com o que ouviu, com que então iria trabalhar directamente com a filha do patrão, as coisas corriam-lhe de feição.
Júlia tratou do braço do garoto e ficou encantada com os seus modos.
Miguel foi conseguindo granjear a confiança do Engenheiro Campos e ainda mais da sua filha Júlia, foi aliás por intermédio desta, ou melhor dizendo por intermédio do seu namorado, que dois anos após ter chegado à “Quinta das Lágrimas” o jovem conseguiu emprego numa das melhores mercearias da vila mais próxima.
Os comentários em relação á sua partida tomavam duas direcções, uma que era partilhada pelos patrões, pelo namorado de Júlia por alguns empregados e por quem visitava a quinta, enquanto que do outro lado se colocava a grande maioria das pessoas que trabalhavam na Quinta das Lágrimas...

Foto de Carmen Lúcia

Tua sombra

Colei-me em ti,fui tua sombra noite e dia
Cegou-me teu luzir,a tua luz sorvi...
Banhei-me de tua aura,de teu carisma me servi,
Andei teus passos,tua distância percorri...
Sonhei teus sonhos,me deserdei de mim...
Soprei tuas lágrimas,teu pranto dissolvi
Sorri tua alegria,o teu sorriso absorvi,
Te busquei na noite,te dei amor sem fim,
Quis teu querer,ser teu querer,fiz-me querer
A ti roguei...e implorei...e te amei...
Dei-te meus braços pra me envolver os teus abraços
E minha boca, quente e louca por teus beijos
Fui teu descanso,teu remanso,teu abrigo
Fui o teu cais,onde ancorar o teu navio
Perdido ao léu,entregue a mares tão bravios...
Voei teus vôos,transcendi os teus limites
E ao pousar,perdi o chão,onde pisar...
Não percebi que ao viver a tua vida,
Eu me esqueci...e me perdi...e te perdi...

Foto de JGMOREIRA

DIA CLARO

DIA CLARO
Sabes, às vezes me deparo comigo mesmo
parado diante o mar,
olhando onde nunca estarei
com a alma fremente de desejos de lá estar.

Os olhos que amam as ondas inatingíveis
olham as pegadas sulcadas na areia
decifrando para mim
o significado de mim mesmo:

Serás o homem da terra amando a possível sereia.
Minha boca salga com minhas lágrimas
por entender-me um homem de pouca aventurança.

Fico
até que o mar que nunca desbravei
perca-se na lembrança.

Quando, um dia, não puder mais navegar
talvez invente pra mim mesmo, uma aventura.
aquele mar inusitado de tanto ser lembrado
tornar-se-á a minha verdade mais segura.

E, assim, quando tombar a mão ao rés do corpo
sem mais respirar, lembrar ou qualquer gesto,
serei remetido para além das ondas
onde aventura-se a alma
do corpo que ora empresto.

Foto de Cecília Santos

E POR FALAR EM SAUDADE

E POR FALAR EM SAUDADE
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Quando a noite chega, me recolho.
Recolho minha vida, meu mundo, meu coração.
Aconchego tudo, em meu peito.
Onde outrora, aconchegava você!
Peito que cantava alto, pra te alegrar.
Que embalava seu sono, seu descansar.
Hoje chora baixinho, pra não te acordar.
Do sono profundo, que estás a dormir.
Seu riso cristalino ecoa, em meu ser.
Como uma doce magia, ou uma louca ilusão.
Que as vezes, me entorpece a alma,
e turva a minha visão.
Já não sei distinguir o real, da ilusão.
Te sinto presença, no meu presente.
Sinto seu perfume, sua doce voz a me chamar.

Quando a manhã chega, desfaço meu abraço.
Desfaço meus laços, te dou a liberdade!
Te deixo ir nas asas dos anjos, pra sua morada.
Morada distante, que não encontro o caminho.
Caminho de luz, que te conduz ao paraíso.
Pois anjo feito você, só pode lá morar.
Meu paraíso se resume, em meus sonhos.
Pois é através deles, que encontro você.
Enquanto não sonho, meu mundo e vazio.
Não tenho você, não tenho sua alegria.
Minhas lágrimas por você, são de saudades.
Meu riso, já não sei se existe.
Você era a calmaria, depois do vendaval...!
Meu caminho, minha luz, meu anjo terrestre...!
Acho que em outra vida, eu já te conhecia...!
Quando você nasceu, eu te reencontrei...!

P/ Fê com saudades

Direitos reservados*
Cecília-SP/09/007*

Foto de angela lugo

Foi amando você

Foi amando você
Que tomei conhecimento da dor
Dentro dela aprendi a gemer
Por tanta ingratidão
Pelo seu chamado que não vinha
E, eu ainda persistia
Como pude te amar tanto
E esquecer que eu existia
Você é pura melancolia
Que chateia os meus dias
Mas prefiro-os chatos
A não tê-lo no dia-a-dia
Perco muitas vezes a luz do sol
Esqueço de abrir as cortinas
Meus olhos teimam em ficar cerrados
Perco muitas noites prateadas
As lágrimas são como névoa
Nada me deixando ver
E penso... Penso em você
Que em todo o tempo que passou
Eu perdia tudo e não perdia nada
Porque o meu tudo é você
E sem você nada tenho para perder

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