Leito

Foto de Anderson Maciel

SABADO SOMBRIO

em uma noite de sabado numa noite de escuridão tremenda já não vejo luz ao meu redor e a chuva começa a engroçar e a cair mais e mais sobre meu pobre leito não tenho aonde me repousar a dias que não como algo nem sei o que é me alimentar enquanto carros passam sobre a rua e eu os observo diante da chuva e da escuridão deste sabado expresso em meu sentimento de dor de angústia de querer me suicidar pois pra mim nada importa nesta vida não queria nascer assim uns nascem pra vencer e outros ja nascem pra perder e sofrer é o meu caso ja não quero mais ter que pensar vou embora pra nunca mais voltar esta é a resposta minha mais não do meu coração vejo neste sabado sombrio o frio no coração aonde não se tem agasalho pra esquentar vou morrendo aos poucos minha alma ja grita socorro de misercórdia pois meu sentimento é este de morrer por alguma coisa ou viver pra fazer nada pois aonde moro e aonde vivo nada me contem e nada me faz ter alegria nem mesmo as pessoas ao meu redor pois vivo no dia da agonia aonde não consigo nada para sobreviver pois sou um pobre morador de rua e todos me indagam não sou ninguém para aqueles que passam a minha volta mais procigo meu caminho parado na linha do tempo neste sabado sombrio esperando alguém me ajudar. Anderson Poeta

Foto de Arnault L. D.

Crime Perfeito

Existem crimes perfeitos,
eu mesmo já avistei vários.
Talvez, até você já tenha visto,
caídos sobre algum leito;
ou chorando nalgum campanário
suplicando em lágrimas a Cristo.

Crimes de assassínio...
Mas, que não deixam rasto
já que a vítima parece viva !
Crimes do raciocínio,
de aspecto amplo e vasto
de um coração que se priva.

Existe gente já morta
andando como se não fosse,
mas, no peito, nada mais bate.
Nada mais atrás da porta,
nada mais do sabor do doce.
Mas sem prova que o delate.

Muita gente teve morta a paixão,
por maldade, dor, traição...
E finou por dentro para o mundo.
Eis um crime perfeito então,
o de matar um coração
e enterra-lo num peito, bem fundo.

Foto de onil

DOCELIMA

CHAMAVA-SE DOCELIMA
REZA A HISTÓRIA AQUI EM RIMA
NOS VERSOS DESTA CANÇÃO
VIVIA SÓ POBREZINHA
E QUANDO VINHA A NOITINHA
SENTIA A SOLIDÃO

TÃO CEDO PERDERA OS PAIS
UM DESGOSTO QUE JAMAIS
DO SEU PEITO SAIU
OCUPOU-A A MELANCOLIA
E PASSAVA TRISTE O DIA
SEU OLHAR NÃO MAIS SORRIU

ENTÃO TRISTE CANTAVA
E QUEM SUA VOZ ESCUTAVA
SENTIA SUAS DORES
ERA LINDA A SUA VOZ
HERANÇA DE PAIS E AVÓS
QUE TAMBÉM FORAM CANTORES

COSTUMAVA IR LAVAR
SUA ROUPA E A CANTAR
NA FONTE SE ENTRETIA
E A VELHA FONTE GUARDAVA
OS SEGREDOS QUE ELA CANTAVA
NINGUÉM MAIS DISSO SABIA

ERA TRISTE O PENAR DELA
QUE EM SUA VOZ TÃO BELA
REVELAVA MIL TORMENTOS
SUA ALMA DESGUARNECIDA
DE QUEM A TROUXE Á VIDA
NÃO ESQUECEU NEM POR MOMENTOS

DOCELIMA ERA POBRE
MAS TINHA UM CORAÇÃO NOBRE
DE TERNURA E BONDADE
E A VELHA FONTE COITADA
CHORA AGORA MAGUADA
COM A SUA INFELICIDADE

DOCELIMA JÁ PARTIU
ALGUÉM A DESCOBRIU
JÁ FRIA NO SEU LEITO
O RETRATO DE SEUS PAIS
QUE ELA NUNCA ESQUECEU MAIS
APERTADO CONTRA O PEITO

O OLHAR QUE NÃO VIVIA
PELA DOR QUE A CONSUMIA
PARECIA ENTÃO A SORRIR
A SEUS PAIS QUE AMAVA TANTO
A RAZÃO DO SEU TORMENTO
POR FIM SE FOI UNIR

QUEM PASSAR AQUELA FONTE
NA LINDA ALDEIA DO MONTE
NEM SEQUER IMAGINA
OS SEGREDOS ALI CANTADOS
DOS TORMENTOS PASSADOS
NA VIDA DE DOCELIMA

NUNCA EM SI PERDEU A ESPERANÇA
PELOS PAIS SEU AMOR CRIANÇA
MANTEVE SUA PAIXÃO
EIS A HISTÓRIA TÃO SINGELA
DE UMA MOÇA QUE ERA BELA
TINHA NO PEITO A SOLIDÃO

QUE LUTOU SEM GANHAR NADA
DESTA VIDA AMARGURADA
NEM TÃO POUCO AMOR MATERNO
GANHOU SIM DIREITO AOS CÉUS
COM SEU PAIS JUNTO A DEUS
O SEU LAR SERÁ ETERNO

ONIL

Foto de onil

SONHO DA REALIDADE

AS MINHAS MÃOS JÁ CONHECEM COM MALICIA
QUANTOS SINAIS HÁ NA TUA PELE MACIA,
QUANDO COM AFECTO E CARINHO TE PERCORREM NA CARICIA
EU NOTO NOS TEUS OLHOS UM BRILHAR DE ALEGRIA

QUANTO MAIS TE VEJO MAIS TE AMO
ASSIM A VIDA PARA MIM TÊM MAIS VALÔR
HÀ NOITES DE ANGUSTIA, QUE EM SONHOS EU TE CHAMO
PARA TU ME DARES TODA A PAZ DO TEU AMOR

A VIDA PARA MIM SEM TI NÃO PRESTA
TU ÉS A SEIVA QUE ALIMENTA UMA PAIXÃO
EU PASSO TANTOS SONHOS NA ALEGRIA DE UMA FESTA
ACORDO... SINTO O PEITO A PULSAR COM A ILUSÃO.

QUANTO TEMPO FALTA PARA VOLTARES A MIM?
QUANTOS SONHOS PASSAM SEM EU TER O TEU AMOR?
EU GOSTO DO TEU CORPO MAS DOS MEUS SONHOS SEM FIM,
ACORDO NO MEU LEITO E NÃO SINTO O TEU CALOR.

EU VIVO PARA TI E A MAIS NINGUÉM
MEUS LÁBIOS SERVIRÃO PARA BEIJAR
SÓ TEUS LÁBIOS E TEUS BEIJOS SABEM BEM
E EU QUERO SÓ A TI NESTA VIDA SEMPRE AMAR.

ONIL

Foto de Lou Poulit

Poema do Poeta Passarinho

A ÁRVORE NOVA E O LAGO

A árvore nova, em seu instante mais florido,
é a dona do silêncio do lago soturno.
Pequenas flores descalças dela vêm pousar no leito do espelho,
senhoras da emoção latente, e bailando possuem astros.
Não há vento que se veja.
Mas a brisa, discreta, se não viesse do poeta que verseja,
viria eflúvio da seiva dela, compor o seu olhar apocalíptico,
como um dilúvio de concupiscência,
vertente sulcada pela inútil iminência,
loucura das palmas distante, bastante para não caber.

A árvore nova, desconhece o portador da sua semente.
E se amanhece, a prece e a gratidão do lago desconhece.
Não há verso que o poeta verse
que faça com que completa ela se veja.

Mas se curva ao próprio reflexo, indefesa no abraço infindo,
multicôncavo e pluriconvexo, em que sem vileza o lago deseja.

E que desejo.
Que imenso e tão antigo, tão intenso e tão amigo desejo,
capaz de querê-la com um querer lacustre,
sem que lhe custe o absurdo de tê-la, imagem refletida.
Mas o velho poeta, muito mais que um profundo lago,
mais que um monge, é um mago.
As suas areias têm a febre terçã da manhã que o habita.

E não há em toda a orla, árvore nova tão bonita!

O doce poeta, muito mais que um mago,
mais que um abrigo, é um artista.
O seu amor isento é lúcido, mesmo a cada manhã que parte...
Ah, o cerne da arte é uma aventura,
mais que viver sem cura, mais que morrer sem ferida!...

E não há em seu contorno, árvore nova tão florida.

Foto de Felipe Ricardo

Mente Insana

Veja como é interressante esta louca e trivial
Essencia humana, jamais sabe o que realmente
Quer ou simplesmente cai nos seus desejos mais
Insanos e crueis, pois somente assim saciamos
Os nossos desejos mais escondido e tenebrosos
Onde a cada louco segundo vai lacerando esta
Dolda e disforme espiral da mais complexa e terna
Consiencia triste que pouco a pouco morre e some

Não mais perfeita penumbra de dor e caos que assim
Se apresenta e devora nossas almas fazendo delas
Poucas palavras de odido e rancor, que mais uma
Vez nos faz cair, sofrer, amar, viver, chorar e morrer [...]
Vamos essencia que se diz forte e incisiva, onde da
Maneira mais futil rege os atos deste meu mundo que
Com tanto esmero criei e que agora vejo se repartir em
Luz e Silencio... Vamos me parta ao meio e assim me unte

No mais doce prazer de ser morto por tais palavras que
Assim profiro no leito de minha finita e eterna morte que
Junto com as velhas estrelas se faz prisão para esta novas
Flores que assim teimei em dar a vida sem dar importancia
Para que as guardavas, pois para o inferno aqueles que
Forma a escoria dos que antes matavam os meus futuros e
Nem sequer estendiam as mãos para lançar o derradeiro
E fulminante golpe da lança que que vive em meu peito [...]

Mas digo a eles e a ela que agora, que só agora, acordo para
Destruir e cunsumir as tristezas de quem tanto me fere e
Tentar me destrui, pois tais criaturas por mais baixas que sejam
Nem sequer a minha colera merecem, já que eu devorador de
Sonhos desejo apenas o meu alimento e saciar esta minha louca
Vontade de durmi e esqueçer estas loucas palavras que assim escrevo[...]

Foto de Evandro Machado Luciano

Soneto

Na gelada aurora pluvial
De um verão traquina, desobediente
Chora na ara quem de langor divinal
Curou as lágrimas do pecador inocente

Levou consigo jubilosa tarde
Deixando ao verme alimento vespertino
De amor meu coração não mais arde
Mas de langor, por seu sumiço matutino

E que consolo encontrar irei?
Se no tenro leito fenecem flores,
Tornar-me anjo? Feliz serei?

Deixar na lama tantos amores,
Sorrir no Éden como um rei?
Ou dar ao cinza, mi’as cores?

Foto de Metrílica

Me diz? Por que levastes o filho? (Reflexão)

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Me diz? Por que levastes o filho?

Por quê?...

"Por quê? Por que não levas a miiiimmmmm!!!!"
Grita aos prantos, a mãe, no leito de morte!
daquele que carregou no ventre...
daquele que um dia foi seu rebento...
daquele que segurou um dia em teus braços...
daquele que a fez um dia, chorar de alegria...
daquele que alimentou de si!

choros e murmúrios...lamentações...
Por quê?
Por que levaste tão bela criança? ainda nos seu primeiro ano de vida?
sequer sabia o que sentia... pobre criaturinha,
choraste sob tortuosa dor,
sequer tinha conhecimento do que acontecia ao seu redor,
anjinho, não sabia das dores do mundo,

Me diz? Por que levastes o filho?

Deste tamanha sabedoria ao pai, progenitor...
O dom da medicina,
Por quê?
Por que infectaste o filho com um enigma... incurável?
quatro anos de vida! dois de sofrimentos...
por que o fizeste sofrer... e morrer nos braços de seu pai?
pai, que sob sombras e fantasmas perguntava-se, lamentava-se a todo momento.."o que fiz de errado?, porque não salvei meu filho?"

Por quê?

Me diz? Por que levastes os filhos?
Deste cinco filhos a esta mulher!
Por que o arrebatamento de dois? de forma tão sofrida!
doenças, incuráveis, tratadas em vão!
duas vezes!!! amputastes esta mulher!
por duas vezes!
Por que tanto sofrimento a estas criaturas?
um, na flor da idade! seis anos de vida...três de sofrimentos...
o outro, aos treze...após sofrer seis meses...
pragas, doenças incuráveis!!!

Me diz? Por que levastes o filho?
Este,orgulho dos pais! acabara de formar-se!
vida, sonhos! longo caminho!
arrebatado! fria e violentamente!
25 anos! tragédia! morte imediata...

Por que levastes os filhos?!
Para deixar na terra estas mulheres... mães despedaçadas!
corpos por instantes sem alma! corações dilacerados...
continuam suas vidas! mesmo que aleijadas!
Hoje, as que não são viúvas, estão divorciadas...
porque aqueles que foram "pais", daqueles arrebatados, não resistiram à dor!
abandonaram o "passado", esconderam-se em falsa alegria!
que sigam então as MÃES!
PORQUE NA DOR, OS FILHOS, SOMENTE A ELAS PERTENCEM!
lembranças...de alegrias...desde o útero...ao sentir um coração!
nascimento...choro de felicidade...
amor incondicional...
morte...dor...ETERNA SAUDADE...

NASCESTES?!
estás então entregues ao mundo...
boa sorte!
não poderás jamais, voltar ao ventre de sua mãe...

Reflexões by Metrílica + (em homenagem às minhas amigas CPR, MOLF, AR, NALM...mães)

Foto de Evandro Machado Luciano

O Casamento

Despedaço minh’alma com rimas
Mantendo-a imaculada dentro de meu peito
E depois do casamento fúnebre
Declamá-las no nupcial leito

Caso-me novamente por tua culpa
Negaste beijos meus
Como renego agora
As lágrimas dos olhos teus

Digo adeus aos vossos lábios
Por tua Desgraça ou Sorte
Beijo agora outra face
Minha donzela – Venerada Morte.

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

PARAISO

PARAISO
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Hoje mesmo cheguei ao paraiso
Mas estou mais vivo do que morto
A recepcao de boas vindas e teu sorriso
E minha recompensa e saborear teu corpo

Os teus seios sao os unicos picos que exploro
Os teus labios de mel saciam a minha sede
No vale de amor entre tuas pernas eu moro
Os teus bracos sao os embalos de minha rede

Hoje mesmo cheguei ao paraiso
E sinto que recebi tudo que preciso
Vivendo no teu paradisiaco leito

Hoje mesmo cheguei ao paraiso
Onde o meu unico e exclusivo compromisso
E fazer feliz o coracao no teu peito

2010 Islo Nantes Music

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