Liberdade

Foto de Zoom onyx sthakklowsky kachelovsky kacetovisk

Algum Lugar

A liberdade de um dia, leva a estrada, a estrada, à qualquer lugar. Ainda se pode sentir o calor de brasas. Círculos giram e ecoam o passado.
As balas são de prata, os pecados apagados. Metade do mundo, é você que cria. Desse jeito, podes ser, os anéis e o punhal de Lampião, o espinho do mandacaru, a volante, a pedra perdida na imensidão.

Foto de Ivone Boechat

Círculo vicioso

Círculo vicioso

Ivone Boechat

Um dia, milhões de bebês choraram na liberdade uterina do milagre da vida: nasceram. Não vestiram seus corpos, não lhes calçaram sapatos nem lhes deram o conforto do seio materno, antes da posse do sonho infantil, foram rejeitados, ao rigor do abandono.
Um dia, mãozinhas trêmulas, inseguras, sem afeto, bateram na porta do vizinho, procurando abrigo. Não havia ninguém ali para oferecer afeto nem portas havia na pobreza do lado. O menino escorregou na direção da rua.
Um dia, a criança anêmica foi eleita à marginalidade da escura noite e disputava papelões e pães no lixo do depósito público. Aos tapas, cresceu como grão perdido no vão das pedras, sem a mínima possibilidade de sobreviver: sem teto, sem luz, sem chão.
Um dia, o adolescente esperto teve alucinações de vida e o desejo de conferir a sociedade: candidatou-se à luta amarga do subemprego. Alvejado pela falta de habilitação, foi condenado como vagabundo, recebendo etiqueta oficial de mendigo.
Um dia, o adulto desiludido, amargurado, sem emprego, sem referencial, saiu à procura do amor. No escuro, mas cheio de esperanças, foi colecionando portas fechadas pelo caminho. Sem Deus, sem nome, sem avalista, sem discurso, acreditou no "slogan" das campanhas sociais.
Um dia, o menino mal nascido, mal amado, mal educado, não soube cuidar do filho que nem chegou a ver. Não ouviu seu choro. Imaginou apenas que, após nove meses de duríssima gestação, alguém brotara de um rápido encontro, irresponsável, assustado e vazio que sempre ouviu dizer que se chamava amor.

Foto de Ivone Boechat

Liberdade

A liberdade não é um pássaro voando no azul do infinito, sem destino, sem consciência: ser livre é ser infinito em cada destino, é saber porque e para que voar naquela direção.

A liberdade propõe autonomia e habilita a sair das cavernas para abrir os olhos e ver as próprias oportunidades. A pessoa livre não depende, compartilha, não estende a mão para receber, sem trabalhar, porque é um ser inteligente capaz de superar, avançar, aprender, produzir. A liberdade é a mãe da igualdade: ela não sustenta a pobreza, ela socorre na fome emergencial, mas ensina seus filhos a pescar.

A liberdade mobiliza, não paralisa. Ela inclui. Jamais exclui alguém pela raça, pela camada social, pela etnia, pela fé que professa, pelo pensamento político/ideológico. A liberdade põe de pé, dá energia para concorrer e vencer, chegar junto, sem deixar pessoas clamando na beira do caminho eternamente.

A liberdade não censura, não se desculpa, não discrimina, ela ensina o discurso e a postura dos iguais perante a lei e canta junto o hino cívico, sem interferência de apartheid. A liberdade é o espelho onde se mira a responsabilidade.

A liberdade é atributo do ser humano. Ela não aceita máscara, mentira, submissão, nem tem medo da verdade, porque só a verdade liberta.

Ser livre é não estar comprometido com nenhum tipo de constrangimento e nem estar carimbado por siglas que reduzem a velocidade no caminho da paz. Para ser livre há sacrifícios e não guerra!

Ser livre não é impor conceitos, filosofia, ideologia, religião, política. Ser livre é ter sabedoria para viver a verdade sem atropelar o tempo e o espaço, no limite do outro. Quem impõe não sabe o que é liberdade. Quem apoia a servidão, a escravidão, o sequestro de ideias ou se regozija com a prática de manter pessoas reféns de qualquer projeto político, tem discurso provisório e frágil de liberdade. Finge-se libertador.

"...Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda..." Cecília Meirelles.

Ivone Boechat

Publicado no livro Por uma Escola Humana, pág.141-Ed. Freitas Bastos, RJ 1987

Foto de Fernanda Queiroz

Fugindo de mim

A paisagem passa depressa
Patas velozes rasgam o caminho como flecha
Diminuindo a distância entre mim e o mundo
Meu corpo se eleva em ritmado balanço
Pés firmes desprovidos de açoite
Mãos apertadas junto ao cabresto livre
Desprovido de freios
Ganhando liberdade
Correndo para o mundo
Ou do mundo fugindo
Correndo contra o tempo
Ou do tempo fugindo
Fugindo de mim
Ou do que restou de mim
Apenas vultos em minha paisagem
Cores se confundem
Cinzentas se agitam ou gritam
Como se tivesse vozes na cor
Como se entendesse de dor
A velocidade aumenta
Voar é minha meta
Mais depressa
Tenho pressa de chegar
Mesmo que seja o abismo
Meu destino certo
Onde tudo é incerto
O ar que foi brisa
Tornou-se vento
Que mesmo em tormento
Calça-me de coragem
Tira a dor de minha bagagem
Preciso continuar
Fugindo de mim
Ou do você que existe em mim
Do meu passado presente
Ou do meu presente passado
Do meu vazio intenso
Onde transborda solidão
Apenas por um momento
Senti a sensação
Que seguravas em minha mão
Mas eram as rédeas do destino
Que se encarregou de atá-las
Que fecundas como as marcas
Batentes cravadas no solo
Impõe-me o peso real
Da realidade mortal.
Eu não posso voar.....

Fernanda Queiroz
Direitoa Autorais reservados

Foto de Paulo Gondim

Amor

Amor
Paulo Gondim
06/12/2014

Entre crenças e filosofia
O que se passa à noite e morre com o dia
As pessoas ainda se perdem na vida
No rito canibal milenar
Entre o viver e o amar

Amor não é só querer, só gostar
Amar é se doar, não é só aceitar
Amor é algo mais completo
Transcende nossa vontade
Nos completa e nos faz forte
Amor não é apenas sorte

Amar requer mais que vontade
Requer tato e cumplicidade
Não tem amarras, mas liberdade
Amor não quer desculpas, mas ação
E todo amor se cansa de tanto perdão

Foto de Wilson Numa

Liberdade

Liberdade para alguns é deixar de servir a outrem
Outros dizem que é voar como as aves
Liberdade para mim é exprimir o que lhe atormenta o coração e lhe aleija a alma
Ser livre é ser capaz de perdoar, ajudar e sorrir
Com a família e os amigos
Porque não há liberdade quando se é solitário

Foto de André Luiago

TEMPO DE VIVER( ANDRÉ LUIZ DE AGOSTINHO E EDMAR DE AGOSTINHO) ANDRÉ LUIAGO/BRASA

Tempo de viver
André Luiz de Agostinho e Edmar de Agostinho (André Luiago e Brasa)

EM TODOS OS MOMENTOS VOU VIVENDO
CAMINHANDO PASSO A PASSO A CADA VEZ
REDESCOBRIR MINHA CANÇÃO NO VENTO
UM POETA QUE REVELA O QUE SE FEZ

VIAJAR SEM MEDO DA SAUDADE
REVIVER OS TEMPOS QUE SE FORAM SEMPRE MAIS
E CANTAR A NOSSA LIBERDADE
PRA DEPOIS ADORMECER NA PAZ

É COMO O ACORDAR DE UM GRANDE MEDO
E SENTIR QUE O HORIZONTE É LOGO ALI
DESBRAVAR COM CALMA UM NOVO TEMPO
NOVO TEMPO PRA VIVER E SER FELIZ

VIAJAR SEM MEDO DA SAUDADE
REVIVER OS TEMPOS QUE SE FORAM SEMPRE MAIS
E CANTAR A NOSSA LIBERDADE
PRA DEPOIS ADORMECER NA PAZ

Foto de André Luiago

TEMPO DE VIVER( ANDRÉ LUIZ DE AGOSTINHO E EDMAR DE AGOSTINHO) ANDRÉ LUIAGO/BRASA

Tempo de viver
André Luiz de Agostinho e Edmar de Agostinho (André Luiago e Brasa)

EM TODOS OS MOMENTOS VOU VIVENDO
CAMINHANDO PASSO A PASSO A CADA VEZ
REDESCOBRIR MINHA CANÇÃO NO VENTO
UM POETA QUE REVELA O QUE SE FEZ

VIAJAR SEM MEDO DA SAUDADE
REVIVER OS TEMPOS QUE SE FORAM SEMPRE MAIS
E CANTAR A NOSSA LIBERDADE
PRA DEPOIS ADORMECER NA PAZ

É COMO O ACORDAR DE UM GRANDE MEDO
E SENTIR QUE O HORIZONTE É LOGO ALI
DESBRAVAR COM CALMA UM NOVO TEMPO
NOVO TEMPO PRA VIVER E SER FELIZ

VIAJAR SEM MEDO DA SAUDADE
REVIVER OS TEMPOS QUE SE FORAM SEMPRE MAIS
E CANTAR A NOSSA LIBERDADE
PRA DEPOIS ADORMECER NA PAZ

Foto de elcio josé de moraes

AMOR NÃO É GAIOLA

Amor não é um sentimento de posse,
Aposte!
Pois não há quem prenda a quem goste.
Muito pelo contrário,
Deixa a pessoa em liberdade,
Pois bem sabe,
Que no amor há cumplicidade,
E que só este amor é que os completa de verdade.

Elciomoraes

Foto de natalia_m

Amor e solidão

Ah amor, sentimento que me fazia esquecer o mundo,
E que mais tarde fez o mundo me esquecer,
Que me fez cair no buraco mais profundo,
De tristeza, solidão e me fez sofrer.

Se o meu pertence a ela, como posso ser feliz?
Se a vida me abandona, como não negar a Morte?
Essa dor que sinto agora, não me acaba por um triz,
E o coração, na balança do tanto faz, escolhe a sorte.

Eu aceitei com todas as forças as condições de lhe amar,
Mesmo sabendo que mais tarde isso me machucaria,
E encarei todas as maldades que me fizeram afastar,
Da verdade da solidão, que meu coração um dia cederia.

E como o tempo sempre demonstra-se inimigo,
De todas as almas que desejam encontrar o Amor,
Procuro então, em algum espaço do coração, um abrigo,
Que me acolha de todas as iras, de toda dor.

Seu amor é o cativeiro que me mantém presa,
É a escuridão que me dá segurança ao não ver,
É a dor que consegue eliminar toda e qualquer tristeza,
É a liberdade jogada fora, por querer lhe ter.

É estar certa com todas as incertezas,
É a vontade de querer não fazer nada,
É o ânimo encontrado nas tristezas,
É o estar bem por poder ser amada.

É a esperança que encontro quando não espero mais nada,
É a luz que encontro em anos de cegueira,
É como se depois do deserto, encontrasse a primeira estrada,
É depois de perder, me sentir uma guerreira.

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