Liberdade

Foto de paulobocaslobito

Às cinco da manhã

Às cinco da manhã
Espiando o mar...
Não encontro nada
Senão a fraca figura da liberdade.

É a hora da madrugada,
Que se esconde
Nos mármores frios
Das escadarias dos edificios...

Na ângustia vertida
Da noite,
Onde tudo repousa;
"Morrentes", nas últimas estrelas
De um céu abandonado.

É a hora dos frios,
Libertos da morte
No horror de mais uma finda noite.

...Tinha-me esquecido da noite!
...Tinha-me esquecido das horas!

Espiando o mar: são cinco da madrugada.
A noite banha a cidade
E os poetas, são os seus seios...

Olho-te perdido ao mar,
Nas ondas que se espumam
Aos meus pés, em banho.

Não me esqueço,
Não te esqueço...
Porque havia em ti paz.

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Apaixonado em loucura!!!

Por quem me tomaste
Lua menina e bela?!
Por acaso julgaste-me
Ser eu mais um comandante
Ou um arrebatador de donzelas?!
Julgaste-me, quando queria só
E apenas falar-te.

Eu sou um homem-poeta,
Quase um super-homem
Quase um homem-aranha!

Eu sou aquele que não viste
Sou quem não tens.
Adoro escrever-te e escrevinhar,
E não quero o coração dos outros roubar
Tão pouco deles conquistar...
Por serem doutros, d´alguém.

Perdão!
Se, mal me fiz passar
Perdão!
Não foi para te magoar.
Perdão!
Eu só te queria falar.

Na vida, vale mais a amizade
Que um amor enganado.
... Onde andam muitos a habitar.

Na vida em luta sempre constante
E concorrida,
Não tenho o dom de saber
E muito gostava de poder querer.

Sou um mistério...
Torno-me a desculpar,
Pois só a ti sei escrever;
... Não te queria magoar,
E depois, e depois...
.............................
Não sei quais os olhos com que me vês.

Quem escreve não é infiel,
E o papel é o meu melhor amigo
Nele digo os meus sentimentos,
Nele sonho e sorrio,
Nele sou tu...
Pois não tenho mais ninguém
E odeio a mim querer!

Só te queria falar,
Sem ter de te enganar
Por não me saber muito expressar.

Juro, este é o meu último poema,
Depois... depois quem sabe: morrerei.
Morrerei no mundo que conheço,
No mundo em que habito: o silêncio!

O silêncio,
Onde basta o teu olhar
Para me despertar,
E é bom de viver.

Pobre sinto-me
De ti culpado e envergonhado;
Já não sei se hei de me julgar
Ou disfarçar e de ti fugir.

Sou puro, selvagem, lírico e inocente,
Sou da lua
A mesma e sempre a velha madrugada.
Sou o coração do filho
E a carne do santo,
Do espírito e do amém.
Sou o olhar brotante
Das sereias desacordadas
Que me castigam;
Eu homem...
Um ser ignorante,
Fruto do pensamento,
Fruto da terra,
Fruto da carne.

Sou a vida debatendo-se numa imensa avalanche,
Descendo aos trambolhões pela montanha
Numa viagem de amor puro
Languescida como uma múmia
De poesia.
Onde os teus olhos
Me fitam
Cobertos de ligaduras,
Para não te envergonhares
E ocultarem...
Os meus
Dos teus.

Em minhas mãos o orvalho do teu nome
Soa sereno sobre um céu de Maio
E nas estrelas
Estacadas do teu perfume
O teu corpo brinda-me desfolhado,
O amor sagrado
Do teu ventre de música sangrenta.

Então; estaria triste
Entre as flores virgens
Ausente...
Ao ver os teus seios desabrochados
E palpitantes,
Agoniados de dor
Nas lágrimas de um anjo.

E os teus lábios cantantes
Como braços frágeis
Fremeriam nos teus cabelos soltos
Dançando...

A tua nudez é perfeita
No fogo do céu
E és tu a minha fonte,
O meu pensamento.

Tu és a forma do rosto
No meu peito transfigurado,
Embalado pelas harpas,
Às quatro da madrugada.

Tu és o rosto da ângustia
Que se veste de branco
Nas trevas dos anjos acordados
Sonâmbulos e libertos
Da estéril agonia
Imutável ante o meu olhar.

... Os teus seios tumulos,
Teu ventre um sarcófago;
Que horror!

Silencio!

Silencio!

Coração despojado
Dormente entre as flores.
Braços insensíveis,
Orquídeas parasitas.

Não há lamentação
Só há vaidade,
Plantas carnivoras,
Que no meu corpo gelado
Correm as lágrimas dos meus olhos
Em alucinante fuga
Para o desconhecido.

Pára!

Pára meu amor!
Pára por favor!
Amo-te tanto!!!
És tão bonita...
Ó a minha namora é linda
Tem olhos como besourinhos do céu
Tem olhos lindos como beijos de mel,
É tão bonita!

Tem o cabelo fino
E um passinho pequenino
Boca de jackpot
E morre de amores por mim.
É doce
A minha namorada!

A minha namorada,
Anda sobre o coração de Deus,
E só Deus a escuta andar.

Tem cabelos castanhos
Mãos de seda
E é louca por mim.

Tem lábios de pitanga
Um rosto menino
E o seu dorso é um campo de rosas.

Tem a boca fresca e macia
Mil cores no cabelo,
E os seus pelos são relva amena e boa.

Seus braços são cisnes
Sua voz a ventania,
O seu nome estremece o meu corpo
De perfumados odores,
Que me beijam em versos
Num amor de cobras;
Única entre todas...
Tão bela!

No seu colo
O meu choro desce serenamente,
Para se embebedar no seu sexo,
Que confuso me contém
E, de onde não me posso esconder;
E, não é um sonho!

Tem pudor,
É luz e cantiga e esplendor.
Meu anjo mendigo,
Minha namorada.

Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...
Preto-branco...

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça brancura de louça
Negra do meu ventre puro.
Moça joga entreaberta e nua,
Eu sou a triste noite sem lua.

Sombras decapitado
Entre os campos,
Cadavér que não se enterrou,
Lua se consumiu.

Mar rugente e forte
Vertigem da morte.
Oh, em busca de um amante,
Oh, anti-deusa!

Quem me dera nunca te ter amado,
De certo morreria mais feliz.

Moça carne cor de rosa
Verde jovem, formosa.
Moça dos céus vinda pelo espaço,
Moça; uma bomba atómica!

Moça branca...
Via lactea...
Nua, ante o brilho dos meus dentes.

Moça errante...
Cheiro de pimenta,
Cabeça no meu ombro.

Moça seios de arame
Que ostenta reclamando uma salada mista.
Moça um copo de sumo de tomate,
Meias de nylon
Andar de rumba
E uma colt quarenta e cinco.

Moça pernas entre as minhas,
Mil à hora por minuto.
Moça chifon
Pele de ganso
Channel e cartier.

Moça mercedes-benz
Sais de frutos
Moet e comida italiana.

Moça sapatos mocassim
Suéter elástico, e uma orquídea assexuada.
Moça coca-cola gelada,
Moça cheiro lilás.

O teu rosto lembra-me um templo...
Oh ângustia desvairada.
Amo-te como amigo
Numa diversa realidade,
Amo-te como amante
E com liberdade,
Com desejo maciço e permanente.

E de te amar assim tanto
É que em teu corpo de repente,
Hei de morrer por te amar mais do que pude.

Paulo Martins

Foto de Heli de Abreu

Luana

Minha mente está vazia
se sente como árvore sem fruto
não sabe ao menos se pensar
é seu atributo

Minha mente está presa
se sente cativa sem escapamento
não sabe ao menos se liberdade
é seu merecimento

Minha mente está louca
se sente débil sem sanidade
não sabe ao menos se ser cônscio
é sua faculdade

Minha mente está confusa
se sente vazia, presa e louca
não sabe ao menos se a razão
foi ter beijado a tua boca

Foto de sonhos1803

Viver

Vou viver,
Na promessa que te faço,
Na pressa, de pairar,
Nos olhos de uma ave,
Vou conhecer,
Escapar,
Voar,
Sob teus braços,
Sem ter laços,
Construir,
Meu ninho,
No berço do mundo,
Respirar esse ar puro,
Cheio de promessas,
Ater-me,
No bater das assas,
Na liberdade,
Na minha própria verdade,
Um querer, Pulsante,
Um vôo rasante,
Sob a dor do mundo,
Desbravar,
Abafar,
A vontade de viver.

Foto de Rolizey

Engano

E dizem que a escravidão acabou! Não sabem do meu sentimento de amor que coagido a viver acorrentado a falsidade, me assolou o viver no dissabor de uma vida medíocre, tornando-me escrava da mentira, mentira que ceifou-me a juventude alegre, transformando-me num ser propício as tristezas de uma vida idosa; As correntes que me ferem o punho do caráter sombrio estão enferrujadas pelo tempo, o tempo de velho tornou-se fraco e obsoleto não me dando condições dignas de liberdade, hoje, aspiro na misericórdia divina o rejuvenescer do meu tempo, a autonomia dos meus dias e a eleição de um amor passível de entrega mútua.

Foto de Rolizey

Liberdade Condicional

Busco na insensatez dos meus dias por motivo real que me estimule a alma no desejo de melhores condições emocionais, a fim de decifrar e resolver complicações interiores que me ferem no mais profundo da essência, e sentindo a existencia profana presa por um fio, tento soltar as cordas do destino que me enforcam os desejos mais íntimos de liberdade, liberdade da escravatura emocional, e exigindo a alforria de minha vida, que presa nas correntes de conceitos alheios impedem através de coação cerebral, o direito de destinar o que somente a mim compete solução, deixo-me levar por uma vida insatisfeita dotada de tristezas constantes, que me fazem adormecer em violento estupor, e através da chibata do senhor do meu destino, perco a oportunidade de libertar-me do cativeiro emocional, adquirindo apenas, uma liberdade condicional.

Foto de Rolizey

Nos Braços do Amor

Saboreia-me o amor que guardo de ti, e faz-me romper em profundos soluços de contentamentos múltiplos que são causados por sua sabedoria na arte de amar, e deixe que te ame com total liberdade e sem vergonha, e depois de toda a exaltação de amor que mesclados com o suor de nosso cansaço, descansemos um nos braços do outro e ambos nos braços do amor.

Foto de Dionisio Dinis

Até sempre

E calma e tranquila
saíste em elegante retirada,
detentora da absoluta liberdade
vais em contínua busca,
e eu, até sempre te verei
decisora de todos os actos,
rainha, imperatriz e deusa
dona da vida.

Dionísio Dinis

Foto de Crys

Mais um dia se passou...

Mais um dia se passo... E eu aqui estou!
Tentando encontrar em seus olhos,
o sossego para o meu tormento.
Quase não agüento, de tanto que penso, em como vou te conquistar...
É ai que lembro que ninguém é obrigado a amar.
Meu coração esvazia, chorando tanto noite dia,
buscando solução pra acabar com a solidão.
Mais que coração cruel! Não agrada nem quem é fiel.
Que deixa sofrer de amor aquele que não merece,
que mata de tristeza quem tanto enaltece, um sentimento de amor,
que o deixa ser acabado, assim como um lápis de cor, que muito foi usado logo depois descartado.

Mais um dia se passou...
E tentamos buscar explicação, nas coisas estranhas que acontecem com o coração.
Que nos mata de contentamento, e ao mesmo tempo nos enche de tormento.
Que nos faz sorrir mesmo na mais profunda dor, sem esperanças de amor.
Deixando tonto, vazio e transparente, o coração de quem é pego de repente.
E no fundo da escuridão, por menor que seja a paixão, você nunca quer dizer não.
E busca uma felicidade oculta, que nem mil pessoas ao seu redor, vai te fazer sentir-se melhor.

Mais um dia se passou...
E o seu grande e profundo amor você buscou.
Contentou-se com o que tinha, e passou a viver uma vida pequena e vazia.
Seus sorrisos se afastaram, e logo as lágrimas a tomaram.
E viu que seu mundo era pequeno, que era vazio e sereno,
nunca iria mudar, pois chance a um outro alguém, não queria dar.
E o medo do amor passou a te rodear, pois seus sonhos e desejos, de lado quis deixar.

E o tempo passou...
E um belo dia acordou,
descobriu a beleza da vida, o sabor da liberdade vivida, e a expressão do livre amor.
E no suave acorde da melodia, a letra da canção dizia:
"Que pra viver um grande amor, não se busca raça ou cor, que o verdadeiro amor vem no vento, nos mata de contentamento, por tanta carinho nos da.
E ensina a verdadeira história de como se deve amar".

Foto de Dionisio Dinis

Caminhares

Vai amor
segue livre o teu curso,
vai como rio sem margens
em plena e infinita liberdade.
Faz do teu caminho
o percurso puro, absoluto
das transparências imaginadas,
dos navegares sem naus
em incessante busca
do complexo lugar,
onde esperança e desalento coexistem,
onde o amor espera o resgate derradeiro.

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