Linhas

Foto de Alexandre Montalvan

Amor de Menino

Quando a chama enfraquece
E nem sol já nos aquece
Este tempo é tão serelepe
Quer mais que eu me estrepe

Mas as linhas do destino
Traçam letras traiçoeiras
E parece brincadeira
Eu voltei a ser menino

Quando olhei o teu olhar
E senti o teu aroma
Ao ouvir a tua voz, eu tive um treco,
E que treco, quase morro por amar

Que amor alucinado, eu voltei a ser danado
E agora to pensando em me casar.
Tão feliz eu fui andando
Com este amor dentro do crânio
E pro meu desengano
Fui atravessar a rua e veio um bus
E f. . .

Alexandre

Foto de Marilene Anacleto

O Amor Que Foi Embora

Se é que viemos de Deus e vamos voltar para Deus,
Isso vai demorar um pouco.

Tenho tanto a aprender, tenho tanto para ensinar,
É melhor deixar fluir.

Então preciso amar, sorrir, bendizer, cantar,
Tudo que chega a mim.

O sorriso que concorda, o não positivo em certa hora,
Aceitação pela vida afora.

Aos amores correspondidos, agarro-me de corpo e alma.
Seguimos, assim, de mãos dadas, bem grudadas, palma a palma.

E dançamos borboletas, e explodimos em pólen.
Dormimos quando acordamos, acordamos enquanto se dorme.

Amores por toda parte, sem vergonha, sem disfarce,
Até que a empatia acabe.

Tudo é certo. Não há linhas tortas. O olhar enviesado entorta
O que Deus escreveu de bom.

E o amor que foi embora, e deixou-me em transtorno,
Pensando ser a pior,

Saiu da minha vida bem na hora em que Deus me enviou
O, hoje, meu grande amor.

Foto de wenderson amaral

Quem sou eu?!

Um homem em construção, vítima de um novo teorema, um objeto fraco e extraordinariamente incompativel com as novas linhas escritas pelos dedos do tempo, no livro da vida apenas mais uma exclamação entre parenteses. Infindavel oração que se constitui pelos esquadros clínicos do arquiteto divino e não tão obstante, uma lembrança efemera de paixões corriqueiras e incendiantes. Uma poesia concreta lamentando por lágrimas risonhas que se proliferam nas casas alheias. Um grito de lamentação em salmos romanticos e mundos epicentrais. Uma interrogação onisciente e virginalmente competente. Um sobro de alivio de ectoplasma penalmente indiciado e não culpado. Uma dor nos inimigos da HP por desilusão precoce de infelicidade constante e programada. Eu não sei quem sou, estou me descobrindo, estou me escrevendo, estou reconstruindo os pilares em Roma destruido e em mascaras escondido. Sou apenas mais um louco sem ideia concreta, mas apaixonadamente abatido e contemplado para um tempo onde as dores da alma geram poesias abstratas e paradoxalmente felizes!

Disponível em: http://poemaescuro.blogspot.com

Foto de Carmen Lúcia

Sonhos de todos os tempos

Pensei que seria fácil realizar os sonhos,
que em cada fase da vida iriam desabrochar
com a mesma intensidade em cada uma...
bastava a vida me chamar...

Sonhos de criança, uma brincadeira,
era só sonhar e correr atrás...
alcançar um a um , torná-los realidade
como se fossem balões de gás
presos com cuidado num barbante
seguros em cada mão
pra que não seguissem adiante
levando a infância inflada de ilusão.

Adolescência, sonhos de amor...
Alguns se enroscam em galhos secos,
outros se perdem na roda do tempo
que o próprio tempo se incumbe de engolir;
os que restam, vestem lágrimas e alegria
ultrapassam a emoção do amor primeiro,
titubeiam entre chorar e rir, fazem estripulias
e escrevem as primeiras linhas do amor verdadeiro.

E os sonhos vão se esvaindo com o passar do tempo,
tornam-se esmiuçados, capítulos mais aprofundados
de um livro onde o epílogo aguarda, amarelado...
Revelam a realidade, fazem-nos compreender
que os segredos guardados nos sonhos de outrora
perdem o viço e o encantamento, agora...
mostram que tudo tem seu tempo;
o de sonhar voando nas asas da ilusão
e o de sonhar sem retirar os pés do chão.

_Carmen Lúcia_

Foto de Rosamares da Maia

PAS-DE-DEUX

PAS-DE-DEUX
No espelho desafia-me a bailarina,
Suavemente rodopia, faz piruetas,
Seu olhar é terno, mas forte, arguto,
Contrastando os movimentos em rodopios
Questiona a minha existência - Olho no olho!
Assim, o dialogo é vigoroso, mas virtual.
Dizemos coisas mais próprias do sentir,
Mas ao paladar, ao ouvir e meditar.
Ela desliza, faz movimentos que eu não ousaria.
Nosso Pás-de-deux é quase mortal.
Eu concretamente vivo, mas toco o surreal.
Ela rodopia - graça e leveza. A certeza de bailar.
Eu caustico vislumbro realidades – o dia a dia.
Mostra-se no espelho, acompanha-me nas sombras.
Dança a melodia na chama flamejante d’alma.
- Eu danço conforme a música permite.
A imagem refletida baila, por motivo comum,
Companheira inevitável da mesma história.
Ela, prisioneira do melhor dos meus sentidos,
Reflexos do meu olhar que escapa do espelho.
Altiva, em estudada harmonia revida o desafio.

- Quem é a prisioneira de quem?

No espelho revelam-se os preconceitos.
Vem! Estendes a mão, instigas.
Fecho os olhos e mergulho profundo.
Ao emergir deixo os conceitos e amarguras
Do fundo da alma trago o espelho.
E transformo em música, traços, passos de bailarina,
Toda a alma, a minha e a tua, em versos,
Refletidas e tracejadas nas letras destas linhas.

Rosamares da Maia - 10.03.2011

Foto de josimar-almeida

Sentimento escondido

Depois de uma exuberante chuva
Resolvo ligar o rádio e ouvir uma canção
De repente palavras surgem à mente
O ambiente se transforma em fonte de inspiração.
Talvez fiz este clima aparecer de propósito
Lembrei da minha amiga, lembrei de você
Este anjo que estava sob uma máscara preta
E não deixavas seu lindo brilho aparecer
Submeteu-se a vários episódios obscuros
Amor ou ilusão?
Numa prosa descontraída e de belas surpresas
Me dissestes que foi uma grande ilusão
Falei que concordavas com ti
Pois não existe amor com possessão
Podemos ser propriedade exclusiva só de Deus
Amar é ser cúmplice, é ultrapassar a paixão
Amar para este pobre poeta
É saber enxergar a perfeição da natureza
O alvorecer dos pássaros, a lua, as estrelas
É saber enxergar no sorriso da criança a sua beleza
É dar-se, entregar-se completamente
Fazendo o sonho de ambos tornarem realidade
Sei que tu sabes o que é o amor
E é por isso que desejo que pereças na felicidade
Resolvi não rabiscar mais sobre este passado
Bastou voltar-te ao que eras
Para me mostrar o quanto és doce
Porque até pouco tempo era sem querer uma megera
Chamei-te muitas vezes de chata
Retiro este adjetivo, e hoje posso te chamar
De meiga, fofinha, simpática
Enfim, pelo resgate de sua amizade
Serei eternamente uma pessoa grata
Não me chames de careta
Faço da minha alma, singelas poesias
Que talvez para você não tenha significados
Mas elas conseguem deixar meu coração com alegria
Nunca mais deixe alguém apagar seu brilho
Você és linda e está cheia de amor
Estarei sempre na arquibancada da vida
Vibrando com sua vitórias, sendo sempre seu torcedor
Dou fim a estas linhas
Com muito carinho e satisfação
Falar um pouquinho de você me trouxe
Doçura, encantamento, alegria no coração
Boa noite!Durmamos com Deus e...

Foto de Carmen Lúcia

Lamento

Lamento pelo inconcebível,
pelo incabível,
pelo que poderia ser e não foi...
pelo que foi e não se pôde mudar...
Pelo desamor,
pelo botão de flor,
pelo não desabrochar...

Lamento a inocência perdida,
imagem denegrida
arremessada, distorcida,
cotidiano da vida...
Lamento pelo vandalismo,
pelo desprezível e insano
cenário de desafeto humano.

Lamento pela fome doída,
pegadas de idas e vindas
buscando um lugar ao sol...
Pelas palavras prometidas,
mal ditas, não cumpridas,
perdendo-se pelo arrebol.

Lamento a alma desprovida,
o descaso pela vida
e todo poder abusivo.
Lamento a lágrima rolada
e o coração corroído
da mãe pelo filho querido...
Lamento o filho nas mãos do bandido.

Lamento a existência atribulada,
o amanhã dilacerado,
o nascer inopinado,
o querer e nada ser ...
A indiferença no olhar, que jaz,
o curvar-se ao onipotente...
Viver ou morrer?Tanto faz!

Lamento minha impotência,
procedimento estático
de nada poder transformar...
E em linhas mal traçadas
esboço, derrotada,
meu triste lamentar...

_Carmen Lúcia_

Foto de Edilson.RL

Talvez

Talvez exista um mundo melhor,
Talvez exista uma outra Terra...
Um outro eu.

Talvez nada seja real,
Talvez tudo seja como as estrelas
Que longe de serem observadas,
Obedecem as civilizações.

Talvez o mundo se cale
Com as descobertas que virão,
Pois, as respostas para tudo
Podem estar num simples fio de cabelo.

Talvez tudo seja parte de um espelho
Que domina todos angulos
E que se duplica a cada fase,
A cada civilização.

Talvez a eternidade tenha um fim
E um recomeço..

Talvez meu outro eu
Seja uma ilusão,
Uma sensação que fica e dói
Por não saber de onde vem

Talvez seja eu a ilusão
Que sente a dor
Num simples fio de cabelo.

Talvez tudo que eu faça
Não me leva a absolutamente nada.

Mas se o nada não existe...
Bom, talvez tenha surgido
Junto à eternidade

Talvez nem a eternidade seja real
Nem as linhas que aqui se encontram
Nem o nada,
Nem o talvez... talvez.

Meu Blog: http://edilson-ladopoetico.blogspot.com/

Foto de Fernando ARC

O destino

O destino, não é como deveria ser,
paginas escritas das coisas que vais viver.
Como um livro guia em que tudo deverias seguir,
o destino é uma vénia á vida,
algo que nem sempre podes contradiar,
a palavra destino só por si já tem "condenação",
por vezes são coisa boas, outras nem por isso.
Acredito no destino e na parte que me cabe concretizar,
procuro as melhores linhas para esse livro poder acabar.

Foto de Adriana Queiroz

O Livro da Nossa Vida...

Somo nós quem escrevemos cada pagina,
Colocamos os personagens que desejamos,
Excluímos as pessoas indesejáveis,
Adicionamos novos caminhos a seguir
Desabafamos nas linhas que escrevemos,
Podemos chorar sem sermos questionadas,
Somos ouvidas sem sermos julgadas,
Contamos nossos maiores segredos,
Amamos em silêncio alguém especial,
Odiamos quem nos magoa,
E assim vamos trasando nosso caminho
Escolhendo como viver cada dia,
Fazendo acontecer nossos desejos e sonhos
Caminhando com quem queremos ao nosso lado,
Mas, nem sempre conseguimos ter esse alguém
Então, rasgamos essa pagina do nosso livro
E começamos uma nova história,
Escolhendo outro personagem para compartilhar nossa vida,
Ao reler certas paginas choramos de saudades das alegrias e das tristezas,
Dos erros cometidos de um amor perdido ou do medo que não nos deixou trilhar outro caminho,

Hoje, tenho escrito as paginas da minha vida com lápis, pois amanhã poderei apagar aquilo que não me fez bem e que não vou querer mais lembrar.

Nas novas paginas estará, quem eu amo e me ama, quem me respeita e a quem sou leal, serão meus amigos do dia-a-dia, amigos virtuais, familiares e os amores passados os quais deixaram saudades construtivas.

Algumas paginas deixarei em branco que será,
Para começar escrever a nossa história e essa será escrita com tinteiro. Em letras escritas com amor, sem lágrimas ou inverdades....

Autora:Adriana Queiroz
http://cantinhodaadria.blogspot.com/2011/10/o-livro-da-nossa-vida.html

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