Lixo

Foto de pttuii

A velha

Bombas de sala,
Em casa de Lambada,
Tudo às claras,
Com o sussurro a escorrer,
Em paredes que falam,
E dizem-se metálicas.....

Com o lixo prolífero
onde dança o gato que fala,
A fungar o que sobra,
O que está em monte,
Pernas de rã,
Bigodes de rato,
Merda de homem,....

A velha que varre,
De varizes que sangram,
Ela tem bigode,
Porque o homem dela já se foi,
Menos um,
Menos merda,
Para varrer,...

O sol nasce duro,
Preso de movimentos,
Traque um,
Dois traques,
Contorce-se o penso,
A boiar na pia,....

Com António de Oliveira,
Dançam as sopas,
O cavalo morre de cansaço,

E a velha dorme,
Menos pernas, dois braços,
Mamas caídas,
Nos joelhos.....

Foto de Osmar Fernandes

Homem do lixo

Misturado aos urubus, esconde seu rosto, seu nome.
Briga por cada saco de lixo em busca de pão.
É a lei do mais forte para não morrer de fome.
A espécie demarca seu território como um cão.

Despe-se de sua imagem...
Assim, é o planeta dos mendigos!
Marca registrada do capitalismo selvagem.
A humilhação se estampa na face dos meninos.

O homem triste, do lixo,
Tem alma... é um ser-humano.
Vive como um bicho!
Vegeta nesse mundo desumano.

Nesse lugar, a Pátria apagou sua luz.
Falta o cumprimento constitucional.
Ali, cada um faz a sua lei, carrega a sua cruz.
É a fotografia da política social.

Prof. Osmar Soares Fernandes - autor
Respeite o direito autoral

Foto de Anderson Maciel

VOCÊ

sentimentos continentais
que vinheram aqui e se tornaram banais
essas coisas que me fazem dizer você
falar de você
quando estava la no meu cantinho do quarto
você apareceu la
fiquei pensando quando você foi embora sem ao menos comigo falar
você apenas apareceu e sumil
mais agora depois de tempos você volta
e eu fico a observar ó você como eu queria a você
minha vida ta um lixo
ta um petisco
onde quem quiser pode comer
mais você la a me olhar
sempre com aquele divino olhar
ó você linda você
quando tava a recitar
minha imaginação pensou em você
meu corpo almejava você
e minha vida queria você
então fiz o poema
dei o meu dilema
de quanto era bom poder te amar
mesmo que não me ame ou não queira a verdade me falar
estou ca eu a nos sonhos com você estar
sonhos com você a você
quão lindo os teus olhos
brilhando sobre minha face
a você me faz delirar
com palavras lindas que me fazem pirar
a teu viver
é um viver lindo que chega a me dar prazer
fico a cada parte de ti todos os dias observar
e vejo que se não tiver você ó você na minha vida outra não terá
pois tou num caminho a proseguir
tou aqui a te amar
em pensamento
em alento
em coração
em sonhos que despertam a emoção
coisas que me fazem recitar
e para você Carol Oliveira poder falar que eu te amo. Anderson Poeta

Foto de Civana

Cacos


Cacos


Vivemos no luxo,
acumulando tralhas e traças,
meros prazeres materiais,
cacos de uma vida vazia.
Esquecemos dos sonhos,
dos valores reais da vida,
transformando
o fim da estrada
em lixo.

(Carla Ivana)


Poemeto de um "desafio de fotopoema", vejam como ficou editado na imagem.
http://img341.imageshack.us/img341/2569/fp10cacosai0.jpg

Bjos ;)

Foto de Zinara

Anjos Perdidos

Peças quebradas
Fantoches manipulados
Enganados, magoados

São Anjos perdidos?!

Solitários entre quatro cantos
Sem alegria, sem alma,
Inocentes sacrificados pela dor

São Anjos perdidos?!

São cenário de uma infância:
Carências, necessidades,
Desejos, sonhos, alegrias
Tudo como lixo

São Anjos Perdidos?!

Negros, Brancos: excluídos!
Gestos Trágicos,
Vitimas lesadas pela ignorância

São Anjos Perdidos?!

Tristes, pálidos, maltratados
Abandonados, caídos, esquecidos

São Anjos perdidos?!

Desconhecem a doçura do coração
A amizade incondicional
E o carinho silencioso

São Anjos Perdidos?!

Vitimas da sociedade injusta
Privados do mínimo
Destinos já traçados
Sem esperança alguma
Apenas duras, miseráveis rotinas
Nas ruas das lamentações

São Anjos Perdidos?!

A culpa é de quem?
Minha?
Tua?
Nossa?

Olhares cristalinos
Há espera de serem correspondidos
O peito já não sente
Não tem quem a alma aqueça

São Anjos Perdidos?!

Há Gritos constantes
Há pessoas indiferentes
Para quê, esconder?
Se ninguém te vê!
Anjo Perdido
Lembra-te das tuas asas e
Não dos teus pés descalços

São Palavras cansadas,
São sonhos quebrados
Chamam-se Anjos Perdidos

Vitimas da inconsciência do homem

Tristes raízes
Sem rosto, sem nome
Apenas Tristes Anjos Perdidos?!

28/Setembro 2008

Foto de Osmar Fernandes

Sou o menor abandonado

Sou o menor abandonado
Sou o abandonado.
O desprazer da sociedade.
O pequeno maltratado.
O complexo da autoridade.
Passo fome, frio...
Não tenho nome, nem tio.
Meu banquete é no latão do lixo.
Ninguém se importa comigo!
Sou o menor abandonado.

Sou o menor drogado...
O ser que nunca foi abençoado.
O sonâmbulo, a desgraça.
Aquele que pratica o mal.
Sou o “Menor...” o sem graça.
Aquele que perambula pela cidade.
O sem lei, o desleal...
O prostituto, o trombadinha,
O viciado da pracinha.

Sou o menor, o sem idade.
Sou o sem mãe, o sem pai.
Sou aquele que só cai.
O indigente, o sacrilégio.
Sou o sem colégio.
O resto e o desengano.
O que nasceu condenado...
Sou o sem planeta; o profano.
Sou o menor abandonado.

(respeite o direito autoral)

Foto de janaina barbara

O negro lado da noite

O negro lado da noite

Fazia frio. A madrugada era um breu... Tudo era calmo demais. A vida parecia parar por um instante. O negro lado da noite ocupava o lado vermelho do inferno... O mundo parecia ter parado no tempo e no espaço. O sonho adormecido tentava descansar na calçada do sofrimento. A lua se recolheu por algum motivo inexplicável.
O mendigo que não fechava os seus olhos, tremendo de frio, naquela cidade sem alma e sem governante, embrulhado feito “saco de lixo”, em papel velho de jornal, parecia um bicho arisco, estava atento a tudo e ao nada; com medo, e já sem motivação para viver vida.
Aquela rua parecia um cemitério de vivos desesperados. Era um após o outro. Crianças, velhos, jovens eram os esquecidos, os abandonados, os sem sortes, os sem abrigos, os sem vida.
De repente, o Negro lado da Noite, indaga aquele que não dormia os olhos, e diz:
- Por que você vive desse jeito,nessa miséria humana, não se envergonha?
- Vevo assim, purque num sei falá como dotor, num tenhu diproma.
- Mas isso não quer dizer nada. Tem muita gente que não é doutor, nem tem diploma e leva uma vida digna, tem família, tem casa, tem comida, tem Deus, enfim.
- O sinhô fala assim purque não veve aqui nesse mundo disgraçado... Já tivi tudo isso, mas esse Deus que o sinhô diz, pra mim num ixiste, moço. Tirou tudo de mim. Já tivi famia, já fui da roça, mas cansei. To pidindo pra morrer faz tempo, mas até a morte – essa disgraçada - num mi quer.
- O senhor está desiludido. Sua desilusão é mais mendiga que sua situação. Sua miséria está dentro do senhor. Quando se perde a vontade de lutar, de vencer, de querer viver; se ganha à desgraça por premiação, é a falência humana. Vira um trapo como o senhor.
- Num sei o que o sinhô qué dizê cum isso. Mais, a pior disgraça é ter a disgraça pra oiá. .. Vê um monti di disgraçados qui vevi du meu ladu, moço. Aqui devi sê o inferno. .. Oia lá! Aqueli bateu as botas, viro picolé. Ta cum sorti.
- Não. Não foi ele que bateu as botas... Vamos, Temos um dia todo nos esperando e uma noite infinita pra andarmos... Lá, você vai contar sua história e vai dá conta de seus dias vividos aqui. Vamos... Agora ninguém mais pode te ver, te ouvir ou te salvar.
E, assim, o Negro Lado da Noite cochilando, dormiu... Viajou. E a lua começou a mostrar a sua silhueta lentamente, como quem estava despreguiçando numa rede à luz de velas.

.

Foto de Carmen Lúcia

Faxina mental

Retiro da mente
pensamentos doentes,
com os quais divago
inutilmente...
deixando-os fluir
continuamente,
seguindo seus vincos
e rastros ...

Pensamentos vagos,
dormentes...
Lesando meu corpo...
Entorpecentes...
Pensamentos vazios
e contagiantes...
Refletidos na pele
agonizante,
marcada pelo comando da mente,
que devolve
tudo o que transborda
e transcende,
vomitando
o que permanece calado,
em estado latente...

Expurgo o que me faz mal
de minha mente, de meu ser...
pensamentos irracionais
obstruindo vasos arteriais...
Lixo mental,
letal...
E retomo a vida...
Renascida!

(Carmen Lúcia)

Foto de Osmar Fernandes

É muito fácil ser bandido, difícil mesmo, É ser gente!

É muito fácil ser bandido, difícil mesmo,

É ser gente!

O planeta está repleto do que não presta.

Muito corpo sem cabeça virou lixo.

Afinal, o que nos resta?

Tornar-nos um ermitão?

Ficarmos à mercê do inimigo?

Ovacionarmos esse mundo de trevas?

Ou combatermos essa tribo do cão?

É muito fácil ser bandido,

Difícil mesmo, é ser gente!

Difícil, é ir e vir contente.

Fácil é tropeçar e cair no buraco

Negro do abismo maldito.

Onde achar a saída é esperança quase morta.

Onde esse destino é uma chave sem porta...

Eu não consigo entender o prazer bandido.

Onde matar ou morrer é correr mais um risco.

Onde o sangue inocente não tem nenhum valor.

Não entendo esse mundo em vão!

Onde a falta de amor sufoca e sepulta um irmão.

Onde o homem torna-se um animal mesquinho...

Onde a falta de Igreja o transforma num deus de dor.

É sórdido não ter compromisso com a História.

Ficar esquecido numa cova como um cão sem dono.

Vegetar no mural do desengano.

Morrer sem deixar memória.

Anular sua alma e desistir de si mesmo;

é coisa de quem nunca teve berço.

É ter como selo a digital do erro...

É fácil pôr a culpa dos seus fracassos em alguém.

Difícil é ter vergonha na cara e enfrentar o problema.

É muito fácil mergulhar na lama!

Difícil, é ter a vontade de se livrar dessa sujeira;

De se libertar do inferno que é prisioneiro;

e limpar a alma do chiqueiro;

e acordar para sempre desse coma.

Foto de Osmar Fernandes

Pra onde vai o cãozinho morto?!

Para onde vai
o cãozinho morto?

Diante do sepulcro
do cãozinho no horto,
somente o sujeito pulcro
chorava o amigo morto.

Estava agonizado diante do adeus.
O cachorrinho se chamava Compadre.
Zé cadela era humilde, plebeu.
Não se conformava com a ausência de um padre.

Triste e encabulado,
começou a pensar:
“Cachorro tem alma?!
P’ra onde ela vai?”

Aquilo roeu seu juízo...
Entregou-o a São Francisco de Assis.
O cão não era de guarda, nem tinha pedigree.
Era apenas seu melhor amigo.

Muita gente joga o seu no lixo.
Não tem coração, nem sentimento.
Nem todo mundo é como o Zé,
que tem amor, amizade; fé.

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