Longe

Foto de sergio carille

te vi e não te encontrei

No profundo mar escuro
ouço voce me chamando
tento ir ao teu encontro
tento chegar perto de ti
vou correndo em tua direção
chego perto
mas nunca o suficiente pra te tocar
chego longe de voce,
quando penso estar perto,
te olho pelas montanhas
te enxergo na multidão
mas nunca sinto voce
na luz do dia
corro novamente ao teu encontro
chego novemente até voce
só hoje percebi o quanto eu queria
mas não podia te ver
era o teu amor
era a tua vidaminhas lágrimas
lagrimas que correm como sangue das minhas veias
da minha alma adormece ao te ver
meus segredos são revelados pra ti ter
o mais perto que cheguei de voce
foi em um sonho
na imaginação
no raiar do dia
no escurecer da noite
sempre te perdi
sempre te procurei e nunca te achei
triste és minha alma sem ter voce
triste és meus dias sem ver voce

Foto de TrabisDeMentia

Quando eu morrer

Quando eu morrer...
Que seja sem aviso,
Que seja breve e bem longe de olhares.
Porque eu não quero ter que ouvir de alguém o tempo que me resta.
Um,
Dois,
Três meses para viver á pressa.
Não!
Que seja breve!
Não quero ter tempo para despedidas,
Telefonemas consecutivos,
Ter a pressa,
De novo a pressa,
De contar aos amigos.
Não quero ter que pedir á minha esposa
Que cuide bem dos meus filhos,
Que arranje um marido.
Não quero ter que reuni-los
E um a um lhes fazer um pedido.
"Cuida dos teus irmãos".
Não quero ir assim,
Escondendo aos netos.
Não quero ter que ouvir os talheres á mesa,
O silêncio,
Ver lábios tremendo,
Olhares desviando.
Não quero ter a família me limpando a casa,
Fazendo o pouco que podem fazer por mim.
Não!
Não quero ficar olhando para a televisão,
Vendo o jogo da jornada,
A novela que já não diz nada,
Sentir o quanto insignificante tudo se torna de repente.
Ver o meu futuro.
Não, não quero ter que ir trabalhar para pagar
Os medicamentos e cada prego do meu caixão.
Não quero chegar á terceira semana de "vida" em que tudo é caimbrã,
Em que o ar não chega e a dor não passa
E pedir morfina,
Cura e sentença.
Meter cunha e pedir ao filho
Que a vá buscar á pressa.
Pois há pressa.
Ver meu amigo condoído,
Chorando,
Me injectando,
Consciente do perigo.
Ambulâncias.
Noite que nem imagino.
Madrugada.
Premonição.
Dia de visita.
Desorientação.
"Senta-te".
"O Pai morreu".
Como pode?
Não!
Não quero isso!
Quero morrer bem longe.
Que ninguém me encontre.
Não quero voluntários para reconhecer meu corpo.
"Meu Deus! Pai?!"
Pra quê?
Não!
Não quero velório.
Fato velho e caixão pobre.
Onde tudo é amarelo, algodão e morte.
Onde o silêncio só se quebra com uma mão no peito (como que cobrando vida)
E o choro de um adulto.
Foto em café,
Hora marcada,
Gente de pé,
A corda levando,
Uma mão de terra,
Uma pá de terra,
Dez pás de terra,
Um monte inteiro de terra pelas mãos de um estranho,
A pedra tapando,
As flores rodeando,
O regresso a casa,
Um nó me apertando,
A roupa dobrada,
A parteleira meia de leite vitaminado,
(Que não serviu para nada)
Um sem fim de saudade
A lágrima que não me lembro de ter chorado.

Foto de Ana_Luar

Palavras Nuas

Observo-te de longe...
Tento perceber-te... Para entender
Porque te vestes como um guerreiro pronto
Para a guerra da indiferença
Encerrando a ternura, num íntimo de aço...
Onde sem te dares conta...
Desprezas o sabor da brisa
A eloquência do sonho
O desejo de voar.
Falas-me em metáforas...
Sinais que eu apreendo... ou não!
Mesmo que contestes a sua direcção...
Sei que é para mim que falas!
Assim interrogo:
Onde fica o desinteresse que te instiga a desnudar as palavras?
Que me diz que sou aurora na tua saudade?

Não me dás ouvidos quando te sussurro
Que no céu são muitas as estrelas que existem por numerar...
Estrelas que te vigiam...
Iluminando esse caminho tortuoso no qual te alforrias.
Na boca do poeta achei a verdade
e a verdade diz:
"Que para morrer apenas carecemos
da indiferença do nosso próprio olhar".
Criaste dúvidas onde existia genuinidade...
Deixas-te o acre no lugar de beijos
Ergueste defesas que impedem o abraço.
Algo sucedeu e não me dei conta!
Desculpa se a expressividade das minhas palavras
te provocam a precaução dos sentidos.
Envergonho-me da minha simplicidade,
de não conseguir sair digna... deste sonho solitário
que me permiti sonhar.
Conheces-me...
sabes que...
A minha ternura,
Existirá para lá do sonho
Para lá dos beijos
Para lá do desejo...
Porque eu permaneço!

Foto de Lmax

Tarde de Outubro...

Deliciosa tarde de outubro,
Como um menino fui, faceiro.
Calafrios na espinha e rosto rubro.
De alma livre e coração inteiro.

Doce emoção culminante.
Sua voz soava em júbilos à minha mente.
Em meu caminhar, delineei seu semblante.
Frenético êxtase de devaneio envolvente.

Inolvidável momento de meus dias.
Observei-te ao longe arrebatado.
De meus sonhos não mais fugirias.
Extraordinário momento de inusitado.

Doce tarde de um amor futuro,
Atirei-me a ti com um alastrar de desejos.
Meu coração compassava em sussurro.
Meus olhos se fizeram em lampejos.

O semblante que outrora esboçava,
Transformara-se na mais bela imagem.
Sentimento incontido, a paixão que começava.
Incógnito anseio de margear suas paragens.
Desejei-te no dia seguinte.
Desejei-te por meses, por anos.
Desejo-te como naquela tarde de outubro.

L´(Max) 29.03.2005

Foto de angela lugo

Anjo Meu

Lá estava ele... Como um anjo
seu rosto pálido...
Seus lábios sem cor...
Quase que transparente

Em uma camisa desabotoada azul...
Que esvoaçava com o vento
confundindo com o azul do céu
em uma tarde junto ao mar...

As gaivotas revoavam...
Na busca de seu alimento
Sem perceber que ali...
Pairava um anjo a observá-las

Olhando-te ao longe...
Vejo a magnitude angelical
de beleza indescritível
resplandecer no horizonte

Vem... Anjo leva-me...
A um vôo ao infinito...
Em suas asas acolhedoras...
Para conhecer-mos o paraíso

Os anjos entoaram...
Uma canção silenciosa
que somente nós...
Poderemos ouvi-la

Homenageando o nosso amor
suspira anjo meu... Suspira
enquanto fazemos este vôo
rumo ao infinito da felicidade
...

Foto de amante apaixonada

Procuro !

O que procuramos não está aqui...
nem ali.
Está longe do nosso caminho a ser seguido.
Ilusóes na vida...
amar e não ser amado.
Tudo inclui no destino feito por nós mesmos.
O mar procura o oceano...
o gato procura o rato...
o ar procura o vento...
e nós procuramos um amor,
pra ser vivido neste momento.
Procuro!!!

Foto de TrabisDeMentia

Esperança infeliz

Desatam-se laços pois a carne é fraca.
Mas tantas voltas dá a vida
Que um dia tropeça, se embrulha e dá nó.
Enquanto um se levanta, o outro se deita.
E quando há um que se esconde, há outro que espreita.
Mas no fundo eles são um só.
Não adianta o negar.
Ambos se escondem do sol pois não o podem impedir de brilhar.
É á noite que eles se encontram
Longe dos problemas que teimam em existir.
E namoram a lua como quem beija a almofada.
São a esperança e a infelicidade
Filhos da saudade e do nada.
E enquanto os grilos cantam
Os pais assobiam a melodia.
E num silêncio infinito,
Que penetra os pequenos e que os invade,
Fecham os olhos e adormecem.

Foto de TrabisDeMentia

Daynor

Onde estão ancorados os teus olhos?
E a tua boca que me devora?
O teu lugar é aqui,
Nos meus braços...
Sinto saudades de ti,
Te penso,
Te imagino,
Estarás pensando também em mim?
Sentindo aquela dorzinha no peito?
Tateando no escuro da tua solidão,
Algum ponto do meu corpo para te apoiar e te lembrar?
Sinto que me queres,
Mas me perco no rumo deste silêncio...
Ouço a tua voz no cálido vento, que anda lento comigo, sonolento,
triste tormento...
E no eco deste momento posso sentir o cheiro da tua pele...
Fingir que não estou só...
Sentir que na certeza absoluta te quero.
Que desejo reclinar a minha cabeça no teu ombro
E adormecer assim...
Anoitecendo em teus braços...
Despertando em teu peito...
Vendo beijos amanhecendo em mim.
Mas voçê reage e para longe foge,
Quer explodir e não pode,
Quer se esconder e não sabe,
Quer se livrar do jugo da paixão,
Mas não quer que ela acabe.
Mas estávamos dispostos a sermos julgados,
E absolvidos em nome do amor. Não era não?
Então?
Porquê fugir?
Não fujas de mim!
Deixa eu te amar!
Me ame!
Deixa eu te fazer feliz!
Me faça feliz!
Me deixe adormecer, acordar e, novamente delirar...
Num delírio que só nós dois sabemos...
Deixa que julguem e vem, vem...
O meu amor não tem pudor, nem acanhamento...
Não tem paciência, não agüenta mais a urgência do desejo...
O meu desejo de pecado...
Deixa que a tua fé caminhe com ele lado a lado
Na nudez premeditada
Nos rios subterrâneos do meu corpo
Fonte a jorrar em devaneios
Vem...Vem fugaz como um desejo,
Talvez te mate,
Talvez te salve,
O veneno do meu beijo.

(Este poema uma homenagem ao nosso amigo Daynor. É composto por excertos de poemas de Daynor, com apenas algumas alterações subtis. Isento-me por completo de qualquer direito pela autoria do mesmo)

Foto de Paulo Gondim

Como gosto de você

Como gosto de você
Paulo Gondim
24.04.2006 (19h11)

Ah, como eu gosto de você !
Capaz de me trazer a calma
Que consegue me envolver
Com a pureza de sua alma

Ah, como é bom ter você!
Cheia de problemas, angustiada
Com pequeninas coisas
Quando corre pra mim, desesperada

Ah, como é bom ser simples!
E ter um pequenino raio de esperança
Quando me diz que tem saudade
E corre pra mim como criança

Ah, se não tivesse você!
A vida não seria a mesma, creia!
Minha solidão seria maior
E maior a busca que meu peito anseia

Ah, como é bom sentir você!
Mesmo longe, distante, assim
Mas sempre te sinto perto
Bem perto, alí, sorrindo para mim!

E nossas almas se enchem de alegria
A tua, com teu sorriso lindo, de paixão
Que me envolve nessa fantasia
Por que te amo e entrego o coração.

Foto de ederator

Impassível diante do dragão

Há quanto tempo nos conhecemos?
Sei la.....
Eu vinha, você ia.....foi um encontro comum, casual.
Milhares ja se encontraram assim,
Depois eu comecei a sentir algo,
Talvez uma saudade sem razão,
sei la....
Não era tristeza, não era alegria,
Era uma indecisão de amar você,
E eu passava momentos, olhando para a frente,
Desligado, sem ver nada.
Engraçado!rsrsrs, Olhava e não via!!!!
Estava absorto, parado, consumido por mim:
Uma verdadeira estátua em introspecção!
Estava "Encucado"
"Encucado" com ausência que era presença.
De repente, a interrogação indecisa foi evaporando,
E eu vi dentro de mim que era amor.
Você estava enquadrada no que eu queria,
Desde o sorriso até as lagrimas.
Você era o sim diante do altar,
Você era a mão certa na escada incerta
Você era o horizonte nitído....o agazalho....
Mas eu cometi um erro....(alias Varios);
Não perguntei se eu tambem era tudo isso para você.
E a verdade é que não era.
Eu não estava enquadrado no que você queria,
Eu era o não
Não era sorriso, não era agazalho, não era nada....
Era um ser andante maravilhosamente invisível para você.
De repente, a exclamação veio em "Closed"
E eu fiquei afirmando seus defeitos,
Fiquei procurando tudo o que você fazia de errado,
E como sempre analisando...você não fazia nada.
Fiquei torcendo para você me decepcionar.
Afundei-me como arqueólogo nas ruinas da sua imagem adorada,
E você permaneceu intacta.
Eu quis desmanchar a ilusão,
Quis vomitar um amor que me assentava bem,
E torci para você me decepcionar.
Eu queria tanto sentir raiva de você,
òdio!
No entanto, você se manteve a mesma,
Impassível diante do dragão em que me transformei.
Então, me decepcionei comigo,
Porque não compensei o que queria
Como o que sentia.
E ontem, numa noite não muito longe,
Resolvi selar a carta da despedida.
Fechei os olhos,
As lagrimas pingaram uma a uma,
E eu adormeci, sonhando o sonho da aceitação!!!!

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