Lua

Foto de Arnault L. D.

Estatua Branca

Na beira de um estrada, aonde a grama se perdeu entre ervas daninhas, existe uma estatua branca. Agora nem tanto... Porque a Lua e o Sol seguindo a cruzar o céu, muitas, e muitas vezes, datas, anos, décadas, a tingiram de tempo.

Ela retrata um lindo rosto... com o olhar cheio de amor. E uma história, triste, que ninguém mais sabe, ou quase.

Figura alguem que fora muito e muito amada, e por estocadas, cuidadosas, de cinzel, este amor foi eternizado, talhado ao mármore frio. Uma ternura tanta, que não deixa espaço à duvida, e fala em voz alta, ser obra de quem lhe dedicou este amor.

E esta entrega foi tão linda e sincera... Que até mesmo os ateus veriam nela algo de divino.
Mas, infelizmente, acontece que o divino e o humano, são coisas distintas.... E ela se foi.

Além do amor, existem outras riquezas, riquezas estas que o homem do cinzel não possuía.
Mas, que um outro, sim.
E ela escolheu, e se foi.

Para ele, restaram aqueles olhos na pedra fria... talhada e branca, para mesmo assim teimar em pedir:
_ “...Volta, volta amor... !”
Mas, apenas a loucura respondia....
E repetiu por tanto tempo, que o tempo passou..., que o tempo acabou.

Quanto a ela, longe dali, muito longe... descobriu que o preço das “coisas” é sempre em metal, mas, o valor... não. Certos valores são incalculáveis. São pagos por primícia, presentes de Deus, coisas de divindade...

E muito rica, constatou esta verdade, e que sempre, não é para sempre. E envelheceu.
Para ela o tempo passou, na certeza gélida das coisas incompletas... Seus olhos nunca mais foram como na branca estatua.... Aquele olhar, aquele amor; preterido, diminuído...

E o tempo passou, e o tempo acabou...

Lá na beira de uma estrada, onde a grama se perdeu. Existe uma estatua branca.
Dizem que as vezes, quando o luar compete com as gotas de chuva, quem passa por ali, se prestar bem atenção, pode ver quando a agua a banhar o pálido rosto, empresta-lhe um pouco de vida, na forma de lagrimas...

Por seus olhos a chuva chora...
Na espera de um antigo amor, a pedir: Volta, volta...

Foto de Paulo Gondim

SOMBRAS

SOMBAS
Paulo Gondim
27/05/2011

As luzes se apagaram, um sonho se foi
Com se foram as ilusões, os desejos
A vontade incontida, que não foi vivida
Tudo se foi, e ficou o sabor de teus beijos

A lua apenas aparece nas nuvens
E nem todas as noites são calmas
Com tua partida, tudo emudeceu
No duro silêncio de nossas almas

Um novo alvorecer ensaiou chegar
Mas logo se dissipou no caminho
Perdeu-se no primeiro vento
O vento que o levou e me faz sozinho

E entre vidas tristes e amargas
Vamos nós, por longas estradas
Como viajantes das negras noites
Como sombras que ficam nas calçadas

Foto de Marilene Anacleto

Primeiro Beijo

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Alma eterna em desejo,
Em casa, no trabalho, na rua,
Quer encontrar sua metade,
À luz da iluminada lua.

Lábios em desassossego,
Cheios de beijos para dar,
Encontra, enfim, lábios quentes,
Para a alma partilhar.

Aurora boreal,
Tilintar de sinos,
Sonhos que suspendem
No ar de bailarinos.

Brotos encontram o sol,
Nuvens de par em par,
Flores no peito se abrem,
Derrete o coração a amar.

Marilene Anacleto

Foto de Arnault L. D.

Lado escuro da Lua

Quando ela pensa em amor,
se apega em olhar a Lua.
A vê brilhando iluminada.
O espetáculo em cena que atua.

Nenhum astro há de destoar,
Colaborando a ornar o infinito.
Tendo ao fundo um azul-ultramar,
tanto ponto de luz, tão bonito...

Quando ela pensa no amor,
Suspira, a olhar para o céu...
Colorindo em lápis de cor,
lambuzando-se o querer de mel...

E o luar flui exuberante.
Brilhante, no céu faz-se impor.
Um adorno de diamante
nos dedos da noite, a se expor...

E entre astros estou consumido.
Quando pensa em amor, eu não sou...
Estou lá, mas, como se escondido,
no lado oposto da Lua estou.

Em seus olhos cegos pelo brilho,
eu opaco torno-me invisível.
No lado escuro da Lua me exílio.
Ela pensa o amor e eu a amo, no impossível.

Foto de Sandro Sansão

Ironias do Amor

Nosso amor é feito por ironias
Fatos que nos levam a acreditar
Que mesmo há distancia o tempo
A falta que você me faz neste momento
Em breve vai passar
Pois por ironia do destino você apareceu
No momento que não esperava
Meu coração não estava preparado
Mesmo assim com sua presença
Com a sua reverencia
Encheu de alegria
Contagiou-me
Hoje continuo o mesmo
Desde o momento que te conheci
Apaixonado
Ainda lembro-me daquela historia de amor
Entre a lua e sol
Difícil de acontecer
Os dois nunca podem se ver
Mais por pura ironia do destino se encontram
Não importa o ano, quando, em que momento
O que importa é apenas o momento
E assim como o eclipse
Onde dois corações se completam
Por um breve momento
Mais que vale por uma vida toda
Conheci-te
Aprendi amar
O que de fato devemos amar
Alguém que nos ama
Faz-nos sonhar
Sei que sou privilegiado
Por te encontrar
Mesmo que nossas vidas
Seguiram destinos opostos
Sei que estarei contigo
Não apenas num lugarzinho guardado em tua memória
Mas em teu coração
Mesmo que seja uma parte pequena muito pequena
Ali estarei contigo até o fim
Por ironia do destino te conheci
Não sei quando vou te encontrar
Na verdade sempre te encontro
De dia de tarde de noite
Nos meus sonhos em qualquer lugar
Você sempre esta lá
Porque te amo
E nada e ninguém podem mudar
O que sinto por você
E o que me resta é aguarda
O que o destino vai nos reservar
Um encontro inesquecível assim
Como a lua e sol
Tenho certeza que algum dia
Vou te encontrar
E quando esse dia chegar
Saberás o que sempre soube
Que te amo
E para sempre
Todo o sempre vou te amar.

Sandro Sansão

Foto de caff

À Flor

Eu estava cansado de tentar,
Inconsciente caminhava quase sem esperanças
Mas lá no fundo sabia que ia chegar a hora
De nós nos acharmos no meio da noite
Quando te vi pela primeira vez não acreditei
Como pude viver tanto tempo sem você?

Você estava linda e cheirosa
E eu amei aquele sorriso e te chamei de flor
É a coisa mais cativante que já conheci
Seu sorriso alegra tudo ao redor
E o meu coração parou pra te ver sorrir
Como pude viver tanto tempo sem você?

A lua tinha um brilho novo
E nos olhava do céu em intensa felicidade
Sabia que tinha chegado a hora
Sabia que chegaria num dia inesperado
Pra ser infinito, pra ser eterno
Como pude viver tanto tempo sem você?

E o nosso amor começou assim
Você pra mim e eu pra voce
Nenhuma distancia vai nos afastar
Sabia que chegaria num dia inesperado
Seremos só nós dois e o resto do mundo
Como pude viver tanto tempo sem você?

Foto de Edigar Da Cruz

ENTRE O AMOR E O TESÃO

ENTRE O AMOR E O TESÃO

UM POEMA IMPROPRIO PARA MENORES!

Essa noite quero mais que uma noite perfeita
mais que linda noite
esta noite eu quero ao quarto do motel,
estou querendo saciar de relação amorosa
estou urgentemente seduzindo seus olhos! Sua boca
tremula molhada! Sensual
eu e você somos a noite a madrugada sensual
eu te avisei que ia ser minha mulher,..
ia dominar totalmente seu corpo trançado ao meu corpo!,..
Febre sucos de suor de amor duplo,..
indomada te necessito,..
insaciável!...
Teus pensamentos lindos e indecentes desnuda de prazer!!!!
Loucuras tu es meu alimento
mata-me minha fome de prazer!,..
Lua crescente de desejos de prazer
uma peça chamada paixão!...
entre macho e fêmea!!!!....
Vem banha-me de prazer,..
madrugada excitada vem depressa
Me tentas você sabe levar um homem a loucura!!
fale grite deseje prazer sinto os corpos de desejos
de loucuras na madrugada da paixão
leva-nos as loucuras!!!extremas
vamos alcançar juntos ao prazer...
na nossa gruta do amor

Ed. Cruz

Sensual

Foto de Melquizedeque

O silêncio de um morcego

No sótão da casa de Emília, havia um morcego que ali vivia
Os raios do sol jamais bateram em sua sensível pele
Um fantasmagórico ser que nenhum som emitia
Não era grande nem pequeno, nem filhote ou muito velho

Não se sabia de onde viera, nem parecia ser amigável
De cor negra e grande olhos, em suas asas se escondia
No escurecer do dia o sangue dos ratos o alimentava
Mas para cada rato assassinado, sua sede só crescia

Emília, uma inocente criança, não sabia do horror lhe viria a acontecer
Em uma sexta-feira, de nublado céu e lua cheia, barulhos no sótão escutou
Era meia noite, e seus pais já dormiam. Acorda assustada e, olha a janela
Estava um tanto escancarada e a luz da lua no chão batia

A curiosidade, em seu pequeno coração, aumentava ao som que ouvia
Extremamente aflita e angustiada, lentamente caminha até a porta
O ruído cresce... E o sangue de Emília, por um instante, parece que não existia
Ao olhar da fechadura nada de estranho encontrou

No fim do corredor, mais uma janela aberta avista. Imensa, larga, bucólica e horrenda
Sente um vento frio e sua pele arrepia. Mas o ruído que escutara parece ter uma direção
Ergue seus olhos e vê uma escada. Sobe sem pestanejar, sem ter idéia de para onde iria
O morcego percebe o som da porta que se abre. Voa velozmente para a parte mais sombria

Esse tenebroso ser se cala ao sentir o frenético bater do coração daquela menina
A armadilha é arquitetada pela mente sagaz de um animal ensandecido
Emília pergunta com voz baixa e muito trêmula: Olá! Tem alguém que possa me ouvir?
O morcego lhe responde: Falo pouco, quase nada, mas eu sou um bom ouvinte

Emília fica assustada, paralisada e emudecida. Tenta correr, mas não consegue
Parece estar entorpecida. Sua voz desaparece mesmo dentro de sua mente
O ar frio dá lugar ao quente no respirar dentre os dentes do monstro que lhe mordia
Seus olhos perdem a vida que lhe é totalmente aniquilada

No amanhecer, em seu corpo já não havia mais sangue e nem coração que pudesse bater
Parecia estar dormindo em um sono profundo. O cadáver é iluminado pela luz do novo dia
Seus pais ficaram atormentados à procura da menina. Gritavam bem alto seu nome
Mas o silêncio do sótão continuou... E a busca de seus pais até hoje não se findou.

(Melquizedeque de M. Alemão, 15 de maio de 2011)

Foto de Marilene Anacleto

O Menino e a Poesia

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Diz o menino, alegre:
- Mãe, mãe!
Veja a lua caindo
E as borboletas subindo
Levando de volta
Rindo, rindo, rindo!

Diz a mãe, irritada:
- Menino mentiroso!
Não tem vergonha de mentir?
Onde já se viu a lua cair
E as borboletas suspenderem,
Cheias de alegria?

Diz o menino, tristonho:
- Desculpe, mamãe ...
Eu não menti não ...
Eu nem te enganar eu quis
Eu só queria te dizer uma poesia.

Marilene Anacleto

Foto de raziasantos

Onde estou?

Tudo é tão vago...

Tudo que lembro é de acordar em lugar frio abafado.
Não sei como, mas conseguiu sair comecei a caminhar entre as folhas secas: As árvores sem vida...
Tudo era silencioso, não ouço risos, nem choro, nem lamentos, nem agouro.
Não sei onde estou, nem sei quem sou, tento me ver, mas não consigo; não sinto o calor do sol, à noite não vejo o esplendor das estrelas nem o brilho da lua.
Tento descobrir que sou começo a caminhar passo por rios de águas turvas e violentas.
Vago na densa noite quando á luz do sol irar iluminar todo universo.
Mas sem dormir eu me desperto tudo esta frio e nublado...
Espanto-me com silencio e pela primeira vez sinto um arrepio no meu corpo.
Tudo! É tão vago onde estou?Quem sou eu?
Começo a correr tem pressa de sair deste lugar horrendo e vazio.
Não sinto mais meus pés não vejo os pássaros, e nem ouço o seu cantar.
Nem uma só palavra, nem um ser vivem.
Somente eu...
Eu, ‘’mas quem sou eu’’?
Neste imenso vazio e solidão tento encontrar minha alma quem sabe ela me dirá que sou?
Ò minha alma onde estas? Apareça faça-me companhia tira-me deste vazio!
Há minha alma tudo é tão vago nem recordações eu tenho, minhas lembranças sumiram.
Estou cercada pelo silencio, selva da amargura e a selva da solidão.
De tanto caminhar consigo ver a cidade, mas esta vazia e as poucas pessoas, que consigo ver me ignoram, em algumas eu toco pedindo socorro, mas é como se eu não existisse.
Há!Estou me perdendo cada vez mais...
Onde estão minhas lembranças?
Serei eu um ser humano?
Por que fui condenada há este mar de desilusão e tristeza...
Sinto-me tão cansada devo encontrar um lugar para descansar, e onde eu possa me aquecer.

Mas onde?Se tudo é vago e vazio...
Neste longo caminho que tenho percorrido me perdi nos dias nem sei mais contar os meus dias.
Quem me dera poder ouvir o canto da sábia, as garças com sua beleza me alegrar.
Vou seguir sem parar de caminhar até onde meu corpo suportar.
É eminente a dor do abandono e solidão.
Será este o purgatório?
Por quem fui julgada?
Se não tenho lembranças como saber o meu pecado!
Não sinto cansaço só tristeza tudo é sem brilho, sem cor.
Até os rios me rejeitam...
Quem sou eu? O que sou?

Estranhamente sou tomada por um sono incontrolável.
Sinto muito frio parece que estou em congelando.
Adormeço profundamente...
Der repente ouço uma voz suave e sinto mãos batendo lentamente em meu rosto:
Raquel acorde tudo terminou bem você voltou para nós acabou o pesadelo
Você saiu do coma!

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