Luta

Foto de ISRAEL FELICIANO

OS MENSAGEIROS

OS MENSSAGEIROS

Escrevi uma carta, para o meu amor, o vento foi o mensageiro , o tempo o guiou , esperei, a resposta que com o tempo ela chegou, em forma de chuva, no meu rosto a respingar, cobrindo as lagrimas que do meu rosto estavam a rolar, ao receber a resposta, que com o tempo veio sem tardar.
Enviei uma pergunta, as águas de um rio a levou, a resposta veio em forma de um terremoto, que abalou o meu amor, amor constante e insistente, que mesmo com o abalo não desanimou.
Enviei uma mensagem, beija flor ela levou, a resposta veio em uma rosa, não desabrochou o meu amor,insisti , insisti bem do sonho não esquecer, luta travada é para que o amor não venha a morrer.
Uma frase enviei, da mesma forma recebi, o tempo trouxe correndo , o vento o ajudou a chuva molhando o caminho ,deslizando depressa chegou ,, o rio murmurava,o beija flor a reclamar ,, o terremoto abalava todas as ondas do mar.
Ficaram todos sem entender porque da mesma forma voltou, o meu amor foi embora, e nem mais uma palavra, o meu amor enviou.

Foto de cnicolau

Vontade de Escrever

Me senti hoje sem vontade de escrever.

E sem vontade, escrevo...

Vontade de não transmitir todos
os meus pensamentos ao papel.
Vontade de não ter que repassar
o que eu sinto mais,
Vontade de não ter vontade.

Porém,

Escrever, me da forças, saio de mim
e coloco para fora tudo o que esta
me agonizando por dentro.

Estranho, que na maior parte das
vezes, sempre que tenho vontade
de escrever, é quando estou triste,
quando estou com algo me afligindo.

Mas últimamente, existem tantas
coisas me afligindo, me doendo,
que fica, mesmo aqui, difícil de
colocar no papel.

São tantas as emoções, que fica
tão confuso as vezes transferir
da cabeça e do coração para um
simples pedaço de papel.

A cabeça as vezes não consegue
interpretar as coisas simples do dia.
O coração, não consegue bater em
seu ritmo correto. Sai correndo,
volta devagar, torna a correr, palpita...

O corpo sente, frágil, as intempéries
da mente e do coração, e se arrasta
pelo dia que passa sem lembranças,
sem...Apenas sem...

Os olhos, muitas vezes se enchem,
mas em sinal de força, deixa-se secar
sem nem sequer uma gota derramar.
A boca, seca, não saem mais muitas
palavras com sentido.
Tenta falar e proferir o bem, mas ao
mesmo tempo dói mante-la aberta...
As mãos não tem mais o sentido do
toque, não conseguem definir o que
tocam, os espinhos ferem.

O espírito

Esse sim luta...
Luta contra tudo o que de mal aflige.
Uma batalha difícil, árdua, mas que com
certeza não terá um final infeliz...
Ele vê, Ele crê, que existe uma vida
melhor em frente, onde a caminhada é
tortuosa, cheia de espinhos, mas com
um final cheio de flores e Amor...

Corpo. Tenta seguir mais um pouco...
Mente. Tenta não pensar...
Coração. Tenta não sentir...
Alma. Tenta reagir...

E Eu?

Eu simplesmente oro para que tudo
fique Bem................

Cleverson Luiz Nicolau
07/06/2011

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Quase Declaração

Sol que ilumina minhas manhãs trazendo esperança em mais um dia de luta e vida até a noite mais estrelada. Seu sorriso é o verdadeiro sentido dos supremos sacrifícios realizados em seu nome. Beijei com meu olhar seu lindo rosto, tez de menina que o tempo não apaga e presença irradiante de amor que o coração nunca esquece.

Conversa.

Muito além das descrições de personalidade, das cartas registradas nas gavetas das eras, das paixões que não se correspondem e ainda assim enviam mensagens, das moças que gostam de se sentirem desejadas e não aceitam ouvir uma negativa, mesmo que dos corcundas e suas corcovas que saltam aos sustos, existe o vento do cotidiano, o medo da conta atrasada, o cobertor dos seguros de morte e conseqüência, as mães que escondem por debaixo de seus vestidos recatados mulheres de lava e magma, longe das infâncias perdidas ou qualidades evidentes. Fica difícil conciliar o sonho ao real. Graças ao bom Deus, há a desilusão do agnosticismo.

Homens, infiéis na essência da poligamia ancestral, se rendem para a sobrevivência de sua espécie fraca. Antes fossem esparsos. Tomaram como praga os cinco continentes geográficos, tendo bases fixas nos distantes pólos mais gélidos. Há os homens que possuem competência para se tornarem leões, e os que são como os pombos, monótonos e monogâmicos. Biologicamente o primeiro é melhor, e se reproduz facilmente. Um homem comum nunca vai chegar ao ápice de evoluir factualmente, nunca superará suas expectativas, sempre verá seu objeto de querer distante de seus braços, separado por um tapete de pregos e cacos de vidro. Resta, então, poupar dinheiro para a previdência social, ser corno e subempregado, tentar ter uma casa no litoral sul. Não há sequer como conviver com as despesas do seu velório, do seu enterro moral de aluguéis e despejos, seu pouco de orgulho em pertencer a uma sórdida periferia bandida. Há a indigência velada, a marginalidade dos que são preteridos no processo seletivo da vileza do destino.

Existem mulheres que passam a vida inteira sem receber uma declaração de amor, e moças que bocejam diante de várias delas. Existem pessoas que merecem uma chance, e não conseguem. Outras que imaginam um céu resplandecente no futuro, que a tão esperada felicidade vai lhes cair no colo uma hora ou outra, e estatelam a face na primeira cilada que o asfalto dos questionamentos impõe aos que se dirigem desavisados.

Que bom que a juventude acaba logo.

Foto de betimartins

Procurei vidas e vidas...

Meu ser viaja até ti
Apenas o ilusório
Separou-me de ti
É no teu sentir, vibrar
No teu cheiro que ficou
Dentro de minha alma
Deixando o vazio em mim
Sentindo-me abandonada
Por ti, esperando apenas
Poder-te reencontrar e matar
Esta saudade, este vazio
Que minha alma viajou
Até a nossa imaginação...
Do bem eu tanto te querer!
Entrelaçamos nos dois juntos
As nossas almas sofridas
Redescobrindo o amor
O respeito e sempre cientes
Que apenas vivemos!
Para que na arte de amar
Ser nós os dois, aprendizes
Da nossa luta, no caminhar
No simples partilhar
Do segredo de nos amar
E de mãos dadas, juntos!
Com o nosso coração ao rubro
Almas gêmeas, almas famintas
Companheiras, devoradoras
Do destino e da crueldade
Dos homens e das vidas
Vidas que vivemos
Os dois, na solidão!
Eu te procurei, e como
Eu te procurei, não desisti
E eu! Eu te encontrei meu amor!
Perdida! Eu andei, no limbo
Eu te procurei no céu, na terra
E fiz isso vidas e vidas a fio
E lá pelas eternidades
Eu não desisti e te busquei
E eu! Eu te encontrei meu amor!

Foto de cnicolau

É dando que se recebe

Oque que seria de um grande rei não fosse seus súditos?
Oque seria de um grande escritor não fossem seus leitores?
Oque seria de um médico, não fossem os pacientes?
Oque seria de um grande erudito, não fosse sua plateia?

Toda luta por ideal tem seu dia de glória.
Imaginem oque seria de um nadador, se ele conquistasse
seu primeiro título disputado sem o menor esforço?
Qual a graça em comemorar o feito, se não possui a experiência?

Toda pessoa neste mundo tem o direito de errar(perder), pois é
somente errando que reconhecemos o caminho correto a seguir.

Os vários dias em que conquistamos grandes feitos de que servem, se não temos com quem compartilhar?

Somente é dando que se recebe.

Comecei a ponderar sobre as conquistas de nossa vida terrena.
O que tenho, e o que considero conquistas?

Uma casa?
Um carro novo?
Uma tv nova?
Uma roupa nova?

Não digo que não seja importante, mas que tal isso?

Uma Família?
Um amor?
Caridade?
Felicidade?
Espiritualidade?
Paz?

Que tal?
A escolha é nossa, Deus nos da o caminho correto
e nos diz, Vá, Siga adiante, mas o livre arbítrio é nosso.

Devemos sempre pensar com nossa alma e nosso coração,
abertos a Deus nosso senhor.
Ele nos da sabedoria quando precisamos de entendimento,
Paz quando estamos nervosos,
Alegria quando estamos tristes,
E principalmente Perdão, sempre que o procurarmos.

Deus tem sempre todas as respostas que procuras,
porém, deve saber pergunta-las.

Quando estas a trabalhar em seu dia,
Pensas, que muitas pessoas não tem trabalho?
Não julgas, para que não sejas julgado.
Faça de seu dia, um exemplo de humildade
e caridade para com os outros.

Faça por si mesmo, sem pensar em gratificações,
sem pensar em agradecimentos,
faça apenas por vontade de ajudar, de sentir o bem alheio.

Deus esta sempre presente em nosso dia.
E estando, vamos honra-lo da melhor maneira possível.

A Deus, meu melhor amigo e companheiro,
Que me ensinou o verdadeiro caminho da vida.

Uma vida regada de humildade, bondade e caridade.

Obrigado meu Deus.

Cleverson Luiz Nicolau
19/05/2011

Foto de Carmen Vervloet

MÃE

Mãe... Você que me deu a vida...
Deu-me afeto, ternura, exemplo e amor...
Com carinho tratou sempre as feridas,
enxugou minhas lágrimas de dor!

Sábia... Ensinou-me o reto caminho
e hoje, fragilizada neste momento,
preocupa-se ainda em arrancar os espinhos...
E anjo... adivinha todos meus pensamentos.

Tantos anos de estradas percorridas...
De luta, suor, trabalho e bravura...
Simples e singela como a margarida,
sol que ilumina a estrada escura...

Abrigo nos dias de tempestades...
Paciência, zelo, aconchego e perseverança...
Protege-me com afinco das maldades...
Olhar puro de mulher criança!

Nunca a vi reclamar de doenças...
Guarda em segredo sua dor...
De sua boca nunca ouvi sair ofensas,
seu nome deveria ser Amor!

Branca casa de pureza,
verde árvore enraizada,
porte altivo de princesa,
linda flor tão perfumada!...

Agradeço-lhe por tudo que sou...
Agradeço-lhe pela vida que enxergo com cor...
E se hoje sorrindo e lutando estou,
seus valores em mim você desenhou,
com a pura seiva do seu infinito amor!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Vervloet

MÃOS DE MÃE

Mãe... hoje contemplo suas mãos frágeis e delicadas
e vejo nelas marcas de dedicação delineadas...
mãos que já foram ativas... fortes... tão determinadas,
mãos que amassaram o pão nosso de cada dia,
mãos que souberam ofertar a rosa com alegria,
mãos... onde ainda hoje vibra tanta energia...
Mãos que arrancaram o sustento da vida
com garra e determinação,
mãos que ainda se postam em oração...
Mãos que nos proporcionaram excelente educação,
que sempre mapearam da vida a direção
e indicaram o caminho do bem e do progresso...
Hoje se alcançamos qualquer sucesso
a essas mãos... santas mãos... ele é devido,
mãos que foram à luta...
Mãos que orquestraram em acordes de amor
a vida com sua delgada e suave batuta,
mãos amigas... companheiras...
Mãos de mulher guerreira!
Mãos que em cada delicado gesto
mostraram-nos um rico e intenso universo!
Mãos que nunca se fiaram na sorte
e que nos deram o suporte...
Teceram com trabalho nosso futuro,
mãos que acenderam com sabedoria o escuro...
E como a vida como a lua tem fases,
deixaram para trás o esplendor da lua cheia,
mas em cada uma dessas salientes veias
que marcam essas suas abençoadas mãos
corre o sumo do amor que a nós suas filhas
por toda uma vida devotou... e abençoou...
Um amor ilimitado entranhado para sempre
no âmago do meu ser
que eu sinto de uma forma tão intensa
que com palavras jamais poderei descrever...
Ah! essas santas e abençoadas mãos
que eu venero com toda devoção...
Que eu beijo com amor...
Mãos onde leio a mais linda oração
que nutre e nutrirá eternamente
o meu agradecido coração!

Carmen Vervloet

Foto de betimartins

Esta é a triste história do poeta.

Retrato de um poeta

Certo dia, um poeta mal falado, rebelde nas suas palavras, contraditório aos esquemas políticos e portador de uma língua afiada em seus temas. Esse se chama o incomodo da nossa sociedade, o louco e insano. Mudam os ventos, mudam-se as vontades e quem sabe se resta um pequeno osso para ele é o poeta incomodo e palhaço.
Quem sabe se tem sorte e é abençoado por Deus, mesmo que cortem os caminhos, ele insiste em seus devaneios e sonhos e continua na sua luta, este é o poeta esperançoso
Tem aquele que escreve da alma, sem grandes floreados, apenas escreve o que sente e sem grandes ilusões e compaixões, este é o poeta incrédulo o que vier por acréscimos será bem vindo e agradecido, mas ele já agradece o que tem seja muito ou pouco.
Bem existe aquele que coloca palavras caras, palavras que tens que buscar no dicionário, algumas até parecem saídas de comédia, outras queres entender, mas deixas para lá. Esse poeta é o vaidoso de sua obra, aquele que escreve para ele nada mais, há desculpem-me ele é como uma pintura abstrata, esta ali tudo e olhando não vês nada.
Mas tem tanto poeta que perdia a conta aqui para descrevê-lo, mas o que mais revolta é que o verdadeiro poeta, jamais é reconhecido pela sua obra em vida, vendo academias dar prêmios a quem até mal sabe, “quem sabe se souber dar um chuto na vida”, caso para refletir, não?
Um dia quem sabe num futuro próximo o poeta será o filho da ignorância e até premiado.
Onde anda os critérios da vida?
Poeta veste-se de esperança
Trás consigo a ilusão, superando a dor.
Ele tem um dom, o dom da escrita e do amor
Trás para ti o universo, ele recria na sua inspiração.
Ele descreve-te os rios, mares e lugares nunca antes conhecidos
Pinta a natureza com os seus tons da cor do arco-íris
Ele sabe escrever canções que ficam além da vida
Ele sabe rir, chorar e tem família
O poeta é apenas um grande sofredor, Fernando Pessoa disse um dia que “O poeta é um fingidor”, tem razão, pois o poeta é o maior ilusionista e cri ativista porque ele deixa-se levar pela vida, na sua escrita...
Um dia em sua lápide estará gravado assim:
Numa lápide fria, mórbida.
“Aqui jaz um nobre poeta que dignificou a sua terra, acalmado pelo povo e por sua família. As nossas homenagens e agradecimentos.”
E alguém que nem o conhecia para e busca a sua obra... Esta é a triste história do poeta.

Betimartins www.betimartins.prosaeverso.net

Foto de JP

Meu amoor .

É você que eu vejo em meus pensamentos, quando fecho os olhos é o teu rosto é o teu sorriso que vejo, quando durmo é com você que eu sonho e no sonho penso como tudo seria diferente se estivéssemos juntos. Hojê separados estamos a sofrer sentindo muito a falta um do outro, Me pergundo o por que disso ?
Por mais que eu queira te esquecer não consigo o sentimento que eu sinto é mais forte estou lutando contra o meu coração, só não sei até quando vou sobreviver firme nessa batalha.
Por muito tempo vecê foi a pessoa responssável por me fazer sorrir, por me fazer feliz, foi aquela que deu ao meu coração vida que despertou nele um sentimento que a muito tempo eu não sentia,e posso até dizer que ele nunca havia sentido algo tão intenso tão forte e puro,que foi acontecendo naturalmente e se tornando a cada dia mais forte, fazendo da nossa historia uma poesia, até mesmo um filme, coisa de novela, mesmo que não tenha tido um final feliz.
Não sei se o que estamos fazendo é certo estamos apagando o ''AMOR'' que sentimos um pelo outro escondendo de nos mesmos o que sentimos, será que ja não é hora de tirar a venda que tampa seus olhos e ver que eu posso ser teu amor, que a tua felicidade esta em mim, sei que você esta a sofrer com essa situação, 'pra que sofrer?', Quando você vai dormir você se deita e pensa em mim, ouve minha voz na gravação durante o dia, se preocupa com o meu bem estar, mesmo que eu ja tenha dito que estou bem, sente saudade vontade de estar perto, de esta junto de sorrir comigo de reclamar das amigas.rs...Que sentimento será esse? será que em apenas uma palavra seriamos capazes defini-lo ( amor, gostar, paixão, carinho, afeto...) Porque você luta contra o sentimento que sente, porque não aceitar, não deixar fluir vive e seja feliz.
Hojê, devido a descisão tomada só me resta dizer adeus a ti.
Não sei se fui capaz de tocar o teu coração com as minhas palavras quero que saiba que são as mais sinceras, desejo a você toda a felicidade que um ser humano necessita para se sentir completa, que por todos os dias da sua vida você ame e seja amada, que tua vida seja repleta de alegrias de SORRISOS é o que esse CARA aqui te deseja VIVA, SORRIA,SEJA FELIZ E SIGA SEMPRE O TEU CORAÇÃO.

bjo'sz de alguém que te ama.

Foto de Carmen Vervloet

INESPERADO EQUÍVOCO

Lúcia era uma linda mulher nos seus quarenta e quatro anos de idade. Seu nome caia-lhe como luva... Lúcia... Luz... Tinha luz própria, brilho no olhar!
Lúcia casou-se menina. Foi mãe, esposa, dona de casa, artista... Casou-se por amor, para toda a vida. Assim havia sido com seus pais, assim deveria ser com ela.
Mas o destino mudou o rumo dos seus sonhos. Quando completou seus quarenta e dois anos, descobriu-se traída pelo marido e o casamento ruiu. Lúcia sofreu, baqueou, vergou-se diante a triste realidade. Vergou mas não quebrou. Colocou-se de pé e deu continuidade a sua vida de luta, agora arrimo dos quatro filhos ainda pequenos. Mulher corajosa, de fibra, dispensou pensão do ex-marido e foi à luta. Não considerava sua nova realidade como um problema, mas sim como um grande desafio que desempenhou com amor, afinco e sucesso.
O real problema de Lúcia era ter sido criada para ser mulher de um homem só daí seu relacionamento com outros homens tornou-se impossível. Lúcia era jovem, os hormônios em ebulição. Pretendentes não lhe faltavam, faltava-lhe a coragem para encará-los.
Lúcia resolveu então procurar um psicanalista e com seu jeito espontâneo disse-lhe:
_ Doutor, fui casada durante 22 anos, estou divorciada e não me sinto a vontade para me relacionar com outro homem. Melhor dizendo vim aqui para que o senhor me ensine a fazer isso. Sinto-me inibida, tímida, realmente não consigo resolver sozinha esse imenso problema. Quero me libertar desse pesadelo.
E o medico retrucou:
_ Fique tranqüila, Lucia, em uns dois meses será outra mulher, livre dessas amarras do preconceito.
E assim aconteceu. Em menos de dois meses de análise, Lúcia conheceu, numa galeria de artes, um francês, homem bonito, inteligente, intelectualizado. Os olhares se encontraram, o coração estremeceu, a pele arrepiou. Foi paixão a primeira vista, intensa... Levando Lúcia as estrelas. Uma paixão bonita, ardente... Em menos de um mês, Pierre, esse era o nome dele, já havia comprado uma casa na cidade que Lúcia morava. Passava quinze dias na França, cuidando da sua empresa e quinze dias no Brasil ao lado da mulher amada. E entre idas e vindas os dois iam sedimentando o relacionamento. Numa dessas vindas, Pierre telefonou já do aeroporto internacional de São Paulo:
Lúcia, “mon amour”, estou chegando, ardendo em desejo, com saudade de você.
Lúcia que morava no Rio, correu para o chuveiro, para se fazer cheirosa, linda, faceira, sensual e assim buscar seu amor no aeroporto do Galeão. Mas pobre Lúcia! No primeiro contato com Pierre senti-o arredio. Lucia sugeriu irem direto a um restaurante, mas Pierre continuou mantendo certa distância, diferente do Pierre de sempre, romântico, carinhoso, beijoqueiro. No restaurante sentou-se de frente para Lúcia e não ao lado dela como sempre fazia.
Lá pelas tantas, Pierre não resistiu e disparou a pergunta:
_ Lúcia, você tem piolhos?
Lucia, desconcertada e surpresa respondeu:
_Eu, Pierre? Piolhos? Não Pierre. Estou me coçando? Por que essa pergunta?
E Pierre retrucou:
Lúcia, eu não consigo ficar perto de você, seus cabelos cheiram demais a inseticida.
Foi aí que caiu a ficha de Lúcia. Lembrou-se que pediu pra sua empregada matar uns insetos no seu banheiro e provavelmente ela havia esquecido o spray de inseticida sobre sua penteadeira e no afã de se fazer bela para seu amor, confundiu os sprays e borrifou seus lindos e longos cabelos negros com inseticida em vez do seu fixador habitual.
Desfeito o mal entendido, tudo acabou num tórrido banho a dois, onde Pierre lavou os cabelos de Lúcia, tendo como fundo musical Piaff cantando “NE me Quit Pás”.

Carmen Vervloet

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