Luz

Foto de William Contraponto

Você Me Traz Segurança

Você chegou sem avisar
Eu não tive tempo
Para poder me preparar
A sua imagem no centro da sala
Fez o coração disparar
E não lembrei de mais nada
Nem mesmo de disfarçar

Olha só o que faz
A presença dessa luz
Que vem contigo, rapaz
Palavra nenhuma a traduz

Seus abraços são abrigos
Onde posso recorrer
Contra todos os perigos
Que o mundo oferecer

E esses laços serão perfeitos
Feitos para durar
Se forem algum dia suspeitos
Serão eles por amar

Você pode vir a qualquer hora
Estarei sempre na sala
Depois ou mesmo agora
Com tudo na mala
Pois, se acaso quiser ir embora
Vou junto... estou seguro
Pronto e sem demora

Foto de Moisés Oliveira

Medo

Preciso me esconder, eu tenho que fugir,
tem alguém me procurando, não posso ficar aqui.

Quero um abrigo, busco por proteção,
já fiz tudo que podia mas não vejo solução.

De dia ele me prende, de noite me semeia,
na estrada ele é luz forte que me encandeia.

Me impede de sonhar, me proíbe de ouvir,
transforma a fraqueza em algo normal de se sentir.

Eu já não fujo mais, eu brinco no jardim,
enfrentei o medo e vi que ele estava em mim.

Foto de Arnault L. D.

Castelo e flor

Na rua, uma sombra alta e triste
ergue-se dentre a névoa gélida;
noite suspensa de um passado.
Tal braço, retesado em riste
do afogando, mão a buscar vida
e um mistério no tempo guardado.

Alta torre faz relevo à vista,
contrasta ao azul, somando ao céu.
Nuvens bordam a moldura entorno;
acima, janela a lua avista
e a filtra em vitrais, a luz pincel...
Quadro vivo, tela o chão, adorno.

Vestígios da beleza em ruína,
restos de sonhos, solvem a volta,
dos risos, dos casos em segredo.
Degraus subindo o mármore a cima,
ligando ao nada a ilusão solta...
Velhos fantasmas a trazer medo.

Apenas restou o que se ergue,
pois, mais ninguém, mais nada lá ficou.
Junto a ultima gota que verteu,
taça de cristal, vinho, e sangue,
estilhaçada a vida se quebrou.
Por testemunha a noite, que esqueceu.

O solo pontilhado de luar,
vazando aos vidros coloridos;
cintilou em matizes de carmim,
que a aurora escureceu ao raiar.
Revelando os Reis adormecidos,
em uma noite, que não teve fim.

Mas, o Sol não trouxe a claridade
que rompesse a densa névoa escura,
que encerrou dentre a alvenaria,
atrás de portas, paredes, grade.
Causas, culpas da história, pura,
não se soube, o oculto não traia...

E veio o anoitecer novamente.
Trancou as portas, fechou as grades,
cerrando as cortinas e os portões...
Desbotando tons, e o inconsciente
se encarregou de criar verdades.
Por provas, fez de mitos as razões...

Recolhido entre as salas desertas,
os anos a somar o abandono
pilharam a beleza em pedaços.
Abrindo furos, rasgando frestas.
E o dormir deste eterno sono,
Morfeu colheu por entre seus braços.

Tudo agora é escombro somente;
cravado à cidade, triste confim
de velhos espectros e da sombra.
Partilhado ao mendigo, indigente,
covil de ratos, aranhas, capim,
que feri aos olhos frágeis que assombra.

Mas, longe da escuridão, um alguém
guardara a lembrança, a luz vencida.
Que afundou-se aos relógios se pôr.
Lembrando a quem, já a muito além...
por tantos anos, por toda vida.
Posto uma prova que houvera o amor.

Solitária rosa, deixava ali.
Em data exata, quando ao ano vem:
De aniversário um presente terno,
no envelhecer do castelo e a si...
Até que a noite deitou-se também,
a pele esfriando-lhe de inverno.

E a ruína, assim, ficou mais só
e a historia, tornou-se rumor.
O castelo apartou-se do mundo,
sequer memória, saudade, ou dó.
Como se sempre ele fora a dor;
tal de canto algum oriundo...

Quiçá, a torre, querendo altura,
qual mão, apenas anseie outra flor,
pelo céu procurando a encontrar...
E para não quebrar-se a jura,
fez das pedras, pétalas, por amor.
Fez-se o castelo uma rosa a murchar.

Foto de Carmen Lúcia

Mãe, uma rosa...

Sigo teu rastro, o perfume que exalas,
tuas palavras, o mantra a conduzir à paz,
ando teus passos e transpasso meus limites
alcançando a luz que o teu ser ao meu, emite.

Olho o espelho e te vejo em meus traços,
teu sorriso sorri comigo, me acaricia,
me agasalha, no inverno, teu abraço
que me aperta quando o frio se anuncia.

Teu exemplo não me deixa desistir
quando cansada sinto que não vou chegar,
tua força me impele sempre a ir
e sempre vou, ouvindo a voz do teu clamor.

Mãe é imortal, estrela que não se apaga,
mesmo se a moldura não perdura e se acaba
fica a essência a preencher toda a carência
do filho que a tem presente, ainda que na ausência.

Colho uma rosa, colho-Te, em teu jardim...
cor vermelha a pulsar em minha veia, em mim.
Beijo-te com a doçura de teu acalanto,
sopro teu orvalho, lágrima de meu pranto.

_Carmen Lúcia_

Foto de William Contraponto

Indivíduo e Produto

Eles prometerão o céu
E até outro mundo
Se você obedecer tudo
O que o sistema cruel
Estabelecer como sendo
A regra para seu futuro

A indução começa cedo
Estímulo de consumo,
de pressa aparece "eu quero"
E mesmo sem saber qualé
O indivíduo e o produto
Nem se sabe mais quem é quem

Diga, responda aí: É isso que você quer?
Ser refém de si mesmo e o resumo
Desse poder absurdo?
Se sim, siga em frente, boa viagem
Não digo "vá pela sombra"
Pois nesse caso a sombra será você.

Diga, responda aí: É isso que você quer?
Ser refém de si mesmo e o resumo
Desse poder absurdo?
Se não, siga com coragem, boa viagem
Não digo "que a Luz ajude"
Pois nesse passo a luz será você.

Eles prometerão o céu...

Foto de Carmen Vervloet

Acalanto

Dorme menina... Dorme mulher...
Pote de mel... Portal de luz...
A essência do Divino em seu âmago produz
a felicidade que você tanto quer...
Doce menina... Doce mulher!...

Embale seus sonhos...
Teça sua rede
com fios verdes de esperança...
Depois da tristeza apagada
deixe brilhar a sua própria luz
que um raio imantado conduz!
Doce menina... Doce mulher...
Sonhe que um anjo
vela por ti
protegendo-a de todo mal
e que a vida sempre lhe sorri!

Foto de Elias Akhenaton

Poeta Beija-flor

Sob a luz do sol em alguma parte
Deste lindo planeta azul,
Sutilmente minh’alma de beija-flor,
Voa, levita sobre o jardim florido
Em busca do néctar da flor.

Não procuro a mais bela, simplesmente
Àquela que possa me alimentar
Em inspirados e suaves versos de amor
Que tem no doce mel do seu interior.

Porque a verdadeira beleza,
À verdadeira essência está no néctar
Da flor do coração, falo com o peito
Carregado de emoção e
Com a alma de um humilde
Poeta e peregrino passarinho beija-flor.

-**-Elias Akhenaton-**-
“Um peregrino da vida, pescador de emoções.”

Foto de Carmen Lúcia

A última estrela

O dia amanhece após infindável noite
marcada pela presença tediosa da insônia.
A última estrela apaga suas luzes
cega pelo farol do sol que desponta.
Submissa ao sistema recolhe-se à reclusão
para ressurgir nova em nova missão.

Tal rotina não a obstina.Dócil e matreira
oferece à nova noite a doação rotineira.
Brilhar sempre, enquanto brilho tiver...
Brilho que é seu, oferenda para o céu
a abraçar os insones, suavizando suas noites
até que olhos afoitos lhe sorvam a luminosidade
e um dia ela se acabe
perdendo-se na soturna escuridão...

Olhos que por ela se encantam
e obcecados roubam-lhe a luz
refletida em lágrimas derramadas.
Despertos durante noites inteiras,
longas madrugadas, horas de solidão,
tendo como fiel companheira
a lucidez de uma estrela sem constelação.

_Carmen Lúcia_

Foto de Cesar Jardim

Reviver

Renasci com o teu perdão,
agora a vida segue em frente,
e deixamos para trás todas as mágoas.
A intenção de rever teus olhos bem de perto,
segue aos meus desejos ilusão.

Se fores além,
permita que eu te siga sem pedir.
Se eu for também,
permita que eu te ame a luz do sol.

Voltamos a viver,
pelo teu amor,
e não há dívida melhor a se pagar.

Se ao silêncio fores embora,
ao menos da sua voz me deixe a canção.
Se me deixares ir,
Sempre irei ao teu encontro.
Se me deixares te amar,
saibas que nunca terás o que sofrer.

E ao viver assim,
você será a minha eterna musa,
inspiração e minha razão mais pura,
que Deus criou com perfeição.

Foto de diny

Mágoa

MÁGOA

Procuro no coração do todo. E nada!
Não há vida
Insisto; não há vida
só pesado silencio
só solidão que atropela meu ser
esfacela meu coração
com dor que sufoca e mata
com a violência da mágoa
dessa ausência de ti.

Estou completamente perdida
sem o teu amor
tento firmar os meus passos
mas não existe horizonte em mim
sem o teu sorriso
sem tua voz pra trazer-me
o que as distancias não conseguem ausentar
sem o teu olhar que lembre:
a luz do sol e fome de viver...

Então não suporto mais nada!
incluso os soluços do meu coração
sucumbindo manso e só
na dor da mágoa dessa falta tua
e de não conseguir ser completa,
sem teu amor, sem tua vida; sem ti!

Te amo...
sinto mágoa por te amar tão só, meu amor.

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