Luz

Foto de Arnault L. D.

Multimédia ( p/ Carmem Cecília )

Você foi assim,
como o sopro do jardim,
como a brisa do pomar,
que no vento enfeita o ar.

Você vai assim,
como fogos de festim,
mil estrelas somar,
a inundar o nosso olhar.

Então não há fim.
Se a lembrança disser sim,
cada vez que alguem olhar,
como a luz volta a brilhar...

Junto ao verso enfim,
os olhos são estopim
que se acende ao mirara
explodindo em formas o versar.

E aos poeta que o nanquim
ganhou asas de um querubim,
alado de imagens, vão achar,
a falta de algo em seu lugar.

Foto de Melquizedeque

O silêncio de um morcego

No sótão da casa de Emília, havia um morcego que ali vivia
Os raios do sol jamais bateram em sua sensível pele
Um fantasmagórico ser que nenhum som emitia
Não era grande nem pequeno, nem filhote ou muito velho

Não se sabia de onde viera, nem parecia ser amigável
De cor negra e grande olhos, em suas asas se escondia
No escurecer do dia o sangue dos ratos o alimentava
Mas para cada rato assassinado, sua sede só crescia

Emília, uma inocente criança, não sabia do horror lhe viria a acontecer
Em uma sexta-feira, de nublado céu e lua cheia, barulhos no sótão escutou
Era meia noite, e seus pais já dormiam. Acorda assustada e, olha a janela
Estava um tanto escancarada e a luz da lua no chão batia

A curiosidade, em seu pequeno coração, aumentava ao som que ouvia
Extremamente aflita e angustiada, lentamente caminha até a porta
O ruído cresce... E o sangue de Emília, por um instante, parece que não existia
Ao olhar da fechadura nada de estranho encontrou

No fim do corredor, mais uma janela aberta avista. Imensa, larga, bucólica e horrenda
Sente um vento frio e sua pele arrepia. Mas o ruído que escutara parece ter uma direção
Ergue seus olhos e vê uma escada. Sobe sem pestanejar, sem ter idéia de para onde iria
O morcego percebe o som da porta que se abre. Voa velozmente para a parte mais sombria

Esse tenebroso ser se cala ao sentir o frenético bater do coração daquela menina
A armadilha é arquitetada pela mente sagaz de um animal ensandecido
Emília pergunta com voz baixa e muito trêmula: Olá! Tem alguém que possa me ouvir?
O morcego lhe responde: Falo pouco, quase nada, mas eu sou um bom ouvinte

Emília fica assustada, paralisada e emudecida. Tenta correr, mas não consegue
Parece estar entorpecida. Sua voz desaparece mesmo dentro de sua mente
O ar frio dá lugar ao quente no respirar dentre os dentes do monstro que lhe mordia
Seus olhos perdem a vida que lhe é totalmente aniquilada

No amanhecer, em seu corpo já não havia mais sangue e nem coração que pudesse bater
Parecia estar dormindo em um sono profundo. O cadáver é iluminado pela luz do novo dia
Seus pais ficaram atormentados à procura da menina. Gritavam bem alto seu nome
Mas o silêncio do sótão continuou... E a busca de seus pais até hoje não se findou.

(Melquizedeque de M. Alemão, 15 de maio de 2011)

Foto de Carmen Vervloet

TANTAS FACES

Se do amor eu sou cativa
é porque meu sentimento não morreu
e por menos que eu ainda viva
permitirei sempre que seu fulgor envolva meu eu.

Busco-te, amor, em muitas faces...
Desvendo-as entre dor, alegrias e solidão
e por mais que o egoísmo te disfarce
encontro-te com a luz do coração.

Busco-te nas ruas, nas favelas,
busco-te nas mãos que oferecem o pão,
busco-te nos palácios ou nas capelas,
busco-te em toda e qualquer dimensão.

Mesmo que alguns digam que não és nada
vou caminhando em tua direção...
E na face do Cristo ensanguentada
clareio mais e mais minha visão.

Nas pegadas do Cristo crucificado
vou desvendando minha escuridão...
Mesmo tantas vezes extenuado
vou te cultivando de grão em grão!

Carmen Vervloet

Foto de raziasantos

Onde estou?

Tudo é tão vago...

Tudo que lembro é de acordar em lugar frio abafado.
Não sei como, mas conseguiu sair comecei a caminhar entre as folhas secas: As árvores sem vida...
Tudo era silencioso, não ouço risos, nem choro, nem lamentos, nem agouro.
Não sei onde estou, nem sei quem sou, tento me ver, mas não consigo; não sinto o calor do sol, à noite não vejo o esplendor das estrelas nem o brilho da lua.
Tento descobrir que sou começo a caminhar passo por rios de águas turvas e violentas.
Vago na densa noite quando á luz do sol irar iluminar todo universo.
Mas sem dormir eu me desperto tudo esta frio e nublado...
Espanto-me com silencio e pela primeira vez sinto um arrepio no meu corpo.
Tudo! É tão vago onde estou?Quem sou eu?
Começo a correr tem pressa de sair deste lugar horrendo e vazio.
Não sinto mais meus pés não vejo os pássaros, e nem ouço o seu cantar.
Nem uma só palavra, nem um ser vivem.
Somente eu...
Eu, ‘’mas quem sou eu’’?
Neste imenso vazio e solidão tento encontrar minha alma quem sabe ela me dirá que sou?
Ò minha alma onde estas? Apareça faça-me companhia tira-me deste vazio!
Há minha alma tudo é tão vago nem recordações eu tenho, minhas lembranças sumiram.
Estou cercada pelo silencio, selva da amargura e a selva da solidão.
De tanto caminhar consigo ver a cidade, mas esta vazia e as poucas pessoas, que consigo ver me ignoram, em algumas eu toco pedindo socorro, mas é como se eu não existisse.
Há!Estou me perdendo cada vez mais...
Onde estão minhas lembranças?
Serei eu um ser humano?
Por que fui condenada há este mar de desilusão e tristeza...
Sinto-me tão cansada devo encontrar um lugar para descansar, e onde eu possa me aquecer.

Mas onde?Se tudo é vago e vazio...
Neste longo caminho que tenho percorrido me perdi nos dias nem sei mais contar os meus dias.
Quem me dera poder ouvir o canto da sábia, as garças com sua beleza me alegrar.
Vou seguir sem parar de caminhar até onde meu corpo suportar.
É eminente a dor do abandono e solidão.
Será este o purgatório?
Por quem fui julgada?
Se não tenho lembranças como saber o meu pecado!
Não sinto cansaço só tristeza tudo é sem brilho, sem cor.
Até os rios me rejeitam...
Quem sou eu? O que sou?

Estranhamente sou tomada por um sono incontrolável.
Sinto muito frio parece que estou em congelando.
Adormeço profundamente...
Der repente ouço uma voz suave e sinto mãos batendo lentamente em meu rosto:
Raquel acorde tudo terminou bem você voltou para nós acabou o pesadelo
Você saiu do coma!

Foto de Dirceu Marcelino

ROSAS DE MINHA VIDA - Homenagem a minha esposa EDNA e minha filhas, filhos e netos em comemoração à data de meu casamento

*
* ROSAS DA MINHA VIDA
*

Tu és a flor, a rosa da minha vida!
A luz dos olhos das netas e filhas
Que brilham e iluminam minha lida
E de toda alegria, tu compartilhas.

Faz-me sentir rei, minha querida!
Rei e pai que vê a luz do dia que brilha,
Desde a manhã até quando a adormecida
Luz se irradia em meu sangue que fervilha.

Traz-me à mente lembranças esquecidas,
De atos falhos das grandes maravilhas
E então recordo que nessa corrida,

Não corri ou caminhei tão longas milhas,
Pois é tão curta a estrada da vida
E ainda não percorri toda trilha...

Foto de Edigar Da Cruz

Você é o Amor!

Você é o Amor!

Vou me deixa ao espaço!
Em seu espaço me alojar sempre ai adentro do coração,..
mulher sonhos e alegrias diversos sentimentos mais...
Que me faz viver em emoção em toque de alegria...
sua luz de energia maior que brilha a vida
abriu-me o céu,me fez acreditar no amor
estava preso no acalento
E contigo me descobri !
COMO E BOM SONHAR !!!
COMO É BOM SENTIR!!!!
COMO É BOM TER AQUELE ALGUÉM ESPECIAL NA MENTE
COMO É BOM ESTA AMANDO...
contigo descobri o que é sonhos e o que é sonhar e realizar,...
marcou-me minha vida …
com sua luz de presença de vida e renascer,..
es ponto de esperança...como uma DADIVA DIVINA!!!,..
.Jamai vou te esquecer,....
hoje mais alegrias,...
estou entre sonhos e fantasias,..
meu coração está alegre!,..pois com vós encontrei um amor
e uma alegria
Dentre VIDEIRAS ! Floresceram
O meu campo a flores
com Lírios, Tulipas dentre tantas
uma linda ROSA VERMELHA DE AMOR …
Com fada que tu es dentro meu amor!!!

Ed.Cruz

Foto de betimartins

O fantasma do hospital pediátrico.

O fantasma do hospital pediátrico.

Era noite o João piorou, o seu câncer alastrava e seu tempo de vida era diminuto o seu caso já era bastante mais avançado, as dores eram muitas e precisava ser de novo medicado. Seus pais, o senhor Alfredo e dona Isabel pegaram no João e arrancaram com ele para o hospital, o seu medico já estava esperando ele, recomendou que fosse melhor internar e vigiar de mais perto.
João fez cara feia, era um menino lindo de olhos verdes, cabeça sem cabelo, mas um sorriso iluminado e franco, era bastante positivo e conformado com a sua doença, às vezes era ele que tranqüilizava a sua mãe. Mala já no carro e foram para hospital oncologia de Lisboa, lá tinham tudo, uma sala, repleta com novidades, desde PC, jogos, livros e até palhaços e pessoas muito simpáticas.
Faziam um bom trabalho, de convívio e auxilio, todos eram simpáticos e o João achou que isso até ia ajudar sua mãe a superar o que vinha ai. Ele sabia que tinha pouco tempo, seu amigo invisível já tinha falado a ele que se preparasse, apenas esperava por ele para fazer a passagem.
Logo lá chegaram, o medico medicou o João e mandou fazer mais uns exames para diagnosticar melhor o estado do João, ele já estava tendo falência de órgãos, seu caso estava mesmo muito mau.
João não era parvo ele lia os olhares das pessoas e sabia o que eles pensavam, sorria e apenas se conformava. Seu quarto era grande, tinha uma cama para sua mãe ficar ou seu pai, olhava para tudo com admiração, mas era muito equipado com maquinas, nada faltava ali. As dores aumentavam à medida que a morfina já não fazia efeito, ele já ficava muito cansado, ele tinha um dom que via o que outros não viam, ele conseguia comunicar com os mortos.
A noite veio e sua mãe adormeceu cansada, ele pode conversar com seu amigo invisível, queria contar as novidades, estranhamente ele o chamou, mas ele não apareceu, nada, estava assustado ele o ajudava a superar o tempo e as dores. A noite já ia alta, eram cerca de três horas da manhã e escutou um riso assustador e um gemido de uma menina, aterrorizada, dizendo:
- Deixa-me, por favor, não faças isso.
Desatando aos gritos, como ela gritava, ele não sabia como fazer, não podia sequer sair da sua cama com os tubos que ligaram nele. Fechou os olhos e pensou no seu amigo com força e pediu a Deus que enviasse seu amigo. Nada, absolutamente nada, que iria ser dele se aquela coisa o atacasse, ele chorou, teve medo, nunca tinha medo, mas naquele exato momento um arrepio atravessou a espinha.
A noite avançava, o silêncio imperava pelo hospital, não se escutava nada e de repente, ele escuta um arrastar de passos, pesados, um cheiro nauseabundo, para exatamente a na sua porta do quarto, o frio percorre seu corpo, queria gritar, não conseguia, a voz sumiu e ficou quieto e dando a impressão que estava a dormir.
A porta abriu-se, entra um palhaço, de aspecto horrendo, mal cheiroso, seus dentes estavam podres e seus olhos esvaiam sangue. Era horrendo, ele caminha em direção de sua cama, rindo de forma assustadora, rindo ele dizia:
- Este aqui vai ser meu, eu o vou levar comigo.
Rindo e maquiavélico, ele saiu do quarto, dando o menino como alma ganha no seu assombroso mundo. Logo ele escutou a voz da menina, chorando e gritando, estava gelado e sem saber o que devia fazer também que ele poderia fazer? Nada estava preso na cama.
A porta se abre de novo e entra uma enfermeira simpática, outra dose para ele ficar sem dor e adormecer, totalmente cansado e sem forças ele adormece.
Entra a luz pela janela do seu quarto, escutando os carrinhos de comida pelo corredor, agitação, vozes, agitação e vida. Satisfeito ele fica agradecido por ser dia, certamente aquela coisa horrenda não o vai chatear, se seu amigo aparecesse logo ele saberia o que fazer.
Na sala estava uma menina linda ainda muito pequenina, teria ai cerca de quatro anos, escutou pela sua voz que era a menina que chorava e gritava. Ela sorriu para o João, nisto ela modificou o seu rosto, ficou pálida, João olhou para onde ela estava a olhar, viu o palhaço horrendo acenando com a sua mão, cheia de sangue. Ele olhou para o João e desatou a rir assustadoramente. Jessica era o nome da menina, desatou a chorar.
- Eu não quero estar aqui, deixa-me ir para casa mama, por favor.
Desolada a mãe ficava sem saber o que fazer ela também estava muito mal já não agüentava mais nenhuma sessão de quimioterapia, já não havia mais nada a fazer, apenas esperar que ela não sofra muito.
João sabia que era naquela noite que algo muito ruim ai acontecer, ele sentia dentro de si, a noite logo veio, sua mãe não parava de chorar, o coração do João estava fraco, os rins quase nem mais funcionavam, os pulmões estavam também falhando, se dessem mais morfina, ele certamente teria falência cardíaca. O câncer ósseo espalhou-se rapidamente pelo seu corpo, a noite estava ficando mais silenciosa, seu amigo nada, sem sombra dele, se ao menos ele aparecesse, poderia o ajudar á Jessica.
Todos dormiam, estava um silêncio pesado, mortal, o ar estava sufocante, o medo invadia seu corpo, de repente escutasse um grito, um grito desesperante, volta o silêncio, que mata. Choros e correria, uma movimentação descomunal, escuta um medico falando no corredor:
- A Jessica, foi forte, apenas não compreendo, ela estava a começar responder ao tratamento e foi-se de repente, estranho.
Desolado ele fica com medo, foi o palhaço e agora sou eu. Olha para sua mãe e afaga seus cabelos, que estava dormindo aninhada em sua cama, ela sorriu dormindo, ele pensa quantas saudades eu vou ter dela e do meu pai.
Um lagrima cai pelo seu rosto, soava a despedida, lembrou as coisas boas e lindas que viveram, com os seus pais, logo tudo ia terminar.
Tudo voltou acalmar, ele queria dormir, mas não conseguia, logo voltou a escutar os passos assustadores, a porta se abre e ele decide não ter medo e lutar contra o palhaço, olhos esvaindo de sangue, voz tenebrosa, o cheiro nauseabundo era tudo o que ele conseguia sentir.
Ele enfrenta o palhaço tenta sugar a sua alma, o menino se defende fazendo uma oração que seu amigo ensinou algo acontece, o palhaço se esfuma e desfaz. Sumiu por completo e estranhamente, ele vê uma luz incrível, dela sai um anjo lindo, era seu amigo invisível, felizes eles, se abraçam e o anjo amigo fala para ele:
- João, tu mereces uma oportunidade, pois superaste a tua doença, foste gentil com os teus pais, foste valente e acreditaste no nosso Pai.
Sorrindo e suas mãos rodeadas de uma luz, uma linda luz verde clara que ele coloca no seu corpo e todo ele começa a vibrar e bilhar como uma magia, uma coisa de anjos mesmo.
Cansado e agradecido ele adormece, logo sua mãe o acorda para ser visto pelo medico, espanto o João estava com os batimentos cardíacos normais. Espantados fizeram exames e verificaram que ele estava curado, completamente curado.
João curou-se e o fantasma tira almas tinha desaparecido de vez, já não voltava para assustar as criancinhas e as levar para a escuridão

Foto de Marilene Anacleto

Toda Mãe é Como Maria Santíssima

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Em meio a tantas vocações, somente uma foi a escolhida:
Seguir Maria Santíssima e dizer o “sim” a uma,
A duas, a algumas vidas.
Não se importou com o corpo e suas transformações,
Do amado, possíveis rejeições, custos com médicos
E meses de desconforto.
Leite materno, magia eterna, sem importar a hora,
Tempo, saúde ou miséria. Depois, a alquimia continua,
Emocionada e benévola.
Com verdes, caldos e chás; com grãos, saladas e cozidos,
E massas para sustentar os sonhos, os sentimentos,
E os corpos doloridos.
À minha, imensa gratidão, e a tua, e à mãe dos meus amigos.
E a tantas, uma especial oração porque os seus bebês queridos,
Levados por bandidos,
Hoje são farrapos humanos e não vivem o grande sonho
Plantado em seus corações. São flagelos, são famintos,
E, alguns, até frios assassinos.
Cada mãe, amiga especial, chora pelo bebê das amigas,
Cuja graça, pela Luz Divina, aceitam em suas barrigas,
Para trazer mais alegria à vida.
Grinaldas de Ave-Marias enviadas a Jesus e aos Anjos
E à Amada Mãe Santíssima que viu sua Criança ser levada.
Sofreu tudo o que há no mundo
E pela fé foi consolada.
Que as mães de hoje, sofridas, tenham a força e a fé
Da Amada Mãe Santíssima. Pois, ser mãe é para sempre ser:
Do doutor, do padre, do professor,
Ou daquele que não veio a Ser.
Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

Mão da Vida

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A mão que cura o irmão
Ou que acarinha o amigo
Tem sobre ela outra mão
Que é a grande Mão da Vida

Às vezes não se compreende
O que se fez na hora certa
É a Mão da Vida a guiar
O que tem a mão aberta

Aberta para doar
Ser um ser de maneira pura
Cuidado ao outro cultivar
Alimentar a ternura

E a Mão acompanha aquele
Que divide sua luz
Tal brisa serena e breve
À paz, ao outro conduz.

E sua paz é gigante
Capta, repassa e é gerador.
Surpreende-se algumas vezes
Que de sua dor esquece
Quando a do outro curou.

Marilene Anacleto

Foto de carlosmustang

SÓ É POSSIVEL PELOS SANTOS

Nenhum jogam tão bem, nem como os 'testemunha'
Ninguem deu tanto o que falar!
Mas peixes escolhidos
Vão além do mar

Faz a emoção e a leveza do Futebol!
Acima da exigencia, o melhor!
Alegria, destreza, perfeição
A luz do gol vem do sol!

Corre vem e marca,é marcado
Gera a falta, abaixa a bola
Na atitude, mostra a reflexão!

Cada vez que pega a bola
Esquece do que é ser, faz crescer...
Uma só emoção! Além... NEIMAR

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