Luz

Foto de Xaverloo

As Partes de mim sem som

É mim
Que agora luz se apaga
É mim que quase já sem som afaga o vazio
Em forma de esperança que morreu.

É mim
Que quando partes de mim sem som
Destila os ruídos para ouvir de longe e em mim
A mistura dos sons que o silêncio faz.

É mim que agora já sem forma
Contando pedaços me perco
É mim em subtrações,
Dividendos,
Proporções inconcebíveis.

É mim agora já sem voz
Perdido em olhos de ninguém
Prisões sem muros
Apuros
Impossíveis.

É mim que agora vela
O facho de luz que se desfez antes que o tocasse.

Xaverloo

Foto de betimartins

Se tu, soubesses!

Se tu, soubesses!

Se tu, soubesses o quanto eu te amo
Jamais trarias em ti a desconfiança...

Se tu, soubesses como o mundo é belo
Quando teus os teus olhos, olham para mim...

Se tu, soubesses o que habita dentro de mim
Jamais deixarias minha luz enfraquecer e apagar...

Se tu soubesses o que eu penso de ti, amor
Jamais sentirias sozinho, apenas, tu, vivias em mim...

Se tu, soubesses que quando escuto a tua voz
Tudo em mim transforma desperta a nossa paixão...

Se tu, soubesses quando a minha alma procurou
Nem a escuridão, nem os turbilhões do tempo a separou...

Se tu, soubesses quantas foram as minhas preces de amor
Entre lagrimas, despojada na dor, acreditando em teu amor...

Se tu soubesses quando te encontrei, minha alma gritou
Liberta da busca, liberta das eternidades, apenas quis amar-te.

Ontem, hoje e amanha... Apenas quis enxugar teus prantos
E poder dizer-te eternamente, eu estou aqui e como eu te amo...

Foto de Marilene Anacleto

Para Quê?

Para que trabalharmos tanto,
Se as crianças estão morrendo
De aids, fome e abandono?

Quem irá dar continuidade
Se os jovens estão-se indo,
Sem emprego e identidade?

Quem vai usufruir o construído.
Se tudo, em tempo se esvai?
Liberdade e Amor estão sumidos
Entre os que deveriam governar.

Sem um ponto de equilíbrio,
Amor para os pequeninos,
Respeito aos jovens meninos,
Viver seria um desatino,

Não fosse a intensidade
Do amor distribuído
Por gente de toda idade,
De todo jeito oferecido.

Nas tantas mudanças da terra,
Nas infames armadilhas da guerra
Por maior poder e mais dinheiro,
Brilha , do coração, a Luz
Que nos veio trazer Jesus.

Para quê? Para arrefecer
O caminho de nossos filhos,
O viver dos nossos netos,
E a vida do que ainda não nasceu.

Marilene Anacleto

Foto de Marilene Anacleto

É Luz

Semente a brotar na terra... É luz
Vulcão vem da profundeza... É luz
Pomba que no céu paira... É luz
A fonte que nunca pára... É luz

Pássaro em bandos alegres... É luz
Bailar das folhas ao vento... É luz
Criança que não se perde... É luz
Esperança que não se mede... É luz.

Pensamento que vai a Deus... É luz
Desejo de paz aos seus... É luz
Abraço sincero e fraterno... É luz
O sol e seu brilho eterno... É luz.

A guerra e seus desenganos... É luz
Socorro ao farrapo humano... É luz
Comida ao que tem fome... É luz
Amor acima de humano... É luz

Para que alimentar guerras, se tudo... É luz?
O ódio que cancera vidas, pede o que... É luz.
Se quiser a paz, o foco mudo... Para a luz
Deus não cansa de enviar sinais de que... Somos Luz.

E nos lembra que enviou seu Filho,... Sua Luz
Que não cansou de dizer:... “Está dentro de ti
O Reino da Luz”.

Marilene Anacleto

Foto de Carmen Vervloet

SERMÃO PARA UM HOMEM IMPERFEITO

Caminhas em busca de venturas,
Mais vezes caça do que caçador
Se não focas no amor a tua procura
Pilha-te o primeiro sentimento predador.

O espírito, onda em movimento
No mar revolto das promessas da tentação
Desliza solto a mercê do vento...
Em cada queda um degrau de evolução.

Cabe a ti escolher e traçar o teu destino
O livre arbítrio é todo e somente teu
A vida não é um cassino clandestino
Mas o maior tesouro que Deus te deu.

Envolve-te de luz como de um manto
E faça-te arauto de bons intentos
Lave os caminhos com os teus prantos
A alma é sábia e compreenderá o lamento

Se Deus mostra sua face na flor selvagem
E dissipa as nuvens num sopro de vento
E te deu livre arbítrio nesta viagem
Por que não fazer bom uso de cada momento?

A vida é a seara que cultivas com amor
Enxergue o mundo num grão de areia
Construa tua obra com carinho e bom humor
E deixe a felicidade penetrar por tuas veias.

Deus te deu sabedoria, potencial e inteligência...
E ouvindo o coração, acionando a consciência
Crie uma praia com seu pequenino grão de areia
E então em paz, deleite-se com a lua cheia!

Carmen Vervloet

Foto de Mitchell Pinheiro

O amor não prescreve

Quando surge um grande sentimento
Fervilha o lógico e o ilógico
O cheiro da primavera expande-se por todas as estações
E o astros ofertam lindas paisagens espaciais aos apaixonados
O mitológico domina o natural
O cardiológico comanda o cerebral

Quando esse sentimento é interrompido pela insensibilidade da dura rotina dos viventes
Um grande equívoco da geometria é evidenciado
Pois a pobre se ilude ao achar que a reta é a menor distancia entre dois entes
Ignorando que não dista um sentimento unificado
A união extingue os intervalos
A distancia apenas adormece o físico
Que reacorda no mais tímido sinal da alvorada
E o amor instantaneamente retoma o fervor do lógico e do ilógico
E o desassossego crescente domina o psicológico

Na velocidade da luz os impedidores chegam muito atrasados
As vibrações de outrora reacendem o cheiro primaveril
E o brilho do olhar se espalha sob as mais belas paisagens
Não importa mais o que é lógico e ilógico
A felicidade é quem define a verdade
O coração quer sossegar o psicológico
Quer tornar os dois entes unidade.

Foto de Sandro Nadine

Deserto de Areia

Me vejo num deserto,
Onde o homem é a própria Areia...
Que com o tempo se espalha ,
Povoando o silêncio que me rodeia...

O que antes era vivo,
Agora passa a ser Inanimado...
Apenas o calor do vento,
E a frieza do orvalho...

O que deveria ser coração, vira pedra,
O que poderia ser luz, vira treva,
O que deveria ser sentimento, vira sela...

A solidão vira tormento,
A sede se transforma, em desejo incontestável...
À noite, impiedoso relento,
Traz para a alma, fome interminável...

E em meio a essa paisagem, o vazio,
Que em mim tranforma-se em lágrima...
É a prórpia Terra imersa no cio,
Sem Brilho e sem Mágica...

(Sandro Nadine)

Foto de Marilene Anacleto

Distância

Mesmo se longe estamos
Estás sempre em meus poemas
Passem meses, passem anos.

Ora és face da lua
Ora olhos do sol
Ora a carta-folha da rua

Às vezes, bailado de árvores,
Em outras, o cheiro da grama,
Bem como o olhar do lago.

Tudo me traz os momentos
De intensa sintonia,
De enlaces em harmonia.

Lembro as cirandas de abraços
Nas tantas rodas dançantes
A coreografar com os braços.

Às vezes me surpreendes muda
Clarão do raiar do sol
Estranhamente desnuda.

Então a vida acontece
À luz da dança divina.
Com cordões de borboletas

No jardim das flores raras,
Os corpos e almas anima.

Marilene Anacleto
18/02/00

Foto de Carmen Lúcia

Amanhã...talvez!

Acordei apática, amortecida,
nem disse bom dia ao dia,
nem fiz a oração a Deus
bendizendo o dom da vida.

Não quis falar de poesia,
nem relembrar sonhos meus.
Senti a alma vazia...
Onde deixei os sentimentos
nesses estranhos e tristes momentos?

A dor em meu peito ardia
e por mais que a rebatesse,
não se desfazia.
Sequer abri a janela,
pra deixar o sol entrar...
A luz transpassada por ela
fez meu olhar se fechar...

Perto dali eu ouvia
um alegre bem-te-vi
fazendo homenagem ao dia...
Tapei os ouvidos, fingi
que não o ouvia...
Mal-te-vi!

Deixei que as horas passassem,
malditos minutos incontáveis...
Por que existem manhãs?
E todo frescor matinal?
Por que a poesia lá fora
quer me falar logo agora?

Por que existe tristeza
em contraste com tanta beleza?
Por que não consigo chorar
pra minh’alma aliviar?

Hoje não estou para nada!
Sinto-me inanimada.
Dormirei outra vez...
Amanhã, quem sabe?
Talvez...

_Carmen Lúcia_
21/10/2007

Foto de betimartins

Paz!

Paz!

Onde, estás tu? Oh Paz!
Procuro-te e não encontro
Os meus sonhos foram roubados
As aves encarceradas na caverna
Os mares foram poluídos, sujos
Gaivotas choram a liberdade perdida
A terra sacudiu como ela, tremeu na dor
O mar revoltou-se, engoliu e desbastou
Tudo que estava a sua frente, feroz
Matou como ele matou e cobrou
O pobre mortal, nada é teu, nada!
Foste tu. Que plantaste aqui a destruição
Colheita é certa e desmedida, mas só tua
Não esperes a piedade, colo e afagos
Como uma criança que errou, tu sabes!
Pois Deus é justo, na hora dos acertos
Tratem de caminhar junto da paz
Renovarem o vosso coração
Em sentimentos nobres e amor
Despirem a maldade, ganância e a inveja
Pois somos todos exatamente iguais
Corre o mesmo sangue nas veias
Temos os mesmos órgãos
Dentro de nós, saudáveis ou não!
Entre olhos coloridos, as lágrimas
Correm transparentes e salgadas
As gargalhadas são variadas
Os corações batem igualmente
È urgente despertar a paz, a real paz
Dentro de ti e de mim, rápido e agora
Soltar as amarras da escuridão
Trazer a luz dentro de cada um de nós
Para juntos, unidos, em massa
Poder mudar a vibração do mundo
Que esta agonizando, morrendo
Por Seres sem amor, sem dó
Que não se importam...
Nem da criança, nem do velho
Sequer do doente e do desprotegido
Apenas importa seus interesses
Mas eu te suplico... Oh Paz! Volta...

Betimartins
www.betimartins.prosaverso.net

17 de Março de 2011

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