Luz

Foto de P.H.Rodrigues

Nos sonhos

Nos sonhos eu ainda te encontro
sudades dos dias que acordava animado
levantava cedo com sorriso no rosto estampado
pois sabia que minutos depois estaria ao seu lado

Saudades das tardes que anciava
depois de passar a manhã, esperava
dar o horario, pra poder te rever
pra me fortalecer e poder encarar o mundo

falta daquele mundo
onde não era escuro, e tudo era visível
onde o azul dominava o ceu
onde tudo que era doce e mel

falta da itensidade do brilho do sol
que era sobreposto por seus olhos
que erradiavam mais que a luz do luar
que iluminavam o meu caminho sem parar

necessidade de não se preocupar
de só viver, e deixar estar
de saber que no outro dia tudo ia se acertar
de aproveitar, e se eixar levar

necessidade de sentir e sorrir
de se deixar preencher, esquecer do mundo
de pular, dançar, cantar, sem se importar
de ir pra qualquer lugar

esperança de que talvez as peças voltem a se encaixar
de que o sol volte a brilhar
e que 2 sejam o número de pessoas que estão a caminhar.

Foto de Arnault L. D.

Triste canção

Como pode ser tão triste
e mesmo assim, ser tão lindo?
Possível não devia ser...
O amor que ainda persiste,
torna em lágrimas, caindo
em canção a me comover.

É linda, por mais que triste.
Cheia de sombra e tormento,
como tempestade no mar.
A melodia que ouviste
com o sussurrar do vento,
torna ao oceano a chorar.

A beleza de um amor
é o amar; é o quanto.
Não é tanto pelo afim,
pelo prazer, ou pela dor,
pelo alegrar, ou pranto.
Se o belo é o seu fim.

Amor de tanta beleza,
por mais que se torne em cruz.
Mas, é belo e não espanto...
O chorar da vela acesa,
torna-se um ponto de luz.
E é desta luz que eu canto.

Foto de Marilene Anacleto

Boas Viagens

Já fiz umas boas viagens
Fui acolhida por pessoas calorosas
Beijaram-me muitas nuvens cor-de-rosa

Pó de mil estrelas me banharam
Neves de sulcos distantes me aqueceram
Águas mornas conhecer-me favoreceram
Doces caminhos que a mim mesma levaram

Mas a maior aventura, a mais colorida
É aquela em que empenho a vida
Para cobrir e descobrir feridas
E recobri-las renovando a vida.

Com alegres e suaves arranjos
Cada célula recebe toque de anjos.

E que caminhos estranhos
Onde imagens se mesclam
O que pareciam orações
Logo tornam-se flechas
Em opostas direções.

De repente um abismo
Parece escuro e sem fim
Não. Não perco o otimismo
O Anjo espera por mim.

Imagens se iluminam
O poço desaparece
Cada cena se encandece

Torna-se tudo canção
Já não há o ir nem o vir
Para as setas doloridas
Cravadas no coração

Amargo-doce do crescer
Escuro-colorido, contínua melodia
Enlaçados na tênue alegria
Da descoberta quente-fria
Do ter vontade de Ser.

Ajudam-me nesta caminhada
A luz intensa da poesia
Encontrada em cada passo do dia,
Em cada anoitecer, e em cada amanhecer.

Marilene Anacleto
Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br, em 29/03/00
Publicado no livro Gira: dançando as raças, os costumes, as flores e os astros, vivências com danças circulares sagradas / Marilene Anacleto. – Itajaí (SC): 2004. 95 p. : il.

Foto de Jessik Vlinder

Chave de Prazer

Tirei minha roupa devagar
Deixando você perceber
Cada detalhe das minhas curvas
Cada caminho para o prazer

A meia luz num tom quente
Na pele morena reluzia
Transfigurava a cor do pecado
Em brasa ardente que fervia

Me encaixei em teus quadris
Pernas abertas, corpo moldado
Me puxou com mãos urgentes
Um beijo longo... Incendiado

Olhos cerrados nos teus
No balanço, corpos dementes
Meus lábios vermelhos tremiam
Volúpia e paixão ingentes!

Não resistindo mais
Sentei... e senti a tua invasão
Lentamente me desvairando
Alucinante sensação...

“Ahh...” Meu sussurro quente
Com a voz melosa, quase um gemido
Te fez descontrolar loucamente
E num golpe atroz, tudo estava incontido

Gemi alto como uma virgem
Delicioso mastro a maltratar
Minha sanidade foi perdida
Só queria gritar e a ti me entregar...

Apertava e lambia meus seios fartos
Enquanto cavalgava desesperada
Um transe arrebatava meu corpo
Como um choque a cada estocada

Gemidos másculos que me desatinaram
Pronunciaste com a tua voz grave
Te olhei como dona, dei o meu máximo
E num sentar descobri do prazer a chave

Nos deleitamos em nossos orgasmos...

Foto de Elias Akhenaton

Deusa Poesia

“Onde existir um sonhador,
Eu estarei presente navegando
Nos mares dos seus sonhos...
Onde existir o amor,
Eu serei a doçura da flor...
Onde existir desesperança,
Tristeza e desamor,
Eu serei o alento da esperança...
Seja como for,
Na tristeza, na dor ou no amor,
Eu serei a luz e estarei
Sempre presente,
Na mensagem de um profeta
Ou na lira de um poeta...
Sou bela e imortal,
Inspiração dos teus dias...
Sou Deusa Poesia!

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de Carmen Lúcia

Não gosto do poeta

Não, não gosto do poeta...
Ele vê beleza em todo lugar,
beleza que meus olhos não conseguem enxergar.

Não, não gosto do poeta...
Suas atitudes certas de liberdade
são incoerentes com as incertezas de minha verdade.

Não, não gosto do poeta...
Que sabe fazer da dor uma prece, uma canção,
enquanto morro todo dia de desafeto e solidão.

Não, não gosto do poeta...
Ele é um rico pedidor de esmolas
E eu, pobre de idéias, nada me consola.

Não, não gosto do poeta...
Ele pode voar onde só os deuses conhecem,
desvenda mistérios que céus e terras desconhecem
e eu, prisioneira de valores descabidos,
construo para mim um cárcere de pedra.

Não, não gosto do poeta...
Como um louco, esbanja plena lucidez,
e eu, lúcida, sou fruto da insensatez.

Não, não gosto do poeta...
Que me faz sorrir, quando quero chorar
e me faz chorar ao sentir o desejo de amar.

Não, não gosto do poeta...
Sua alma é transparente
e se a tenho, é impura e insolente.

Não, não gosto do poeta...
Ele e as estrelas caminham juntos,
e eu, perdida em meu mundo,
preciso tanto de sua luz...

Ah...Como invejo o poeta!

_Carmen Lúcia_

Homenagem aos poetas no Dia Nacional da Poesia.

Foto de Elias Akhenaton

O brilho dos teus olhos

“Ao acordar, pela manhã,
O brilho dos teus olhos é como
O nascer do sol me saudando
Com os raios reluzentes da
Esperança...
É luz para o meu caminho.”

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de raziasantos

Mãe!

Mãe anjo do amor que flutua entre os mortais
Tua imagem traz equilíbrio á natureza.
ES uma fonte inesgotável de amor.
Teus olhos têm o brilho das estrelas.
Teu sorriso irradia raios de luz.

Teus braços são como muitas asas de querubins.
Por onde passa deixa rastro de esperança.
Nunca desiste de seus filhos.
Suas lagrimas os leva a viajar por mares desconhecidos.
Sob tuas asas os acolhe na hora da tempestade.
ES destemida, protetora:

Sua presença é marcante capaz de transformar
O mais duro coração.
Mãe você é tão forte como uma rocha.
É fonte de amor, brilho esplendor.
Estar em teus braços é conquistar um pedacinho do céu!
Mãe você é, mas doce que o puro mel.

Foto de Hisalena

Dia dos namorados - agridoce

De outras paragens se importou a tradição
Indiferente ao verdadeiro sentido do dia
Antes celebrado em vésperas de Santo António,

Dia de mimos, de flores, de doces e luz de velas
Onde a chama bruxuleante traz uma luz mais pura
Singela e desprovida de venenos e contaminações,

Num lusco-fusco de aromas e desejos contidos
Acende-se a esperança de que nem que seja só hoje
Mude a rotina do dia-a-dia, só hoje vais calar-te e
Ouvir tudo o que tenho guardado para te dizer, vais
Rasgar esse teu ar inocente e galanteador e deixar
Aparecer o teu eu...aquele que grita, que magoa, que
Dia-a-dia atormenta e faz crescer raiva, mágoa e dor
Onde um dia cresceram sonhos e amor...hoje...só hoje
Serei amada como mereço... nem que seja apenas nos meus sonhos....

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DO CAMINHO

Por aqui vou sem destino,
sem rumo, sem pouso certo...
Abandonei no caminho o tino
e sigo de peito aberto.

Minha alegria vai comigo,
vai sorridente, segue meu passo,
o sonho meu eterno amigo
sempre me oferece o braço.

Caminho por entre flores,
num jardim onde semeio paz,
meus sentidos farejadores
correm da felicidade atrás.

Os pássaros da madrugada
entoam a canção de o doce acordar...
Roubo a luz da alvorada
e encho de brilho o olhar.

E assim vou caminhando
guiada pelo coração,
no trinado do sabiá
vou harmonizando a canção.

E quando se fecharem meus olhos,
eu os deixarei fechar,
porque hoje a tristeza eu desfolho
e afogo suas pétalas no mar!

Carmen Vervloet

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