Mães

Foto de raziasantos

Periferia nua e Fria!

Periferia nua e fria.

Periferia nua e fria, jovens desajustados, bêbados e drogados.
Pais desesperados.
Meninas vendem seu corpo por uma refeição.
Terminam seus dias no fundo de uma prisão.
Velórios fazem parte de sua diversão.
Na escola da vida o diploma é munição... Uma arma em cada mão.
O grito do inocente em destaque na televisão.
Preconceito racial, desigualdade social.
O negro é barrado só por esta no carro do patrão.
O menino é sentinela no morro pro ladrão.
Olhai!Senhor por estes jovens de sua nação.
Pelas mães sofridas em busca de um punhado de feijão.
Domingos sem diversão mães fazem fila para visita nas portas da prisão.
Seus parentes são noticias quando dentro de um caixão.
Lares detonados, medo e decepções.
Morte súbita, falência de órgão torna-se coso de indenização.
O trafico domina!
O medo predomina!
Caminhos de pedra.
Guerras por umas moedas.
Desertores desses horrores seguem suas missões.
Olhai senhor! Pela periferia nua e fria, e cura esta nação.
Derrama sobre este povo sua unção.
Somos peregrinos em terra estranha, fenféns do medo.
Acorrentados pela violência, desigualdade.
Réus confessos... Á espera da sentença.
Ver edito.. Culpados ou inocentes?
Olhai!Senhor esse povo sofrido:
Que de tanto sofrer se perdem na multidão.
Neste vazio mergulham no mar da desilusão.
Olhai! Pai por nossa nação.

Foto de Marilene Anacleto

Amigos Invisíveis

Quem de nós não tem dentro si
Um esmerado artista,
Um dançarino exímio,
Um grande médico,
Um inspirado músico?

Uma alquimista profícua
Que, com tecidos e grãos
Faz comidas saborosas
E roupas cheias de arte?

E o cantor, gentil e alegre,
E o palhaço, o humorista,
Em sonhos, luzes e asas,
A voar, um coreógrafo?

Quem são? De onde vêm?
Surgem quando nos esvaziamos
Das preocupações, dos danos
Que fazemos contra nós.

Nas tardes de sol ou chuva,
Nas noites de perdido sono,
Nos tempos em que nos lembramos
Que somos tudo e nada somos.

Então tremula a beleza,
A alegria e a leveza,
Portas trancadas são abertas.
Em vislumbres d’alma dançamos,

Cantamos, pintamos, cozinhamos,
Nascem os grandes remédios,
Pinturas sublimes geramos,

Somos filhos, pais e mães,
Choramos e sorrimos em rezas
Contamos histórias, dizemos versos
E nos tornamos poetas
A bailar pelo Universo.

Foto de Carmen Vervloet

Verde de Amor

Ontem, voltava da minha bucólica Santa Teresa, quando dei carona a uma conhecida que vinha para Vitória, a cidade que me adotou. Minha Ilha do Mel! Uma viagem tranquila, transitando entre matas preservadas, vigiadas pelos olhos atentos dos bravos descendentes de italianos que guardam e cuidam de suas origens e cultura e resguardam com amor e gratidão, principalmente a terra que acolheu seus antepassados, hoje considerada uma das melhores qualidades de vida do país. Mas minha conhecida não era uma teresense e muito menos uma cidadã sustentável. Logo no começo da viagem atirou pela janela do carro uma garrafa de água mineral que havíamos acabado de beber. Parei o carro imediatamente e fui lá recolher a garrafa colocando-a no lixinho do mesmo. Vi-a espantada com meu gesto e logo me perguntou:
- Qual o problema de se jogar uma garrafinha na beira da estrada?
- Tive que desfiar um rosário de inconveniências começando pela dengue e acabando com enchentes também causadas pelo lixo que não deteriora. Mas percebi, na minha sensibilidade, que ela não disse amém!
Depois deste incidente comecei a refletir o quanto o próprio cidadão, com pequenos gestos como o que acabara de ocorrer, é responsável pelas catástrofes que estão acontecendo por todo o mundo, ceifando vidas, deixando tantos desabrigados, derramando rios de lágrimas, causando tanto sofrimento. E pensei:
- Por que não começar pela internet uma conscientização do cidadão sustentável? Já que as indústrias e as empresas não deixam de poluir porque não abrem mão de seus lucros, já que os meios de comunicação nem sempre denunciam porque precisam dos anúncios dos mesmos, já que o governo pouco faz, por que então, nós cidadãos que pagamos nossos impostos e que não temos nada a perder, (a não ser nosso próprio planeta que a cada dia reage com mais violência às agressões dos homens, além de nossa saúde, nossa alegria, nossas vidas) por que não iniciarmos uma educação do cidadão sustentável?!
Chegando em casa vi um artigo no jornal A Gazeta, falando sobre o profissional sustentável. Tomei então conhecimento que na minha querida cidade de Vitória, vários profissionais estão fazendo sua parte. O gerente de uma empresa, por exemplo, que mora relativamente próximo ao seu trabalho, aproveita seu “hobby” que é andar de “skate” para chegar até lá. Junta prazer e saúde à sustentabilidade, pois deixando seu carro na garagem evita a poluição causada pelo automóvel, além de se exercitar e economizar combustível, assim evitando desperdícios. Se não vai de “skate”, vai de bicicleta, e segue os ensinamentos de sua mãe que sempre lhe dizia para não deixar a porta da geladeira aberta por muito tempo e apagar a luz ao sair de um ambiente. Fica aqui um alerta, para as mães, que desejam um futuro mais seguro e mais alegre para seus filhos. Educação começa no berço, torne seu filho um cidadão sustentável, principalmente com seu exemplo.
Talvez, alguns perguntem:
- O que é um “cidadão verde” ou um cidadão sustentável?
- O “cidadão verde” é aquele que tem comprometimento com a consciência ambiental, reduzindo o impacto do planeta, transformando-se num exemplo para os outros. Poderia listar uma série de hábitos do nosso dia a dia que precisam urgentemente ser mudados, como comer carne bovina, usar copos descartáveis e sacolas plásticas, separar o óleo utilizado em nossas cozinhas para ser reciclado, da mesma forma que o lixo, deixar mais vezes o carro na garagem, dentre outros procedimentos. Deixo aqui meu apelo para que os cidadãos pesquisem, planejem e alterem seus hábitos, pois estamos assassinando o PLANETA TERRA. Terra que nos dá o alimento, a água que bebemos, enfim, a vida! Amo esse nosso Brasil, de verdes matas, rios caudalosos, límpidas cachoeiras, flores multicoloridas, praias morenas e povo gentil. Vamos salvar “Gaia” e assim estaremos salvando o Brasil e em consequência, aos nossos descendentes. Fica aqui meu apelo de amor!

Carmen Vervloet

Foto de João Victor Tavares Sampaio

O Orfanato

- O Orfanato

No orfanato
Toda linhagem de enjeitado
Toma a forma de legião

Todo o povo da região
Passa-nos com o ego apontado
Acusando nossa rejeição

E a sombra que aqui relato
Desnuda a treva em ebulição
Sonho irrealizado

Presente desembrulhado
Futuro em suspensão
A humilhação em seu recato
Frio, destrato

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O Sol é falso, losango angular.

Umas poucas crianças cantam.

Outras tantas crianças gritam.

A volta da escola é lenta e singular,
Pois não há ninguém há esperar.

O vento espalhar seu vento, e a folhagem.

Uma nuvem nos faz pajem.

Nosso ritmo é policial e folhetinesco.

Reside o medo do grotesco.

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Os moleques do orfanato são feios e não têm receio em admiti-lo, já que no verso de sua condição morava o adverso, o ridículo dos corações partidos, a brevidade de sua relevância.

Um deles riu-se automaticamente:
- Somos completos desgraçados!

Esta frase correu sem gírias ou incorreções.

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Os moleques
Sabendo serem desgarrados
Destravavam seus breques
Em serem desencontrados

Faltava-lhes o saber da identidade
Descobri-se em um passado plausível
Ver-se na evolução da mocidade
Em um lar compreensível

Mas não lhes foi dada explicação
Nem sentido da clemência
Nem pedido, nem razão
Para sua permanência

Viviam por viver
Por invencionice
Viviam por nascer
Sem que alguém os permitisse

Abandonados
No porão de um orfanato
Sendo assim desfigurados
No humano e seu retrato

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Os moleques eram órfãos
E eu estava no meio deles sem me envergonhar!
Minha vida é curta
Dura, diante dos comerciais contrários!
Meu cárcere é espesso, grosseiro, não derrete nem sob mil graus!
Subo mil degraus e não encontro o final da escada
E a realidade é tão séria como o circo ao incêndio dos palhaços,
Pois nem meu hip-hop consola mais a sombra da minha insignificância
E nem toda a ostentação suporta o peso da veracidade

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O mundo me usa
Ao agrado parnasiano
E me recusa
O verso camoniano
Não tenho honra nem musa
Não tenho templo nem plano
A vida é pouca e Severina
Louca e madrasta carnificina

Solidão
No meu retiro na multidão

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Somos uma falange
Outrora negada pelo sistema
Zunido como abelhas de um enxame
Invadindo os isolamentos propositais;
Nação sem cara
Homericamente mostrando seu rosto
Olhando a palidez da polidez
Sendo enfim mortos de fome.

Sendo enfim cheios de vida!
O braço que nos impede a pedir banha-nos com seu sangue;
Nós somos encharcados
Havendo assim a benção que ignoraram em prestar
A afirmativa de um futuro inevitável;
Matamos e nutrimos
O pavor que nos atira para a vida;
Somos assim não só uma falange como uma visão intransponível.

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Em esperar ter condições
Só restaria estacionar
Ao choro das lamentações

E logo quando o meu lugar
For definido às lotações
Na margem sem quem se importar

Ou mantenho insurreições
Ou vou me colocar
Abaixo das aspirações

Se calar minhas intenções
Alguém vai me sacanear
E se buscar santas missões
Cair no desenganar

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Estamos descontrolados!

- Foi ele, tia, eu vi!
- Não, eu não fiz nada!

- Cala a boca molecada!
Ou vai entrar na porrada
Cambada de desajustados!

Nem suas mães os quiseram
Desde o dia que vieram
E ainda bem que não nasci
No mesmo mal em que estiveram

Enquanto existir distração
Restrito será seu contato:
Problemas não chamam a atenção
Ao veio da escuridão
Silêncio do assassinato

Eu me calo e penso então
Em como o mundo é ingrato
Por sobras ajoelhadas
Firmo-me em concubinato
Em estruturas niveladas
Para minha exploração

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A noite chega aos esquecidos
E com ela sonhos contidos
De um sono forçado

Sinto-me encarcerado
No meu instinto debelado
Pelo pânico dos inibidos

E os olhares entristecidos
Cerram-se em luto fechado
Da morte sem celibato

Estamos envelhecidos
Tão jovens e tão cansados
Estamos aprisionados
Na cela de um orfanato

Foto de betimartins

Da Guerra ao amor

Um idiota, um dia cobiçou uma grande e poderosa montanha
O que ele tinha já não lhe chegava, queria apenas mais
Esperto enviou os serviçais e eles roubaram a montanha
Da terra dos filhos do amor, a terra dos irmãos de Jesus

Então o, idiotia se sentiu gente importante e gente feliz
Porque não? Agora é conquistar mais e mais e ainda mais
Envia ainda mais serviçais ao engano e ganha, como ganha!
Mas aquele idiota morre, e vai ter com S. Pedro, no outro lado...

O S. Pedro apenas perguntou onde ele acharia que iria ficar?
Ele achou que o paraíso era o seu lugar eterno e seu descanso
S. Pedro, sorriu, discordou e falou que o paraíso era chato
Melhor era o inferno, sempre ele teria algo a conquistar

Confuso o idiota aceitou e o que ele correu das armas
Onde ele tinha que ficar em destroços da eternidade
E a feiúra do lugar? O forte cheiro nauseabundo a carne
Dizia o S Pedro:- È o teu churrasco meu filho... Calma!

Chorando o senhor todo poderoso, o perfeito idiota feliz
Ajoelhou-se e pediu perdão, S. Pedro recusou e mostrou-lhe
Os filhos do amor mortos, as mães sem filhos e os sem maridos
Os velhinhos corando e se consumindo na triste recordação...

Arrependido o idiota lembra-se de sua família, dos seus filhos
Sua esposa bem vestida e muito bonita voltou a casar e agora é feliz
Casou com um simples soldado, que sabe ser o marido, pai dos seus filhos
Afinal a guerra perdeu a graça e o amor trouxe de novo o manto da paz...

Foto de betimartins

Poema do povo!

Poema do povo!

O povo é o maior poeta da nossa humanidade
Ele consegue em vez das rimas e das estrofes
Sorrindo, ele se transforma de forma capaz
No pouco pão e nas suas magras economias!

Então ele em vez de lindas palavras, floridas
Ele! Apenas se deixa morar em lugares frios
Em morros, em favelas e nas ruas, esquinas
Sorrindo!Alegre para a vida e as estatísticas...

As mães! Essas apenas ficam apenas aflitas
Pelas mãos, que traja uma arma apontada
Em vez de uma caneta de tinta e um caderno
E um simples tiro acerta aquele que fica na mira!

A mulher essa apenas é mais um desabafo
Do homem mal encrencado, mal resolvido
Que a estupra sai da cadeia em indulto, premiado
E logo encontra e desfaz inocência de uma criança...

E este poema é do povo, poema de desamor e de dor
Onde apenas! Na minha escrita correm rios de sangue
Onde não existe respeito, onde apenas existe!A heroína!
E logo, alguém morre ou é roubado pelo maldito vicio...

E que venha daí as leis, os indultos e os ladrões
Será a nossa maquina judiciária a maior punição?
Que na tinta do jornal corre a dor dos que já partiram
E nos telejornais apenas servem para níveis de audiência!

Mas o meu poema é do povo do que usa havaiana
Dos que correm para festas do funk, samba e outros
Onde a cerveja é a nota da rima do coração sofrido
Que apenas quer esquecer seu triste fado da vida aqui...

Pois é e na mesa deste poema aqui, o poema do povo
Apenas se vê feijão, com arroz aquecido numa panela
Já tão velha e gasta que nem sabe a cor dela! Um dia!
Ao som do batuque, das crianças chorando com fome...

Pois é meu poema! Apenas traja retalhos de sentimentos
Onde as palavras caem num esquecimento e se vestem
De um vermelho vivo, que corre pelas ruas e casas e esquinas
De uma justiça adormecida e desumana neste meu Brasil!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Quase Declaração

Sol que ilumina minhas manhãs trazendo esperança em mais um dia de luta e vida até a noite mais estrelada. Seu sorriso é o verdadeiro sentido dos supremos sacrifícios realizados em seu nome. Beijei com meu olhar seu lindo rosto, tez de menina que o tempo não apaga e presença irradiante de amor que o coração nunca esquece.

Conversa.

Muito além das descrições de personalidade, das cartas registradas nas gavetas das eras, das paixões que não se correspondem e ainda assim enviam mensagens, das moças que gostam de se sentirem desejadas e não aceitam ouvir uma negativa, mesmo que dos corcundas e suas corcovas que saltam aos sustos, existe o vento do cotidiano, o medo da conta atrasada, o cobertor dos seguros de morte e conseqüência, as mães que escondem por debaixo de seus vestidos recatados mulheres de lava e magma, longe das infâncias perdidas ou qualidades evidentes. Fica difícil conciliar o sonho ao real. Graças ao bom Deus, há a desilusão do agnosticismo.

Homens, infiéis na essência da poligamia ancestral, se rendem para a sobrevivência de sua espécie fraca. Antes fossem esparsos. Tomaram como praga os cinco continentes geográficos, tendo bases fixas nos distantes pólos mais gélidos. Há os homens que possuem competência para se tornarem leões, e os que são como os pombos, monótonos e monogâmicos. Biologicamente o primeiro é melhor, e se reproduz facilmente. Um homem comum nunca vai chegar ao ápice de evoluir factualmente, nunca superará suas expectativas, sempre verá seu objeto de querer distante de seus braços, separado por um tapete de pregos e cacos de vidro. Resta, então, poupar dinheiro para a previdência social, ser corno e subempregado, tentar ter uma casa no litoral sul. Não há sequer como conviver com as despesas do seu velório, do seu enterro moral de aluguéis e despejos, seu pouco de orgulho em pertencer a uma sórdida periferia bandida. Há a indigência velada, a marginalidade dos que são preteridos no processo seletivo da vileza do destino.

Existem mulheres que passam a vida inteira sem receber uma declaração de amor, e moças que bocejam diante de várias delas. Existem pessoas que merecem uma chance, e não conseguem. Outras que imaginam um céu resplandecente no futuro, que a tão esperada felicidade vai lhes cair no colo uma hora ou outra, e estatelam a face na primeira cilada que o asfalto dos questionamentos impõe aos que se dirigem desavisados.

Que bom que a juventude acaba logo.

Foto de Marilene Anacleto

Balas Amargas

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Balas interrompem o amor,
Balas encerram o futuro,
Balas formam desumanos
Nas escolas e nos oceanos.

Nos prédios e nas cabanas,
De uma máquina pobre e podre
Torpes pensamentos embaçados
Tecem tramas de atos obscuros
Em troca do poder que consome:

Futuros religiosos,
Futuros cientistas,
Futuros professores,
Futuros bons políticos.

Futuras boas mães,
Futuras grandes promessas,
Futuros e grandes cantantes,
Futuros e sensíveis poetas.

Marilene Anacleto

Foto de anamauer

"Ainda que os filhos agasalhem-se em outros amores"

*“Ainda que os filhos agasalhem-se em outros amores...”

“Ainda que os filhos agasalhem-se em outros amores...”
Estas palavras saltaram das páginas de um livro, percorreram cada milímetro do meu ser e se instalaram em meu coração. A saudade se fez presente, pois me transportou para um passado onde eu, mãe, bastava para agasalhar meus filhos.
Mas esse agasalho perfeito e na medida certa, aos poucos foi ficando pequeno, portanto substituído. Assim como seus pijaminhas que foram trocados por outros modelos, tamanhos e de acordo com os gostos de cada um.
Eu, como todas as mães, sonhei em estar sempre perto dos meus filhos para guiá-los e protegê-los a vida inteira. Só que contradizendo meus próprios sonhos, os ensinei a andar, comer, banharem-se sozinhos. Eu os preparei para tornarem-se cidadãos respeitáveis, cumpridores de suas responsabilidades. Eu os incentivei a terem garra e coragem para enfrentar esse nosso mundo que não é nada complacente com quem sucumbe frente desafios. Eu, a exemplo da natureza, mais precisamente da ave águia, dei-lhes (ainda que emocionalmente cheia de conflitos), o primeiro empurrão para que voassem sozinhos, pois grande era o medo que eu sentia de um dia não conseguirem sobreviver sem que eu estivesse por perto.
Filhos preparados para esse momento já esperado. E eu? Estou preparada para esse momento? As palavras “já não precisam mais de mim” soam em meus ouvidos sem tê-las ouvido. Hoje, cada qual ruma construir seu próprio ninho, “já se agasalham em outros ninhos”. Entristeço-me, como se só agora sentisse o corte do cordão umbilical e só agora me conscientizasse de que os filhos são criados realmente para viverem suas vidas.
Comigo foi assim também quando deixei a casa de meus pais para viver a minha vida. Assim como minha querida mãe enfrentou esse momento e todas as mães enfrentam, também irei enfrentar. Continuarei cumprindo a outra etapa da minha missão de mãe que é apoiá-los, incentivá-los na nova caminhada e ficar aqui orando e torcendo para que o aprendizado que tiveram comigo, faça parte do que eles serão daqui pra frente.
Quero aprender com a independência deles, ser ajuda em suas necessidades e me sentir feliz vendo-os felizes, porque “ainda que se agasalhem em outros amores” e estejam mais distantes, acredito que levarão para sempre a certeza de que, enquanto eu viver, serei a mais entusiasta aplaudindo seus sucessos, continuarei sentindo suas dores como se fossem minhas e estarei de braços abertos, em qualquer ocasião, para estreitá-los em abraços de carinho, conforto, colo e muito amor.

autoria: anamauer

*Do livro QUATRO ESTAÇÕES – Editora Adonis
(...e outras prosas – MÃE - pág. 145)
Autora Terezinha Rocha Poles

Foto de annytha

Mãe sinonimo de amor - Milagre de Deus!!!

Existe uma variedade de mães, mas no fim é tudo igual e há quem diga que so mudam de endereço ... Até muitas tem o mesmo nome, assim como: Ana, Lourdes, Dalva ,Diná, Denise, Lidya, Maria,Janai e por ai vai...
Tem mães adolescentes, mães jovens, mães adultas e mães já maduras, tem mãe que aos 52 anos de idade já e bisavó, vejam só! Tem mães pobres, mães ricas, não importa: São todas mães!!
Tem mãe patricinha, como a minha vizinha, mãe elegante, mãe doutora, mãe advogada, mãe juíza (Ui! Deve ser chato ter uma mãe juíza, porque ela deve sair por aí julgando tudo o que passa em sua frente, pois esquece que fora do tribunal, ela nada pode julgar, só quem julga,a qualquer tempo, é O Deus Onipotente), Mães dentista, mães que são pai e mãe (pra essa, tiro o chapéu), pois trabalham duplamente pra fazer os dois papeis, a ponto de darem conta do recado, cria seus filhos sozinhas ate chegarem na Universidade!
Tem mãe que ao mesmo tempo que é mãe,além de dona de casa, esposa, doutora e ainda arranja um tempinho pra fazer a obra de Deus, como e o caso
da nossa Pastora , e nunca a vi se queixar de estar estafada. Ufa! Eu que canso por ela!!
Tem mãe que hoje ao invés de receber um presente do seu filho, estará deprimida, por ele não mais estar com ela, pois ele se foi, pra nunca mais voltar, pois por algum motivo que só quem conhece é o criador, o seu corpo jaz sob uma fria lápide, mas seu espírito vive ao lado daquele que o criou!
Tem mãe que recebeu presentes caros, e valiosos, outras, se contentaram em receber um abraço ou uma simples flor... Mas ficaram felizes, pois aquela simples flor, foi dada pelo seu filho amado com todo o seu amor.
Dizem que ser mãe é padecer no paraíso! Padecer no paraíso?! Isso eu não concordo não, pois no paraíso não há dores nem sofrimento e se mãe e sinônimo de amor, logo no paraíso, ela jamais ira padecer e nunca vai sentir dor.
Ser mãe, e uma dádiva de Deus, ser mãe e Divino, pena que nem todas pensam assim, pois não deixaram que seus filhos nascessem, outras, que os jogaram na lata do lixo, jogaram em qualquer lugar, só pra se livrarem de uma criança, que, mais tarde quem sabe, iria ser seu orgulho, mas nem nisso pensaram, queriam apenas se livrar de um pequenino ser, por vergonha de ser mãe solteira e serem banida de uma sociedade cheia de preconceitos. Nem os animais fazem isso, e não tem inteligência como nós, que e agem por puro instinto, cuidam das suas crias, e delas tem muito ciúme e ai de quem chegar por perto, estará correndo perigo de certo!
Tem mãe que Deus já recolheu para si, assim como a minha, e as de muitos que estão aqui, e hoje só nos resta saudade e um enorme vazio, mas ainda bem que temos Deus que nos ajuda a superar tão grande dor!!
Obrigada Deus, por ter nos dado um mãe, obrigada Deus, porque hoje, eu também sou mãe!
Viva a mulher brasileira – Salve o dia das mães!!!

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