Manhã

Foto de KAUE DUARTE

sentinela

Sentinela
Em seu posto gelado
Dia e noite, sol e chuva
E o sentinela preparado
concretizado em um só querer
com o olhar fixo no breu
nada vê, tudo sente
o ar gelado te da a sensibilidade
o vento que sopra forte te da ousadia
e o medo te da coragem
sentinela
focado em quem está por vir
não cochila nem vacila
armado, fardado, soldado
em pé protege os demais
sozinho impõe a paz
sua guerra é interior
quando lhe perguntam
como está a noite
o sentinela diz
a manhã já vem chegando
o nascer do sol é o aviso
de que sua jornada termina
pois passou a noite
chegou o dia......(kaue jessé 28/10/2010 *)

Foto de Oliveira Santos

Aquelas Coisas

Aquelas coisas tão pequenas
Corriqueiras, simples apenas
Os tais detalhes tão mais que importantes
Toda candura de cada vão instante
A inocência de um pôr-do-sol
O som do vento correndo ao redor
Toda beleza de uma paisagem
Toda crueldade de uma miragem
Aquelas coisas tão pequenas
Vividas como dias tão comuns apenas
A música ouvida a dois
Aquele feijão com arroz
As noites no mesmo colchão
De manhã dividindo o pão
E num beijo a breve despedida
Para enfrentar mais uma vez a lida
Aquelas coisas tão pequenas
Dadas com amor e por quem ama apenas
O bombom comprado no meio da rua
O olhar quente, a palavra nua

11/11/10

Foto de poetaromasi

A estrela mais bela que encontrei

A ESTRELA MAIS BELA QUE ENCONTREI!
(Rogério Martins Simões)

Sabes encontrar-me pela manhã,
No riacho cristalino do desapego,
Onde, renunciando, dores refego,
Para que a esperança não seja vã.

Livre da dor e tortura é este afã.
Cuido este corpo onde me apego.
Tarde libertar-me deste carrego,
Que extingue o carma de amanhã.

E se estiver na hora quero propor:
Irei de mãos dadas pelo caminho,
Perdido eu de amores, devagarinho,

Levarei comigo o meu lindo amor,
A estrela mais bela que encontrei.
Não quero perder quem tanto amei!

Lisboa, 27-03-2008 22:04:08
(Registado no Ministério da Cultura
Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C.
Processo n.º 2079/09)

http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt

Foto de Fa Oliveira

Pseudo Amanate

Quando te encontrei
Obedeci ao que acreditei
Ser o meu coração
Hoje te peço perdão

Eu não conseguia
Sentia agonia
Só de pensar
Em me distanciar

Eu acreditava sinceramente
Que morreria subitamente
Se você decidisse me ignorar
Ou se afirmasse não me amar

Você me contou um dia
Que paixão por outro sentia
Mas eu decidi lutar
E jurei te conquistar

E assim fiz seresta
Fiz prosa e promessa
Não te deixava sozinha
E te prometi minha vida

Te protegi do frio
E preenchi o vazio
Que você mencionava
A cada manhã quando acordava

Em troca do seu amor
Te refresquei no calor
Te defendi dos seus medos
Te contei meus segredos

Atravessei inteiras estradas
Provei das frutas mais amargas
Movido por um sentimento
Que era fixo em meu pensamento

Cantei para você dormir
Brinquei para você sorrir
Contei historias para você sonhar
Te confortei para você não chorar

Ao meu esforço você respondeu
Quando um dia me surpreendeu
Sussurrou que me amava ao ouvido
E chorando fiquei comovido

Vivemos curtos eternos momentos
E logo percebi que os meus sentimentos
Não eram de um verdadeiro amor
E te fiz sentir muita dor

Sem coragem, agi com covardia.
Dia após dia eu mentia
E sempre te ludibriava
Há se soubesse como eu te enganava

Como se já não fosse o bastante
Te levei para cama e naquele instante
Fui o primeiro homem a te tocar
E outra vez menti quando disse te amar

Eu nunca quis te magoar
E muito menos te enganar
Mas confuso com o que sentia
Agi como um falso diamante
Te seduzi como um pseudo amante.

Fa Oliveira

Foto de Carmen Vervloet

CANÇÃO DE PRIMAVERA

Sob o céu azul de setembro
Gira... gira... a roda d’água
vão-se, uma a uma, ao vento
minhas infrutíferas mágoas.

Abre-se uma rosa singela,
na floreira da minha janela.
De você eu me lembro
nesta manhã de setembro.

Uma lágrima de saudade
cai sobre a rosa amarela
e clareia o dia transposto
limpando o sol já posto.

Abro a minha cancela,
fecho à minha cela
de solidão... Voa meu coração
semeio e cultivo um fértil chão.

Abrem-se as flores,
Intensificam-se os olores...
É primavera!
Embalo a confiança
no colo da esperança.

Adormece o passado,
acorda um sonho dourado.

Carmen Vervloet

Foto de Coyotte Ribeiro

Sussurro

"O anoitecer está marcado por traumas e desesperos;
Ouço gritos e rugidos em meio a tempestade;
Cada passo que sigo o medo atravessa minha alma
sucumbindo todo meu fôlego e sem paz de espírito estou vagando a sua procura.
Minhas forças cada vez menores, já não me deixam sentir o vento tocar o meu rosto.
Minhas mãos tão congeladas pela dor da alma agora pesam como pedras caindo no desfiladeiro;
Meus inimigos me procuram e querem me atacar de todos os lados.
Sou caçado como presa; Mas não vou desistir
Minha fraqueza é grande, e meu fardo é insustentável.
A aurora já se aclama no horizonte, posso ver o sol raiar;
Minhas suplicas são ouvidas, posso sentir o calor da manhã.
Sim estou alcançando o vale da esperança, falta pouco.
Não vou me render, estou sem ar. mas vou continuar!
Sim vou continuar até achar o que tanto procuro!!
Logo não serei taxado pela covardia, mas o Senhor de todas as forças
renovará minhas energias e pronto estarei para seguir minha jornada sem temer o que me cerca.
Atitude e ousadia são armas poderosas de um conquistador.
e tão logo meus inimigos cairão e alcançarei minha vitória porque Deus me fez lutar para merecer o que tanto desejo."

(Palavras são complexas e compreendidas por quem almeja a simplicidade de corteja-las)

Foto de Carmen Lúcia

Ainda há sabiás...

Ainda creio no homem
e nos sonhos que inda sonho
apesar dos desenganos
não obstante os transtornos...
Ver minha pátria querida
livre de tanto abandono
e enquanto faísca luzir
de uma luz tênue e pálida
minha esperança não vai se esvair
mesmo que um tanto esquálida
diante dos que em nome da lei
roubam a crença de um povo
fazendo-se amigos do rei...
Favoritismos escancarados,
nepotismo desenfreado.

Ainda creio no homem...
Como viver sem crer?
Não há Pasárgada que resista
melhor seria morrer
ao desistir da bandeira
que escolhi carregar
e contra tal bandalheira
lutar, lutar e lutar...
Fazer da terra querida
o berço realmente esplêndido
onde quero me deitar...
Sonhar com um novo tempo
que com certeza
um dia há de chegar.

Ainda creio no homem...
Como deixar de sonhar
ou imaginar Pasárgada
o meu novo e eterno lar?
Prefiro nunca ir lá
pra um dia ter que voltar
como na canção de Chico
e de Jobim...” Sabiá”...
"Vou voltar...sei que ainda vou voltar..."
E ouvir de uma sabiá, o canto
doce momento de encanto
à sombra de uma palmeira
vendo o dia anunciar
uma manhã altaneira
o amor a triunfar
e toda gente a sorrir
quando a tempestade passar.

Ainda creio no homem
A ilusão jamais me consome...

_Carmen Lúcia_

Foto de CACAU n°2

O prazer

Pareço estar vivendo num outro mundo. Passei muito tempo cativa, escrava de pessoas que nunca mereceram meu amor. Cobrei de mim ser prestativa e uma boa mulher, mas nunca era o bastante. Hoje vivo, talvez essa vida dure alguns minutos, sei lá! No entanto ter lhe conhecido deu-me outro sentido, passei a olhar para além dos muros dessa vida mediocre que tinha, olhe através de seus olhos e gostei do ví.
A vida passou, o passado ficou onde está, descobri que a há muito mais para se viver do que apenas lembrar das coisas que lá atrás ficaram. Tu tens sido meu bálsamo, cura meu coração a cada encontro, a cada sorriso põe em meu coração esperança, tu és alegria, magia...ahhh! eterna criança. Teu jeito, tuas formas, meio muleque, atrevido as vezes, acuado por outras. De um sorriso lindo, me recebe-me em ti com tamanho amor. Sinto-me fazer parte de tí, não importanto se estais aqui, tu me completa, faz-me sentir viva.
Hoje tu foste minha bebida mais inebriante, em teu colo me escondi, no teu sexo adormeci feito criança no colo da mãe. Senti-me segura e da tua vida jamais quero sair. Sou assim, meio poeta, tola, mas tenho teu consolo, tua vida em mim e sou feliz assim, a cada manhã.
O prazer

Foto de Ricardogiga

Lembranças

Se me tortura a distância a mesma me traz a esperança,como o vento vagueia sem dono e sem rumo,vejo o brilho da doce e ingrata manhã. Percebo agora a clareza de minha insônia levando-me a imagem e grande lembrança de teus olhos,tenros e limpos de tua face aveludada e perfeita suavidade como os campos floridos. Na simplicidade de teu brilho,como o bater das asas de uma borboleta que se vai capturada por alguém que a adora.És tu meu brilho da alma que do coração queima como chama,o brilho da minha paixão explodindo no furor e estase,como se jamais fosse ver outra vez e sentir em meu coração,ou se meu futuro fosse tão incerto em meus desejos. Te encontra minha loucura outra vez como os pássaros encontram o céu e mergulham de prazer pra te roubar um beijo de amor,eterno,sem fim. Nos teus seios se me quiseres deleito-me como ondas na praia, se rejeitais amá-la rasga a pele de minha ancia e fraca saudade .Ficar sem ti hó amada minha é estar sem ar nos pumões, é viver e desejar a morte que jamais vem e tortura com sua ausência tenebrosa então a distância que escraviza sonhos e mata se envenena minhas entranhas , assim sinto-me a morrer devagar como uma flor que murcha e pétalas que caem sem parar e sem grande lembranças.

Foto de Cecília Santos

PERFUME DE FLORES

PERFUME DE FLORES
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Hoje pela manhã, colhi flores.
Cingi-as num abraço apertado.
Aspirei seu perfume sem pensar.
Contemplei, cada uma delas com pesar.
Porquê tão belas, tem que morrer?
Espalhei suas pétalas ao vento,
perfumando a brisa, enciumada que passava.
O vento levou suas pétalas e perfumes,
Deixando pra mim apenas, um insinuante
aroma perfumado.

Cecília-SP/09/2010*

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