Mãos

Foto de DAVI CARTES ALVES

SOB O OLHAR PERVERSO DO AMOR

Desejar-te tanto

pele, alma, lábios

querer vestir-se com as tuas dores

querer ser balsamo

orvalho revigorante

para teus exaustos sensores

Mais eis que da tua fausta bandeja

só caem migalhas

entre cascas barrentas e amargas de aipim

encerradas num, bom dia!

Tépido e sem cor,

morno assim

Parca ração

quando a tua chuva não beija á tempos

as searas ressequidas

e o vazio das tuas mãos ausentes

a esmurrar-me já nas cordas,

impiedosamente

Resta recolher resignado

espalhados pelo carpe,

sem mais o pulsante brilho,

estilhaços de um coração de acrílico

Arde n’alma a angustia

quando não podemos reter o azul

e o crepúsculo chega vestido de lírio

pingando fogo

vazando delírio

e derramando laminas famintas

em vão

os olhos suplicarem colírio

abraça-me a sensação

de “contornos sem essências”

o de Clarice Lispector mesmo

ali bem perto do

coração estilhaçado

a sensação de a alma

o ser, a vida, o todo

sentir e arder

como a pequena e ingênua aranha

que trêmula e palpitante

encharcada de álcool e chamas vorazes

esperneia e crepita em angustiante dor

sob o olhar perverso

do moleque tirano

que se chama Amor.

by - DAVI CARTES ALVES
Acesse: poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de AjAraujo poeta humanista

Toque Divino (poema das mãos)

Mãos.
Mãos que oram a Ele.
caridosas
cujos gestos simpatia acarretam.

Mãos.
Mãos que acenam para um amigo que fica
que aproximam
que distâncias cobrem.

Mãos.
Mãos que falam ao semblante de um amigo
que exprimem o olhar, o sorriso, o coração
que falam de Deus.

Mãos.
Mãos que artistas escrevem na natureza
que compõem
que tocam Chopin, Bach...

Mãos.
Mãos que afagam as flores
que retiram as lágrimas
que consolam, que erguem.

Mãos.
Mãos que falam de coragem
que falam de vontade
que falam de amor.

Mãos.
Mãos que me transformam
que ainda me acenam
que deposito uma rosa.

Obs. O poeta humanista celebra a importância das mãos em nossas vidas.

Foto de AjAraujo poeta humanista

Conto de Natal: Os três meninos!

Chegava o Natal.
Aqueles três meninos observavam a correria daquela gente.
O relógio da torre marcava 8 horas da noite, muitas lojas cerravam as portas.
Um vento frio fazia tremer o corpo e doíam os ossos. Recostavam-se uns aos outros na espera do pai que tentava (em vão) comprar algo para a ceia.

Tempos ruins aqueles, haviam sido despejados e agora dormiam em um trailer abandonado, com pouca lenha para aquecer nas longas noites de inverno que se anunciavam.

Um dos meninos, que se chamava Juan, olhava para a algazarra de um garoto típico da cidade, escolhendo os presentes mais caros e bonitos que jamais vira, deixava-se levar pelo pensamento, sonhando também tocar aquele presente, momentaneamente parecia-lhe viver aquela cena.

Um de seus irmãos, Rodrigo, parecia ter o olhar perdido na multidão, nada dizia ou gesticulava, contemplava em silêncio uma noite que nada prometia de diferente de outras tantas vividas.

O terceiro e mais velho dos irmãos, Jose, preocupava-se em observar o pai, que em longa confabulação, tentava convencer o dono do armazém a lhe vender algo fiado. Em desespero, o pai mostrava os filhos no frio, ao relento, como última cartada para obter algo para levar para casa.

Nada feito. O pai sai cabisbaixo do armazém, mal podia divisar os olhares de seus filhos, não cabia em si de abatimento e revolta. Quando subitamente, ao atravessar a rua, vê uma criança desprender-se das mãos de sua mãe e postar-se indefesa em frente a um bonde em velocidade.

Trêmula, o medo a impedia de movimentar-se. O pai dos meninos pobres se lança como uma flecha e consegue tirar a menina da frente do bonde, mas o destino cruel lhe reservou uma peça, uma de suas pernas ficou presa nas rodas da composição.

Os meninos correram ao pai e todos os passageiros do bonde e os passantes em solidariedade àquele corajoso homem conseguiram libertá-lo das ferragens do bonde e levaram-no a um hospital.

A criança salva por ironia do destino era nada mais nada menos que a neta do dono do armazém.

Aquele gesto generoso expondo a própria vida, estava prestes a custar à perda da perna do pobre senhor.

Então, eis que subitamente, surge uma senhora de alvos cabelos e tez macia e se oferece para prestar ajuda ao pobre pai.

Durante 7 dias cuidou dos ferimentos, da ameaça de gangrena e o pai já começava a mexer os dedos dos pés, quando ao acordar na véspera do novo ano, ao chamar por tão especial senhora, apenas ouviu de seu filho mais velho:

"Pai, quem cuidou de você foi Nossa Senhora. Ela já se foi pois você está melhor. Quem a chamou foi a menina que você salvou. Ela me disse em sonho para você orar, não entrar em desespero, pois na vida temos provações que são desafios para que mostremos o quanto somos determinados para enfrentá-los com serenidade, fé e determinação."

Ao sair do Hospital, todas as luzes se apagaram e toda a gente da cidade viu um asteróide riscar o céu em belíssima luminosidade.

Enquanto caminhava, todas as pessoas acorriam para ajudá-lo, ofereciam suas casas para a ceia daquela pobre família e brinquedos e roupas para seus filhos.

Um milagre havia acontecido naquela cidade. Um milagre no espírito do Natal.

A generosidade e a solidariedade andam juntas, e aquele pobre senhor bem poderia ser Jesus Cristo e as crianças famintas, os jovens pastores em sua cabana.

Um conto de natal, um conto de solidariedade, homenajeando Charles Dickens e as pessoas que fazem a diferença, pregando e praticando atos que mantém acesa a chama da esperança.

Foto de Carmen Vervloet

Ciclo da Vida

Mãe... o ciclo girou... girou...
E se fechou.
Hoje... um novo ciclo começou.
Ontem você era minha fortaleza,
meu escudo e proteção.
Amparava-me com suas santas
e abençoadas mãos.
Hoje... vejo-te tão frágil, dependente
e tudo faço para que fique contente...
Quero que tenha o mesmo amor que me ofertou,
faço-me mago para adivinhar qualquer desejo seu,
reconheço cada olhar dos olhos seus.
O olhar pidão... ansiando por carinho e proteção!
O olhar de alegria... que tudo ao seu redor irradia!
O olhar de alforria... clamando por um pouco
mais de liberdade,
tentando fugir da severidade do seu tratamento,
zero açúcar, zero sal, zero gordura,
eliminação total de tudo que satura.
Hoje... mais uma vez te levo ao hospital
e empenho-lhe mais uma vez meu aval.
Prometo-lhe que vai sair desta,
que sua vida ainda será de muita festa,
que juntas teremos ainda muitos anos
de cumplicidade
e que a sua idade, os seus noventa e dois anos,
em nada atrapalhará nossos planos.
Hoje... mãe... você é o meu bebê...
E farei por você o que hoje sei
e também o que só amanhã saberei
porque te amo, mãe
com um amor tão grande... tão pleno...
que só você consegue ver...
um amor que em palavras
jamais saberei descrever
porque ele é imensurável... impalpável
e vai além do tempo!

Carmen Vervloet

Foto de Arnoldo Pimentel Filho

AMAR VOCÊ

Entre meus devaneios está beijar você
Mergulhar em seus braços até dissolver
Atrair seus desejos contidos
Amar-te até onde for permitido

Acariciar seu rosto com suavidade
Misturar nossos sonhos
Passearmos pelo parque de mãos dadas
Ficar com você toda madrugada

Assim eu teria motivo para viver
Viver de brincar
Ter uma vida inteira pra te amar

Toda noite iria deitá-la em meus braços
Cantar um acalanto até adormecer
Toda noite iria viver para amar você

Foto de CarmenCecilia

PEDRA BRUTA VÍDEO POEMA

Querida Enise...
Poemas em tuas mãos são como jóias lapidadas.
Beijosss!!! Parabéns!!!

PEDRA BRUTA
POESIA: CARMEN CECILIA
EDIÇÃO: ENISE

PEDRA BRUTA

Essa Pedra Bruta... Que fazer com ela?
Deixá-la?
Desprezá-la?
Ou lapidar?

O trabalho vai ser árduo
Pra começar quantas arestas
A serem aparadas
Toda pontiaguda
Como se ao tocá-la
A intenção fosse machucar

Esse limbo então
É uma crosta de tal dimensão
Que não sei não
A empreita vai ser de montão

To ouvindo seu apelo mudo
Até agora me fiz de surdo
Mas vou tentar moldá-la

Vou tirar essa capa
E em cada etapa
Vou desnudá-la
E esculpi-la

Assim aos poucos perderá seu aspecto opaco
Disforme...
Agora sim!!! Está mais uniforme
Vai se descubrindo
Seu interior insinuando

E ela então nas facetas que vai mostrando
Que vão se torneando
Simetricamente agora se apresenta
E assim a preciosa gema vai se revelando

Poderá não ser um diamante raro
Nem caro
Mas refletirá todas as cores do arco íris
E seu brilho terá a intensidade da reciprocidade
Desse ourives que a contemplará

Carmen Cecilia

Foto de Graciele Gessner

A Prestação de Serviço (Graciele_Gessner)

Quando se presta um serviço é como andar de mãos dadas; trabalhar para a mesma finalidade na perfeita sintonia. A prestação de serviço não é apenas mais um trabalho que depois de realizado viramos as costas e deixamos sem amparo. É preciso se relacionar. É necessário fazer o diferente. É fundamental dar apoio nas horas complicadas. É preciso estar antenado e, principalmente, mudar e evoluir continuamente.

28.11.2009

Escrito por Graciele Gessner.

*Se copiar, favor mencionar a devida autoria. Obrigada!

Foto de angela lugo

TEU SORRISO RIMOU O AMOR

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Senti no teu olhar um sorriso quente a me desnudar
Aquecendo o meu coração sem perguntar
Levitei neste teu sorriso encantador
Encontrei nele o rimar da poesia do amor

Sentindo as pernas bambeando, as mãos tremendo
Sem saber o que meus sentimentos estão querendo
Meus pensamentos voam no teu sorriso envolvente
Não querendo perder um só momento, deste presente

Divaguei nesta hora de total deslumbramento
Sonhei tanto tempo com este mágico momento
Você ali, olhando-me, namorando-me, que alegria
Agora sabia que muitas seriam as horas de poesia

Seria eu e você neste mundo de contentamento
Onde a magia da poesia rima com o teu sorriso

Foto de angela lugo

DEPOIS DOS BEIJOS

*****
*****
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Sussurrando palavras de paixão no teu ouvido
Olhando nos teus olhos fazendo juras de amor
Nada pode nos deixar sem este colorido sentido
De amar com este sentimento tão sonhador

Fechando os olhos quando estamos nos beijando
Sentindo o sabor do ritmo da paixão acelerando
Mãos deslizando cada pedaço do corpo afagando
Sentindo cada movimento de amor nos deliciando

É bom sentir tudo o que vem depois dos beijos
Todos os sussurros, os gemidos de prazer
Saciando aos poucos todos os desejos
Só temos mesmo que ao Amor agradecer

Amor que nos toma nos braços docemente
Paixão que penetra em nossa carne quente

Foto de BRUCE ALEX

ASSASSINA DO AMOR

Quando perceberes que terminou
Pode ser tarde, as vezes é noite!
Talvez nem sinta falta daquele amor
Que acabou!

Fui jogado de um abismo, a luz apagou
Mas, subi ate o topo. Percebi sua mão pedindo perdão
Não podia confiar, foi suicídio....
Suas mãos se abrindo eu caindo
Sabia que não podia voar
Foi ali, que assassinou quem tanto te amava.

Não peça perdão
Como perdoar quem joga, larga e abandona!
Já não me restam mais moedas, como posso a valorizar?
Ou será que aceitas, como eu, trocar ouro em pedra!

Onde estou ?
Naquele abismo já não vai mais me encontrar.
Não desça, lá sentirá a solidão de quem quis muito e hoje não tem nada!

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