Mãos

Foto de Sirlei Passolongo

Menina do Brasil

Era uma menina linda
Olhos cheios de esperança
Queria pouco da vida
Apenas uma criança

Era uma menina sapeca
Revestida de alegria
Só desejava uma boneca
Pra lhe fazer companhia

Era uma menina pura
Sonhava os contos de fadas
Alma cheia de ternura
Ainda brincava de mãos dadas

Era menina faceira
Coração doce e apaixonado
Só pensava em brincadeira
Vivia num mundo encantado

Era menina tão bela
Sorriso cheio de amor
Sonhava ser cinderela
Desabrochava em flor

Era menina da favela
Pés no chão, sonhos na lua
Triste sorte da bela
Só queria sair da rua

Era menina de tantos brasis
Filha do sertão e da cidade
Só queria ser feliz
Num lar sem frio e maldade

Era menina brasileira
Filha da desigualdade
Sonhava pra vida inteira
Apenas a felicidade

Era menina inocente
Acreditava nos homens
E tudo que tinha na mente
Era matar sua fome

Era menina esperança
Continuava a sonhar
Só queria ser criança
Sem fome poder brincar

Era menina do noticiário
Vendida por algum dinheiro
Por mais um salafrário
A um gringo estrangeiro.

É , agora, uma menina triste...

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de home.enamorat

Medo de Amar

Medo de amar... Por quê?
Quase sempre esquecemos que nem todos os “pratos estão eletrizados”A+A-
Já é tarde da noite e lá fora há um silêncio rural, interrompido somente pelo vento, e que hoje está mais forte, anunciando uma nova estação. A impressão que tenho é que tudo está tranqüilo lá fora e aqui dentro de minha alma. Mas não seria só uma impressão?

O fato é que tenho em minhas mãos um livro que se tornou meu amigo e conselheiro nesses últimos dias. De autoria do pesquisador e escritor Roberto Shinyashiki e Eliana Dumêt – ele trata sobre diversos assuntos ligados ao relacionamento humano, inclusive o medo de amar. Paro na página que acabo de ler e começo a escrever como que a me certificar do que aprendi, mas também para partilhar com você, leitor, algo que, segundo imagino, lhe fará o mesmo bem que fez a mim. Você já sentiu medo de amar? De relacionar-se com profundidade? Sabe de onde vem esse medo?

O escritor narra um experimento realizado pela Psicologia, que responde, de forma figurada, a esta e a outras perguntas ligadas a este assunto: o amor. Um cientista colocou um ratinho em uma gaiola para avaliar o comportamento dele. Ele conta que, no início, o animal ficou passeando de um lado para o outro, movido pela curiosidade. E ao sentir fome, dirigiu-se ao alimento depositado lá. No entanto, ao tocar no prato, no qual o pesquisador havia instalado um circuito elétrico, o animalzinho levou um grande choque, tão forte que, se não desistisse de tocá-lo, poderia morrer.

Depois do ocorrido, o camundongo correu na direção oposta ao prato. Se pudéssemos perguntar-lhe se ele estava com fome, certamente responderia que não, porque a dor provocada pelo choque, com certeza, faria com que desprezasse o alimento naquele momento. Depois de algum tempo, porém, o ratinho entrou em contato com a dupla possibilidade de morte: pelo choque ou pela fome. Contudo, quando a fome se tornou insuportável, o animal, vagarosamente, foi novamente em direção ao alimento. Nesse meio tempo, no entanto, o pesquisador desligara o circuito. O prato não estava mais eletrificado. Porém, quando quase iria tocá-lo, o ratinho teve a sensação de que levara um segundo choque. Houve taquicardia, os pêlos ficaram eriçados e ele correu, mais uma vez, em direção oposta ao prato. Se lhe perguntássemos o que havia acontecido, a resposta seria: “Levei outro choque”. Embora a energia elétrica estivesse desligada, e ele não soubesse disso...

A partir desse momento, o ratinho vai entrando numa grande tensão e seu objetivo passa a ser o de encontrar uma posição intermediária entre o limite da fome e o da obtenção do alimento, para que tenha certa tranqüilidade. Este estado é chamado de ponto de equilíbrio, porque representa uma posição entre o se fazer alguma coisa, no caso, alimentar-se e, ao mesmo tempo, evitar um novo choque.

É provável que você esteja se perguntando: “Mas o que isso tem a ver com medo de amar?”

Eu diria: Tudo! Muitas vezes, vemos pessoas, ou até nos vemos a nós mesmos, “tomando choque”, sem nem mesmo tocar no “prato”. Basta analisar em quantas ocasiões sentimos vontade de convidar alguém para sair, conversar, ir à praia, ou ao cinema e não fizemos nada disso temendo levar o “choque” do não! Ou ainda, quantas vezes deixamos de dizer às pessoas o quanto elas nos fazem bem e as amamos, por medo de que o sentimento não seja recíproco e com isso nos sintamos rejeitados?

Segundo o pesquisador, isso é tomar um “choque sem tocar no prato”.

O fato é que experiências dolorosas do passado podem provocar um medo terrível de novos sofrimentos. Mas o pior é que quase sempre esquecemos que nem todos os “pratos estão eletrizados”, ou seja, nem todas as pessoas têm as mesmas inseguranças ou outras fraquezas que, algum dia, nos deram um “choque”.

Segundo estudos científicos, a compreensão do que sentimos, é o melhor estímulo de que precisamos para recomeçar.

Talvez, hoje, seja o dia propício para fazer uma pausa e pensar: “Será que alguma experiência dolorosa do passado continua exercendo influência sobre meu jeito de amar e sobre a profundidade de meus relacionamentos?”

Amar é a primeira condição para estarmos em constante comunhão com Deus. Não temos o direito de nos privar desta vocação maravilhosa que o Senhor imprimiu em nosso coração no ato da criação.

Foto de Dantas_Maycon

Que sentimento esse?

Que sentimento é esse?

Que não, amor nem amizade.

Uma ponte entre esses.

Um meio termo

Onde dois corpos se atraem,

mesmo sabendo que no fim,

não poderão ficar juntos,

Onde a simples troca de carícias

vale mais que tudo

Onde a febre invade o corpo

causando o transpirar

de pés e mãos.

Onde a cada momento

os dois corpos

estão mais próximos

e ao mesmo tempo tão longe

Onde o medo da rejeição

causa nele a dúvida

do que ela quer

É esse sentimento...

o meio termo...

Onde a cada vez

que esses dois corpos

se encontram

trocam carícias

que quase os levam

ao intímo...

Mas a cada vez

que se torna irresistível

Os dois se esquivam...

para evitarem

o algo mais...

desse sentimento

louco, simples...

o não amor

o não amizade

o meio termo...

Mas é esse

o verdadeiro propósito

desse sentimento...

o não chegar

ao algo mais...

Fazer sentir

o desejo de ver

os lábios se encostando

e não o ver

É o sentimento

do quase...

que não tem nome...

nem começo...

nem fim...

Simplesmente

acontece...

E ao fim...

não tem despedida...

para ficar a vontade

de se verem de novo

e fazer de novo...

a mesma coisa...

sem avançar...

sem se comprometerem...

simplesmente sentirem...

a satisfação...

de estarem ali...

juntos...

E é assim

que vão vivendo...

nos encontros...

e desencontros...

esse sentimento....

é equilibrado...

não passa disso...

porque se passar...

talvez se perca...

e acabe...

Sentimento...

Que é esse?

O não amor...

o não amizade...

O quase...

o meio termo...

A ponte...

Bom...

Satisfatório...

Sem fim...

sem começo...

Lindo...

Foto de Sirlei Passolongo

Quem São Esses Meninos

São meninos tristes
A esperar quirelas
Que aliviem suas
mazelas.

São meninos aflitos
arredios...Famintos
Sofrem em silêncio
nas ruas e no frio...

São meninos maltrapilhos
pela sociedade abandonados
Serão as mãos a segurarem
a arma... Mas somos nós
que puxamos o gatilho.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Sonia Delsin

ADEUS, MEU AMOR

ADEUS, MEU AMOR

Quando eu deixei você entrar em minha vida
não pensei o quanto seria difícil um dia vê-lo dela sair.

Quando o conheci me encantei com você.
Você também se encantou comigo.

Tudo entre nós sempre foi tão fácil.
Nunca precisamos dizer muita coisa um ao outro.

Nossas mãos falavam por nós.
Nossa pele se amava.
Nossos corpos juntos formavam um só ser.
A harmonia fazia de nós o casal ideal.

Vivíamos grudados que é como querem viver os namorados.
O amor não podia morrer... era ele que nos fazia viver.

No dia que ventou forte em nossa vida não me dei conta de que a tempestade estava destruindo um sentimento tão lindo.

Você desviou-se de um caminho que havíamos traçado.
Já queria estar do outro lado.
O encanto havia acabado.

Vi você a procurar outra... pra amar.
Tentei até me enganar.
Porque só em você eu havia colocado todo o meu querer.
Me esqueci que existia o sofrer...

Foto de Carmen Lúcia

Covardia

Sei que te perdi.
A culpa foi minha.
Não ousei, me acovardei.
Não me atrevi.E te perdi...
Enchi-me de sonhos,
Mas não os busquei.
Tentei alçar vôos,
E não consegui...
No chão permaneci.
Temi as mudanças,
Renovar esperanças
E as matei...
Me acomodei.
E tu me animaste,
Sei que me amaste,
A mim esperaste
E não me importei.
Deixei que tu foste
E a chance que tive
E em minhas mãos mantive
Não quis agarrar...
Deixei escapar.
Mas resta o consolo,
Junto ao desconsolo
De ter sido amada
Sem que eu soubesse amar.

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

TE QUERO, HOMEM DEVASSO

Quero novamente teus olhos incandescentes,
Teus olhos flamejantes,
Que alucinadamente procuravam os meus.

Quero novamente tuas mãos depravadas,
Tuas mãos insanas,
Que apaixonadamente percorriam meu corpo.

Quero novamente tua boca lasciva,
Tua boca sensual,
Que delirantemente percorria minha pele.

Quero novamente teu corpo lúbrico,
Teu corpo libidinoso,
Que voluptuosamente se fundia com o meu.

Quero novamente esse homem libertino,
Esse homem devasso,
Que escandalosamente me fazia feliz.

Foto de NiKKo

Eu jamais te esqueci.

Remexendo velhas cinzas do meu passado,
aperto em minhas mãos antigas fotografias.
Que embora amareladas pelo tempo ainda trazem em si
marcas de um tempo cheio de alegrias.

Sem que eu queira pelo meu rosto descem lagrimas
que eu inutilmente tento em meu coração estancar.
Porque não assumo nem para mim mesma
que embora eu me iluda, eu jamais deixei de te amar.

Engano a mim mesma que são apenas recordações
de um tempo onde tudo era paz e tranqüilidade.
E que por isso meu coração está oprimido em meu peito
por isso agora eu choro de saudade.

Na foto vejo teu sorriso iluminado pela luz de seus olhos
que moldava teu rosto sob a luz do luar.
Mesmo não querendo minha pele se arrepia de desejo
e o sabor de teus lábios, na minha boca parece aflorar.

Em desespero rasgo tuas fotos e bilhetes.
Coloco tudo junto para no fogo destruir.
Quem sabe assim consiga de uma vez por todas
arrancar você de meu coração e voltar a sorrir.

Embora eu tente convencer-me disso
meu coração em silencio, me diz que não será assim.
E cada soluço que sufoco em minha garganta
diz-me que você ainda mora em mim.

Então não mais suportando esse vazio atroz
deixo que minhas lágrimas rolem soltas sobre o papel.
que recebe meus versos em forma de poesia,
onde o amor é declamado em forma de fel.

E as lagrimas que caem no papel vão marcando
uma a uma as frases eu que escrevi.
Tornando todas inlegíveis, menos uma.
onde se lê, “eu jamais te esqueci”.

Foto de Dantas_Maycon

Que sentimento é esse?

Que sentimento é esse?

Que não, amor nem amizade.

Uma ponte entre esses.

Um meio termo

Onde dois corpos se atraem,

mesmo sabendo que no fim,

não poderão ficar juntos,

Onde a simples troca de carícias

vale mais que tudo

Onde a febre invade o corpo

causando o transpirar

de pés e mãos.

Onde a cada momento

os dois corpos

estão mais próximos

e ao mesmo tempo tão longe

Onde o medo da rejeição

causa nele a dúvida

do que ela quer

É esse sentimento...

o meio termo...

Onde a cada vez

que esses dois corpos

se encontram

trocam carícias

que quase os levam

ao intímo...

Mas a cada vez

que se torna irresistível

Os dois se esquivam...

para evitarem

o algo mais...

desse sentimento

louco, simples...

o não amor

o não amizade

o meio termo...

Mas é esse

o verdadeiro propósito

desse sentimento...

o não chegar

ao algo mais...

Fazer sentir

o desejo de ver

os lábios se encostando

e não o ver

É o sentimento

do quase...

que não tem nome...

nem começo...

nem fim...

Simplesmente

acontece...

E ao fim...

não tem despedida...

para ficar a vontade

de se verem de novo

e fazer de novo...

a mesma coisa...

sem avançar...

sem se comprometerem...

simplesmente sentirem...

a satisfação...

de estarem ali...

juntos...

E é assim

que vão vivendo...

nos encontros...

e desencontros...

esse sentimento....

é equilibrado...

não passa disso...

porque se passar...

talvez se perca...

e acabe...

Sentimento...

Que é esse?

O não amor...

o não amizade...

O quase...

o meio termo...

A ponte...

Bom...

Satisfatório...

Sem fim...

sem começo...

Lindo...

Foto de Deoleones

Aos meus doentes...

No meu olhar uniforme,
do amor,
do sacrifício...
renuncio a própria vontade.
chamam-me:
Senhora Coragem
De leito em leito, de casa em casa...
Vigio o sofrer. . .
A dor é menos dor, e é menor a aflição...
Sobre a fronte febril e cheiro a morte
Ponho as minhas mãos.
As palavras não saem mas eu fico mais forte.
Senhora Coragem,
Tenta não chorar.
Na tua pele enrugada
vejo a pessoa que foste.
Hoje!
Apenas um ser,
um corpo.
Tudo desapareceu.
Mas eu aqui estou.
Minha presença é luz,
sombra,
proteção..
À morte que teima chegar.
Senhora Coragem!
De casa em casa de leito em leito
vigio o sofer!!!

Deoleones

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