Mãos

Foto de Marta Peres

Carrasco

Carrasco

Negro véu cobria aquele rosto,
Eu tentava ver numa curiosidade
Que passava da sensatez,
Parecia circunspeto, parado,
Ereto e mãos nervosas,
Sabia ser assassino o carrasco,
que daí a momentos exterminaria
Uma vida, olhando pra ele
vi gotas caindo no piso frio,
lágrimas de dor ou remorso?

Marta Peres

Foto de Sonia Delsin

DOIS LOUCOS?

DOIS LOUCOS?

Quem nos visse naqueles dias diria...
Lá vão dois loucos.
Sim, loucos de amor.
Tão apaixonados estávamos que o resto do mundo nós esquecíamos.
De mãos dadas corríamos.
Como ríamos!
Por tão pouco nos divertíamos.
O que a vida faz com tantos sonhos?
Mói? Transforma em pó?
Não sei.
Só sei que você se foi e eu fiquei me sentindo tão só.

Foto de TerrArMar

Milagre de Natal

Milagre de Natal

Há muitos anos, havia um país onde viviam dois irmãos, eram completamente diferentes um do outro, um, o mano mau, vivia só par fazer maldades ás outras pessoas, só ficava contente quando conseguia fazer mal a alguém, o outro, o mano bom, era precisamente o contrário, vivia para espalhar o bem, só se sentia feliz quando conseguia ajudar alguém.
Um dia, o mano mau foi ter com o mano bom e disse-lhe:
- Olha lá, tu já viste, que todo se aproveitam d tua bondade? Tens mas é de fazer como eu, deixares de t importares com os outros e pensares mais em ti.
O mano bom respondeu unicamente:
- Consegues ser feliz assim?
- Ser feliz, o que é lá isso de ser feliz?
O mano bom resignou-se, ele sabia que nunca conseguiria mudar o modo de viver do irmão, contentava-se em o ir desculpando perante as pessoas a quem ele magoava e ofendia.
Passados dias o mano mau foi ter com o mano bom e disse-lhe:
- Mano, estou desgraçado.
- Desgraçado porquê o que é que e aconteceu?
- Meti-me numa trapalhada e agora estou desgraçado.
O mano bom que não podia ver ninguém mal, muito menos o seu próprio irmão, disse-lhe:
-Oh Homem, senta-te e conta-me o que se passa.
- Mano, preciso urgentemente de uma grande quantidade de dinheiro, tenho uma divida e ameaçam matar-me se não pagar.
- Mas quanto homem?
Mano mau disse-lhe quanto e o ma bom fico incrédulo, onde iriam arranjar tanto dinheiro.
- Mano, o que acabas de me contar é e facto complicado.
- Tu é que me podias valer, toda a gente gosta de ti, podias pedir no banco e eu ia-te pagando.
- Não, o banco não me empresta tanto dinheiro.
- Podias ao menos tentar, promete-me que tentas. Só tu me podes salvar a vida.
O mano mau sabia como enganar o mano bom.
- Está bem, prometo-te que vou ao banco, mas não te prometo mais nada.
- Obrigado mano, eu sabia que não me virarias as costas. Agora tenho de ir falar com o tipo a quem devo o dinheiro.
Saíram ambos, o mano bom em direcção o banco e o mano mau em direcção ao encontro de um homem.
- Então, conseguiste enganá-lo?
- Claro, caiu que nem um patinho, vais ver que não tarda muito temos o dinheiro para ir festejar o fim de ano como nunca festejámos.
- Podes acreditar, isto é que vai ser, tudo do melhor.
Passados poucos dias mano bom lá conseguiu o desejado empréstimo e assim que recebeu o dinheiro apressou-se a entregá-lo ao mano mau. Quando soube que tudo não passara de mais uma mentia do irmão ficou em pânico, ele tinha ido embora, desaparecera e agora quem pagaria o empréstimo? Bem talvez o irmão voltasse rápido, o seu bom coração não lhe deixava pensar mal de ninguém.
Foi na semana do natal que a noticia chegou, o mano mau morrera, tinha apanhado uma grande bebedeira e caíra ao mar, não conseguiram resgatar o corpo. Estava desgraçado, como iria pagar o empréstimo? Pensou em suicidar-se, preparo uma corda e fez o laço, atirou-a sobre a viga da velha casa e preparou-se para o desfecho final, subiu ao banco, colocou a cabeça entre o laço e…
Aquelas três pancadas na porta acabaram por lhe salvar a vida.
- Amigo, tu! O que estavas a pensar fazer?
O mano bom acabou por contar a sua desgraça ao amigo providencial.
- Tu vens comigo para minha casa, logo arranjaremos uma maneira de resolver o problema.
O mano bom aceitou a ajuda, caminharam rua abaixo e passaram defronte de uma casa de apostas:
- Anda ali comigo, quem sabe se está ali a resolução de todos os problemas, os teus e os meus.
- Qual quê, amigo. Há quanto tempo tu jogas?
- Desde que começou o loto.
- E o que é que já te saiu?
- Bem, na verdade nada. Mas tenho fé, estamos no Natal e é por uma boa causa.
Lá foram, entraram e o mano bom disse:
- Tenho estado a pensar no que me disseste, ser Natal e não sei quê mais e também vou jogar.
Assim o fez. Passaram-se os dias e nunca mais se lembrou do loto, era a primeira vez que jogava, além de que andava preocupado.
- Amigo, tu já viste o teu loto?
-Eu não, nem sei ver isso.
- Onde está o bilhete?
- Aqui mesmo.
Deu-o ao amigo, este desdobrou-o, fitou-o muito bem e começou a ficar pálido.
- O que foi homem, sentes-te mal?
- Não meu amigo, sinto-me muito bem. Tu estás milionário, tu acertaste no loto. Tu tens o teu problema resolvido.
O mano bom nem queria acreditar o que ouvia, ajoelhou-se, apertou as mãos, elevou-as ao ar e exclamou:
- Obrigado meu irmão, se não fosses tu eu nunca jogaria.
Levantou-se, abraçou o amigo contra si e passado um pouco colocou-lhe as mãos nos ombros, olhou-o nos olhos e disse:
- Há aí uma coisa que não bate certo.
. O que é que não bate certo, homem?
- Tu disseste que eu estou milionário e que o meu problema está resolvido.
- Sim.
- Não.
- Mas como não?
- Eu não, nós estamos milionários e os nossos problemas financeiros estão resolvidos, tu ajudaste-me na pobreza e eu não te iria abandonar na riqueza.
Levantaram, ambos, as mãos ao céu e exclamaram:

“Milagre de Natal”

Moral da História: “ Não hesites em ajudar quem nada tem, porque será ele quem te poderá valer um dia”

FrancisFerreira

Foto de Cecília Santos

COMO UM SONHO

COMO UM SONHO
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Você passou em minha vida,
como um sonho.
Quando os olhos abri, ficou
a incerteza.
Se você foi real, ou fantasia.
Real ou não as marcas ficaram
em mim.
A doçura das palavras trocadas.
A ternura que existia entre nós.
Os sonhos desejados, que a
realidade se fez
O brilho do seu olhar, que era
luz à me guiar.
O seu cheiro, que impregnou
minha vida.
O vazio que agora ocupa o
seu lugar.
Minhas mãos vazias de carinho,
tateiam seu travesseiro.
Que agora esfria minhas mãos
num toque frio e sem graça.
Como se tornou minha vida,
e o meu coração.
Desde que passastes em minha vida,
deixando sua doce recordação.

Direitos reservados*
Cecília-SP/12/2007*

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"VAMPIRO FINANCEIRO"

VAMPIRO FINANCEIRO
Todo aquele que se curva ao dinheiro...
Vive preso a conceitos, escravo de cifras...
Dependente de resultados...
Um robô financeiro!!!

A vida lhe escorre das mãos...
Enquanto segura a moeda...
Valores humanos lhe dizem não...
Mas ele faz tudo para se livrar da queda!!!

Pobre homem rico...
Não consegue ser estável...
Enquanto junta o ouro...
Vive infeliz, vive como um miserável!!!

Condena sua descendência...
A uma vigília constante...
Perdem toda a sua inocência...
Tentando ser rico o bastante!!!!

E quando se acham grandes...
Tropeçam na felicidade do simples...
Mas uma vez se agarram nos montantes...
Pisando nos felizes humildes!!!

Quase não conseguem se saciar...
O sorriso é estudado...
Proíbem-se até de amar...
Pois o amor é um sentimento trocado!!!

Jamais dão alguma coisa a alguém...
Aceitam ou tirão tudo de todos...
Acumulam até o ultimo vintém...
Mas são apenas infelizes, tolos!!!

Cultuam posições...
Guardam jóias...
Vivem de aparências...
Suas vidas são inglórias!!!

Fazem fortunas incalculáveis...
Lotam consultórios psiquiátricos...
Arrastam-se entre os saudáveis...
Tentando perceber o obvio!!!

Perdem ou vendem sua dignidade...
Ou a trocam por valores...
Crescem mas nunca atingem a idade...
De entender seus próprios dissabores!!!

Foto de Cecília Santos

SAUDADES QUE GOSTO DE TER

SAUDADES QUE GOSTO DE TER
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As nuvens vão se formando.
E ligeiramente vão deslizando
pelo céu à fora.
Assim é a sua lembrança teimosa.
Que de mim não quer se afastar.
Trago sua marca, em minha boca.
Pois seus beijos fizeram morada
em meus lábios.
As lágrimas que por ti derramei
Fizeram caminhos de sal em meu rosto.
Seu amor ficou tatuado em meu peito,
E meu coração relutante não te esquece.
Assim é a saudade que sinto de você.
Vai chegando mansamente e tomando
conta do meu ser.
É como o amanhecer de um lindo dia.
Onde mãos e pincéis invisíveis vão
colorindo o céu.
Cada pincelada revela uma nova
tonalidade, até se dourar por inteiro.
Sua lembrança exerce em mim esse fascínio
De todas as lembranças, que comigo ficaram
Você é a saudade que gosto de ter.
Tenho sua lembrança desenhada em
minha mente.
E a sua saudade guardada em
meu coração.

Direitos reservados*
Cecília-SP/12/2007*

Foto de Carmen Lúcia

Contigo eu danço!

Contigo eu danço salsa
Merengue, forró, lambada...
Junto meu sangue latino
A um "quê" de brasilidade,
Com muito tempero e gingado
Arrasto meus pés num xaxado,
Requebro, me quebro, me entrego
Contigo colado a mim...
Tuas mãos em minha cintura
Elevam-me às alturas...
Contigo eu danço valsa
Clássica, contemporânea, mpb...
Rodopio ao som de Strauss,
Saltitando os Bosques de Viena
Ressurgindo no Lago dos Cisnes...
Então, emocionada eu fico,
Ao te achar na Valsinha de Chico.
Contigo eu danço tango...
La cumparsita, Abrazame assi,
Ao teu corpo eu me agarro
E me deslizo do começo ao fim...
Minhas pernas às tuas entrelaço
Convite para um abraço,
Roçando meus lábios aos teus...
Num gesto insinuante, passional,
Giramos sem sentir o chão...
Coreografia única e sensual...
Contigo eu danço até a exaustão,
Danço no meu coração...
Danço a escuridão, dança da paixão,
E danço assim, sabes por quê?
Porque me tiras a razão.

Foto de Carmen Lúcia

Senhora (Tributo à Cora Coralina)

As marcas no rosto não denotavam desgosto,
Nem vinham do cansaço,
Mas de caminhos percorridos e vividos
Sem nunca haver desistido.
As mãos calejadas, rudes, deformadas
Lembravam cânticos da terra...
Mãos que cavoucaram, plantaram, roçaram,
Prepararam terrenos para o cultivo
Sem ambicionarem os frutos a serem colhidos,
Mas pra quem quisesse neles semear...e sonhar!
Mãos que merecem um poema-emoção,
A ser imortalizado, eternamente lembrado!
Seus cabelos brancos representavam desafios...
As lutas e desenganos, no decorrer dos anos,
Retrato de sua presença-terra,
Exemplo de coragem aos inconformados...
Em sua escalada pela vida,
Driblou dores, removeu pedras, plantou flores...
Deixou um rico legado, precioso aprendizado...
E mesmo no tarde da vida, poetizou a sua história,
Recriou seus sonhos, gravou-os em sua memória,
À sertaneja, meu tributo e toda a glória,
A ela, Cora Coralina, Aninha, Cora...
E denominada por mim, agora...
...Senhora!

Foto de Carmen Vervloet

Natal do Menino Deus

Natal do Menino Deus

Natal!
Jesus nasceu!
E o homem esqueceu!

O homem vive a se aturdir
Ele já não pode ouvir!...
O homem só quer ganhar
Ele já nem se lembra de partilhar!...
O homem quer intensamente viver
Ele já não pode ver!...
O homem não consegue falar
O medo o faz gaguejar!...

Natal!
Jesus nasceu!
Mas o homem não percebeu!

Jesus falou:

Homem,
Abra seu coração
E fique à espreita, com atenção.
Vim sob a forma de mendigo
E preciso urgente ser reconhecido.

Homem,
Abra seu ouvido
Ouça o clamor do povo sentido
Que grita a fome
Que mata e consome!...

Homem,
Abra a sua inteligência
Deixe que fale a sua consciência.
Eu sou a justiça, a verdade, o amor,
Misturo-me em tudo, na alegria e na dor.

Eu sou aquele jovem incompreendido
Que no vício, procura à vida dar sentido.
E sou a criança em formação
Que tantas vezes se perde na escuridão.

Homem,
Eu estou em tudo
Não me pise, deixe-me brotar...
É Natal, eu nasci!...
Vim, porque quero ajudar!...

Hoje é dia de amor
Pense homem, em seu grande valor...
Abra seus olhos,
Abra seus ouvidos...
E estará como eu o quero...
Comigo!...
Juntos, de mãos dadas pela vida,
Quanta coisa bonita a ser erguida...
Coisas que só o amor consegue construir
Quando o manto do egoísmo, você deixar cair!

Natal,
Jesus nasceu
E o novo homem
O recebeu!

Carmen Vervloet

Foto de Carmen Lúcia

Retrato falado

Procuro por você,
Que sem razão ou querer,
Eu perdi...
Enquanto buscava meus sonhos
Deixei de sonhar o maior:Você!

Seu nome... Amor;
Sua boca... Me deixa louca;
Seu corpo... Meu devaneio;
Sua alma... A minha!
Sua voz... Me alucina;
Suas mãos...Que acariciam;
Seus olhos... Minha luz;
Seu calor... A me aquecer;
Sua ausência... Me deprime.
Seu cheiro...É o que respiro;
Seu gosto... Meu bel-prazer;
Sua volta...É meu querer;
Sem você...Não sei viver!

Mesmo sendo abstrato
Esse retrato falado,
Quem sabe de sentimentos,
E compreende meus lamentos,
Vai me ajudar a encontrar
E trazê-lo de novo ao meu lado!

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