Mãos

I

Pousam em meus olhos
Rios secretos, te navego
Suas mãos,meu remo

II

Há em ti tantas noites
Um vinho branco,uma canção
Em mim,a dança...

II

Inseguro porto
Parto para outras viagens
Vento e naufrágio...

III

Sonho com você aqui
No quarto,estrelas no teto
Na cama, há mar...

III

Beije-me a boca
Com a língua, me decifre
Não fale..., só sinta...

IV

Sonhos e viagens
Em cada palavra, vôo
Sem asas, só alma...

VI

Em sua língua, amor
Há o sal do mar de Camões
Um porto pra mim...

(Raiblue)

Guerra de Loucos
Cidades de Mouros

Inocentes transformados em alvos
por batalhas de petróleo,

Noites iluminadas pelo fogo das balas
Hotéis feitos em quartéis,
Inocentes feitos em muralhas,
Dedos de gatilhos, olhos de miras,
e palavras faladas entre fogo cruzado,
País guerreiro, povo desfeito
Memórias lançadas, à fogueira de uma sina,
Esperanças esquecidas, entre a miragem da justiça
Glorias de alma, gentes na palma da mão,
Lágrimas de Sangue, coroas de saudade
Ruas desabitadas, aldeias destruidas,
bares fechados, portas trancadas, janelas cerradas
abrigos escondidos, casas habitadas pela solidão
Joelhos no chão, vestes rasgadas, costas curvadas por uma migalha de pão
Mães assassinadas protegendo os seus filhos do rumo da bala
E pais de mãos atadas e tornados reféns, pelos soldados da farda da "Paz"

Mundo, de cobardes, inocentes vitimas de crueldades de uma guerra sem chão!

Cidades Feitas de odio, e ganancia de poder
Mares transparentes, cumprimentados por ondas de sangue

Loucos, perdidos, rivais, religiões de animais
Castigos de dor, Chicotadas de rancor
Familias desfeitas e divorciadas do amor
Mãos estendidas, braços roubados
escondes-te no véu, e no reverso
de um réu julgas com polvora de canhão.
Mortes, palavra já longa,pela marcha guerreira,
dos Soldados pagos para morrer,mas vencidos sem nunca vencer,

Tudo isto numa Guerra que Avança,
Contra a Paz que já foge, na Ponta da Lança.

Batalhas de loucos, Vidas Perdidas, por brigas de Politicas

E Tudo isto numa Guerra que Avança,
Contra a Paz que já foge, na Ponta da Lança.

Ricardo barnabé

Quando teu amor entrou em minha vida
ele me envolveu com carinho e me falou:
Vem, não tenha medo do que irá acontecer,
apenas sinta o seu coração... a seu lado eu estou!

Quando seus olhos nos meus olhos olharam,
naquele brilho triste eu sei, eu me perdi,
mais por ver que estavas ao meu lado, continuei,
sem medo eu me entreguei e sorri.

Quando teus braços meu corpo seguraram,
eu soube que me entregaria sem pejo ou pudor.
Senti-me leve, livre e solta como o vento.
senti que além do meu desejo, existia amor.

Quando tuas mãos as minhas mãos enlaçaram,
segurando-a forte, acreditei que seria para sempre.
Por isso entreguei a você minhas fantasias e sonhos
acreditei que tinhas asas, e voei em teu céu livremente.

Quando tua boca a minha tocou... que loucura!
Todas as minhas resistências caíram pelo chão,
só pelo descompasso das batidas no meu peito
percebia-se, que eu havia lhe entregue meu coração.

E quando seu corpo, o meu corpo completou,
percebi que para mim não mais haveria escapatória.
Eu era sua daquele momento em diante
inteira, sem medo ou traumas como ainda sou agora.

Por isso quando você me disse adeus e partiu
perdi a mim mesma e a vontade que eu tinha de viver.
Mas fiz das poesias a minha companheira constante
e retratei em meus versos, o que eu estava a sofrer.

E foi por acreditar em tudo o que um dia você me deu,
por acreditar que um dia você chegou a me amar,
que meus versos mesmo tristes e amargurados
te agradecem por ter me dado o dom de sonhar.

Porque se não fosse teu amor e tua presença
que um dia a minha vida enfeitou e encheu de calor,
minha alma seria uma folha em branco, vazia....
e eu nunca saberia o que é a grandeza de um amor.