Mãos

Foto de isaboo

Se tu viesse..

Se tu viesse a tarde
ou noitinha
quando o silêncio se faz...
dizer-em mágicos sussurros
que só o amante é capaz
se tu viesse.. enfim...
quando as estrelas despontam
e tu em beijos sem conta
cobrir meu corpo que jaz...
sobre os lençois
de cetim
o teu olhar
semi aberto
a tua bôca na minha
as tuas mãos
óh óh!!...as tuas mãos
que o oculto revela
ao simples tóque
rompe as barreiras
desnuda a alma..
e com calma
me faço cúmplice
entre os teus braços

Foto de @ngel

Sentimentos

Oque eu sinto agora não consigo explicar,uma dor no peito uma angustia insuportavel e o coração a doer,
Parece que de repente e chão sumiu debaixo dos meus pés,
e tudo que era porto seguro , desabou..
me deixando a mercê do sofrimento
e hoje não sei nem o porquê,
Uma tempestade de palavras passam por minha mente e eu só consigo me ver em um quarto escuro ,de portas fechadas,
mãos amarradas,coração batendo descompassado, quase sem forças,
me pergunto oque fazer mas não existe oque fazer,
pra onde fugir , não existe este lugar
e essa vez eu prometi pra mim mesma que seria diferente,
Ficarei , levantarei minha cabeça , mesmo que meus pés tropecem no meu sofrimento,
e minhas pernas tremulas não souberem pra onde ir,
e minha cabeça desorientada, não ache a direção
eu vou ficar....
e essa tempestade da minha vida vai passar ,e com certeza certamente algo me ensinará,
eu não quero ficar mas vou,
minha vontade é fugir , mas vencerei meu espirito covarde,
e direi a mim mesma que tudo vai passar...
e logo mais tudo voltara a ficar bem.

"A Tempestade pode durar uma noite mas o sol brilhará pela manhã"

Foto de sarah.lopes

Quem é?

Quem é este que me encanta tanto?
Quem é este que me faz suspirar, ter frio na barriga
e sorrir sem saber o porquê?
Quem é este que me diz palavras doces, que aparece sem avisar
e quando não vem me rouba os pensamentos.
Quem é este que surgiu do nada e já parece fazer da minha vida.
Quem é este que me faz sorrir, rir, gargalhar e ficar tão feliz.
Quem é este que faz meu coração bater
e meus pensamentos pararem em seus olhos.
Quem é este que meus olhos o procuram
e quando o acha faz minhas mãos soarem.
Quem é este que conseguiu a chave do meu coração?
Quem é este?

Foto de Senhora Morrison

A Dança

Na escuridão observo-te dançar
Movimentos que me chegam anestesiados
Estou hipnotizada, imersa.
É como se o mundo tivesse parado
Estando sós, eu e você.
Juntos
Dançando
Sentindo um frio em minh’alma
Aproximei-me
Ah! Estranho o que tens de tão enigmático?
Suas mãos descobrem meu corpo, embaladas pela música.
Como a desejar...
Ah! Estranho me leve para seu mundo...
Faça o que tiveres vontade
Esta noite te pertenço...
Esta noite...
Sua respiração em meu ouvido
Seus braços me enlaçam a teu corpo
O sinto num vil arrepio
Estará certo?
Ah! Estranho me faça esquecer as indagações...
Sugere pensamentos sórdidos a minha mente
O que se passa?
Sei o que queres...
Assumo também querer...
Fascínio instantâneo, pecaminoso.
Sinto-me uma fêmea no cio
Quero me entregar com apenas uma dança...
Ah! Estranho me peça o que quiser...
Serei tua esta noite...
Esta noite...
O momento se intensifica
Já não posso dizer-te não
Não quero dizer-te não
Despeço-me da moral
Não faço nenhum mal
Ah! Estranho me tire esta vergonha...
Força-me
Faz-me
Faz-me tua esta noite...
Esta noite...

Foto de Fernanda Daniela

Sonho

Sob o céu violeta
Uma estranha Lua brilhava
Prateada e tríplice....
Seu corpo sobre o meu...

Sinto seu peso
Sinto seu gosto
Sonho conhecer cada canto de você
Cada lugar onde te dar prazer...

Minha Boca desce
Seguindo o caminho natural
A trilha do tesouro...
Os caminhos já desejados antes....

E ávida, sedenta por seu gosto
Sinto em meu céu a urgência....
Com voracidade eu te beijo
O beijo que, Penso, mais lhe agradará.

Ante seus gemidos
Suas mãos em meus seios
Seu suor se juntando ao meu
Meu desejo cresce e se apossa.

Já nem penso em sua vida
Nem na minha...
Sou só Lua, suor e saliva..
Contínuo beijo erótico em teu sexo.

A exaustão que quer mais...sempre...
A ânsia de beijar-te mais ainda.
Enquanto minha língua
Brinca e arranca preciosos gemidos.

Sinto falta do seu sexo quente
Entre meus lábios ... pulsando...
De conhecer posições e idéias
Essa noite... Sonhe comigo

Como eu Sonho contigo
A cada nova noite que cai...
A cada brilho suave de estrela...
Bons sonhos... Nos encontramos neles.

04/05/2006

Foto de Fernanda Queiroz

Uma história de amor

A noite cai suavemente, o sono não vem, Porque uns dias são mais difíceis que outros?
Tentei ocupar minha mente em vão, teu rosto sobrepôs e depôs as tentativas, pensei que a noite calaria meu pranto, que a maciez dos lençóis embalasse meu corpo cansado mutilando meus pensamentos, mas não houve trégua.
Não preciso ir até a cômoda onde guardo minhas relíquias para rever tua foto, teu rosto esta cravado em minha mente, de uma forma tão presente que ás vezes sinto poder tocá-lo , minhas mãos tateiam sozinhas como se procurassem as tuas, mas não as encontro, parecem tatear na pedra negras de meu desespero.

Letra da canção do Filme Love Story sopra em meus ouvidos”Quando eu te encontrei, eu não pensei que um grande amor eu fosse ter, eu que só tinha amargura em meu viver e que já estava tão cansada de sofrer, vivendo só.”
Nada nunca me soou tão verdadeiro, você despontou em minha vida como um raio de sol, trazendo todas as cores da natureza, sons e belezas. Era um acordar exaltado, uma sorriso velado um trabalho apressado e encontros marcados onde o relógio pulsava tão rápido como nossos corações e o tempo se ia, o dia amanhecia trazendo alegria e se as lágrimas brotassem você as secava, se o sofrimento jorrasse, você o estancaria com tua suave melodia impondo curas as amarguras.

“Quando eu te encontrei, lendo em teus olhos eu fiquei a imaginar, que o meu mundo tu virias alegrar, que eras tudo que eu queria encontrar”
E foi assim... mágico... verdadeiro... a risada brotava sem que eu pudesse impedir, os olhos negros como a noite tinha o brilho das estrelas o andar parecia um embalo ritmado pela nossa coletânea, cabelos soltos ao vento que ao reclinar nas grandes colinas calçada de patins, parecia uma bandeira em haste, blusa gotejada de sorvete e boca lambuzada, sabor de chocolate, sabor de teus beijos ansiados.

“Meu coração.... eu te entreguei, me deste a vida enfim... me deste amor.... me deste a razão para viver... me desde paz ....”
Preencheste tudo, intensa e completamente.... pensamentos..atos.. ações.... despertou todos os sonhos postados, toda alegria não vivida de uma alma sofrida, entrou como um furacão não usando tua força em estragos, mas para cravar profundos alicerces que desafia a força do Sanção, brotou sementes que produziriam nas mais engrene rochas, calçou de sonhos minha alma peregrina, vestiu de branco meu corpo moreno, relutante em se entregas as emoções entorpecentes dos pensamentos, fez-me correr para o eco do penhasco onde gritar teu nome e ouvi-lo de volta era a certeza que você existia.

“E onde quer que eu vá irás comigo... nos sonhos meus... na minha mente... eu não irei só... comigo irás também....”
Não há como medir um grande amor.... um sentimento de paixão.... todas as raízes que escravizam nosso coração... é assim que eu sei te amar... nem meios ou mais...intensamente e completamente.
A música do filme Love Story , é como acordes agudos que tocam em meu coração, sem piedade ou ilusão.

Diga-me.... como esquecer alguém que gosta de flauta.... de me olhar como se tivesse me inventado....e de mim......

Fernanda Queiroz
Direitos Autorais Reservados

Foto de Amynthas

Poesias em um Navio

O Grande Amor da Minha Vida

Quando cheguei a pensar que jamais amaria novamente,
Você surgiu em minha vida.
Mansamente foi entrando em meu coração
E com seu jeitinho meigo e sensível prendeu minha atenção,
Despertando em mim uma vontade louca de amar.
Você fora como uma bomba poderosa
Implodindo o muro que eu havia construído em torno do meu coração.
Como um pássaro frágil e indefeso caí em sua armadilha;
Submisso aos seus caprichos,
Indefeso diante dos seus desejos;
Meu corpo foi seu porto onde desembarcavas seus sonhos e fantasias,
Meus lábios saciaram sua fome
E os meus sentimentos o seu prazer.
Ao seu lado pude aprender
O quanto ainda sou pequeno diante de minhas emoções;
E hoje posso com muita certeza afirmar
Que você é e sempre será
O grande amor da minha vida...

Te Quero

Quero teus braços afagando minha pele...
Teus cabelos cobrindo minha face...
Quero teus carinhos para calar minha tristeza...
Teus lábios para tocarem meus olhos e minha boca...
Quero teu colo para me deitar,
Esquecer o mundo e as tempestades...
Tuas mãos quentes e macias,
Suavemente passeando por meus cabelos e pensamentos...
Quero como nunca, tua alegria e teu sorriso
Para conter e acalmar as lágrimas que fogem de meu controle...
Quero e quero muito com a intensidade de meu ser,
Estar o tempo todo ao teu lado,
Eu quero com todas as forças estar sempre contigo,
Amor

Um dia

Se um dia pudesse voltar
Retornar a tempos atrás
Voltaria sem hesitar
E um grande amor poder encontrar
Não viver mais na escuridão
Com incertezas e sem paixão
Entre mentiras e insatisfação
Poder sorrir de novo queria
Sentir na face toda a alegria
De amar e ser amado
Não ser traído nem usado
Que sempre invade meu coração
A destruir todos os sonhos
Os encantos, a emoção
Poder sentir de novo o prazer
A invadir todo o meu ser
Sentir o amor, poder perceber
A solidão e a tristeza esquecer
Pois teu amor, se for sincero e verdadeiro
É o único que me fará crescer
E todas angustias de mim afastar
Para que eu possa sobreviver

Vida Bandida

Vida, oh vida bandida, sofrida, querida
Tantos dissabores, tormentos, oh vida
Porque me trazes tantas tristezas
Deixar a solidão invadir com certeza
Este coração sofrido, vagando na incerteza
De que adianta um amor que não vejo
Se não sinto em tua voz o desejo
Queria amar e ser amado
Poder de verdade ser desejado
Sentir o calor das tuas mãos
Do teu corpo sentir a emoção
Poder ouvir forte o teu coração
Com alegria me dizendo
Sou tua, toda tua de verdade
Sinceridade nua e crua
Vamos viver a realidade
Se amar com intensidade
E nunca mais ter que chorar
De tristeza, solidão e saudade
E para toda a eternidade
Ter você a me amar

Foto de paulobocaslobito

O grito da aflição

... Nem é má...
Nem é...
Esta ideia surgiu...
E abandonou-me.

Parou de chover...
Abriram-se os caminhos das cheias
Chegou a vitória
E as gentes cruzadas.

Perguntei-lhes nas barricadas
Se nas férreas-vias
Crescera erva daninha
Vicios e maldicência?

Ah
Mas todos partiram
Sem de mim ligarem
Se calhar
Tiveram medo
Medo!

E...
Assim me quedei
Morto nas horas do sul
Os meus restos falam
E os meus sonhos calam.

Sou a angustia
Que dói de ver
Sou soldado
Ao abandono.

Ninguem me ergue o olhar
De si
Nesta paisagem...
Todos fogem
De mim...

Choro
Ó choro
Choro por que me afliges
Porque partes a minha alma
Porque quebras a minha luz.

Porque me afliges assim?

Sou a angustia
Que dói de ver
E não mais te assim verei
Nas brisas fortuitas
Nem nas brisas prostituas
Dos meus sonhos.

Não...
Nem nas minhas ânsias
Proque me aflijo
Se partes?

Veio o sol
E o teu silencio
Embala-me.

A tua voz
É em mim
Uma ideia fingida
E faz-me navegar
Como um Apolo
Numa imensa lira de soar.

A tua voz
É a imensidão das sombras
Tristonhas
Que choram
Entre os prados
Murchos de cansar
Onde secou o teu olhar
E morreu o meu olhar.

Ah esta ideia aflitiva
De ver portos vazios
E sem navios...
Priva-me da razão
Que se acha finda.

Eis finda!
A calma ergue-se de novo
Sobre a saudade
E no abismo
Do alheamento
Os teus gestos
Não se apagam.

Não se apagam
Na minha alma ainda quente
Sou a angustia
Que dói de ver.

Ah o teu silencio
No meus seios oprimidos
E sem sentido.

Ah o teu silencio
No sonho de sermos
E não nos sermos mais.

Oh repiques de sinetas
De mim em delírios
Oh sinos
De mim aos desatinos.

O teu silencio é cego
É o sonho de te saber
... Tenho medo.

É medonho o teu silencio
De dito pelo fito
Do norte
Do sul
Da chuva
Do frio
Do destino
E da sorte...
Tenho medo.

És o meu desespero
Que não ignoro
Para não perde-lo
Porque no mundo
Assim aos sobressaltos
Me alevanto e caminho
Eu
Soldado ao abandono.

O teu silencio
É a minha cegueira
O meu sonho inerte
... Que aberto
Seria o mais belo
... Tão belo
Tão belo.

Não reparei nas horas
Que ainda cá estou
Nem o tempo que cá fiquei...
Calaram-se as tuas mãos
Sobre o meu peito
Murcharam os silencios de nós eleitos
E os meus sonhos
Não têm fim.

No ar os sorrisos gozam
O teu tédio
De me seres loucamente infinita
Ó soubessem
Soubessem nesse teu pueril horizonte
Quantas virtudes guardas
Ó soubessem!

Soubessem eles
No alheamento
E à força
Que em ti se erguem
Gementes
Crisântemos perfumados...
Soubessem!

Como me confunde o teu silencio
Como me desalegra
E ao mesmo tempo
Não existem no mesmo mundo
Sorrisos como os teus.

Ó é tarde
E a noite espreita
Arriscando-se a entrar.

Já não chove
E o céu
É imperfeito.

O céu bordado de nuvens
Anuncia mais um vendaval...

Estou triste!
A minha consciência está triste
Que raios é a minha consciência?
Que raios é
Se de ti não oiço preces
De amor
E és uma flor murcha
No meu pensamento
No meu peito
Que raios é a consciência?

Ah se fossemos um só...
Que tortura...
Sou medonho
Funesto nesta dor
Nesta unica dor
Que me dói!

Sou o cansaço
O meu ódio
Sem forças
Para te chorar.

O meu ódio corrompe a alma
De sentimentalismos
Como se uma nau desgovernada
Não achasse um bom porto
Para se acalmar
Para gritar
Berrar
Uma glória
Numa só bandeira
Duma só bandeira...
Vitória!

Ah mas eu sou a própria alma
Para além dos sonhos
Num porto
Sem navios.
E não sei se sou do norte
Ou do sul...

O teu silencio faz-me chorar
E gozam as virgens o meu tédio
Ó soubessem elas!

Soubessem elas a tua morte
..... Sim.......
..... Salva-me meu amor...
Da furia da minha ira.

Salva-me
Dos homens
Da dor
Da fome e da guerra
Leva-me contigo
Não sei viver sem ti
Minha amada.
Mostra-me o caminho
Que farei sozinho
... Salva-me.

Não me abandones nesse teu silencio
Que na hora da morte
... É morto
E eu já não sou quem era
Salva-me.

Soubessem elas
Não
Não, não
Não...................................
........................................
........................................
Porquê?
Que estranha é a alma.

Esse teu silencio
Deposto em meu peito
De sonhos aflitivo
E é morto
No infinito
E é sombrio
E é o sonho
Que se ergue
Como um muro
Na calma
Por dentro da alma
Que no fundo
Arde
Na vida que passa
E não sei quem eu sonho
Mas a vida passa.

E entra em mim
E passa
E ilumina-se
Em cada vela acesa
Purissima como o fogo
Que bate e aquece a vidraça
Para logo ouvir a chuva
Da chuva em vida
E no seu esplendor.

Que pena não poder
Através da janela
Olhar a chuva que cai sobre o meu altar
Num canto de coro latino
Que se sente chorar
Se não houver choros.

E passa o teu nome como um padre
Esta missa serena
Onde encontrar-te
É perder-me nos teus braços.

Apagaram-se as luzes
É o fim
E de repente
Escureceu!

O tempo é um abismo
Em hoje ser um dia triste
E nele te escrevo versos
Com esta pena
Que em todo o meu ser se esmaga
Numa infinita tortura
Ao som da tinta e do tinteiro
Onde o rejubilar do papel
É feliz.

E
Por onde escrevo
Os nossos olhares
Se cruzam.

E
Surge imensa a alegria
Difusa de mim...
Penso...
Tudo para...
Surges-me
Ao longe
Sobre os meus olhos fechados
Dentro de mim.

... Alguém sacode esta hora
Invadindo-nos de prazer
E sob os meus dedos
As minhas mãos
São vazias
E tristes na música que corre
Estamos em todos os lugares
Sorrio...
Pois esqueço-me das horas
E eu sou a própria alma
Para além dos sonhos.

Paulo Martins

Foto de paulobocaslobito

Viver amando

Quando surges amor... és a melhor coisa do mundo!
És inexplicável, furioso e arrebatador.
És a noite feito o dia, és o dia feito a noite; não almoças, não jantas: emagreces e adoeces; o coração deixa de existir, sufocando a alma nas tuas guerras.
Comandas a mente e o corpo, és o dono e o senhor de todas as emoções.

Olho-te nos olhos...
Estremeço só de te ver.
Sinto-te a cada instante, cada, cada vez mais perto.
Perco-me nas tuas mãos, nos teus braços, nos teus lábios, na tua boca: atiro-me a ti feito felino, um Gato pardo ou Tigre da Sibéria...
Beijo-te os lábios encarniçadamente... já não sei quem sou... já deixei de ser eu... já não sou eu!

Sôfrego mordo-te e beijo-te os lábios a boca os dentes e o teu corpo lambendo-te os olhos a alma e a vida...
... Tanto tempo de espera meu amor, tantas noites afoito... beijo-te os olhos, os dentes, o pescoço, aperto-te em meu peito; apetece-me gritar, chorar, entrar dentro de ti: apetece-me morrer agora, para que este momento resista a penúria dos tempos e não se mexa no relógio da vida como se o nosso tempo acaba-se AGORA, como se nada mais existi-se senão tu e esta memória!

A paixão é d'ouro: ela incendeia, queima, assa, amordaça-nos.
A paixão é uma loucura onde o acto de amar se entorna num coito atrás de outro, entre este e outro coito, coito após coito.
Não existe cançaso, não existe fim, não existe descanço nem cansaço, não existe tempo nem minutos nem horas nem comboios na estação. O tempo é infinito, nunca acaba. O beijo é o alimento, o abraço a protecção, o sexo é o dia, dizer-te amor é a vida!

A paixão é d'ouro, a perdição de todas as maneiras, em todos os lugares e em todas as horas.
Vivemos para amar, amamos para viver.
Nada importa: nada mais importa: - A familia não importa; o trabalho não importa; Os amigos não importam; o dinheiro não importa... nada importa!
Vivemos para amar e amamos para viver: estamos APAIXONADOS!

Paulo Martins

Foto de Marcelo Souza

Conselhos

Coração.
Onde estão tuas rédeas?
Onde estão teus pedais e qual deles será teu freio?
- Inconstante! – Assim diz quem por ti foi traído.
Pois tão orgulhoso disseste ter achado e agora com lagrimas aponta teu tesouro a milhas de tuas mãos.
Ah! Coração...
Onde em tempos tão amargos, encontrarei chaves para tua porta e fechaduras para tuas janelas?
- Cego! – Assim diz quem por ti foi traído.
Pois outrora disseste ver teu amor, agora sem a ilusória lente encara a verdade; “Que amor não veria o teu amor?”
Eu sei; já ouvi todas as tuas respostas, palavras ingênuas e sempre falas como uma criança, e quantas vezes eu tive de ouvi-las, palavras doces e agora brinco todas rimavam, por que não com esperança.
Ah! Coração...
Onde estão teus muros, cercas ou as grades que demarcavam e te continham em teus limites?
- Inconseqüente! – Assim diz quem por ti foi traído.
De onde veio a voz que te disse: - És livre, vai não tenhas receio, aposta todas as tuas fichas e segue como bem queira.
E tu em tola decisão, fadado a triste destino como o do famoso, no tolo sonho de alcançar o sol com asas de cera.
Ah! Coração...
Onde foram as cercas, as rédeas, os freios?
Hei! Ainda queres me ouvir?
Coração.
Acredite, tem em mim um amigo e tentarei te ajudar, mais por favor toma jeito;
Não ,mais se exponha tanto, viva nos bastidores, não sonhe tanto só por causa de um beijo.
Lembro de ouvir de ti tal afirmação: “vivo por teu sorriso” sem duvida mui romântico mas por demais ingênuo e o que ganhou? Ela riu de você. Lembro das flores, das cartas, dos poemas, dos gestos, das noites sem sono, saiba que não esqueci de nenhum detalhe, repito pra você: muito romântico porem ingênuo, tente tirar lições, de lições como esta que tomaste. Ver se enfim aprende.
Ah! coração...
Não mais sinta tanta dor, mesmo agora, quando é tão difícil olhar pra ela, quanta ironia? tão perto mas tão distante de ti, tão intocável...sim eu sei de tuas dores até mais do que você imagina, afinal te carrego comigo, afinal sou teu dono. Ops! Mil desculpas meio dono, velho amigo coração, quase esqueço, te levo no peito mais teu tesouro, tua dama, teu amor ainda te carrega na palma da mão.

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