Medo

Foto de Homem Martinho

Homenagem Aos Bombeiros

Corajosos com sua profissão, sabem
O valor de nossas vidas.
Resgatam todos que necessitam, sem
Pensar nos riscos que correm;
O prazer de fazê-lo supera qualquer barreira.
Recordamos das vidas perdidas
Amizades rompidas pelo fogo
Corações perdidos e sofridos
Andam sem eira nem beira
Olham pelas pessoas como se da família se tratasse.

Dividem suas vidas entre suas famílias
E esse excelente trabalho que salvam nossas vidas.

Bondosos com todos que
Os cercam;
Muitos não sabem o enorme valor que tem essa ´família`
Bombeiros, uma grande família,
Eternos homens de bem,
Íntegros, que merecem nosso
Respeito acima de tudo
O valor que vocês tem para com
Seus semelhantes só Deus pode recompensá-los.

Sentem o perigo a todo o momento
Andam sem a noção do tempo
Nada lhes mete medo
Temem unicamente pela vida de outrem
Arriscam sempre mesmo sem esperança
Rir e chorar faz parte do dia a dia
Enfrentam o perigo com um sorriso nos lábios
Mesmo que isto signifique a morte.

Foto de ruivinha

Doce ilusão

Às vezes a vida me proporciona momentos tão especiais, mas ao abrir os olhos percebo que foi apenas uma inútil ilusão da minha mente...

As lágrimas percorrem meus olhos como se fossem lâminas ferindo meu rosto, e escorrendo a dor até meu peito...

Será que um dia vou encontrar-lo e poder lhe dizer tudo que tenho engasgado... Vejo-te todos os dias, mas pra mim não é o suficiente, pois de nada adianta, se me falta forças pra lhe dizer que sou realmente apaixonada pelo seu jeito, doce e ao mesmo tempo misterioso de viver...

Esperava ser diferente mais esse medo de amar me deixa incapaz de fazer algo provavelmente correto...

Procuro não me envolver, mas tudo que eu faço me faz lembrá-lo, nem sei explicar o que sinto todas as vezes que olho em teus olhos...
Mas não o culpo, pois o passado me impede de viver o agora, me deixando sem previsão para o amanhã...

Talvez esteja fazendo uma pequena tempestade, pensando ser um temporal... Mas a ilusão já me feriu bastante...
Olho para o tempo e ele sempre quer me dizer algo, mas não quero escutar, quero correr sem olhar pra traz sem ter a sensação que estou perdida percorrendo o caminho obscuro da solidão...

Sinto-me sozinha mesmo estando ao seu lado, pois não consigo entregar-me verdadeiramente, tenho medo do amor, da felicidade...
Como pode uma pessoa ter medo de amar? Sou covarde, fazendo-me de fraca perante a luta constante da felicidade...

Mas me contento com pouco, apenas com o seu sorriso, mesmo que não seja de satisfação a me ver, com o seu olhar sabendo que teus olhos jamais verão o meu amor...
Finjo não está envolvida, você nem imagina o quanto estou apaixonada, daria tudo por você, minha felicidade desistiria dela só pra te ver feliz...

Queria sonhar e acordar sem ter medo de encarar a dura realidade, que me faz desistir de te amar...

Foto de Lou Poulit

NÃO CABEM DOIS MARES NO MEU ABISMO

Não cabem dois mares no meu abismo. Não resplandecem duas estrelas na minha escuridão, nem duas manhãs podem beijar o reabrir dos meus olhares. O meu sonho incauto colhe os ventos rebeldes que o arrebatam, e o peito do alto tolhe as vagas que lhe desafiam, mas no silêncio milenar das suas profundezas o meu amor não se desalinha. Pelas imensuráveis distâncias do próprio cosmo, o meu amor peregrina e das palmas que lhe acariciam esmola: de cada era a prece em que tardo e a bailarina, em quem como um raio ardo e me esvaio, com cada passo tece o cetim no espaço, o olhar que toca a tez amada quando amanhece.

O relâmpago, que a eternidade de um instante proclama, não alforria duas senhoras, nem duas escravas lhe possuem a chama. O hálito morno, que áspero lambe o leito e dessedenta o rio, e como um senhorio crava estrelas em suas areias, só tem uma pataca. Para que dois alforjes? Não são de sandálias as suas pegadas, mas onde aponta o velho cajado ancora-se o frêmito do escuro ao firmamento, como se ao crepúsculo o amor ancorasse o vento e, a se deserdar do fim iminente, sentisse o que o músculo não sente. O corpo da amada não mente, o botão guarda o instinto da rosa. O templo espera, de uma só direção, pela manhã sestrosa que há de lhe dar vida às pedras.

Pois que venha o amor no dia das algas. Abissais, viscosas e quentes, esgalgas algas, crispadas no rastro das correntes, rubras espadas a sua conquista. Virá o tempo do grito rijo, nas entranhas do torpor. Virá a madrugada ao regozijo do repouso. Amada, virá o amor tardio... Ah, o amor vadio, sem peja ou medo, a mais doce peleja, o mais furioso brinquedo. Virá na ponta do dedo, no gume da fala, descabelar a pérola numa luta que na vala brota, de pétalas no fundo da grota... O pórtico exíguo e seu tímido obelisco hão de ser soterrados sob as asas do pégaso amado, para que apenas as suas estrelas rasguem o negrume e habitem o instante. Ah, o amor... Pelo caminho dos pirilampos o amor virá com seu tropel. Mas que não venha pelos campos, nem do mar nem do céu, mas com um canto gutural o amor mais visceral venha do nosso passado... E domado como um bicho amante, pela crina, há de transfigurar-se em doçumes, no vau largo da bailarina, num último cismo de lumes. A manhã pertencida espreguiça o levante, sem posses ou posseiros, sim à vida... E nunca mais aos ciúmes.

(Itaipú, 21/julho/2007)

Foto de fer.car

Dê-me o pecado, dê-me você

Dê-me o pecado, retire minha roupa suavemente
Passe suas mãos sobre minha tez
Una seu corpo ao meu, sinta o calor que corre em mim
Dê-me o fogo, sacie minha vontade de beijá-lo
Percorra curvas, poros, abismos
Chegue ao ápice da loucura
Respire meu cheiro, cale a voz do medo
Coloque sua boca na minha
Sinta o aroma doce do amor
E a febre que arde de nossas almas aladas
Venha como se não houvesse fim
Deite-se aqui para nunca mais esquecer
Que fui sua e de mais ninguém
Na vida e na morte...Nossas mãos unidas
Quero tocar seus cabelos macios
Amar seu corpo perfeito, nu e lindo
Beijar seu rosto que tanto me olha
Olha-me, me invade, me faz toda sua
Dê-me o pecado, a dor que seja
Una seu corpo ao meu
Dê-me você e nada mais

Foto de Sonia Delsin

TEMPESTADE

TEMPESTADE

Chove em mim.

A cântaros.

Chove sem cessar e eu começo a rezar.

Deus pai que me ouve, que sempre vela por mim...

Por que tem que ser assim?

Por que tanto desencontro?

Por que tanto medo?

Por que o mundo me parece em certos momentos tão imenso?

E noutras horas penso.

Que ele encurtou.

Que não existe distância.

Que ele nos aproximou.

Vieste a mim como a coisa mais bela que alguém na vida podia encontrar.

Vieste num viajar.

De asas leves...

Vieste como anjo num dia em que eu não acreditava mais em anjos.

Mas chove agora.

Porque tem hora...

Ah, tem hora que fico desacreditando!

Que acho que está demorando.

Esta roda da vida é estranha, muito estranha.

Ela vai arranhando, tem horas que parece que vai avançando.

Noutras parece que vai empacando.

Chove em mim porque meu céu escurece.

Mas entro em prece.

Acredito de novo. Começo a sonhar...

Vou te encontrar.

Sinto que um dia ainda esta roda vai estacionar.

Nós dois frente-a-frente.

Nem sei qual dos dois vai dar o primeiro passo em direção ao outro.

Mas um vai avançar.

Vai abraçar, vai beijar.

E o resto do mundo vai parar pra admirar.

Sonia M. Delsin

Foto de Vanessa F.

A mediocridade da palavra desistir

Pensas não poder,
Não ser capaz de ir mais além.
Fraquejas,
Desistes perante o mundo.
Pior.
Desistes perante ti mesmo.
Deixas de acreditar que podes alcançar
Aquele lugar onde as estrelas sobressaem do céu negro
Imperando-se diante das maiores forças da natureza
Sem medo, sem desfalecerem
Brilhando intensamente para todo o universo
Ser capaz de as vislumbrar.
Gostavas de ter essa força
Porém, pensas em palavras tão medíocres
Como desistir.
Mas como por magia,
Uma luz volta a incidir no teu caminho
Guiando-te por locais que nunca pensaste seres capaz de visitar,
Mostrando-te forças desconhecidas que residiam escondidas dentro de ti, mortificadas por emergirem desse lugar obscuro.
As tuas dúvidas definham-se dando a lugar a certezas.
Nasce um poder tão grande dentro de ti,
Que se torna indestrutível
E de repente todo mundo torna-se novo e por descobrir
Como se renascesses e visses todas as maravilhas á tua volta pela primeira vez,
Dando valor a cada segundo precioso e a cada raio de sol que clareia toda esta grande dádiva que é a vida.
De que serve viveres se não aprenderes a viver, com os teus próprios erros?
Hoje, vês-te capaz de perseguir qualquer sonho
Independentemente de qualquer que seja a montanha que tenhas que escalar e de quem quer que tenhas de enfrentar
Porque, finalmente tens consciência do quão imenso é o poder da tua mente,
Do teu querer,
Que pode resistir á sua maior inimiga…
A incapacidade de lutar,
O desistir.

Foto de Jtsjessica

Não Posso

Medo, assumo sentir
Saudade, sinto e não posso
Amor, sinto e não posso
Sofro, por sentir
Sofro, por não sair
Quero não sentir
Quero que não sinta
Medo, eu assumo
Amor, eu não posso

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

lagrimas

caminho ao lado da solidão.e a tristeza me espera com lagrimas ,o tempo em minha vida se faz em angustia. eu me alimento da dor,e ela me da um enorme vazio na alma . amei e fui despresado e o que restou foi um olhar perdido.sinto a falta de carinho e amor sentimentos que foram traidos pelo desejo e o prazer. tentei fugir mas terminei escravo a minha historia é de esperança em olhar um por do sol sem nenhuma nuven de chuva no céu.vivo a minha vida em meus sonhos e tenho pesadelos em minha vida acredito tambem na eternidade de minha alma e tenho medo que a dor tambem nela acredite.sinto um gosto amargo em meus labios por falto do seu nectar abandonei tudo por você e você me deixou por tudo em que acreditava lhe dei todo o meu tempo e você me deu a saudade falo seu nome em gritos no silencio estou morrendo a cada dia em dor por sentir a falta do seu amor.

Foto de opoeta josé carlos martins de lima

dor

como eu te amei ! te amei o bastante para esquecer de me amar.por você eu fiz tudo em que hoje me arrependo.deixei valores morais caminhei em direção ao nada.e quando eu estava ao seu lado,o amor que eu sentia por você transformava-se em angustia e medo de perder algo,que eu não possuia.tentei ficar longe de você mas estando distante ou perto a dor era a mesma por que esse amor me faz tão mal ?as canções que eu escuto só me entristece. bem dentro em meu coração eu sei que não é sua culpa tento viver com minhas feridas contando os dias,meses e anos na esperança em poder te esquecer,fechar essa ferida aberta em meu coração e finalmente voltar a viver.

Foto de Stacarca

Amor funéreo

Amor funéreo

"A chaga que 'inda na
Mocidade há de me matar"

A noute era bela como a face pálida da virgem minha. O luar ia ao cume em recôndita dentre a neblina escura que corria os escuros delírios. Eu, pobre desgraçado levava meus pés a mais uma orgia a fim de esquecer a minha vida de boêmio imaculado. - Ah! E minha donzela morta que lhe beijava a face linda? Hoje, Não esqueci de ti, minha virgem bela de cabelos dourados que com as tranças enxugava meus prantos em dias de febre qu'eu quase morria, nem de seus lábios, os doces lábios que nunca beijei em vida, os mesmos que emudeciam os rogados de cobiças fervorosas? Sim, ó donzela de pele pálida que sempre almejei encostar as mãos minhas. Hoje, êxito de sua bela morte, sete dias sem ti, minha romanesca linda dama que as floridas formas diligenciavam os mais escuros defuntos. Os mesmos que indagam da lájea fria?
As lamparinas pouco a pouco feneciam na comprida noute que seguia, a calçada de rebo acoitava outros vagabundos que a embriaguez tomara, o plenilúnio se destacava no céu escuro, como um olho branco em galardão, magnífico. Ah como era bela a área pálida, e como era de uma beleza exímia, tão mimosa como a amante de meus sonhos, como a donzela que ainda não cessei d'amar.
- Posterga a defunta! Diziam as amantes!
- Calem-te, vossos talantes nada significam meretrizes de amores não amadas, perdoai-me, o coração do poeta nada mais diz, pois de tão infame, 'inda que vive, exalta aquela que não mais poderás oscular!?
O ar frio incessante plasmava em minha fronte doente, rígida, sequiosa pela douda vontade d'um beiço beijar, As estrelas fúnebres cintilavam, não eram brilhos obtusos, eram infladas e que formavam uma tiara de cores que perscrutava a consternação do ébrio andante, solene co'uma divinal taciturnidade. A'mbrósia falaz diria um estarrecido boêmio. Aquele mesmo que sem luz entreve o defunto podre que nunca irá de ressuscitar?!
A rua tênebra na qual partia, musgos fétidos aos compridos corredores deserdados p'la iluminação tênue dos lampiões avelhentado co'o tempo, lírios, flores que formavam a mistura perfeita d'um velório no menos pouco bramante, as casas iam passando, as portas vedadas trazia-me uma satisfação soturna, as fachadas eram adiposas e de cores sombrias, ah que era tudo escuro e sem vida. Como eram belos os corredores azeviches, aqueles mesmos que as damas trazia para gozar de suas volúpias cândidas que me corria o coração no atrelar aureolo.
A disforme vida tornara tão medíocre e banal qu'eu jazia a expectação feliz. – Pra que da vida gozar? Se na morte vive a luz de minha aurora!
- Hoje, sete dias rematados sem minha virginal, ó tu, que fede na terra agregada e pútrida comida p'los vermes, tu que penetraste em meu coração como o gusano te definha, tu que com a palidez bela pragueja as aziagas crenças banais que funde em minha febre, tu que mesmo desmaiada em prantos a beleza infinda, tu que amei na vida e amarei na morte. Ó tu...
No boreal ouviam-se fragores d'um canto sanhoso, era uma voz bela e que tinha o tom lânguido de um silêncio sepulcral, bonançosa era a noute, alta, os ébrios junto as Messalinas de um gozo beneplácito, escura, os escárnios da mocidade eram como o fulcro de uma medra irrisória, e o asco purpurava uma modorra audaz;
A voz formidolosa masturbava minha mente em turbadas figuras nada venustas.
Assassinatos horríveis eram belos como um capro divinal que nunca existira, o funambulesco era perspicaz que aos meus olhos era uma comédia em dantesca, os ébrios junto às prostitutas que em báquicos meio a noute fria gritavam, zombavam na calmaria morta, as frontes belas eram defeituosas que fosforesciam no fanal quimérico. Cadáveres riam nas valas frias do cemitério donde foras esquecidos, os leprosos eram saudáveis, os bons saudáveis eram leprosos fedidos que suas partes caíam no chão imundo, as lágrimas inundavam as pálpebras de revéis em desgosto, a febre desmaiava os macilentos, pobres macilentos que desbotavam aos dias.
Era tão feio assim.
- Quem és? De que matéria tu és feito? Perguntei e os ecos repetiam.
O silêncio completava os suspiros de meu medo, a infâmia percorria a ossatura lassa que o porvir eriçava. Tão feio tão feio... – Quem és? Porque me tomas?
Riu-se na noute. Riu-se de uma risada túrbida que nas entranhas me cosia. – Não vês que o medo é o lascivo companheiro da morte? Não sentis que a tremura d'amplidão oscila o degredo da volúpia? Não ouves o troado que ulula por entre os caminhos perdidos da vida? Não crês que a derrocada és a fronte pálida do crente que escarra?
Quem és tu? Quem és? Repetia a estardalhaço.
Um momo representava como um truão, júbilo em tábido que vomitava uma suspeição incólume, do mesmo modo como espantadiço em vezes. O medonho ar que cobria as saliências da rua era fugaz, não era do algo aturdo que permanecia em risos na escuridão das sombras de escassa claridade da noute, parecia vim de longe, cheirava ruim a purulenta, como um cadáver tomado pela podridão do tempo.
A voz: – Sentes o olor que funde do leito da morte? Ei-lo, a fragrância de sua amada como és hoje, podre como a fé de um assassino salivante, oh que não é o cheiro de flores de um jardim pomposo, nem da inocência dos ramos de sua amada que não conseguiste purpurar em seu cortinado!? A voz espraiava uma fé feia, pavorosa como o cheiro lânguido em esquivo.
– Insânia! Insânia! Insânia! Gritava como um doudo ínvio.
A tom lamentoso da voz era horrível, mas... Era uma voz análoga e invariável. Nada poderia mudar o estranho desejo, ouvir a voz blasfemar palavras lindas dolentes.
- Ora, porque tu te pasmas? Quem és a figura a muladar o nome de minha donzela?
O vento cortava o esferal cerco da quelha, os dous faziam silêncio ouvindo a noute bela gemer lamúrias de quinhão. Era tão calmo, tão renhido...
- Moço, não vede os traços que figuram de minha fronte? Não vede que as palavras são como a tuberculose que nos extenua arrancando os gládios do peito? Não vede o amor que flameja e persevera perpetuando aos dias como a cólera. - Agora ouvi-me, senhor! Maldito dos malditos quem és? O que queres? – Sois o Diabo?
O gargalhar descortinava as concepções desconhecidas, era como o sulco dos velhos tomado p'la angústia das horas, do tempo, dos anos. Não era o Diabo, tampouco um ébrio perdido na escuridão da madrugada, nem menos um vagabundo escarnecido e molestado p'la vida das ruas.
A voz: - Quereria saber meu nome? Que importa? Já-vos o sabes quem sou, Pois? Não, não sou o Diabo, nem menos a nirvana que molemente viceja entre as doutrinas pregadas por idiotas vergastas. Não sou o bem nem o mal, nem 'alimária que finge ser um Arcangélico nos lasso dos dias. Não sou o beiço que almeja a messalina tocar-lhe os lábios adoçados de vinho. Oh que não sou ninguém somado por tudo que és. – Sabei–lo, pois?
- Agradeço-te. Disse-o!
Dir-te-ia as lamúrias seguintes, os ecos rompendo os suspiros meus, a lua sumira, o vento cessara, a voz que apalpadelava aos ouvidos descrido. Oh! tudo findou! Não sei se a noute seguiu bela e alta, lembro-me apenas de estar num lugar escuro, ermo, as paredes eram ebúrneas, a claridade não abundava o espaço tomado. O ar era desalento, um cheiro ruim subia-me as narinas;
- M'escureça os olhos, oh! Era um caixão ali.
Abri-o: Ah que era minha virgem bela, mas era uma defunta! Na pele amarelenta abria-se buracos que corria uma escuma nojenta, verde como o escarro de um enfermo; Os lábios que sonhei abotoar aos beijos meus era azul agora, os cabelos monocromáticos grudavam pelo líquido que corria pelo pescoço, as roupas lembravam um albornoz, branca como a tez inocente da juventude. Os olhos cerrados e túrbidos, tão sereno, a bicharia roendo-lhe a carne, fedia. As mimosas mãos entrelaçadas nos seios, feridas em exausto.
... Meus lábios em magreza os encontrou, frio como o inverno, gelado como a defunta açucena, a pele enrubescia aos meus toques, a escuma verde era viscosa e o prazer como o falerno, a cada beijo que pregava-lhe nos lábios, a cada toque na tez amarela, era tudo o amor, o belo amor pedido. A noute foi comprida, adormeci sobre o cadáver de minha amada, ao dia os corpos quentes abraçados, a adormeci em seu leito, dei-lhe o beijo, saí:
Coveiro: - És por acaso um tunante de defuntos? Perguntou-me.
- Não vês que o peito arde de amor como o fogo do inferno? E a esp'rança estertora como tu'alegria? Disse-o.
- Segues meu senhor!

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