Missão

Foto de Ednaschneider

Quem fica e quem parte

Para quem fica é calamidade
Para quem parte é missão cumprida
Para quem fica é saudade
Para quem parte é nova vida;

Para quem fica é solidão
Para quem parte é esperança
Para quem fica é emoção
Para quem parte é o sorriso de criança.

Para quem fica é desespero e lágrima
Para quem parte é renovação
Para quem fica é ter que dar a volta por cima
Para quem parte é ressurreição.

Quando os seres humanos nascem
Todos sorriem, só o recém nascido chora.
Porém todos choram, na hora que partem.
Só demonstra o sorriso, àquele que vai embora.

É algo inexplicável a morte
Faz parte da vida tal acontecimento
Seja azar, ou seja, sorte.
Já morremos a cada dia a partir do nascimento.

Joana Darc.

(Este poema é registrado.Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos,não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais)

Foto de Zedio Alvarez

Senhora Felicidade

Toda mulher tem sua missão na terra.
A maior delas é propagar o amor.
Nem todo homem, a considera...
Desrespeitando a trajetória de sua dor.

Nós temos que nos conscientizar...
A Mulher faz sexo com emoção.
Com a alma desprendida para amar
E a mente orvalhada de inspiração.

As alusões atribuídas a ela são infinitas.
É uma pérola em constante lapidação.
Tem a vida controlada pela alma.
Deus lhes deu apenas um coração

A minha felicidade só se completa
Quando sou presenteado com a alegria
Quando recebo o farto sorriso dela
Quando me encontro com a sua poesia

Foto de Lou Poulit

O Caminho é o Mestre.

Precisei viver muito, cair e levantar muitas vezes, para legitimar no meu silêncio a simples impressão de que tudo valeu a pena, por ter aprendido algumas coisas. Há tantos anos que nem me lembro mais quando foi, li sobre o conceito cabalístico de amor. Achei que era uma coisa muito bonita, mas impossível de se conseguir. Parecia um paradoxo existencial insolúvel, porque parece pressupor o sacrifício da individualidade própria e sem ela, ainda que consigamos pisar no horizonte, não poderia haver nisso um mérito nosso, já que não terá sido uma obra nossa. Guardei o conceito com carinho numa das últimas gavetas da alma.

Os anos se sucederam e através deles uma aparentemente infindável sucessão de logros e malogros, que deixavam uma coisa cada vez mais clara e insofismável, na minha alma obstinada e penitente: as melhores coisas que havia conquistado não eram aquelas pelas quais me dispusera a tantos sacrifícios, não eram a montanha, mas sim as que em algum momento me pareceram uma pedra suficientemente firme, para enterrar o cravo e continuar a escalada. E isso foi verdadeiro em literalmente tudo. Sabia exatamente o que queria e, quase sempre, soube encontrar meios de prosseguir. Mas não sabia o mais essencial.

Não sabia que nossas ambições são como uma miragem. Ainda que sejam alcançadas, podem durar bem pouco nas nossas mãos. Mesmo porque logo precisaremos desesperadamente de um novo objetivo, uma nova referência para que possamos canalizar nossa energia. Precisaremos fazer isso, ou teremos a impressão de que todo o universo, em seu legítimo direito de prosseguir, está nos atropelando lenta e minuciosamente. Talvez possamos parar para comemorar uma conquista, ou nenhuma conquista, como fazemos mais freqüentemente, e assim exercer nossa auto-estima, e simplesmente não querer mais nada. Porém não poderemos interromper a sucessividade das coisas, ou a transitoriedade de tudo.

Como não podemos assumir nenhum dos extremos do paradoxo, ou seja, não podemos ser Deus nem tão pouco um inútil grão de areia, a solução está necessariamente no meio do caminho entre um e outro. Não é como encontrar uma agulha no palheiro, ou um determinado grão na praia, é muito mais difícil que isso!

Às vezes, por minha própria experiência, tenho a impressão de que posso propor uma solução: desconcentrar o foco. No entanto, preciso esclarecer uma coisa da maior importância: Quando digo desconcentrar o foco não estou defendo nenhuma abstenção, negligência ou leviandade generalizada, como pode perecer. Mas sim, muito ao contrário, redistribuir o feixe, contemplando mais as pequenas coisas do caminho, que estão sempre tão perto da gente; e nem tanto no horizonte, em cuja distância o foco talvez se perca irremediavelmente.

Isso não é nada fácil, concordo, mas deve ser uma espécie de aliança profícua. Sim, uma aliança porque assim daremos ao universo a oportunidade de participar muito mais proveitosamente das nossas conquistas, de nos oferecer alternativas, enquanto damos a nós mesmos a oportunidade de exercer mais legitimamente o nosso livre-arbítrio. Porém, aqui cabe um alerta: Não se deixe iludir pelo seu conceito vulgar e tão divulgado: O tal livre-arbítrio, instituição criada a partir textos inspirados, não pode ser o direito absurdo de fazermos o que bem entendermos. Crer nisso seria subestimar a inteligência do Grande Legislador, depois de superestimar a nossa. Não é minimamente razoável.

Vejo isso da seguinte maneira: suponhamos que você tenha dito ao seu filhinho amado que parasse a brincadeira para fazer o dever de casa. As crianças nunca têm pressa para aprender. Na verdade, ao fazer seus exercícios, querem mais se livrar da obrigação do que aprender o que os adultos pensam ser necessário. Ora, se você lhe desse dois ou três cascudos mais alguns gritos, certamente ele faria os seus exercícios e alguma coisa sobre a matéria haveria de fixar na mente, além dos cascudos e gritos, claro. Mas tenho a mais cristalina convicção de que você se sentiria um pai/mãe muito melhor, se ele resolvesse fazer o dever e aprender por conta própria! Sem precisar de qualquer penalidade. A evolução dele e a sua satisfação seriam muito mais legítimos e perenes. Pois aí está, para mim, o sentido verdadeiro do livre-arbítrio, dentro dos limites da mente humana. Até onde a criatura e o criador eram uma coisa só, não poderia haver esse mérito. Então, porque resolvemos criar nossos próprios objetivos e expectativas, e engendrar os meios para isso, passamos a precisar dessa instituição. Porque Deus, que não pode ser um pai menor do que eu ou você, prefere não nos arrastar para casa pelos cabelos. Na verdade não se trata de uma liberdade, mas da oportunidade de escolher bem e com responsabilidade.

Então, juntando tudo, creio ter uma boa proposta. É simples e não tem o rigor hermético imposto pelas instituições dogmáticas, que também tendem a priorizar suas próprias necessidades: focamos o horizonte apenas para que tenhamos uma referência de direção; depois criamos focos nas pequenas coisas que estão em nós, à nossa volta, entre nós e na mesma direção que escolhemos. Sem perceber, estaremos abrindo mão de uma parte do nosso ego cabalístico, aquele que quer satisfazer a si próprio, entretanto, também estaremos sintonizando a energia cósmica, que quer satisfazer a toda criatura, humana ou não, que possa escolher, segundo as preferências de cada uma. Além de satisfazer, segundo a Sua preferência, a todas as demais que não podem escolher por si.

A polarização sexual dessa questão é muito bem representada por um mito antigo: Os deuses do Olimpo estavam prestes a se unhar, por não haver consenso sobre quem teria mais prazer no amor, se o homem ou a mulher (uma questão que, hoje, a ciência responderia facilmente). Então Zeus, tido como grande sedutor mas que, provavelmente, era um péssimo amante, mandou chamar um semi-deus, por sua vez tido como apaziguador. Não podendo recusar a missão que lhe fora confiada, este meditou um pouco e depois afirmou categoricamente (sem a tecnologia atual): Quem tem mais prazer no amor é a mulher... Liderado pela extremada deusa Hera, mui traída esposa de Zeus, o bloco dos feministas já estava começando a sua festa. Mas, olhando os olhares inchados de raiva dos machistas, ele completou: ... Mas o homem é quem o provoca. E assim, enquanto o bloco dos machistas fazia a sua festa, a enfurecida Hera cegou o pobre semi-deus. Na tentativa de ajudar os que queiram compreender melhor a inexplicável sabedoria dos antigos, aqui vão versos definitivos de Vinícius de Moraes, da sua “Brusca Poesia da Mulher Amada”:

“...E de outro não seja, pois é ela
A coluna e o gral, a fé e o símbolo, implícita
Na criação. Por isso, seja ela! A ela o canto e a oferenda
O gozo e o privilégio, a taça erguida e o sangue do poeta
Correndo pelas ruas e iluminando as perplexidades.
Eia, a mulher amada! Seja ela o princípio e o fim de todas as coisas.
Poder geral, completo, absoluto à mulher amada!”

O verdadeiro amor só pode ser isso: O sentimento de querer bem e de satisfazer as pessoas/coisas amadas. E para dar certo, basta que aquele que ama seja uma das pessoas amadas. Ponto passivo: não existe uma matemática humana para o amor, essa coisa de determinar de modo fixo um ponto entre os dois extremos. Tudo bem, mas não estaria exatamente nisso o mérito? Veja, essa exatidão fixa, humanamente lógica, redundaria em mais uma estrutura ideológica capaz de engessar a psiqué e atrair o foco para o ego. Ela não é necessária. Mais importa que se exerça a vida, a alma, que se ame e que se cresça. A alma é o maior objetivo, o amor é o meio mais eficiente, e o caminho, quanto mais escuro mais guarda estrelas: É o mestre!

Foto de HELDER-DUARTE

Manuela

Teu nome é mulher...
Teu nome é mãe!
Lindo é esse teu ser,
Nesse amar maior que uma emoção!...

És mãe de filhos teus.
E mãe minha também,
Nesses gestos teus,
Com acções de para mim bem.

Continua tua missão,
Oh Manuela!
Nessa acção,

De Deus ser...
Continua nela...
Tu mãe e mulher!...

DEDICO A MINHA SOGRA

Helder Duarte

Foto de HELDER-DUARTE

Meu amor

Alfeizerão, 26 de Fevereiro de 2007

Isabel!
Amor de alma minha!

Hoje é o dia do teu aniversário!...
Passaram-se horas, dias, meses e anos, durante os quais, nossos dois seres se uniram numa só carne.

Neste teu dia especial, lamento que estejas distante. Mas essa distância revela ainda mais, este eterno sentimento, que no meu ser existe por ti!... Amo-te tanto!... Tanto!...

Volta o quanto antes dessa tua missão! Pois é em unidade, que nosso amor, dá mais frutos.

Um feliz aniversário.

Um beijo sem fim.

Teu marido,

HELDER DOS SANTOS DUARTE

Foto de HELDER-DUARTE

O mais importante

Neste existir
O que vou fazer?
O que é importante construir?
Que acção ter?

Perguntei-lhe eu,
O qual me respondeu:
A única acção de valor,
É amar com o meu amor.

Pois tudo passa...
Só o amor não acaba.
E me disse ainda:

Cumpre tua missão de amar,
Num gesto que não finda...
Num gesto sem terminar!...

Helder Duarte

Foto de Foxylady

Masmorra

Final de tarde.
O vermelho no céu anunciava o calor que passara e se iria sentir no dia seguinte.
A luz fugidia desvanece e mal se vislumbram as sombras naquelas paredes semi- rebocadas.
Entram sons quase imperceptíveis pelas grades da pequena entrada, vejo pés que passam e outros que se cruzam indeléveis no caminho a percorrer.

Tento sacudir a cabeça na tentativa falhada de não entrar sangue nos olhos, em vão me debato, o mesmo escorre em gotas finas lânguidas e demoradas e já o saboreio...Posso reparar que pousa nos meus peitos desnudados e hirtos pela frescura do tenebroso lugar.

Virou costas e saiu.
Permaneço imóvel, imutável, imobilizada, mortal...
Desesperadamente indefesa.

A sós com os meus pensamentos encurralada entre 4 paredes decadentes, a ferrugem das grilhetas corrói-me a pele, estremeço no receio e na incerteza do futuro...

Rodas guincham num derradeiro esforço, entra uma mesa putrefacta com uma toalha preta disfarçando o rude artefacto.
Mais relevante o que nela jaz pousado: chibata, correntes...palmatória... venda...Gag...os punhais...velas vermelhas e pretas qual aparato satânico que faz ranger os dentes e elevar cada pêlo do corpo...

Não me atrevo a chiar um "ai". Observo apenas.

Levanta a mão, dirige-se num gesto para mim, calculo que vá aliviar minha dor, da coroa de espinhos que me martiriza mas em vez disso puxa por meus cabelos misturados de vermelho e atira minha cabeça com força para trás na cruz que me segura...

Quer me ouvir a implorar, caso ceda sofrerei torturas.

Meu mestre permanece calado, inamovível, inabalável de sua missão, limpar meus pensamentos de luxúria pecaminosa que me invadem os sonhos e me soltam a voz enquanto durmo, cheiro de mulher para mim estava off limits porque ele assim o ordenava.

De palmatória em riste, olhar maquiavélico que me cega, defere golpes em meu sexo.
Nada posso fazer senão respirar fundo a cada investida, dolorosa, que me arreganha as entranhas e me faz entregar assim de maneira inteira.
Afasta meus lábios, e agora acende a vela, a chama eleva-se majestosa e começa a soltar gotas que me marcam e ferem a fenda humedecida por um turbilhão de emoções, uma amálgama de sentimentos que me faz perder os sentidos.

A cera misturada com meus sucos cai no chão enquanto mais continua a cair em mim, estremeço ainda com cada gota, cada gota me arrepia e ferve o sangue cá dentro na ânsia e receio de o sentir.

Palmatória outra vez, castiga-me friamente, sua respiração denuncia o prazer animal e grotesco que suga de todo o cenário.

Os lábios inchados cobertos de cera começam a ser revelados à medida que a cera vai caindo a cada investida, ora nos mamilos hirtos do frio da noite que nos abraçou.

Engulo os queixumes, debato-me em vão, ele aumenta a intensidade...
Não aguentando mais perco os sentidos, o sentir mata-me aos poucos e colapso no escuro.

Acordo (quanto tempo terá passado?), o seu corpo aperta-me e um punhal no pescoço trava-me um hipotético gesto. Com a lâmina faz pequenos golpes no meu pescoço que chupa sofregamente, eu mal me atrevo a respirar horrorizada pelo seu olhar encerrado naquele capuz hediondo. Respiro tremulamente, dificilmente me lembro do frio, somente sinto o fio que corta minha pele enquanto me aperta cada vez mais.

Sinto seu membro encostado ao interior de minhas coxas, sofro por senti-lo...

O mestre respira ofegante, sinto seu perfume que me entesa mais ainda.
Sem contemplações nem avisos, de uma só golpada sinto-o todo vibrante dentro de mim...A cada investida enterram-se mais os espinhos que me ornamentam a fronte.
Largou do punhal e arranca-me a gag por onde fios de saliva escorrem para me dar a mão inteira na boca antes de poder gritar.
Ferrei com a força toda que advinha do prazer, sei que ele gosta que eu sofra e que me perca nos meandros das sensações do meu corpo...

Banhada na loucura o calor imenso que me sufoca e sobe corpo acima até me deixar desfalecida em seus braços enquanto ele me presenteia com o seu auge...

Beijou-me.
Soltou minhas mãos, beijou cada uma com devoção.
Soltou meus pés, beijou cada um com igual devoção.
Levou-me ao colo, deitou-me num banho quente com sais...

– Agora és minha Rainha, sirvo-te eu!

Foto de André Lajunza

O POETA

O POETA

O POETA, é um ser privilegiado.
Pois, pela pena expõe seus sentimentos.
Fala tudo, dos bons e maus momentos
E, até de um sonho não realizado.

É, o poeta, é de fato abençoado,
Entende o sol, a lua, e os ventos.
Se debruça e sem fingimentos,
Fala do presente e do passado.

Para que sirva aos outros como espelho,
Costuma dar aviso e não conselho,
Pois que conselho, deve ser vendido.

Assim, o poeta, cumpre sua missão,
Ele quer que todos tenham salvação:
Quem crê em Deus, jamais será vencido !...

Lajunza

Foto de Murilo Braga Silva

Na igreja

Na igreja, perdida entre os quadros Cristãos,
Cristo gritava lá do fundo desesperado,
Maria fornecia um cálice de vinho tinto para ele,
Cristo bebia, mas ao mesmo tempo vinha o sangue negro dos seres humanos.
Filhos do amor, pobres miseráveis,
Vocês me mataram, eu nunca morri...
Fui traído, tudo era uma máscara.
Acolho todos os filhos do infortúnio.
E agora, estou na floresta.
A sombra das trevas aparece lenta e cruel,
Cumpri minha missão espiritual.
Não sejas preguiçosa, pobre humanidade,
Enfrente a vida, buscando o conhecimento espiritual.
Sei que minhas forças preclaras chegarão até ti.

Foto de Nobre Cyentista

Minha Partida! (carta de um suicida)

Existem momentos na vida das pessoas que elas não sabem o que fazer. Existem outros que talvez num importe o que elas façam, mas de uma certa forma, sempre existe um momento único e valioso ao qual nos deixamos passar desapercebido e perdemos diante de nossos olhos, lutar sem poder vencer, impossível! Querer sem poder ter, desprezível! Imaginar que tudo pode e tudo vai acontecer, sem valia! Mas a vida é um grande dilema, e não sabemos bem o que queremos e nem quando queremos, entretanto quando abrimos nossos olhos de verdade e começamos a imaginar o que queremos e porque temos que lutar por isso, vem um e no tapa os olhos nos mostrando a escuridão, longe de tudo isso ser verdade, não sabemos por onde caminha e nem o porque lutar, mas lutamos e a importância desta luta nunca vai saber, sei que lutei e como lutei em fim ganhei glorias de minhas batalhas, mas não ganhei as vitórias que eu tanto almejei, apenas ganhei a derrota e a força para começar outra vez a lutar, quando você estiver lendo isso, talvez eu só exista na lembrança de muitos, que agora vêem as lagrimas correrem pelo seu rosto, no momento incerto de uma agonia translúcida que me devora e me esmaga contra as minhas próprias vontades, se faço de louco e demente, de maluco ausente, e me transformo e uma alma louca e varrida correndo pelos cantos e gritando por estar sentindo a pior dor do mundo...
...E na lucidez de minha falta de existência apenas digo que eu parti, para um mundo que os nobres não chegaram porque fiz o pior mau a mim, nunca devemos agir assim nos ausentamos do que nos foi concedido no instante em que surgimos da escuridão de um ventre quente a acolhedor para só assim viver neste mundo cruel dos homens, e hoje não vivo mais me fiz de memórias e lembranças, parti par bem longe...
Com o simples fim de existir somente na escuridão deste canto infernal, quando acordar deste sonho não mais terei vida para cultivar o amor e a sabedoria, não mais poderei me fazer de forte se não vivo neste mundo, e suplico aos tementes que não faça o que eu fiz esta noite, que não queira sentir esta louca e incessante agonia, que devora os que de si tiram a vida, mas não fui louco apenas fui covarde em não poder mais te amar, tive que fugir deste presente porque a dor que me consumia era maior que a dor das derrotas que eu tive, fazendo-me de louco e demente, eu corri, mas não consegui a vitória, me despeço de todos aqueles que a mim tiveram algum sentimento um dia, pois não fiz isso por mau apenas por desonra, de minha parte, e se sentir morto e esquartejado enquanto vivo, foi terrível, só que esta dor não pude evitar, ao sentir este clamor no meu coração eu fui ficando perdido dentro do meu próprio destino, do caminho em que eu a desenhei, do mapa ao qual marquei os sinais de perigo, mas não o fiz, e neste momento não sinto mais dor, e a espada fria e gélida que atravessava meu coração foi removida, Isto me fez perder todo o sangue do corpo e vim a falecer horas depois de muito sofrimento, tardias minha dor e minha derrota, mas não tive mais forças para permanecer neste mundo, a única pena que eu tenho, e que no final de minha jornada, no momento crucial de minha vida, quando eu finalmente encontro à pessoa que buscava pela eternidade eu tenha que partir..., Fazer-me morrer pelas minhas próprias mãos e deste fim cruel sei que vou pagar muito carro e vou sofrer muito, para o lugar que provavelmente eu irei, isto é se eu merecer algum lugar, mas desconheço tal regalia a minha pessoa...
E neste momento, segundo antes de sentir a morte chegando eu renuncio o amor de tudo o que tem vida, e de toda a existência no mundo, porque no meu coração só irei carregar o amor que sinto por ti, e assim fui morrendo aos poucos sentindo esta dor, que me invadia conforme os segundo passavam e no meu corpo de carne não existia mais sangue e nem mais vida... Peço a você que realize meu sonho, alguém em um lugar no mundo tem meu livro tem minhas palavras e conhece minha jornada, e assim faça perpetuar a criação de minha vontade, todos os arquivos bloqueados, vai saber como os abrir quando a ti chegar, pois só você sabe a senha e sabe como revelar todas as charadas, todos os meus planos foram traçados e de uma maneira simples eu lhe desvendei todos os meus segredos, vai demorar algum tempo ate que tu consigas abrir todos os arquivos, mas não deixe de fazer este único pedido que lhe faço depois de ter partido, apenas faça que os meus segredos e criações intelectuais sejam lidos por todos os que um dia conheceram Wagner Lopes, e assim fico para história daqui a muitos anos vou ser visto como mito ou lenda... Mas saberei que com todo o amor que carrego em mim, voltarei à vida, e começarei toda a minha jornada de busca sem fim... ...Um dia um velho sábio me disse que no momento em que meu coração acreditasse que eu encontrei quem eu procurava por toda a eternidade, esta seria a hora de me fazer morto, e me dar o dom da morte, e fiz a vontade de minha alma, pois não preciso mais viver nem que o mundo suplique por minha existência, eu não necessito mais da vida, apenas de permanecer vivo nos sonhos de muitas pessoas, voltarei em outras vidas, e em todas elas passarei por você, e em todas as coisas que acontecer entre o momento de minha chegada e o momento de minha partida nada nos fará ficarmos juntos, porque não fomos feitos para sermos nossos, e sim do acaso e do destino, toda a vez que eu consegui lhe encontrar eu me matarei para que assim seja cumprida a minha missão terrena... Eu lhe peço perdão porque ter feito isso e também por ter me julgado... Mas hoje, ou melhor, neste momento não pode fazer mais nada, quando chegar ao fim desta carta, terá a simples certeza de que eu não existo mais, ficarei sumido por 72 dias, e acharam-me em algum lugar do mundo, e alguém muito importante para mim, selará o laço de minha morte, que é queimar meu esqueleto, separá-lo em quatro frascos de vidro e enterrar nos quatro cantos do mundo, pois só assim não voltarei mais, porque depois de tantos séculos e tantos anos buscando alguém que nasceu a ti por um destino cruel e com um fim tão trágico para suportar ate o fim de seus dias, eu não quero voltar para que isso se repita, a partir de agora viva a sua vida, pois eu não vivo mais, cumpra a sua jornada porque a mim se acabou, só então eu não mais pude lutar pela vida, e sim querer a morte o quanto antes, sonhei muitas vezes no passado que morreria como um grande escritor, e criaria minha própria morte. Mas não! Eu tinha um papel maior no mundo, era encontrar você, a bela jovem de uma carta escrita pelas mãos de nosso senhor, e se fiz valer para encontrar só não imaginei que o meu fim seria quando eu tivesse achado a minha vida, acreditar nisso seria improvável e se tornou verdade acima de tudo, e eu então estou agora morto, me suicidei as vésperas de uma noite fria e tardia... Segundos depois via a escuridão diante de mim, e nada se transformou diante dos meus olhos, e fui podendo compreender o porquê tudo acabou... Desculpe-me por não se despedir de ninguém, por ter que partir assim louco e inseguro, maluco e desprendido do mundo, mas foi assim que eu fiz, foi isso que eu pude fazer, apenas isso... Peço-lhe que faça valer meus pedidos e que eu seja velado com horas de maldito suicida... Eu te amo e levarei dentro do meu coração este amor, como já fiz em minhas vidas passadas, um dia nos encontraremos, e a única coisa que fará você lembrar de mim será o meu CHEIRO... Estão são minhas palavras depois de logo tempo sentindo a dor de meu sangue se esvaindo de dentro de mim... Eu ti amarei por toda a eternidade, e assim selo nosso pacto de sangue...

Sincero e Fraternamente,
Wagner Lopes
Nobre Cyentista!

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