Missão

Foto de InSaNnA

Ritual

Nessas noites quentes
que o meu corpo te chama..me pergunto..
isso e o meu amor que me guia
ou meu desejo que inflama?
embarco nessa aventura de prazer
Tenho uma missão..te enlouquecer!
exploro teu corpo,suavemente..
Sinta..tenho mãos de fada!
e faco nascer..o teu fogo latente
ele nao mente
ele sabe
ele sente!
o quanto o meu desejo me faz ser para você...
a tua pervertida
a tua amante..
a tua menina!
Deixe -me usar a minha saliva!
te ungir!
Te cobrir com o meu manto sagrado..
meu corpo!
E nessa hora que me entrego...
aos teus desejos carnais..nesse ritual de amor
Quero ser crucificada..amada..
No teu altar..(a tua cama)
Sou a tua oferenda..a tua prometida!
Sirva-se de mim...
Se deleite nesse ritual
Nem que seja meu fim..
Teu prazer..teu punhal
Deixa-me morrer nos teus bracos..
Derramar meu sangue,aos teus pés!
Eu ja conheci o paraiso..
Ja viajei com voce,meu homem,aos céus!
Beija-me!
cala-me os pensamentos..
vela-me..
quero, no teu corpo dormir..
embalada no silencio dos meus sentimentos..

Foto de ANA PAULA B BERNARDI

A Sorte, o Amor e o Destino

Deus quando te fez, estava num dia muito feliz e resolveu fazer alguém muito especial que fosse abençoado e perfeito.
Depois Deus pensou: “agora eu preciso encontrar alguém que mereça ser presenteada com algo tão lindo”, e ele sorriu e pediu que a sorte viesse ao seu encontro. No encontro com a sorte, Deus determinou que ela escolhesse alguém para receber um presente muito especial.
A sorte, muito obediente, foi prontamente atender ao pedido de Deus. Ela desceu à Terra e procurou por entre seus filhos alguém que fosse digno de ser presenteado por Deus, porém nada encontrou.
Ela vasculhou a Terra por todos os lados e cantos durante nove meses, mas a Sorte, como aventureira que é, não desistiu de sua missão.
De vez em quando ela ia prestar contas à Deus e lhe revelava que nada havia encontrado, então Deus, achando-a inapta para realizar o seu trabalho, desincumbiu a Sorte da tarefa e pensou por algum tempo.
Depois de muito pensar Deus mandou chamara a si o Destino e o Amor e lhes incumbiu da tarefa achando que dois trabalhariam melhor do que apenas um.
O Amor e o Destino não acharam a tarefa fácil, mas se prontificaram a ajudar Deus na sua empreitada.
A Sorte, porém andava abatida e envergonhada por não ter conseguido atender ao pedido de Deus e resolveu conversar com o Destino e com o Amor. Ela pediu –lhes que permitisse que os ajudasse a realizar o trabalho ao qual Deus os designou, e eles aceitaram.
Iniciou-se então uma incansável procura de alguém que fosse digno da criação de Deus, mas nada encontraram.
Vinte anos depois, estavam a Sorte, o Destino e o Amor andavam pelas ruas da Terra, desanimados e conversavam entre si combinando de pedirem a Deus que os desincumbisse dessa tarefa. Todos concordaram com isso e estavam indo se encontrar com Deus.
No caminho, viram algo que lhes chamou a atenção, era uma menina triste e solitária. Notaram que a menina tinha inúmeros defeitos e que não tinha nada de especial mas resolveram se aproximar só por curiosidade.
Quando chegaram perto da garota perceberam que ela estava fazendo um pedido a Deus e ela pedia que lhe dessa Sorte e para que o Destino colocasse alguém muito especial em seu caminho e que esse alguém lhe mostrasse o Amor.
Ao ouvirem os pedidos da garota a Sorte, o Destino e o Amor sentiram que aquela era uma pessoa digna de receber o presente de Deus.
Essa pessoa sou eu que agradeço todos os dias a Deus por ele ter criado você para mim.

Foto de Canceriano apaixonado

TUA AUSÊNCIA

Oi amor,

Daqui a pouco completarão 12 hs desde que vc sumiu. E somado ao fato de ontem ter ido ao passeio. São praticamente 24 hs ou mais, que não sentamos para conversarmos direito.

Confesso que hoje estou muito sensível. Na tua ausência fico ouvindo as nossa músicas românticas que possuo aqui, e especialmente aquelas que passei para vc. E isso parece que está desestabilizando meus sentimentos.

Quando te disse, que amar alguém é paradoxal, isso não deixa de ser a mais pura verdade. Hoje estou sentindo muito isso na pele...

Entendo que sua ausência mais uma vez repetinamente, certamente deve ter sido por causa de alguma missão. Mas sua ausência repentina, independente de estar muito bem justificada, dói em mim de qualquer forma.

Não que tenha alguma culpa. Muito pelo contrário, acho q meu amor por vc é tão enorme, que me deixa assim saudoso em extremo. Fico frágil, inseguro, e a sensação de perdê-la é incrivel. Indescritivel.

Reservei na verdade, hoje, dia de domingo, para justamente podermos conversar mais, e repor os nossos breves desencontros. E assim, creio que criei em mim uma enorme expectativa da tua presença.

Ainda mais sabendo que a apartir de segunda, somente teremos com freqüência o horário meu da noite e seu de dia, no qual vc tb poderá andar muito atarefada. Felizmente espero que nos fins de semana possamos nos falar muito.

Hoje, o dia está muito bonito lá fora, parece que finalmente está aquecendo o clima. Mas dentro do meu quarto sozinho, e muitas vezes me pego olhando para o vazio. A sua ausência me faz sentir ainda mais frio o inverno que está aos poucos nos deixando.

Me sinto um pouco triste. Triste por vc não estar ao meu lado. Triste pois não tenho um sinal da sua presença. Me resisto fortemente em não te ligar. Acho q já tenho invadido demais a sua privacidade, e acredito que cada indíviduo tem que ter a sua individualidade respeitada.

Mas a agonia do choque entre o individualismo pessoal e vida sentimental compartilhada a dois, que me incomoda. Como é dificil estabelecer os limites destas relações. Realmente é muito dificil amar na ausência.

Parece-me que as dúvidas aumentam, os pontos de interrogações brotam como as flores de um galho dourado no outono. No fundo, sou uma pessoa já bastante vivido nessa área sentimental. Não devia estar assim tão desesperado e aflito, sendo que confio totalmente em vc.

Acho que amor é isso. Só se concretiza quando dois indivíduos vivem juntos na práticas. Da praticidade da vivência, que conseguimos sentir de fato a presença real da pessoa. Fornece também a segurança necessária, pois enfim compartilham uma vida a dois.

Antes disso, é muito dificil sentir-se 100% seguro de nada. Pois ainda não tem em sua pele, o cheiro de outra pessoa, o gosto dos beijos dela em sua boca, os dedos dela nos seus cabelos, e o coração dela repousada em teu coração.

Por isso, apenas tenho seus emails, as nossas músicas como referência da sua presença durante a tua ausência. E isso sinto cada vez mais insuficiente quando aumenta fortemente cada vez mais o meu amor por vc.

Preciso cada vez mais de vc ao meu lado. Cada mais algo concreto da tua presença. Acho q estou enlouquecendo de amor..rss.

Oro todos os instantes de forma muda, que vc esteja bem, e que nada tenha acontecido de mal. Aliás torço demais para que vc esteja dormindo e repousando, pois é algo que vc não vinha fazendo habitualmente.

Trouxe o notebook para ao meu lado, junto a cama, no qual estou deitado.
Após o términio deste email, continuarei deitado, olhando vagamente pela janela do meu quarto. Ouvindo as nossas canções de forma suave, e contando os minutos e segundos para sua chegada.

Talvez eu adormeça...pois ontem acabei não dormindo muito bem.
Talvez eu chore.
Talvez eu feche os olhos vagarosamente,
esperando que ao menos nos sonhos você possa dar algum sinal do seu amor.
Que conforte este coração entristecido que clama por sua presença.
Um coração que sofre em cada despedida e em cada ausência.
Vc não tem idéia de quanto vc me faz falta.
Mas sei que os sonhos não facéis de conquistar.
Então serei forte e resistente, mas mesmo assim aguardo-te na minha vida.

Eu simplesmente te amo....

Com carinho e amor
de seu amado
Chi

Foto de amasol

Cores do coração

O papel alí a esperar, sereno não sabe de seu destino. Mas na sua missão, passa-nos uma mensagem de esperança.
Ainda há vida.
A caneta tem urgência, pois pensamentos voam. Perde-se a essência que anseia em sair do peito.
Se a vida se iluminar, a caneta a deslizar, o papel pode beijos ganhar, doces palavras de amor e ser perfumado.
Se a vida desbotar, a caneta pode se irritar e o papel amassado, arremeçado numa lixeira qualquer.
Paciente o papel recebe também sem reclamar, o aperto da caneta ao descrever um desabafo de dor ou o término de um amor.
Pode até ficar amarelo, mas perseverante espera...
Que a vida tenha cor...
Que a caneta dele não se esqueça...
Que nele palavras escreva...
Para que não fique amarelo e só.
Vida, acredite...
Brilhe, viva um lindo arco-íris!

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor.
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia.
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua, estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olho para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; só porquê estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir? – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, no chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como fantasma – não posso fugir.
Angustia-me, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade está mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz, eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido
pequenas e grandes coisas, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Chupo-te como uva, urino no esgoto - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é meu anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei aonde vou.
Virei olhando seu rosto; uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha penas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme!.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância, vou embora - você é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – lá você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marca os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova; sou invisível, nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre rouba um pouco.
Solitário ou nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Chamarei-te de Teresa, ela também cansa a minha beleza.
Responda-me com certeza; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Sim mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para estes tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio.
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda; me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura.

Foto de Samoel Bianeck

Jogral da Solidão

-I-
Solidão; porque coloca esta sua mão fosca
sobre minha inocente cabeça?
Destilas a tua seiva, não doce, que vai ao poucos
se misturando com meus maus pensamentos
e descem lentamente até meu coração.
Nada te fiz - porque me persegues?
---
Olha quem diz; sou a solidão sim; mas é você quem me segue.
Estou sempre a seu lado – sou tua aprendiz.
Nunca amaldiçôo quem na minha frente não se ajoelha.
II
Me enganas, sua loba com pele de ovelha,
Invades o meu ser e ainda me aconselha!
Espedaça a minha vida; fico sangrando então se apresenta
- camuflada de remédio.
Me arrebata para o tédio; te trago e me sufoca no isolamento.
Em minha pele injeta seu veneno - não suporto este tormento.
---
Sou um pleonasmo inverso – “a bebida que você não bebeu”.
Sou gustativa - “a delícia de mulher” que você não degustou.
Sou utopia da sensação - “o corpo que você não sentiu”.
Sou o paradoxo da companhia – “comigo; sempre estará só”
III
Não entendo teu linguajar, basta; já esta me arrancando tudo.
Sinto ira; ordeno, suplico - alguém me conte uma mentira!
Grito; vou para rua, lá você está, como um rolo compressor
Não ouve meu brado; me esmaga, tritura – fico quebrado.
Levanto arrasado e você só diz – veja mais um pobre diabo!
---
Sou a mescla rara de um néctar maldito - tudo que te magoa.
Sou a mãe da tristeza - filha primogênita da angustia,
Me chamaste; vem tristeza - agora sou sua pele, “sua beleza”.
Me atiras para o alto; sou bumerangue – circulo com teu sangue.
--IV--
Sigo a rua estou só, mas você me segue e grita – não esqueça de mim.
Olha um manequim: escute estão rindo, não tem ninguém - só pode ser de mim.
Sussurras no meu ouvido; sou invisível, é de você; viro e olhos para eles.
Fazem cara de sério, não digo nada, mas te interrogo – eles são felizes?
Sim; não sabem que vão morrer; nem porque estão rindo?
---
Porque usas de metáforas para me atingir? Vai indo!
Teus passos sabes dirigir – acha que agora vou rir.
Estou aqui para: com dor te atingir – não vou fingir.
Nem pense que vou te acudir, não chão pode cair.
Tenho uma missão a cumprir - tenho que te punir.
--V--
Logo decido, vou seguir - mas como posso?
Você é uma sombra, me segue como um fantasma – não posso fugir.
Me angustia, me faz mal, olha a manchete no jornal
– a felicidade esta mais à frente.
Mas não sou crente, me empreste o pente, não te; esqueça
– nunca mais coloque a mão sobre minha cabeça.
---
Conheço tuas sensações tácteis – e sempre estarei te atormentando.
E fui, eu fiz eu sou, tudo de bom que você queria ter vivido.
Pequenas e grandes coisa, um amor querido – sem viver, ficou inibido.
Alguém querido que não ajudou – uma conquista interrompida.
-VII--
Escute é a voz do mar; na esquina vou virar - acho que é lá seu ninho.
Te chupo como uva, urino no esgotos - mas voltas com a chuva.
Tenho preguiça; tento correr e me seguras - como a areia movediça.
Na hora derradeira; sem querer te chamo de companheira.
Sei que és a antítese – do meu viver sem vida.
---
Esqueceu; sou o acróstico das iniciais de todos os teus males.
Mas lembre-se; sou tua companhia mais sociável - não te deixo ao léu.
E nem te quero no mausoléu – sempre te alcanço um chapéu.
--IX--
Esta é boa, agora você é me anjo da guarda, minha amante.
Lembrei estou precisando é de uma amante, duas ou três
– quem sabe a solidão eu espante.
Estou ilhado preciso de alguém, vou ver uma boneca ou uma madona
- se não tiver vou para zona.
Vejo uma; grito; estou aflito - vem meu amor, me tira da solidão.
---
Engana-se; sou insubstituível; nem amor, dor ou pudor.
Sou a esfinge; ninguém me decifra; não tenho cor – sou ilegível.
Sem pudor dou a luz à angústia – e batizam meu filho de dor.
--X--
A festa acabou, vem comigo - mas não sei onde vou.
Virei olhando seu rosto uma lágrima rolou; ela chorou - que foi?
Tu és uma flor; sim mas você vai - a solidão me atacou.
Sai em silêncio, bati a porta, corri, gritei, adeus - nunca mais solidão.
Deixei-a com ela, ela ficou com minha solidão - estou livre!
Como um pássaro; quase seminu - atirei minha roupas para o ar.
---
Pare, pare, aquela solidão era a dela - eu sou a sua.
Cada um tem a sua companheira que é a solidão verdadeira.
Sempre te acompanhei, acompanho - nunca largarei.
Senta ai e se acalme, volte a ser triste – nada de alarme.
--XII--
Se cada um tem a sua; porque ninguém gosta da solidão?
Quero distância vou embora você – é bem sem elegância.
Há quem se queixe; nas festas, nos amores – você está presente.
Veja quanta gente; fernandinhas e caubóis – mas tua marcas os corrói.
---
É filho; estou com os poderosos, incapazes e medrosos.
Nova sou invisível - nada aparece, com o tempo meu ser se fortalece
– junto com tuas desilusões meu poder cresce.
Sou abstrata, imaginária mas todos sentem o peso de minha mão
– minha maldade sempre aparece.
--XIII--
Não me chame de filho. Alguém disse que você é a praga do século.
Tem muita gente sofrendo por tua causa, até se matam ou matam.
Você leva a depressão; a tristeza, que deve ser tua irmã ou irmão.
Toda vez que sua sombra cinza visita um ser - sempre roubas um pouco.
Solitário, nas festas, sempre tem alguém sofrendo – aqui acolá.
---
Amigo; nós da família solidão não temos culpa – cada vez tem mais espaço.
Estamos só cumprindo nossa função; tem gente que vive em uma eterna solidão
- sempre me chamam com a droga, intrigas, brigas – dizem que são amigas.
Você é um que sempre fica comigo. A propósito gostou de te chamar de amigo?
--XIV--
Amigo está melhor; já que não posso me livrar - vou te aceitar.
Te chamarei de Rodrigo, pelo menos rima com quem
- da felicidade é mendigo.
Agora te pergunto ou digo; e esta gente que só enxerga seu umbigo?
Mesmo aquele que se dizem bravos; também são seus escravos?
---
Amigão; para este tipos de coisa eu nem ligo, são estúpidos sem receio
Cá entre nós; são os que mais vivem a sós - e para solidão é um prato cheio.
Não invento, e ao ver eles afundando na amargura – só contemplo.
Ainda é tempo, me entenda me aceite como sua amiga – sou pura.
Fico má, te afogo no veneno quando você quer – o sabor é da tua mistura

Foto de Luna_Platha

O universo se apaixonou por nosso amor!

Veja
Olha pra mim,
estou diante de você,
porque foges assim?
Despertei de um sonho,
você ainda permanecia,
estavamos no Éden,
jardim imortal que não desvanecia.
Mas sei, estou aqui,
pra realizar-te os desejos,
pra afagar-lhe os medos,
pra fazer de nossas almas um portal,
pra fazer de nosso amor imortal.
As lágrimas minhas que correm,
vão ao seu encontro,
são produtos de alegria,
tristeza, amor, confronto.
Todas as vezes que acordamos,
mesmo em outras décadas, séculos, anos,
a nossa sina tende a permanecer,
minha missão sempre fora guiar você.
Encontro-te da mesma forma,
frágil, perdido com o medo que o transtorna.
E sem ao menos compreender minha vida,
Busco fé e sentido,
pra ajudar um alguém,
que como eu está perdido.
Todas as vezes que nossas almas se separam,
nossos laços ultrapassam os deste mundo,
e voltamos, vivemos, nos encontramos,
com sentimento ainda mais profundo.
é como se por todo o sempre,
juntos vivêssemos,
o universo apenas conspira,
pra que jamais nos perdêssemos.
É bem mais que espiritual,
é Eros que torna Psique imortal...
Amo você
Apenas isso me retira do sepulcro,
me fazendo reviver.
E é assim desde a criação,
do primeiro sopro de vida
à nossa destruição.

Foto de Carolina Soares

Anjos

Todos temos Anjos
Todos somos Anjos
Os Anjos da guarda nos perseguem
Para nos avisarem dos perigos.

Para nos protegerem
Para nos consolarem
Para nos amarem
Para viverem ao nosso lado

Todos temos anjos da guarda
Que nos protegem da dor
Que nos vigiam com amor
Que nos protegem com fervor

Não há ninguém
Que não tenha um Anjo da Guarda
Todos temos um
Que mora dentro do nosso coração.

Há anjos bons
Que cuidam da gente
Há anjos maus
Que nos maltratam.

Tudo isto para dizer
Que os anjos são muito importantes
Na nossa vida
Todos temos um mesmo ao nosso lado
Podem ser os pais

Que nos protegem do perigo
Um amigo que nos ajuda
Um irmão que nos compreende
E um namorado que nos ama.
E assim são os anjos da nossa vida
Que nos amam, ajudam e protegem
E estarão sempre ao pé de nós
Até terminarem a sua missão.

Quando terminam a sua missão
Eles desaparecem, morrem
Porque a sua missão foi cumprida
E por isso voltam para o pé do criador.

E assim temos de aproveitar
Os bons momentos passados com eles
Porque os “anjos” estão mesmo ao nosso lado
E muitas vezes nós não os vemos.

E quando os vemos, quando abrimos os olhos
Quando isso acontece
Muitas vezes já é tarde demais
Pois o tempo não volta atrás.

Depois de cumprirem a sua missão
Eles se vão e não dizem nada
E depois quando descobrimos
Que eles eram os nossos anjos da guarda
Não podemos fazer nada, porque eles
Já se foram e depois não
Podemos mais dizer-lhes o quanto
Os amávamos, o quanto lhes agradecíamos
Pois eles não estão mais aqui
Por isso digam aos vossos anjos da guarda

O quanto os amam e agradeçam
Por os ajudarem na vida
Pois um dia quando quiserem
Poderá ser tarde demais.

Nunca se esqueçam dos anjos
Que estão ao vosso lado
Talvez eu seja um deles
Nunca se esqueçam disso.

Amo todos os anjos
Presentes na minha vida,
Obrigada por tudo o que
Têm feito por mim
Adoro-vos.

29 de Maio de 2005

Carolina Soares

Foto de NW

Nossa história em versos

Tanto tempo te esperei,
de namoro e namoro vaguei,
mas só quando eu te encontrei,
pude dizer, finalmente, sou feliz eu sei!

Te encontrei por acaso,
e logo no primeiro minuto em que te avistei,
você, no meu coração, fez um arraso,
foi então, que a você, minhas esperanças levei...

Seu sorriso resplandeceu,
os meus sentidos inebriaram,
foi quando minha boca emudeceu,
dando lugar aos nossos corações, que assim falaram.

Eu te amo, te amei e te amarei,
Já naquele primeiro instante, em que nossos lábios quase se tocaram,
eu sabia, que só contigo eu serei,
feliz, completo, mesmo que os céus sobre mim caiam.

E foi naquela mesma noite, nossa primeira dança,
não era valsa, mas uma canção ainda mais linda,
nossos corpos, como o pêndulo que balança,
já bailavam, numa alegria que era infinda.

A música, então, parou,
a pé, caminhamos juntos,
o tempo, que já era curto, então viajou
e com ele, passamos a cuidar de nossos assuntos.

Antes de podemos conversar,
nossos lábios se encontraram,
nossos primeiro beijo, nasceu sem falar,
mas deram espaços aos corações, que então falaram.

E naquela noite mágica,
fizemos companhia às estrelas,
nem o breu, que anunciava uma conclusão trágica,
pôde ofuscar o fulgurar de nossos olhos,
que cintilavam, como se das estrelas fossem duas pequenas centelhas.

Foi então que cheguei a uma resolução:
não podia deixar de te amar,
e não querendo impedir o destino e sua mão,
proclamei o amor, e pedi para te namorar.

Foi esse o embrião de nossas vidas,
que passaram sem jamais ser lidas,
e agora, que tornaram-se escritas,
estou com medo, de ter a felicidade perdida.

Porque eu fui tolo, porque eu fui pueril,
te machuquei, e não te respeitei,
e hoje você descobriu,
um lado meu, que até eu renunciei.

A este eu, solenemente, bano do meu ego,
banido está, e banido ficará,
porquanto plantava mentiras que nem eu acreditava, pois não sou cego,
e sei que a mim, hoje, só existe o eu que te amará.

E este eu jamais te magoará,
te respeitará da forma mais estrita, mais solene,
e contigo ficará,
no berço da felicidade mais perene.

Por isto te rogo: perdoa-me,
saiba que esses versos são indeléveis, assentes,
e dos pecados que cometi, coa-me,
na certeza de que eu, nunca mais, serei insolente.

Nesta terra não há ilusão, corpo ou substância,
que da infelicidade me desperte mais fácil,
que o seu sincero sorriso de criança,
despertado de uma felicidade concreta, quase tátil.

A minha vida, dedicarei a você,
minha missão terrena, será te fazer feliz,
em penitência, ficarei até o alvorecer,
de uma nova vida, a que você sempre quis.

E lá no céu, terei outra missão,
essa mais dura, posto que eterna,
pois lá cuidarei de suas asas, e tal será meu galardão,
por ter podido, em vida, viver com a anjinha mais terna.

Perdão,
Eu te amo,
No meu coração,
De novo, eu te chamo.

Foto de LEOANDRADE

Uma Estação Chamada Amor (Leonardo Andrade)

O Amor é a estação final.

O nosso final de linha, nosso objectivo máximo, é onde sonhamos estar e quando chegamos queremos fincar raízes e nunca mais partir.

Para chegarmos a ela temos necessariamente que passar por várias paradas intermediárias como paixão, desejo, atracção, tesão, amizade, entre outras.



São paradas para descanso, reabastecimento e adquirir experiência (leia-se bagagem), uma espécie de preparação para o destino final, para o clímax. Não precisamos saltar em todas, podemos até pular algumas, desde que estajamos
cientes do que elas nos oferecem e nos sintamos confortáveis com o que temos em estoque.
O que não podemos é nos atrasar nas saídas , pois a perda do trem pode ser irreversível, não há novas composições marcadas nem prazos para isso.

É necessário partir, pois por mais conforto e comodidade que as estações nos ofereçam, elas só podem nos oferecer uma parte desse todo chamado amor, deste são apenas uma peça de um gigantesco quebra-cabeças.

Como toda regra tem sua exceção, existe o honroso caso da parada amizade, nesta podemos decidir permanecer e abrirmos mão de prosseguir a viagem, optando por vivermos uma relação diferente, com menos glamour, mas igualmente importante e por vezes até mais íntima e com menos espinhos, há quem chame a amizade de amor desapegado... É uma opção possível.
As estações intermediárias, no fundo podem se tornar armadilhas, pois travestidas de amor podem nos enganar e até exercerem provisoriamente sua
função, mas nenhuma delas tem força ou competência para manter essa encenação por muito tempo, com a queda das cortinas, nós nos levantamos da posição passiva da platéia e saímos para uma rua vazia e sem saída.
Quando o seu trem passar, não o perca, embarque, aproveite as estações,
aprenda ao longo da viagem e na estação final salte de corpo e alma disposto a começar a viver o que de melhor a vida pode te proporcionar.

Boa viagem !!!

Nota do autor : Claro que me refiro no texto acima a cada uma das supostas
histórias de amor que vivemos, pois quando em uma delas decidimos "abortar a
missão" permanecendo em uma estação, depois de um tempo pegamos o trem de
retorno e voltamos a estação inicial em busca de uma nova composição com
destino a estação final. Isso ocorre porque nenhuma das estações
intermediárias "vende" passagem de ida, se algum cambista aparecer lhe
oferecendo bilhete, ignore-o, é falso

Leonardo Andrade

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