Morte

Foto de TrabisDeMentia

Sono profundo

Febril te vejo deitado
"Tu dormes profundamente"
Um pesadelo no rosto traçado
"Tu dormes profundamente"
Gemes, suas, choras
"Tu dormes profundamente"
Teu corpo se agita, aperta a corda
"Tu dormes profundamente"
Acorda amigo, já é hora
"Tu dormes profundamente"
A vida se vive cá fora
"Tu dormes profundamente"
Te peço, te grito, te sacudo
"Tu dormes profundamente"
Insistes cego, surdo e mudo
"Tu dormes profundamente"
Peço aos céus que o teu dia amanheça
"Tu dormes profundamente"
Rogo a Deus que tua alma estremeça
"Tu dormes profundamente"
"Tu dormes profundamente"
"Tu dormes profundamente"
...
Impotente face á voz que te fala te deixo á sorte
Pois mais forte que esse amor que te embala só mesmo a morte
...
"Tu dormes profundamente"
"Tu dormes profundamente"...

Foto de Coyotte Ribeiro

DOMINIQUI

Amar não será minha sorte, mas
Lutarei até a morte
Tirarei forças de minha fraqueza
Arrancarei alegrias de minha tristeza
No medo obterei coragem
Convicto de uma grande vontade
De amar inocentemente
O coração independente
De sua alma pura e
Repleta de desejos
Me apaixonando loucamente
Por cada pedaço de sua existência
Sem Ter medo de gritar que
Tudo é vindo da videira
Pertencente a sementeira que,
Descido do céu faz doce o
Prazer, doce como o mel
Suave como o vento
Alarmante como o silêncio
Implacável como a névoa
Por isso amar não é tudo
Mas colocar o amor em prática
Faz valer a pena viver
Amando você pela alma
Que nasceu em noite serena
Estrelada de rubis
Que iluminam os seus olhos
E clareiam suas pisadas
Como rainha de minha estrada
Claramente a lua se transforma
De nova em novo leva sua beleza
Pelo imenso universo
De onde ainda não se achou fim
Para amor contido em mim
E quanto mais tento enxergar o fim
Tudo que posso ver é o que posso sentir
Amor maior não há
Se não saber que estou a declarar
O que mais é válido em meu coração
Essa louca paixão que se move em emoção
Tantas palavras, consta pouco sentido
Uma frase, expressa tudo o que sinto
EU TE AMO!!!!!

Por MJPA o coração de um Coyotte

Foto de Welington de Haia

Espelho

Tomando nas mãos um punhado do passado, assim disseram:
É seu, é você, tem que ser.
Quando criança ter um herói e o filho do herói ser.
Herói que com o tempo, passa a ser vulnerável, aos olhos da criança que cresce.
Morte aos sonhos de ir além, deixando prevalecer por medo, a imagem do herói vulnerável.
Não sou herói e temo em ser vulnerável, e Ter medo de mim mesmo...
Ter medo do que não conhece, é por vezes ter medo de se conhecer.
Posso me moldar como as nuvens que se moldam, mas sempre sendo nuvens,
Que ao encontrar com outra, produz relâmpagos, trovões e água.

Mostro-me quem sou, se esconde se não és.
Meu Dom aqui está seu Dom a quem dará?

Foto de Lorenzo

Assim Seja

Se for pra desistir,
Que seja das brigas.

Se for pra ceder,
Que seja o perdão.

Se for pra enganar,
Que seja a morte.

Se for pra roubar,
Que sejam beijos.

Se for pra matar,
Que sejam as saudades.

Se for pra destruir,
Que sejam as mágoas.

Se for pra cair,
Que seja nos teus braços.

Se for pra se embriagar
Que seja de desejo.

Se for pra morrer,
Que seja do teu amor.

Se for pra desejar alguém...
Que seja você!

Foto de Samoel Bianeck

A Montanha

I
Na frente o mar; dos lados vou nadar - sair e a montanha olhar.
Quero abraçar, alta o céu vai arranhar - a mim abençoar.
Lá vou chegar, montanha sei te amar - teu cume quero alcançar.
Com um véu te coroar, Cristo não mais crucificar - lá vou rezar.
Alguém acompanhar, ninguém desolar - e talvez desposar.
II
Fugir da maldição, ganhar saúde no coração - gritar para o irmão.
Na montanha tem o leão, o tigrão - lá no alto frutas e limão.
Me erguerei em ascensão, terei o céu na mão - para Eva serei Adão.
Com ela jogarei xadrez e gamão, esquecerei o pão - serei um bebesão.
Nasce no coração, amor uma boa aflição - não pare quero continuação.
III
Me cobri com seu manto, senti seu pranto - no entanto.
Não almoço mas janto, esqueci o desencanto - ficarei não sei até quando.
Para chegar esperei tanto, agora da manhã levanto - olho sem espanto.
Não mais tenho quebranto, rezei já sou santo, posso voar - até canto.
Repouso no recanto, aqui falo esperanto, árvores me entendem - é um encanto.
IV
Montanha faça jus, mostra tua verde luz - para o alto me conduz.
Tua força me induz, sonhos que produz - já não sou avestruz.
Fez leve minha cruz, não uso capuz; saro com ervas - há mentruz.
Subo a pé sem bus, não tenho status - até vivo com os jacus.
Oro a Jesus, no alto há uma luz - só o bem se traduz.
V
Montanha, você sempre me apanha - a fé é tamanha.
Sem artimanha, acolhe a pomba e a aranha - lá tem castanha.
Água pura é champanha, não se faz barganha - tudo é façanha.
Canto, ouço a Betanha, a garganta não aranha - nem a voz fica fanha.
Eu vou, alguém me acompanha? Ela vem e me ganha - meu braço apanha.
VI
Sempre jovem menina, dentro guarda uma mina, fora - muita adrenalina.
Tua cor ilumina, tem verde e albina - ser sábio me ensina.
Não tem dor nem angina, és nua sem batina - não usa gás ou benzina.
Parada é bailarina, sem sapato ou botina - não é santa nem cafetina.
Parece pequenina, mas é sábia e divina - tem uma lá na esquina..

VII
Inicia a jornada, lá em cima ela fica amedrontada - está paralisada.
No meus braços se vê abrigada, quieto, não digo nada - está gelada.
Tonta e assustada; mas olha apaixonada - se sente desarmada.
Presa fácil será atacada, parece machucada - vai ser desnudada.
Não quero mais nada, estás nua quase pelada - vai ser amada.
VIII
Sou o Maomé que vai, a faço tremer mas não cai - feliz grito "ái".
Outros gritam "uái", ela grita mas não sai - no Japão a gueixa e o samurai.
Filho onde vai? A procura de Adonai, peça por mim – pode ir que não cai.
Lá de cima gritai, ou como um pai - com voz suave falai.
Sobe num bonsai, assim você não cai, mas deste lugar - vê se sai.
IX
Teu solo é sagrado, lá Ele foi crucificado - mas não ficou calado.
Teu semblante abalado, deve ao alto ser lavado - bons ares respirado.
Lá não tem dor nem machucado, ninguém é magoado - o espírito é elevado.
Vai; seja abusado, só ou acompanhado, não seja Maomé - nem enjoado.
Não fique parado, te cuidada no cerrado, nem sempre - abra o cadeado.
X
Subir é lendário, suave calvário - lá terás o imaginário.
É um grande cenário, onde tudo é voluntário - nada arbitrário.
Saia do armário, você é o beneficiário - libere o peixe do aquário.
Pobre ou bilionário, esqueça o calendário - ou o crediário.
Ele não vai; deixe o otário; o livro, o dicionário, a escola – e o secundário.
XI
Tem perfume de flor; muito gosto e sabor - lá nasce o amor.
Ele é seu admirador, ela só quer amor, respirem - não tem filmador.
Seja na terra nadador, a seus pés um orador, escute - só faça amor.
De paquerador vira professor, o surdo ouvidor - adeus falso pudor.
O retrógrado vira inovador, o desiludido sonhador - o fraco tem vigor.
XII
Vem cá, traga um parente, aqui não é frio nem quente – só passe um pente.
É verdade, há quem não agüente, K2 não é para gente – mas não invente.
Do sofá levante, tome coragem e vai avante – da altura não se espante.
São amigos, ratos e elefantes, tem mais velho e infantes – nada é oxidante.
Pega um barbante, coloca um pisante – esqueça tudo dantes.

XIII
Esqueço a monotonia, trago uma companhia – na rede vivo uma poesia.
Tenho tudo que queria, fugi do que é fria – abandono quem me angustia.
O som não tem cacofonia, foi embora a azia – tirei uma radiografia.
Muito de bom não conhecia, agora estudei geologia – sem querer teologia.
Antes, todo dia, acho que um pouco morria – por muito pouco sofria.
XIV
Da montanha vejo o sul e o norte, não se pensa na morte – me sinto muito forte.
Toda hora é um esporte, nada que muito importe – acho que tive muita sorte.
Às vezes recebo um reporte, vem de aerotransporte – pede palavras que conforte.
Pode vir quero passaporte, carrego faca de corte – tenho um braço de porte.
Montanhismo é esporte, escalar é pra forte - difícil é o vento do norte.
XV
Sou lobo da montanha, só uma loba me ganha – um poeta da montanha.
Segui a sermão da montanha, fugi da maldição da montanha
– e senti a tentação da montanha.
Como lasanha, as vezes piranha – só quando me assanha.
Ganhei muita manha, agora picanha - só sem banha.
Tua imagem a terra banha, a sombra te apanha – vem pra montanha.
Esta é a manha; passar 40 dias e 40 noite no alto da montanha e...
– aceitar a tentação da montanha.

Foto de Welington de Haia

Possível e impossível impulso

Se te desejar for pecado,
Quero cometer o maior dos pecados com vc.
Se te amar for desagradável a alguém,
Quero desagradar o mundo inteiro,
Te amando da ponta do pé, ao ultimo fio de cabelo da sua cabeça...
Se pra ficar com vc tiver que haver guerra,
Quero iniciar a 3ª guerra mundial.
Se pra viver com vc for preciso viver a morte,
eu mataria.
Se pra estar ao teu lado tivesse que ir ao inferno,
Enfrentaria o diabo.
Se pra te ver feliz,
Tivesse que haver a infelicidade,
Assim seria.
Se pra meu sonho de ter vc todos os dias gemendo de prazer na minha cama fosse perder meu sono,
Eu ñ dormiria.
Se pra ter seu sorriso,
Tivesse que fazer alguém chorar,
Então o mundo choraria.
Se pra te ouvir dizer que me ama,
eu tivesse que ouvir insultos todo dia,
eu ouviria.
Se pra ganhar vc tivesse que ganhar na loteria,
com certeza eu acertaria! hihi...
Se pra ter, viver,sentir, ouvir, ver vc, tivesse que mudar quem eu sou...
Eu ñ me mudaria,
Mudaria a vc fazendo amor, da noite pro dia.
Se pra tudo isso tem um tempo,
Então espero o outro dia,
Sabendo!
Que agora nesse momento,
se vc pudesse, me ligaria.
“Possível ou impossível impulso”...

Foto de brgigas

Que amor parvo este

Não dá para esquecer alguém assim,
Sem suspirar sem desejar para mim.
Proibido, louco, estúpido amor,
Ele não se preocupa não tem pudor,
Vive sem pensar só pensa em sentir,
Algo diferente só quer existir.
Mas é preciso esquecer e seguir,
Procurar lá longe algo que ajude a fugir,
Seguir seguir sem olhar para trás,
É essa a morte dessa paz fugas,
Não se pode ver tal coisa assim,
Desejar sempre alguém para mim,
Mas aquilo que ela tem persegue qualquer um,
Mesmo afastando não vale de nenhum.
Ela simplesmente é assim,
Aquilo que quero para mim.
Que amor parvo este não vê que nunca o quiseste,
Nunca o desejas-te, nem nunca o vivestes.

Foto de brgigas

este silencio que me esmaga

E este silencio que me esmaga,
Me transforma em leve peso,
Tão leve que flutuo
Até ao fundo e me perco,
Numa bússola sem norte,
Procuro o rumo para esta morte.
E este silencio que me cega,
Me transforma e me nega,
Me leva aonde nunca estarei,
Me perde onde nunca estive.
Só nesse silencio te escuto,
Como surdo te oiço
Te sinto no meu ouvido.
E só na escuridão te vejo,
No fechar dos olhos o espanto do desejo.
Só neste silencio que me esmaga
Se sente o frio do teu beijo,
Na morte de um desejo.

Foto de jgdearaujo

Metafísico

Há muita metafísica em pensar em nada...
Há nada em que pensar... a vida não se explica.

O brilho das estrelas, por quê?
O calor do sol, por você?
A existência de Deus, crê?

Viemos? ...
Se vamos? Para onde...
Algum propósito?
Divino?

Poeira cósmica não pensa...
Não interpreta...
Resultado dos elementos
Combinados... Átomos, meros átomos
Não compreendem... A vida não se explica.

Pra que explicação? Pra quê?
Se a beleza da poesia é pra ser intuída,
Se o brilho das estrelas é pra ser admirado,
Se o pôr-do-sol é pra ser cultuado...
Se a sua pele é pra ser sentida.

Pra que ciência, se o sabor da sua boca
Persiste... insiste... existe. Com certeza existe.
Se o pulsar do seu sexo domina
Envenena...fascina... sobretudo alucina.

Há realmente muita metafísica em pensar em nada,
Por que pensar leva a nada... O caos não se explica.

O que importa, sente-se... Jamais se compreenderá...
Jamais se explicará a sensualidade do vermelho
A preocupação em agradar o espelho
A corrida por mais e mais dinheiro...
Se a morte é certa... Uma porta aberta.
(eu preferia que fosse uma janela ... Queria escapar).

Estava certo Pessoa... Pensar faz mal
E não ajuda... Não faz entender...
Há muito mais encanto em pensar em nada,
Há muito mais encanto em viver...

Foto de jgdearaujo

Cersceu

CRESCEU

Não precisava ter ido até lá, mas foi.
Chegou mais cedo, junto do sol.
Nada no bolso, menos nas mãos.
Cara de quem quer tudo...

Não precisa ter ido tão fundo, mas foi.
Assaltou-lhe um desejo incontrolável de ousar
e, não tendo como suportar, cruzou a linha do arco-íris.
Jeito de quem quer sempre tudo...

Não precisava ter tantas certezas, e não as tinha.
Mesmo que parecesse estranho, incoerente,
Desejava pouco menos que nada.
Contentava-se com as sobras...

O vento o conduziu para o norte,
Para o sul, oeste, leste...
Ao sabor do vento, tomou seu rumo
Construiu seu destino. Escolheu.
Escolheu seguir a direção do vento

Não sabia o que queria... Mirava o horizonte.
Subidas e descidas pareciam-lhe iguais...
Olhos e bocas, feições...
Vozes agudas e roucas,
Rostos, corpos... luz e sombra,
Céu e mar... mar e céu...
Tudo lhe parecia exatamente igual
Tudo lhe parecia seu. Tão seu que não queria nada...

Contentava-se com as sobras... restos de carinho,
Sorrisos amarelos lhe pareciam belos...
A vida parecia bela... a vida, vida...

A vida passou... cresceu!
Agora precisava de certidão de posse,
Exigia dotes... os corpos... ah, os corpos!
Eles não eram iguais... ah, as vozes roucas!
O perfume na penumbra, os toques...

Agora queria tudo... e teria...
Apenas uma certeza, certeza
A morte. A esperar atrás da porta
A espreitar os sonhos e a fazê-lo
Querer que o tempo volte.

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