Morte

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Aquela nunca vista formosura (António Ferreira)

Aquela nunca vista formosura,

Aquela viva graça e doce riso,

Humilde gravidade e alto aviso,

Mais divina que humana real brandura.


Aquela alma inocente e sábia e pura

Que entre nós cá fazia um paraíso,

Ante os olhos a trago e lá a diviso

No céu triunfar da morte e sepultura.

Pois por quem choro, triste? Por quem chamo

Sobre esta pedra dura a meus gemidos,

Que nem me pode ouvir nem me responde?

Meus suspiros nos céus sejam ouvidos;

E enquanto a clara vista se me esconde,

Seu despojo amarei, amei e amo.

António Ferreira (1528-1569)

Foto de Patrícia

Cantiga, Partindo-se (João Roiz de Castelo Branco)

Senhora, partem tão tristes

Meus olhos, por vós, meu bem,

Que nunca tão tristes vistes

Outros nenhuns por ninguém.


Tão tristes, tão saudosos,

Tão doentes da partida,

Tão cansados, tão chorosos,

Da morte mais desejosos

Cem mil vezes que da vida.

Partem tão tristes os tristes,

Tão fora de esperar bem,

Que nunca tão tristes vistes

Outros nenhuns por ninguém.

João Roiz de Castelo Branco (século XV)

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