Mortos

Foto de jeankarlos

ÉREBOS

Não sabe ao certo quem és, de que forma provaras o quê sentes.

Saberás destingir os vivos dos mortos?

Está preso a sua classe e alguns argumentos, e na harmônica rua,

obscura é a insensatez dos corpos.

Vês apenas o quê te mostram ao prelúdio de uma poesia roubas

O pouco que tenho tirando de mim a recôndita alegria.

O todo poderoso nos guiará por caminhos diferentes quem jurar

Amor eterno será o doente e tanto eu quanto você continuaremos

Indefesos e submersos no dilema ao fim o amor se tornará em

Ódio ou poema.

Foto de Dennyse Psico-Poeta

Falando de Amor...

*
*
*
*
As pessoas falam: O amor não existe!
O Romance acabou,
Ou melhor, nunca existiu,
Na literatura nasceu
E com a literatura ficou...
As pessoas falam,
Falam demais...
Ora, Ora... Deixe-me!
Com minhas bobagens
Meus romantismos
Minhas sacanagens...
Deixe-me amar,
Sei que cedo ou tarde
Nada mais restará...
Por isso, cesso as mágoas
E vou rindo do passado
Vivendo o presente
Imaginando um futuro
Que sei perfeitamente
Que talvez, não chegará...
Ainda assim,
Entre a queda da ternura
E ascensão de desamor
Escrevo desejos talvez tortos,
Talvez insensatos talvez mortos
Tão sem vida quanto o próprio Amor
Falado da boca dos Pós-modernos,
E que se dane os “mal-amados” de plantão
Eu ainda sonho com a existência do amor,
E escrevo mais: Vivo esse sonho...
Nos pesadelos?... Acordo!
Mas não tenho receio em voltar a dormir...
Tudo vai se encaixar
Quando fecharmos os nossos olhos,
A nossa banheira de água quentinha
Com um vinho de morango a nos esperar
O aroma de sabonete
Daquele, daquele cheiro gostoso
Uma massagem no pé
E onde mais agente quiser...
As pessoas estão apagando
Nossos sonhos apaixonados,
Tudo bem, as pessoas se enganam
As pessoas mentem
As pessoas traem
As pessoas são fracas...
Mas por favor,
Vamos assumir as nossas falhas,
Não culpem o amor!
Apenas sejamos, uma pessoa melhor
Do que aquilo que fomos ontem...

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*
http://psicopoeta-denny.blogspot.com/

Foto de Rosinéri

DESESPERO

Choro,
Por todos os mortos ignorados;
Choro,
Por todos os corpos mutilados;
Choro,
Por todas as crianças estropiadas e massacradas;
Choro,
Por todas as mulheres violadas e abandonadas;
Choro,
Por todos os horrores da Guerra
Que apagaram, dos olhos das crianças,
O fulgor da infância
E a alegria da esperança.
Depressa! É urgente!
Acabem com a Guerra,
Com as vidas destroçadas.
Abracem-se irmãos,
Apazigúem os vossos corações
E tragam-nos a Paz!
Já não tenho mais lágrimas
Pra chorar
Por esta minha Angola martirizada!

Foto de SamaNtha SaMm

Dor

Cinzenta manhã de inverno
Aguça o cheiro de paz
Traz conforto ao ser
preso atrás dos vitrais
Singular sentimento
Me deprime ao extremo
Nostalgia me domina
Dilacera meu peito
Meu coração agora sangra
Minha alma se despedaça
Num segundo, sou luz resplandecente
No outro, só cinzas da tristeza
Ultra-romantismo crônico
Intrínseco desejo mórbido
O mal-do-século me fez assim
De repente me fecho e morro
Transpiro a solidão dos mortos
Nas sombras caio em devaneio
Moribundo nos braços da Deusa
Minguante e soturno, desvaneço
Sou um estranho dentre os vivos
Uma árvore retorcida pelo tempo
Espírito perdido na névoa
Espectro num cemitério maldito
Sou o choro da criança
O desespero num funeral
Sou o último suspiro
A melancolia fatal
Sou lágrima que escorre
Sou brisa que beija a face
O viajante que não retorna
Sou o semblante da saudade
Transpiro a solidão dos mortos
Do teu olhar ainda lembro
Transpiro a solidão dos mortos
Por que fostes tão cedo?

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

DOIS RIOS

DOIS RIOS
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Eramos como dois rios perdidos
Correndo por caminhos diferentes
Chegando a distantes portos
Levando os miseros mortos
Na furia de nossas enchentes

Expandiamos pelos vales floridos
Cortando os montes em dois
Saltando das altas cachoeiras
E esculpindo nas pedreiras
A estoria que todos leriam depois

E diante de nosso furor
Na nossa briga contra os vendavais
Derrubamos todos os abrigos
Os monumentos mais antigos
E encurralamos os animais

Mas como dois rios perdidos
Convergendo para o mesmo caminho
Nos abracamos no encontro das aguas
E nos entregamos nos beijos da aguas
E acostumamos com o carinho

E agora somos dois rios unidos
Que se tornou um rio bem maior
E para o balanco das ondas do mar
Seguimos aprendendo a se dar
E assim conhecemos o amor

E assim hoje mais tranquilos
Somo dois rios morando no mar
E assim hoje mais unidos
Nao podemos mais nos separar

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
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Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

O DINHEIRO

O DINHEIRO
(Luiz Islo Nantes Teixeira/Carolina Teixeira)

O dinheiro compra todos os bens sobre a terra!
Um carro do ano, uma joia e uma casa bonita na praia!
Compra uma fazenda de engorda e um pedaco de serra!
Uma mulher interesseira, um falso amor e uma nova saia!

Mas o amor ao dinheiro e razao de todos os males.
Mas tu, meu pobre amigo juras que e razao de todos os bens!
Os mortos nao falam e nem podem caminhar pelos vales,
Mas os ricos de saude possuem maior tesouro do que tu tens

A riqueza nos traz uma grande responsabilidade, e atitude
Para sermos sabios sabendo que nada trouxemos para este mundo
E manifesto e que nada levaremos, quando um dia nos faltar a saude

O dinheiro nao pode comprar a saude e um ensinamento profundo
Para quem ouve para fazer o bem, e, lapidar esta divina virtude
Que o faz mais rico do que o mais rico que habita este mundo!

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
http://www.yesportes.com/

Foto de ivaneti

Na Escuridão da Noite (postado no Luso)

Almas de viagem passam por aqui
Cega, surda e muda!
Castelos encantados! Mistérios...
Querendo apenas se completar.

Sentindo um único sentido da dor
Que no expressar do teus sonhos
Começa a se revelar!
Em um papel desperta o rascunhar
E chora no mar de fantasias.

E na penumbra que debruça tua magia
Onde veste a cidade dos versos
Encantando a cada estrela tua estrofe

E na escuridão da noite que se rende a lua
No arco íris dos poetas mortos.

Autora: Ivaneti Nogueira

Foto de Sonia Delsin

A CASA MISTERIOSA

A CASA MISTERIOSA

Aquela casa a assustava. Diziam que era assombrada.
Ela dormia no quarto do meio e ele era imenso àquela hora e tão frio. A casa estava gelada.
Tantas lembranças ela guardara daquela casa e agora estava lá. Quem diria que um dia voltaria?
Na parede os quadros ainda eram os mesmos de sua meninice. Os vasos agora vazios estiveram cheios outrora sobre móveis escuros e tristes. Pesadas cortinas também foram conservadas.
O tempo parara ali?
Precisava levantar-se um pouco.
Em dois tempos ganhava o corredor. O longo corredor onde corria com seu irmãozinho Marcos e Paulina, a prima que vivia com eles.
Lentamente Clarice descia as escadas. Degrau a degrau e respirava fundo.
A sala guardaria aquele aconchego? Poderia ainda acender a lareira?
Tropeçou num degrau e respirou ainda mais profundamente.
Um barulho no andar superior fez seu coração disparar.
Sabia que estava só. Seria o vento? Mas a noite parecia tão quieta lá fora.
Lentamente colocou o pé noutro degrau e a tabua rangeu.
Nada demais. O cunhado sempre dizia que casas antigas são cheias de sons.
Ela perdera Bruno numa noite tão chuvosa. Treze longos anos tinham se passado. Exatamente treze anos.
Parecia ter o seu lindo sorriso ali à sua frente. Bruno fora um esposo maravilhoso. O homem que toda mulher deseja encontrar. E ela o encontrara num daqueles bailes de fazenda que se promoviam por ali. Será que ainda existiam aqueles bailes?
Não tiveram filhos. Pena. Se tivessem tido poderia ter o sorriso do pai.
Quando colocou o pé no penúltimo degrau viu uma sombra na parede. Seria uma ilusão de óptica?
Poderia estar impressionada por estar sozinha naquela casa onde vivera toda sua infância e parte da mocidade.
Estalou outra madeira.
Não devia se impressionar já que pretendia passar uns dez dias naquela casa.
O irmão desejava vender a propriedade e ela era contra. Oferecera-se para comprar sua parte e se instalara na casa.
Uma mulher cuidaria da limpeza e das refeições. Florinda não podia passar a noite ali e ela a dispensara disso.
-- Não vejo necessidade. Desta vez vou ficar só uns dias aqui. Ainda vou pensar se vou me instalar de vez neste lugar. Então sim pensarei no assunto.
-- Se a senhora desejar posso encontrar alguém da vila para lhe fazer companhia. Penso que não lhe fará bem ficar aqui sozinha.
-- Não se preocupe. Ficarei bem. Obrigada.
A sala guardava ainda o ar de aconchego, mas estava tão gelada. A lareira apagada e completamente abandonada. Não era usada há anos.
Ela poderia pedir que alguém a reativasse no dia seguinte.
Sentiu uns arrepios quando se aproximou da poltrona azul. Era ali que o pai se sentava.
Olhou na parede o quadro do avô. O avô com seus bigodes retorcidos e os olhos que recordavam Paulina.
Punha-se a pensar em Paulina. Paulina menina.
Correndo pela casa e aprontando das suas.
Paulina no caixão. Tão linda e pálida na imobilidade absoluta dos mortos. A inquieta Paulina só assim pararia e não completara ainda dezesseis anos. Fora velada naquela mesma sala.
Marco chorava tanto e ela se escabelara. A mãe dizia que a prima querida fora encontrar os pais. Por que tinham todos que partir? Os pais de Paulina a queriam?
Ela não entendia ainda a morte. Ia completar quatorze anos.
Marco dizia que a casa ficaria sempre triste sem a linda prima e ficara mesmo.
Ela fora estudar na cidade e morar com uma tia. Acontece que nas férias, num dos passeios à casa dos pais conhecera Bruno. Casaram-se, mudaram-se para o Rio de Janeiro e viajavam muito para o exterior. Ela pouco visitara a casa naqueles anos todos já que os pais morreram alguns anos após seu casamento e Marco se mudara para o Paraná com a esposa. A casa ficara aos cuidados de uma senhora que agora estava velha demais para cuidar dela e o irmão lhe ligara dizendo que seria melhor que vendessem. Ela era contra a venda e por esta razão é que estava ali.
Os arrepios se intensificavam. Parecia ouvir o riso de Paulina, do pai. As zangas da mãe e os gritos de Marco. Marco estava vivo e por isso concluía que estava se deixando levar pela imaginação. Não havia nada ali.
Uma porta bateu forte no andar de cima e ela estremeceu. Um gato desceu correndo as escadas.
Esfregando uma mão na outra ela foi abrir a porta para o bichano.
Estivera fantasiando coisas.
Foi até a cozinha e saboreou lentamente um copo de água. Era deliciosa sempre a água daquele lugar.
Arrastando as chinelas foi subindo a escadaria.
Que tola! Era só um gato. Quando subia a escadaria o barulho recomeçava no andar de cima e isto a assustava. Arrependia-se de ter dito a dona Florinda que ficaria bem sozinha.
Com o coração aos pulos chegou ao quarto e descobriu que as janelas estavam abertas e ela estava certa que as fechara muito bem. Foi fechá-las e pensou que era melhor esquecer aquela estória de comprar a parte do irmão. No dia seguinte partiria para o Rio e colocariam a casa à venda.

Foto de regeane

nosso mundo

Talvez eu só deseje que esse nosso mundinho seja diferente, toda manhã em que acordo minhas esperanças se renovam, mas toda a noite quando chego à minha casa e vejo o noticiário, elas simplesmente se evaporam, cada vez mais o mundo se torna cruel e as pessoas insensíveis uma com as outras, o egoísmo é total e o ditado de cada um por si e Deus por nós todos precede...
É político corrupto, e o povo reclama, mas na próxima eleição esquece tudo e coloca-o no poder novamente, é guerra de traficante com policiais é polícia corrupta, é o crime organizado comandando, é jatinho de 2.000.000., 00, e o povo brasileiro passando fome sem recurso na saúde e na educação, é a natureza revoltada com as atitudes dos homens e derramando toda sua fúria sobre eles, são os jornais falando sobre o aquecimento global, e noticiando que o g8 está se reunindo para tentar solucionar o problema, é o mais rico país prometendo diminuir as poluições que causam para ajudar o mundo, e aí que eu me pergunto uma coisa que os cientistas vinham prevendo há tanto tempo, tínhamos que esperar chegar ao ponto culminante para tentarmos tomar uma atitude? É o USA invadindo o Iraque e matando milhares de pessoas, somente pra mostrar que pode mais e depois o presidente americano com a maior cara de pau criticando os terroristas, é pra ficar indignado, afinal o que ele está fazendo é terrorismo ou só por que são iraquianos e não americanos podem ser mortos como animais?
Todo o mundo está vendo isso, mas ninguém faz nada, cada um está tão preocupado com seu próprio nariz que o problema alheio não importa, mas ninguém pensa que amanha depois o problema pode atingi-lo e aí será seu também...
Se cada um fizesse a sua parte com certeza viveríamos num mundo melhor e também deixaríamos um mundo melhor para os nossos filhos, pois é, é nessa hora que minhas esperanças se evaporam, pois há quanto tempo falamos sobre cada um fazer a sua parte e cada vez o mundo está pior?
Até quando isto acontecerá?Chegará à hora em que a situação será irremediável, e eu ainda ouvi certo senhor dizer em rede nacional ‘VAMOS VIVER O HOJE, O AMANHÃ A DEUS PERTENCE’.
AGORA EU ME PERGUNTO E TE PERGUNTO, SE AS COISAS CONTINUAREM COMO ESTÁ HAVERÁ AMANHÃ PARA DEUS PERTENCER?

Foto de marvinvaz

Terra Prometida

Bendita sois vós
Maldita Terra Santa,
Qual, a maldição de "sem-mil" homens
Sangra em teu ventre, solo patrio, oh mãe!
Solo nativo, cativo, exausto.

Te carrego nas costas, mãe
Te seguro nos braços
Canto, choro, rezo
Corro, e nunca alcanso
Durmo, e nunca sonho
Sonho, e nunca acordo

Mãe, oh Terra Santa
Que o homem roubou-lhe a virgindade
Presente ocaso, sombra luz do dia
Sombra penumbra no silencio...
Onde estas, o amor?
O que vejo, é so paixão,
E ela queima, arde...

Ah...
Me banho em desespero,
Descontentamento.
Saudade embebida
D'uma época qual, embevecido, não vivi.

Fosse ontem, cem anos atrás
N'uma andante caminhada desolada
Sem rumo, sem beira,
Dessa humanidade desumana
Ainda seria o mesmo, ainda seria nada.

Oh mãe,
Terra minha,
Terra Nossa...
Nem mais (ao menos),
nos creem as estrelas
E a noite, acolá afora,
Consequencias
Aqui, sem brilho
Sem consolo

Onde estas, mãe
Teu coração incorrupto
Que perdoas incompreensivelmente
Os homens que estupram vossa honra?

Que dignidade é essa
E indescritivel capacidade de perdoar
A quem nem mesmo vos ama?

Não te incomodas,
Não te importas,
Todas estas lagrimas verdes?
O grito dos ventos,
Os prantos das matilhas,
Dos rebanhos, dos cardumes,
Os mares sem abrigo..?

Desapareces com o tempo,
Tempo impiedoso,
E mesmo assim traz consigo
Teu infinito sorriso;
-- Ofegante bater de asas --
E o calor do Sol, todas manhãs...

Terra Santa, Sagrada
Que vida é esta,
Vida sem prazeres,
Prazeres sem vida...
Que inocencia malicia buscamos?
-- Coragem e medo --

Oh, Mãe!,
Por que, te calas?
Por que, nos calamos?
Ah...ainda vou,
Nascer sem compreender
Tamanhas divinidades.
-- Utopia --

Oh, mãe!
Que confortante abraço o teu
Desconforto espaço e abismo
Encosto a cabeça em teu colo materno
Me esparramo nesse amour d'vossa tristeza
E fecho os olhos, sorrateiros,
Em anciosa melancolia...

A espera, da morte,
Acalento e nostalgia
E do chamado aos mortos
Sem fervor nenhum

O ressucitar das cores,
Sem rancor nenhum
Sem dor nenhuma
Sem movimentos...

A espera, do Paraiso,
Terra Sagrada.
A espera, da Terra Prometida...

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