Mundo

Foto de carlosmustang

E a crise, o fascismo que fez vc voltar A SER OQE EH

Te amo tanto, que parece mentira
Quem pode me ajudar,a tanta paixão?
Fico escondido, com medo, de não me querer
Por liberto de mais, e não se conter

Temo ser gente, num pedacinho que temo
Mas se não seguir o destino, a razão me arrasa
Sou um pobre menino, sem sucesso de amarra
Observo, sorrateiro o fim, da falta

Não adianta sorratear-me, um mundo sem fim
Tenho pés, embora joelho se foi
Pra me ensaiar, um Choró infinito

Ter duas pernas é bom
Melhor ter nenhuma, que duas,
E andar de quatro. instinto

Foto de Mitchell Pinheiro

O sorriso de Mel (especialmente para os Pais de plantão)

Hoje saí pra andar de bicicleta com minha linda filha
E o mundo se transformou numa pequena ilha
Não havia mais o urbanismo sem urbanidade
Bem como inexistia a velha civilização sem civilidade
Extinguiram-se as contas a pagar
E todo stress de trabalhos por realizar
Desapareceram os políticos corruptos e as doenças incuráveis
Pra onde foi a guerra, a violência e a fome dos miseráveis?
O tormento de um litígio conjugal?
E a devastação da degradação ambiental?
A depressão, o desespero, a desesperança...
Tudo ofuscado no sorriso de uma criança
Só sobrou o canto dos pássaros e o azul do céu
A magia envolvente do sorriso de Mel
O cheiro de mato verde temperando o ar
O balé das ondas, a brisa do mar
E a serena melodia de uma cachoeira
No sorriso puro e simples de minha pequena herdeira
Livrei-me de toda irracionalidade mundana
Do crescente desamor dessa rotina insana
Um sorriso que refletiu no pai que só quer se doar
Doar vacinas, mapas e toda bonança que puder ofertar
Doar o que quis e não me foi doado
Evitar os erros e imitar o que foi acertado
Plantar a felicidade da forma que for preciso
E colher o amor irradiado de seu sorriso.

Foto de josimar-almeida

Viajar em tua pele

Acordei de manhãzinha,
Ao abrir a janela
Vi o grande sol da vida raiar,
Recordei-me dela.
Dei um imensurável bom dia ao mundo
E então à ela quero falar...

Viajar em tua pele
Foi gozar da mais bela felicidade...
Saciar-me do cheiro e dos seus beijos
Foi transformar nossas possibilidades em realidade,
Realizando os nossos mais íntimos desejos.

Neste momento nossas vidas se igualaram,
Nossas bocas se tocaram
E enfim, nossos seres se completaram.

No auge da nossa explosão de intimidades
Fizemos de dois corpos um só calor,
Nossos olhares uma só direção
E dos nossos corações um só amor.

Peço-te, ó minha formosura,
Quando uma leve brisa tocar em seu rosto,
Não se esqueças que serei eu, em anjo de candura
Para juntos, vivermos o amor e seu gosto.

Foto de josimar-almeida

O querer de uma criança

Outrora estava lá,
Com os olhos cobertos por lágrimas, entristecido,
Hoje aqui, risonho e feliz,
Mas lembrando da tristeza, porém, não esquecido.

Sou criança, não me preocupo
Muito com as más atitudes,
Mas com a família meu coração fala alto
E para a felicidade reinar, exijo certas virtudes.

Quero sim premunir brigas e desencontros,
Espero ouvi-lo ao chegar a tarde e dizer: Oi amor!
Esta é a minha esperança e meu sonho,
De ambos os lados reconhecerem o seu valor.

Me desculpe se estou sendo exigente,
Ao seu modo de ver, devo até pedir-te perdão,
Mas o que quero é simples,
Porém essencial para o meu coração.

Sabe, brincar, passear, estudar,
Tudo isto é fácil, tudo normal,
Mas sem este gesto
Nada faz sentido, tudo se torna mal.

Vocês têm tantas coisas para me ensinar,
Ao mesmo tempo, muitas a aprender.
Sou uma criança linda e inteligente,
Mas existem problemas que não consigo entender.

Espero que Papai do céu conceda sua benção
E que as derrame sobre as razões do meu viver,
Sobre as duas pessoas que mais amo,
Que me trouxeram ao mundo tornando-me um ser.

Papai, mamãe, vocês são uma única carne,
E o gesto que peço é simples, é fácil dizer.
Nada faz sentido em minha vida, se eu não ouvir:
Meu filho, eu amo você!

Foto de João Victor Tavares Sampaio

A Flor do Desespero

“Para dizer a verdade, não nasci nem do Caos, nem do Orco, nem de Saturno, nem de Japeto, nem de nenhum desses deuses rançosos e caducos. É Plutão, deus das riquezas, o meu pai. Sim, Plutão (sem que o leve a mal Hesíodo, Homero e o próprio Júpiter), pai dos deuses e dos homens; Plutão, que, no presente como no passado, a um simples gesto, cria, destrói, governa todas as coisas sagradas e profanas; Plutão, por cujo talento a guerra, a paz, os impérios, os conselhos, os juízes, os comícios, os matrimônios, os tratados, as confederações, as leis, as artes, o ridículo, o sério (ai! não posso mais! falta-me a respiração), concluamos, por cujo talento se regulam todos os negócios públicos e privados dos mortais; Plutão, sem cujo braço toda a turba das divindades poéticas, falemos com mais franqueza, os próprios deuses de primeira ordem não existiriam, ou pelo menos passariam muito mal; Plutão, finalmente, cujo desprezo é tão terrível que a própria Palas não seria capaz de proteger bastante os que o provocassem, mas cujo favor, ao contrário, é tão poderoso que quem o obtém pode rir-se de Júpiter e de suas setas. Pois bem, é justamente esse o meu pai, de quem tanto me orgulho, pois me gerou, não do cérebro, como fez Júpiter com a torva e feroz Minerva, mas de Neotetes, a mais bonita e alegre ninfa do mundo. Além disso, os meus progenitores não eram ligados pelo matrimônio, nem nasci como o defeituoso Vulcano, filho da fastidiosíssima ligação de Júpiter com Juno. Sou filha do prazer e o amor livre presidiu ao meu nascimento; para falar com nosso Homero, foi Plutão dominado por um transporte de ternura amorosa. Assim, para não incorrerdes em erro, declaro-vos que já não falo daquele decrépito Plutão que nos descreveu Aristófanes, agora caduco e cego, mas de Plutão ainda robusto, cheio de calor na flor da juventude, e não só moço, mas também exaltado como nunca pelo néctar, a ponto de, num jantar com os deuses, por extravagância, o ter bebido puro e aos grandes goles.”

- O Elogio da Loucura (Erasmo de Roterdã)

Louçã
A filha da morte
Mãe dos desencontrados
A Loucura, quente frieza
Tem a razão;
A Loucura assim em clareza
É pura escuridão

Esqueçam de cobra ou maçã
Pecados
De um raciocínio consorte
Falso cristão:
A simbiose, que é doce ilusão
O educar do prazer
A realidade do reproduzir
Não tem efeitos comprovados;
Se alguém tentar introduzir
O dever
Ou outra asneira em semelhança,
Se lembre de quando em criança
O mundo que nos parece acolher
Trai-nos em manso
Em lento avanço
De sermos adultos e suficientes
Sábios e clarividentes

Em ser injusto e imperfeito
O mundo que soa ideal
Passa longe de satisfeito;
Ou seja:
No final da vida é o final
Ao invés do que se almeja
Que se encontra ao natural;
Sem moral ou solução
Sem nexo de orientação;
Sendo a falha em seu ardor
A máquina em seu labor;
Eis o humano enfim descrito
Pequeno e frágil ao infinito;
Entregue
Ao destinar que lhe carregue;
Sendo insano por lutar
Por nadar em naufragar;
Pois isso explica a loucura
E o amor:
Nada mais que a abertura
O botão da semeadura
De um desespero em flor

Foto de Rute Mesquita

Lacrimosas da noite

Chora a noite,
brotando-se escura e melancólica.
Sombra sem desquite,
desta tristeza alcoólica.

Choram-se as árvores,
despindo-se das suas folhas.
Implorado é o cântico das aves,
perante estas demolhas.

Choram as pedras da calçada,
por caminhos reprimidos.
Por de luz nunca ser alcançada,
choram-se restringidos.

Chora-se a água,
convertendo-se em sangue.
Ditado desta noite: ’ a mágoa,
que nos cegue.’

Choram-se os meus olhos,
queixa-se o meu corpo moribundo.
Aproximam-se os medonhos
e cobrem este mundo.

Chora-se assim a natureza,
como uma criança, como um adulto.
Como na noite perdeu a sua beleza,
em prol do seu tumulto.

A luz deseja-se,
à mais de cem anos de escuridão.
A alegria despeja-se,
se de longe vir a salvação!

Foto de DeusaII

Perdi-me de minha alma....

Sinto as correntes a amarrarem-me o corpo
Sinto-as picar em torno de mim
E a prenderem-me aonde não quero estar.
Não há mais magia....
Não há mais sentimento...
Apenas estes pensamentos que me levam...
Sinto-me então, a cair....
Sempre a cair... e a escuridão domina tudo em mim...
Meus olhos, já não vêm a luz
Estão obscurecidos pela mágoa e pela dor....
Já não sinto... já quase não sinto...
Já me perdi de minha alma...
Troquei de mundos... apenas por ser mais fácil
E neste estado hipnótico... deixo-me levar...
Porque não há mais nada...
Apenas esta escuridão que dominou minha vida
Dominou meu mundo e tudo aquilo que sou.

Foto de Allan Dayvidson

TRAÇOS

"A vida sempre segue e tudo que podemos ser é gratos..."

TRAÇOS
-Allan Dayvidson-

Eu era destroços...
Escombros e escombros sobre os ombros, preso até os ossos.
Mas, de repente, me encontrei a salvo entre seus braços
E só pulsava e pulsava e pulsava seu coração
do interior de seu peito até a superfície daquele abraço.
E eu chorava e sorria e chorava:
“o que faço...
quando o mundo levar de mim até seus traços
naqueles esboços que sem esforço você fazia do meu rosto...
sempre sorridente?”

Ei, você aí do outro lado!
Senti tanto sua falta hoje cedo.
Mas não se preocupe, tudo dará certo.
Seria bom se estivesse por perto,
Mas onde quer que esteja,
Obrigado...
E boa noite!

Sei que o tempo passa, me pega e me leva para outros tempos
E que isso tudo é apenas uma fase, mais um contratempo.
e um dia, vou acordar e bocejar e seguir...
Mas sei que leva tempo e o tempo não pára,
e nem tudo é possível...
Só deixe-me dar mais uma olhada para esse céu
E querer e pedir e implorar,
Dizer só para mim mesmo o indizível:
“Como eu gostaria de tentar!”

Ei, você aí do outro mundo!
Tive um dia daqueles hoje,
E as palavras fogem de mim essa noite.
Então, se eu não for capaz de dizer tudo,
Sabia que, no fim, o que quero dizer é:
Obrigado...
E boa sorte!

Não sei o que teria sido de mim sem seus lenços de papel,
Sem você ali... para me interromper com um sorriso,
Sem seus esboços, seus traços, seus braços...
Então, preste atenção, você aí do outro lado,
Aqui vai meu amor em uma única linha:
“Muito obrigado”.

Foto de Nailde Barreto

"Revelação de amor"

De tantos já vividos,
Você insiste em ficar
Escondido no meu peito
Fazendo meu coração vibrar.

Sei que também me amas,
Do lado de fora e também na cama,
E, mesmo com os lamentos da vida,
Você não perde a calma.

Me ama, me tem e me quer;
Me devora a alma...

Revele-se ao mundo,
Venha comigo sentir o vento,
Segure minha mão,
Se permita viver esse amor, atento!

Repouse comigo nesse mundo infinito,
De sonhos e prosas e versos, a sós;
Noite de lua marcando momentos a tinto
Enquanto o amor se enfeita para nós.

_Escrito em 10/08/2011_

Foto de João Victor Tavares Sampaio

Pequeno - Parte 2

O mundo é gigantesco. Não posso ser ingênuo de tentar explicá-lo.

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