Nascentes

Foto de jorge luis de oliveira

MÃO NA CONSCIÊNCIA

MÃO NA CONSCIÊNCIA
Comp. Jorge Luis de Oliveira, Alegre – ES, 19/09/2014

Óh meu Deus, como está a vida
A natureza não aguenta mais
Estão matando e destruindo tudo
Exterminando até os animais.

O amanhã pra nós será sombrio
Nosso planeta não vai aguentar
Coloque a sua mão na consciência
Ou eu não sei onde isso vai parar

Desde moço eu já escuto falar :
Cuidar bem da natureza é nossa obrigação
A ganância e o dinheiro vão acabar com tudo
Trazendo seca, doença, lixo e poluição.

A nossa água fresca está acabando
Os nossos rios e nascentes já não tem mais vida
Eu só quero ver na hora que o dinheiro
Quiser comprar, porém, não encontrará mais comida

Foto de Carmen Vervloet

Minha Jabuticabeira

No tronco familiar desta jabuticabeira
recosto meu corpo cansado...
Tiro do fundo da minh’alma um som lindo
que encanta os pássaros, as matas, as nascentes
e faz dançar as estrelas do céu...
No tronco familiar desta jabuticabeira,
no ritmo do coração,
eu canto a menina felicidade de outrora...
Sem mágoas, sem remorsos, sem receios...
Plena de bons momentos,
carregada de sonhos.

Foto de Cabral Compositor

Retorno

Somos humanos
Somos racionais
Jogamos papel no chão, cuspimos
Levamos o lixo no porta malas do carro e jogamos num lugar qualquer

comemos os peixes dos rios e lagos
Comemos a carne dos animais, tomamos o seu leite e usamos seu couro
Somos humanos e temos propriedade
Arruinamos as nascentes, defecamos nos córregos, nas cachoeiras

Tomamos cerveja em lata e arrotamos bem alto
Sujamos as areias nos litorais, com plásticos, copos descartáveis, chinelos, pneus
Modes, fraudas descartáveis, camisinhas, embalagens de chips e papeis de bala
Juntamos entulhos nos passeios alheios e colocamos fogo em lixeiras

Somos humanos, desumanos com nossos pais, filhos, netos, esposas e vizinhos
Somos extermina-dores dos sentimentos e fortes covardes em atitude e fidelidade
Criamos máquinas para nos complementar, arruinar, aniquilar, destruir
Queimamos as matas, atiramos nas placas das estradas, atiramos no semelhante

Poluimos os mares, o ar, a nossa rua, nossa cidade, nosso estado
Contaminamos as redes sociais, falamos palavrões e damos tapa na cara dos outros
Somos invejosos, maldosos e egoístas, buscamos o bem estar para nós mesmos
Somos humanos incompletos, somos arrogantes, prepotentes e julgamos ser inteligentes

É uma pena, saber que somos humanos, é uma pena não saber sofrer, é uma pena...
Absorvemos o planeta e nada oferecemos a ele, não temos carinho, não cuidamos dele
E a fauna, a flora, as riquezas minerais, o oxigênio, as algas, os plantons, as arvores
E a vida, a nossa vida, a vida dos que ainda vão chegar? e a nossa alma, como está?

Foto de Carmen Vervloet

NOSSO TEMPO

O tempo pressentido precipita-se sobre nós.
Tempo antecipado pela nossa assassina mão,
costurado pelas linhas do mesmo retrós...
Pecado, cometido pelo homem, sem absolvição.

Outrora o tempo era de paz, sabedoria e harmonia!
Tempo de águas limpas, de nascentes cristalinas...
Hoje o coração pulsa no ritmo de sentida agonia,
vendo a vida se acabar entre motos-serras e toxinas.

Lixo, agrotóxicos, dióxido de carbono poluem o planeta.
Aterros, desmatamentos, pedreiras explodidas sangram a natureza!
A esperança esconde-se entre densa fumaça preta,
sinal de tantos medos e de plúmbeas incertezas.

Ontem, tsunami era coisa apenas do oriente,
do outro lado do mundo, tão distante da gente!
Hoje todo o planeta reage com intensa valentia
à agressão do mais egoísta ser vivo que o fere e asfixia..

Por que agredir quem sustenta tão fartamente
as bocas que sugam da terra frutas, verduras, sementes?
Por que matar lentamente quem gratuitamente nos dá a vida?
Por que contaminar e exterminar a nossa própria comida?

Nenhum governo deveria autorizar tão ignóbeis atos!
Lesões irreversíveis que vão afetar a saúde das espécies e do planeta...
Mas a avidez não dispensa luxos e seus respectivos aparatos,
só mesmo Deus para nos livrar das mãos que empunham tão pesada marreta!

Hoje é tempo de efeito estufa aumentando a temperatura do planeta,
é tempo de chuvas ácidas que matam e destroem...
É tempo de mudanças climáticas, é tempo de pouca colheita,
é tempo de alagamentos, maremotos e tufões,
mas, sobretudo é tempo de muita reflexão e orações!

Carmen Vervloet

Foto de Helen De Rose

O solstício da alma no verão

Neste pulsar do solstício da alma, a felicidade escorre pelos mananciais do coração, nutrindo-se dos encantamentos dos elementais da água durante o verão. As manhãs começam mais cedo no horizonte dos sentimentos que transbordam borboletas coloridas em olhares translúcidos. Os portais da alma celebram os dias longos com luzes etéreas da aura em harmonia com a natureza criadora. O sol é um ponto de luz presente nos pensamentos que formam uma paisagem ritualística de amor e paz, habitando o céu da mente silenciosa. O sorriso brilha mais tempo no céu dos lábios, refletindo cristais nas águas internas dos riachos, revitalizando suas nascentes vitais, deixando as células corporais mais imunes. A divindade é um perfume idílico que permanece no solstício da alma no verão quando encontra uma cachoeira que une o êxtase do espírito com a essência pura do ser.

Que todo sorriso permaneça presente, festejando todos os dias um novo amanhecer nesta jornada, hoje e sempre!

Helen De Rose

Foto de Odir Milanez da Cunha

RIO REVOLTO - SONETO

RIO REVOLTO
Odir, de passagem

Perdi-me dos passeios inocentes,
das crenças nos cenários, das certezas,
da pureza primeva das nascentes,
ao provar dos pecados as proezas

Qual riacho revolto nas enchentes,
causando convulsões nas correntezas,
sou hoje um rio de paixões pungentes,
cascateando choros e tristezas!

Lançar-me no mar morto e ter comigo
a paz das poças d’água, onde um pingo
de chuva faz marolas sem perigo.

Mas sou sobras de enxurro e não distingo
um mar morrente que conceda abrigo,
para um rio revolto e choramingo!

JPessoa, 18.01.2011

Foto de Lady Godiva

Esperar

Corpo frio, o meu
que todas as noites sente a falta do teu.

Trémulo, deitado no escuro,
chora por novos dias mais quentes
em que entre minhas pernas te sentes
e de dores brotem nascentes!

Que faças de mim o teu porto seguro...

Corpo quente, o teu
que só lembra saudade ao meu.

Aconchego de tarde encantada,
em que em ti me fiz e vi gente
e sem dor, coração ardente,
supliquei que não partisses novamente!

Que ficasses até nova alvorada...

Dois corpos que são agora nada
esperam nova chamada.

O meu, que o teu regresse quente
o teu, que o meu não esteja ausente.

Foto de Carmen Vervloet

ROSA ESCARLATE

Se no jardim fértil de cada coração
as sementes do bem e do mal buscam espaço
há sempre de florescer nesse pedaço
a que for regada todos os dias
com as águas transparentes da sabedoria.

Valores como amor, solidariedade, respeito
brotarão quais nascentes desse leito
e o mal em árido deserto murchará
derrotado pelo bem nesse combate
que surgirá qual bela rosa escarlate.

Mas tem que ser dedicado lavrador
e não apenas um incauto expectador
ou mesmo um cerebral articulador
que pensa... mas não cultiva a flor
que sonha... mas não semeia o amor.

No jardim da vida onde a erva daninha
brota sufocando os valores
só a união do povo porá fim às dores
ao medo que atormenta e não adivinha
o que escondem nas obscuras entrelinhas.

O dinheiro, a fama, a mentira, o poder
tomam conta de boa parte do mundo
mas o amor é sentimento fecundo
pode sobrepujar o mal que aqueles instalam
na união dos semeadores do bem
que aram a terra e as sementes espalham.

Se o cérebro trabalha envolto em sua limitação
que bom... mais espaço sobra pro coração
que sábio saberá usar suas ferramentas
que as afiará na educação, as abrandará na poesia
e trará de volta pra todos em doce magia
a dignidade envolta em límpida alegria.

Um imenso jardim de rosas escarlates
jamais visto neste mundo
mas pra isso temos que reagir ao embate
com ousadia mergulhar bem no fundo
e resgatar os reais valores que se perderam
em mar profundo... na lama do egoísmo coletivo...
Em lodo imundo!

Carmen Vervloet

Foto de onil

REGRESSO Á ALDEIA

AO REGRESSO Á MINHA ALDEIA
VEIO-ME LOGO Á IDEIA
LENÇOS BRANCOS DA DESPEDIDA
QUE TROUXERAM AOS OLHOS MEUS
LÁGRIMAS DE UM GRANDE ADEUS
NA HORA DA MINHA PARTIDA

VER AGORA ROSTOS CHOROSOS
LEMBRA-ME OS BEIJOS SAUDOSOS
QUE TROQUEI NA DESPEDIDA
DEIXEI A ALDEIA COM SAUDADE
VIM PARA A GRANDE CIDADE
CONQUISTAR A MINHA VIDA

AGORA NO MEU REGRESSO
EM TI ALDEIA EU CONFESSO
A RAZÃO DA MINHA VINDA
RECORDEI A MOCIDADE
QUE ME TROUXE ESTA SAUDADE
SAUDADE QUE AGORA FINDA

PORQUE REGRESSO Á MINHA TERRA
SINTO JÁ O AR DA SERRA
FUSTIGAR OS MEUS CABELOS
ONDE EU DEI OS PASSOS PRIMEIROS
POR ENTRE VERDES PINHEIROS
COMO É BOM VOLTAR A VÊ-LOS

CASAS DE BRANCO CAIADAS
RUAS DE PEDRAS CALCETADAS
A MINHA ALDEIA É ASSIM
CAMPOS FLÓREOS, VERDEJANTES
SERRAS VALES E NASCENTES
MAIS BELO QUE UM JARDIM

DESDE O DIA QUE EU PARTI
EM MEUS SONHOS SÓ EU VI
NUMA SAUDADE TÃO SENTIDA
NUNCA MAIS SENTIR O GOSTO
DESSE PRANTO NO MEU ROSTO
NEM VER LENÇOS DA PARTIDA.

ONIL

Foto de Arnault L. D.

Eternamente inacabado

“Apenas uma noite a dois
é tudo que nós temos...
e após não haverá depois
Somos um barco sem remos.”

Seus planos não me incluem
mas, no agora diz que me quer
e destas nascentes que não fluem
para o além deste amanhecer

Quer guardarmos na lembrança
lapso entre o sempre e o entre
roubar nossa única presença
numa noite que a concentre

Mas, não contava com o fato
de eu não a querer por hoje
que este amor de nós inato
de perde-la enlouquece e foge

Nossa despedida será um talvez;
e que a imaginação nos proteja
não a quero só por uma vez
mesmo que para sempre não seja

O seu adeus não será dado
nem de mim o ultimo beijo
nosso amor eterno inacabado
e o desejo,será sempre desejo

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